O Grande Idiota que Amo escrita por Dabella


Capítulo 12
Faces Ocultas


Notas iniciais do capítulo

obg a tds que estão comentando, eu amo ler os reviews que me mandam. Por min passaria o tempo todo respondendo eles, mesmo o Nyah tando uma Bosta bemm grande t.t.
O reviews me ajudm bastante, vocês não fazem idéia!!!!
Continuem mandando fazendo uma autora feliz b29;
Boa leitura... CAP BETADO POR =Nadia CAPA POR = Carol Obs moresssb29;



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CAPITULO 12 – Faces Ocultas

 

Troquei de roupa, vesti uma calça jeans e uma camiseta branca básica. Amarrei o cabelo em um rabo de cavalo alto, passei um perfume e uma maquiagem leve, calcei um All Star branco e desci, já eram 17:30 e eu só tinha meia hora para evitar algo.

- Cadê os meninos? – perguntei pra B2 que assistia um DVD.

- Foram embora.

- Você tem o telefone do Kevin?

- Tenho, pra quê você quer?

- Pra falar sério com ele e ele parar de dar uma de idiota. – menti.

- Hmm... – ele não havia tirado o olho da tela.

- Vai dar ou não? – eu já estava estressando e eu não tinha tempo pra esperar.

- O quê? –ele perguntou tipo: “O que estávamos falando mesmo?” o.O  INSPIRA/EXPIRA, ele consegue me fazer querer torturá-lo.

- O...telefone...do...Kevin. – falei pausadamente pra me manter calma e lúcida.

- Ah sim. – seu sorriso era: “Eu tinha me distraído, não é? ” SIM, TINHA ¬¬’.

Ele me deu o telefone e eu liguei pro Kevin assim que saí de casa pegando o elevador.

- Oi. – sua voz era grave no telefone e me causou um breve arrepio.

- Oi. – respondi.

- Quem fala?

- Rebeca.

- Rebeca?

- É Rebeca. – estava ficando impaciente.

- Irmã do Calebe? – com certeza eu estava impaciente.

- Sim, quem mais seria? – ele estava tirando onda com a minha cara? O.O

- Ah sim. Hm... – um breve silêncio.

- Tenho que falar com você, tem como? – eu pedindo algo pro Kevin??? Tomara que ninguém saiba XD.

- Sim, sobre...?

- To aqui na portaria, tem como descer?

- Sim.

- Trás a chave da moto okay?

- Ta, mas pra quê?

- Vem logo eu não tenho tempo pra explicar.

- Ok.

Fiquei esperando ali uns 10 minutos até que Kevin desceu, ele estava muito lindo. Usava uma blusa preta e calça jeans, seus cabelos estavam com efeito molhado e ele usava um perfume delicioso.

- Er... – tentei falar algo, mas havia acabado de esquecer o que eu ia falar, isso é o efeito de tentar desvendar os olhos azuis.

- Você queria falar comigo? – ele perguntou me fazendo lembrar do assunto.

- Sim, queria. A Jessy marcou um encontro com o Alec e eu temo que ele tente... – era constrangedor falar naquele assunto.

- Entendi. Você não contou pra ela?

- Não. – abaixei a cabeça envergonhada.

- Onde?

- Na lanchonete do tio dela. Como você é a única pessoa que sabe do... Eu pensei que podia contar com você. – olhei nos olhos dele e por um breve momento encontrei compreensão.

- O que você tem em mente?

- Vigiar eles de longes e vê se ele tenta algo.

- Vamos? – ele perguntou.

- Mas você é menor de idade, será que não é arriscado multar e recolher a moto?

- Se dermos azar de estarem fazendo blitz. – ele sorriu torto.

- Vamos correr esse risco então. – retribui o lindo sorriso dele que me arrepiava dos pés a cabeça.

Pegamos de novo o elevador pra garagem e lá Kevin retirou a linda moto amarela.

- Segura firme. – ele disse enquanto eu subia na moto.

- To segurando.

- Eu disse firme, em mim. – ele pegou meus braços e envolveu sua cintura. Um breve calor entre os corpos e logo a moto ganhou velocidade. Era ótimo estar com ele, na moto dele, abraçando ele... Ó céus havia esquecido que precisava respirar. INSPIRA/EXPIRA.

Chegamos a tal lanchonete que ficava de frente a praia.

- É aqui. – eu disse saindo da moto, já havia ido lá uma vez.

