O resgate de Hermione escrita por Angel Black


Capítulo 14
Logro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!!



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– “Toda operação militar tem o logro como base. Por isso quando capazes de atacar, devemos parecer incapazes; ao utilizar nossas forças devemos parecer inativos, quando estivermos pertos, devemos fazer o inimigo acreditar que estamos longe; quando longe, devemos faze-lo acreditar que estamos perto”. – Malfoy havia citado Sun Tzu com perfeição e esperava que Harry Potter, o famoso Harry Potter, pudesse elucidar automaticamente todas as dúvidas quanto ao plano, mas ele olhava para Draco incrédulo.

– Não sou a Hermione – falou Harry, revirando os olhos – Dá pra explicar como uma pessoa normal?

Malfoy suspirou, levemente irritado. De fato, Harry não era Hermione. Ela teria entendido a referência. Ela havia lido “A Arte da Guerra”. Como admirava Hermione cada vez mais. Sua mente sagaz, voraz em devorar cada livro que encontrava. Malfoy detestaria admitir, mas passou a ser um leitor compulsivo admirando Hermione desde Hogwarts. E agora, sua querida inimiga estava distante de si, sofrendo agruras que ele quis evitar.

Hermione não era mais do que uma menina. Era forte, incomparavelmente poderosa e inteligente, mas era muito jovem. Ele também o era, mas já havia feito tantas coisas, coisas que nem sempre se sentia orgulhoso de ter feito. Coisas que o fizeram compreender que a vida era amarga e cruel, coisas que o embruteceram irreversivelmente.

Contudo, Hermione estava por perto com seu olhar assustado, seu rosto meigo e seu jeitinho ingênuo, tudo era diferente. Tudo era doce e encantado. Tudo era inesquecível. Ah, Hermione, pensou Malfoy, sentindo um peso enorme em seu coração. Faria tudo para reavê-la, faria tudo para salvá-la de tudo e de todos, inclusive dele mesmo. Ele havia errado em mantê-la consigo, mas como a manteria a salvo de Krum se não o fizesse? De qualquer forma, tudo o que fez para protege-la havia se revertido e agora ela estava pagando por crimes que não cometera. Ele era um criminoso. Um fugitivo. Um homem cruel. Hermione não mereceria tal fardo em sua vida.

Dessa vez, se ele conseguisse salvá-la, ele a mandaria para muito longe dele. Ela merecia ser feliz, ela merecia ficar livre dele para sempre!

– Vou explicar o plano, Potter – iniciou Malfoy, entristecido pela própria resolução – E você deve fazer exatamente o que eu lhe disser...

Valashei estava irritado. Seu plano de atrair Malfoy para uma emboscada estava levando mais tempo do que havia imaginado. A essa altura, Malfoy deveria ter descoberto onde ele estava mantendo Hermione. Seus quarenta homens estavam preparados e atentos já há dias. Talvez, o ardiloso Draco não gostasse tanto assim da pequena Granger.

Valashei ligou a caixa do Diário de Bulgárin. Havia recebido uma coruja de um de seus comparsas dizendo que Malfoy assumiria o cargo de Ministro interino do Ministério e que passaria no Diário. Particularmente, Valashei preferia os tradicionais jornais, mas parecia que o mundo todo estava sofrendo de uma preguiça mental para realizar qualquer leitura com mais de algumas poucas linhas.

Quando conseguiu sintonizar a caixa, viu que estavam mostrando imagens do Ministério da Magia. Ainda estava duvidando de que Malfoy se tornasse o novo ministro, por isso, não poderia perder aquela notícia.

Malfoy estava sempre estragando seus planos. Se ele não tivesse se intrometido, dando poções de cura para o povo contaminado com a Cruzarium, Valashei não tinha dúvida de que seria ele o nomeado para Ministro, agora.

Malfoy era realmente habilidoso. Era uma pena que ele era seu inimigo. Se Draco tivesse ficado do seu lado, Valashei tinha certeza de que ambos já teriam dominado o mundo e então, Draco poderia ter Hermione Granger como troféu. Agora, ele teria que dar a pobre garota para Victor Krum.