- Vamos ficar naquela mesa escondidos. – ele falava sério e não olhava pra mim, olhava pra frente.

- Quantas horas?

- São 17:50.

- Ainda bem que a lanchonete é perto de casa, senão não daria tempo.

- Ela ainda não chegou. Nem ele. – ele sentou-se à mesa e eu me sentei à sua frente. A mesa estava escondida e discreta, Jê e Alec não perceberiam nossas presenças.

Fiquei constrangida pelo fato dele não desviar aqueles olhos maravilhosos de mim. O seu olhar era um mistério e me atraía como um enigma. Seu olhar não demonstrava nenhuma emoção, seu olhar camuflava seus pensamentos...

- Vocês já foram atendidos? – os olhos do Kevin se voltaram ao garçom.

- Não. O que você vai querer beber?

- Um suco de laranja.

- Mais alguma coisa?

- Não.

- Um suco de laranja e uma Coca. – o garçom se retirou e os olhos dele mais uma vez caíram sobre mim. Eu tentava desviar o olhar, mas era impossível já que estávamos de frente um para o outro. Então eu cedi aos seus olhos e entreguei a eles os meus.

Ficamos nos encarando e apenas apreciando o que vimos. Ele sorriu e eu fiquei sem chão. Água por favor??!!! o.O

- Sabe... Você não vai querer insistir naquela idéia maluca, vai? – ele não tirava os olhos de mim, nem um segundo se quer para que eu tomasse fôlego.

- Que idéia?

- Tem certeza que quer que toquemos com a Cabelos dourados? – ele e seus elogios agradáveis ao meu friend.

- Bom se estamos falando do Max. – ele fez uma careta. – Sim, eu quero. Eu não entendo por que você não quer. Ele não te fez nada.

- Só a presença dele me tortura. E quando ele está perto de... – Kevin parou e baixou o olhar pras próprias mãos.

- De...? – o incentivei. A curiosidade estava me matando. Ele suspirou e prosseguiu:

- Esquece. – passou a mão pelos cabelos e se acomodou na cadeira olhando o mar que estava furiosamente belo.

Cara, por que sempre ele fazia isso comigo??? Ó céus, eu só queria respostas e quando estava preste a tê-las, ele fugia... Respirei fundo e tentei me distrair com o mar...

- Aqui está. – fomos interrompidos pelo garçom.

- Obrigada. – agradeci e esperei o garçom ir embora. – Sabe o que mais me intriga? – perguntei olhando o mar.

- O que?

- Você. Você me intriga profundamente. – ufa!!! Havia colocado aquilo pra fora, me sentia bem mais leve. Ainda olhava o mar.

- Eu te intrigo? – ele perguntou realmente curioso.

- Sim Kevin. – dessa vez colei meus olhos no dele, era boa aquela sensação de liderança, afinal ele era o que sempre fazia isso. – Mas isso é divertido. – sorri torto e por um segundo ele não sabia o que fazer, ou o que falar.

- Divertido? – ele também riu de uma forma sarcástica.

- Muito. – tava ficando um pouco TENSO ali. INSPIRA/EXPIRA.

- Aonde você quer chegar Rê? – seu olhar era insinuador.

- Em lugar algum. - voltei a olhar o mar o deixando com cara de tacho. Aquilo era divertido, pelo canto dos olhos vi Kevin passando mais uma vez a mão pelos cabelos. NÃO SEI POR QUE ELE AINDA NÃO ESTAVA CARECA.

- Você sabe como me deixar maluco. – sua voz era grave e rouca. Corei. Ainda bem que olhava o mar.

- Sei...? – ainda olhava o mar o.O.

- Como ninguém. – OMG!!! Eu tenho pernas??? Olhei pra ele e encontrei seus olhos. Ele riu ao ver minha face rosado. SEU VADIO. Arghhhh. Fechei a cara nervosa.

- Acho lindo quando isso acontece. – ele falou divertido bebendo um gole da sua Coca.

- Isso o quê? – me fingi de desentendida.

- Quando você fica rosa. – ele riu ainda mais.

- Eu não fico ROSA. – bufei.

- Calma Rê.

- É Re-be-ca. – soletrei.

- Loirinha? Pode ser? – olhava o mar estupefata. Ele segurou meu rosto para que eu o olhasse. - Pode? – bom se eu não tivesse ficado com raiva diria: “Claro que pode, tudo que você quiser”, mas aquela situação era diferente e eu ainda tinha meu orgulho.

- Não, pode me chamar de Rebeca.

- Okay loirinha. – ele riu.

- Aquele ali não é o Alec? – perguntei mudando de assunto.

- Sim. A Jessy deve estar chegando. – Alec se sentou numa mesa longe da nossa, não dava pra nos ver de lá.

- Aí meu Deus.

- Calma. – ele segurou minha mão e uma onda avassaladora de emoções desconhecidas reagiu a toque.

- Tudo bem. – disse tentando me acalmar.

 - Vamos esperar. – ele disse por fim e eu puxei a minha mão constrangida.

Agora nossa atenção estava voltada ao Alec e esperávamos pelo inesperado. Eu ainda não conseguia esquecer aquele momento repugnante e aquilo ainda me deixava com raiva, muita raiva. Ódio não é um sentimento bom, mas eu estava com ódio do Alec.

Meus olhos demonstravam o que eu sentia naquele momento em relação a ele, me segurava pra não derramar uma lágrima de repulsa.

- Calma Rebeca. A Jessy vai ficar bem. – Kevin tentava me acalmar e sua voz era reconfortante.

- Jessy chegou. – a vimos indo em direção a mesa em que Alec estava. Ela estava muito linda, usava uma bata azul e uma bermuda branca. Seu cabelo castanho escuro estava solto cobrindo seu ombro e ela usava uma sapatilha. Seu estilo era meigo e cativante. O meu era mais básico e meio rock.

Eles conversavam sobre coisas que não tínhamos conhecimento. A expressão dele era cabisbaixa e a dela atenciosa, bebia cada palavra que ele dizia, era como se ela fosse o porto seguro dele, o confeccionara.

Eu não estava entendendo mais nada. Nenhuma investida dele pra parte dela. Cada qual no seu quanto. Apenas conversavam...

Aquilo era bom, mas eu pensava que ele ia investir com ela, tentar fazer a mesma coisa que fez um dia comigo. Mas ele parecia outra pessoa, não aquele monstro do outro dia.

Aquela conversa durou um bom tempo, meia hora pra ser mais exata. E apenas conversam, nem um beijo, nem um olhar maligno... Aquele não era Alec. Então que era ele? É claro que eu via o Alec, mas as ações não eram dele, eu não havia conhecido aquele Alec. Eu havia conhecido seu lado “monstro”.

Mais 5 minutos e nada. Estava um silêncio na nossa mesa. Eu e Kevin observávamos a mesa deles. Alec se despediu com um beijo na face dela e um beijo na testa e se foi. Nada...

- Vamos esperar ele sumi de vista. – Kevin falou.

- Acho que ele não vai tentar nada contra ela.

- Vamos?

- Você viu onde a Jê foi? – olhei pra mesa e ela estava vazia.

- Não, deve ter ido embora também.

- Vou ao banheiro. – saí da mesa em direção ao banheiro.

Entrei lá e me olhei no espelho por costume. Arrumei o cabelo e joguei uma água no rosto.

- Rebeca? – ouvi uma voz familiar.

- Sim? – virei-me e dei de cara com a Jessy.

- O que você veio fazer aqui? – eu estava estática, não sabia o que responder ou o que dizer.

- Eu? – tentei em vão argumentar. – Eu... Vim... – tentava encontras as palavras exatas.

- Veio? – ela perguntou me incentivando.

- Vim lanchar com o Kevin. – disse por fim.

- Lanchar com o Kevin? – ela não havia acreditado. Ou era muito esperta ou eu era uma péssima mentirosa. É eu era uma péssima mentirosa.

- Anham. – confirmei com a cabeça.

- Hm... Você não veio averiguar o encontro, veio?

- Claro que não. – minha voz saiu trêmula. – Ta maluca?

- Às vezes acho que você ainda gosta do Alec.

- Pra começar, eu nunca gostei dele.

- Será? Então por que você fica nervosa quando eu digo que vou sair com ele? Ou aparece no lugar onde eu marquei com ele? – suas palavras saíam ásperas.

- Não seja patética.

- Eu patética? Você está com ciúmes de mim com ele. Admite Rebeca. – ela nunca me chamava de Rebeca, a não ser quando estava chateada ou algo do gênero.

- Deixa de asneira Jê. Eu nunca gostei dele. E não estou com ciúmes.

- Bom agora ele está comigo. Não precisa me seguir.  