Valashei olhou de soslaio para o sofá, onde Victor Krum jazia deitado. Ele estava cheio de hematomas. Valashei mandou seus capangas lhe dar uma surra depois que ele tentara pela terceira vez entrar na cela de Hermione. Krum era um idiota maluco completamente obcecado, não tinha nenhum método, nenhuma lógica, nenhum pensamento mais complexo com o qual se pudesse argumentar. Valashei havia dado ordens para que ele não tocasse na garota, mas Krum teimava em querer ficar com ela contra suas ordens e isso, Valashei não poderia permitir. Não até que pudesse ver o cadáver pútrido de Malfoy à sua frente.

Valashei até gostava da garota. Ela era inteligente e Valashei gostava de pessoas inteligentes. O problema é que ela era mais do que um recurso. Quando Krum falou que Malfoy secretamente vigiava Hermione, Valashei percebeu que a garota seria uma ótima isca para Malfoy, agora, já não tinha mais tanta certeza. Além do mais, Granger foi a moeda de troca que fez Valashei trazer Krum para o jogo.

Valashei interrompeu os pensamentos ao perceber algum movimento sintonizado na caixa do Diário de Bulgárin à sua frente. Um dos repórteres mágicos começou a falar dizendo que Draco Malfoy havia entrado na dependência do Ministério.

Valashei aproximou seu rosto da caixa, tentando ver se era mesmo Malfoy. E, de repente, ali estava ele, destacando-se no meio dos búlgaros por seu cabelo extremamente loiro, seu terno de bruxo extremamente alinhado, coberto com um manto que era aberto na frente. Ele sorria, não parecia estar realmente preocupado.

– Проклет да си! (Proklet da si!* que quer dizer “Maldito!” em búlgaro). – conspurcou Valashei, irritado. Mas então, algo aconteceu.

Harry Potter surgiu no meio da confusão de pessoas que queriam entrevistar Malfoy. O inglês, juntamente com uma porção de aurores conhecidos, jogou uma maldição em Draco que ficou com os pés e mãos atados.

– Caros membros do Ministério da Magia da Bulgária, de acordo com a lei Nº 8.145, assinada por todos os ministros e diplomatas mágicos dos Ministérios da Magia, a lei da soberania mágica de um país pode ser sobrepujada em caso de ofensa máxima efetuada por um membro da comunidade bruxa, quando este for preso pelo seu país de origem. – explicou Harry, com uma porção de políticos bruxos búlgaros irritados com aquela ofensa a soberania da Bulgária. Seria um incidente diplomático grave que poderia resultar numa guerra, se a Bulgária já não estivesse com seus próprios problemas.

Sabendo disso, Harry rapidamente adicionou:

– Portanto, eu, Harry Potter, chefe do Departamento de Aurores do Ministério da Magia da Inglaterra, declaro que Draco Malfoy, inglês condenado pelo tribunal mágico e fugitivo há 10 anos, está preso pela acusação de assassinato, contrabando de ervas e poções mágicas, associação criminosa e mais dezessete indiciamentos menores.

Entre vaias, Potter retirou Malfoy do Ministério da Magia.

Valashei, diante da caixa do Diário de Bulgárin não conseguia entender o que havia acontecido. Era fato que Malfoy era a pedra no sapato de Harry Potter, desde que o Lord das Trevas havia morrido. E era claro que Harry faria qualquer coisa para por as mãos em Malfoy. Era estranho pensar que Harry e Malfoy haviam se aliado contra ele para resgatar Hermione, mas como a garota havia ficado na posse de Malfoy, a união temporária dos dois parecia ter-se apagado. Ainda assim, Potter sabia que era muito arriscado se meter nos negócios da Bulgária, uma vez que os dois ministérios eram aliados. Era realmente muito estranho, pensou Valashei, alisando a cicatriz do rosto.

Talvez Potter esteja atrás da garota Granger, imaginando que talvez Malfoy ainda esteja com ela. De qualquer maneira, era a hora de agir. Potter não iria conseguir tirar Malfoy da Bulgária, sem ter a autorização do vice-ministro que era uma lesma em qualquer decisão mais importante. Até lá, era padrão manter prisioneiros na masmorra do Ministério, a mesma masmorra que Valashei, depois de ter sido surpreendido por Malfoy, conhecia muito bem.

Um novo plano se formou na mente de Valashei que sorriu, desligando a caixa. Seu objetivo principal era matar Malfoy. Se matasse Harry Potter no ensejo, seria lucro! Depois disso, quem mais poderia impedi-lo?


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