- Toma cuidado com ele.

- Eu to cansada de ouvir você dizendo isso. Faça-me o favor e vê se esquece ele.

- Eu to tentando te avisar.

- Do quê? Responde. Pra mim você está com dor de cotovelo, síndrome de mal amada.

- Deixa de fazer papel de idiota. – disse. Já estava ficando nervosa com aquela conversa.

- Eu? Papel de idiota? A idiota aqui é você. E invejosa também. – aquilo foi à gota d’água.

- Quer saber? Se dane você e ele. – saí de lá sem olhar pra trás em direção ao Kevin que estava escorado na moto fora da lanchonete.

- Que cara é essa? – ele perguntou.

- Me leva daqui. – peguei o capacete e coloquei em mim. Ele pôs o dele e subiu na moto. Subi em seguida e o abracei e ele “decolou” fazendo com que o ar batesse em meus cabelos me dando um pouco de paz.

Como ela podia ser tão boba e insana? E nem me ouviu. Mudou completamente por causa dele. Me disse coisas que nunca pensei em ouvir dela. Aquela não era a Jessy, não era a minha melhor amiga, eu estava muito magoada com ela.

Ainda andávamos de moto quando ele parou. Não estávamos em casa, não estávamos no nosso prédio. Estávamos numa praia linda e deserta...

- Onde estamos? – perguntei curiosa saindo da moto e segurando o capacete na mão. Ele pegou minha mãe e me conduziu a praia. Sentou-se na areia e eu sentei do seu lado. O mar ali também estava furioso e rebelde.

- Precisa conversar? – ele perguntou me olhando nos olhos.

- Não. – baixei a cabeça. Ele segurou o meu queixo me fazendo olhar em seus lindos olhos azuis.

- Desabafa comigo. – seu olhar era suplicante.

- A Jessy estava lá. Ela perguntou por que eu estava ali e insinuou que eram ciúmes...

- E...?

- Discutimos, ela disse que eu era invejosa e mal amada. Eu disse pra ela se ferrar com ele já que não queria me ouvir. – baixei mais uma vez o olhar.

- Você não disse sobre o que aconteceu com ele?

- Não, eu quero esquecer esse episódio da minha vida. Entende? – o encarei.

- Sim, sei como é tentar esquecer algo que você não tem capacidade de esquecer. As recordações vêm como tiro e faz com que você caía no mesmo pesadelo. Te empurram cada vez mais para aquele precipício que um dia cavou.

Aquelas palavras eram tão... Profundas. Que Kevin era aquele que eu não conhecia? Ele me chamava como uma grande interrogação.

- É isso que eu sinto. –disse por fim. – Quando lembro, eu sinto nojo, ódio, raiva dele.

- Não sinta. Não é bom. Você é que saí perdendo. – ele passou a mão pelo meu queixo.

- Eu sei que não...

Ficamos nos olhando por minutos que pareciam eternos. Olho no olho. A cor mel no azul. Apenas os seus olhos me traziam paz. Ele era tão lindo. E aquele momento estava sendo tão bom. Eu queria ficar ali, ficar assim, por um bom tempo. Ele ainda acariciava minha face e me fazia o achar ainda mais perfeito. Seus defeitos? Naquele momento eu nem lembrava quais eram.

EU ESTAVA APAIXONADA POR ELE. Apaixonada por Kevin...

Kevin agora era o Grande idiota por quem estava apaixonada.

Ele encurvou ainda mais a cabeça em minha direção. A última coisa que vi foi seus olhos de gato. Vendei minha visão me entregando a um profundo beijo.

O beijo não era de desejo. Era um beijo lento e calmo, mas tão profundo quanto às ondas do mar. Era um beijo intenso, cheio de respostas, cheio de significado. Um beijo que me mostrava que eu não podia mais ficar sem ele. Um beijo que me fazia querê-lo pra sempre, por mais que o sempre um dia acabe.

Ele me deitou na areia separando-me dos seus lábios quentes e convidativos e disse numa voz rouca que me fez arrepiar por completo:

- Você é minha, só minha. – e antes que eu pudesse responder, ele me beijou ganhando de mim o meu silêncio. Como se meus lábios respondessem suas dúvidas mais profundas e misteriosas.

 

Continua...

Brenna Dabella

 

 

Espero que tenham gostado desse cap !!! Comentem, beijos

amo vcssssssssssssssssss ♥

brennavital@hotmail.com


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