Fix You escrita por Bellice


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Fanfic de apenas um capítulo.

Esse enredo é meio que um final alternativo pro casal "RumBelle" a partir do episódio 12 da primeira temporada.

É a primeira coisa que escrevo sobre essa série, então espero que esteja razoável.

Boa leitura!



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Capítulo Único – Fix You

“Você é um covarde, Rumplestiltskin.” Belle lhe disse, tentando impedir que as lágrimas corressem por seu rosto.

“Eu não sou um covarde! É simples: meu poder significa mais para mim do que você.” O coração de Rumplestiltskin não queria que ele pronunciasse tais palavras, porém sua mente pensava diferente. A frase saiu seca e amarga de sua boca, porém teve o efeito esperado: elas machucaram Belle, ele percebera. Mesmo ela não querendo deixar transparecer, Rumple sabia. A conhecia bem.

“Não, não significa. Você apenas não acredita que eu possa lhe amar.” Amor. Como Rumple poderia acreditar? Ele nunca fora amado. A mãe de Bae havia fugido com outro e seu filho há muito perdera-se por aí, praticamente pelo mesmo motivo que ele perderia Belle agora: medo. Rumplestiltskin tinha medo.

Medo de perder seus poderes, a única coisa que ele conhecia direito. Seus poderes encobriam sua verdadeira identidade: um tolo que tinha medo de tudo. Ele não queria voltar a ser aquele homem mesquinho. Não queria voltar a ser vulnerável. Belle não o amava, apenas queria se livrar do monstro que a prendia naquele castelo.

“Mas agora você já fez sua escolha. E você se arrependerá disso. Para sempre.” Belle continuou com sua voz entrecortada, querendo conter os soluços de um choro que logo viria. “Tudo o que terá, será um coração vazio... E uma xícara lascada.” Dizendo isso, Belle saiu determinada daquela pequena prisão onde se encontrava. Enquanto Rumplestiltskin ficou lá, com o olhar perdido pensando em tudo o que Belle havia dito. Assim que ele a viu pela estreita janela do cômodo, saindo de seu castelo, Rumple se permitiu fechar os olhos. E chorar. Chorar por tudo o que havia perdido. Seu filho. Seu caráter. Seu amor, sua Belle.

Belle. Rumplestiltskin nunca mais a veria. Nunca mais a teria. Abriu mão dela pelo poder, assim como abriu mão de Bae. Ele era mesmo um covarde. Um maldito covarde.

(...)

When you try your best but you don't succeed

When you get what you want but not what you need

When you feel so tired but you can't sleep

“Você não ficou sabendo da tragédia? Seu pai a expulsou de casa depois que seu noivo sumiu e ele ficou sabendo da ligação de Belle com você. Ele a trancou numa torre e ela se jogou lá do alto. Sua Belle está morta, Rumple. Mas valeu a pena, não é? Continua com seus poderes. O amor é uma fraqueza.”

Regina havia ido até o castelo de Rumplestiltskin com o intuito de vê-lo sofrer, ele sabia disso. Porém, sabia também que ela não iria até ele se a informação não fosse mesmo verdadeira.

Mas como, simplesmente, aceitar a morte de sua amada? Tomado pelo medo e pela fúria, ele mandara Belle embora de seu castelo e de sua vida. No entanto, lá no fundo, em seu coração, Rumplestiltskin tinha a certeza de que Belle era incapaz de prejudicar qualquer um que fosse. Nunca o teria beijado para prejudica-lo, muito pelo contrário. Ela só queria ajuda-lo. Mostrar-lhe o poder do verdadeiro amor. Do verdadeiro beijo de amor.

Ele poderia ter aceitado. Por Belle, por ele mesmo e até por Bae. O filho sempre quis que ele se livrasse da magia, do poder que o fazia praticar tantos acordos e maldades. Rumple teve sua segunda chance, mas a desperdiçou como fez na primeira vez. Ele havia decepcionado aos dois. Seu amor e seu filho.

A raiva borbulhava dentro dele. Ele fora um monstro expulsando Belle do castelo do jeito que fez, fora um monstro a acusando de trabalhar para a rainha, fora um monstro quando gritou com ela.... Enfim, ele era um monstro o tempo todo. Belle fora a única que vira algo de bom nele. Bem, com certeza ela veria -se estivesse viva- que esteve enganada esse tempo todo. Só havia escuridão em Rumplestiltskin. Ele era e sempre seria o Senhor das Trevas, afinal.

A vontade de Rumplestiltskin era de ir atrás do pai de Belle e mata-lo lenta e dolorosamente. Contudo, sabia que isso só faria com que Belle o repugnasse e o odiasse ainda mais, aonde quer que ela estivesse agora.

Além do mais, o verdadeiro culpado era ele mesmo. Conviveria com a culpa pelos seus atos errôneos por toda a eternidade. Rumplestiltskin era poderoso e todos o temiam, mas do que adiantava tudo isso se ele perdera tudo que realmente importava?

“O amor é esperança, Rumple.”

A voz de Belle soou em sua mente mais real do que nunca. Parecia que ela estava ali, ao seu lado, sussurrando aquelas palavras em seu ouvido. Ele a sentia tão perto, tão viva!

And the tears come streaming down your face

When you lose something you can't replace

When you love someone but it goes to waste

could it be worse?

Como no dia em que Belle fora embora de sua vida, ele se permitiu fechar os olhos e apenas chorar até que a dor fosse embora. Porém, está aí o pior de se perder quem se ama: a dor nunca cessa por mais que você queira, ou tente. Um coração despedaçado não é algo que possa ser consertado.

Rumplestiltskin se lembrou de todos os momentos que passou ao lado de Belle. Do dia em que se conheceram, quando ele fez o acordo com o pai de Belle e a trouxe para a sua casa. Ele apenas procurava uma criada e lembrava-se exatamente de suas palavras: “Não perguntei se ela está noiva, não estou em buscar do amor.” Realmente, ele não buscava o amor, mas precisava dele. E só se deu conta disso tarde demais.

Logo, ele se lembrou do momento em que a segurou em seus braços, impedindo-a de cair. A sensação de tê-la tão perto, segurando-a, mantendo-a segura, trouxe uma sensação de extrema paz a Rumplestiltskin. Mas, obviamente, ele nunca teria admitido isto à Belle.

Lembrou-se também do único objeto que possuía e que lembrava Belle. A pequena e delicada xícara lascada. Ele recordava-se do olhar culpado de sua amada quando deixou cair a pobre xícara no chão, mesmo que, de certa forma, a culpa tenha sido dele por ter feito uma brincadeira de mau gosto envolvendo crianças. Naquele momento, Rumplestiltskin tinha percebido o quanto ela era bondosa. Deus, ela havia pedido desculpas por causa de uma xícara! Ninguém no mundo era mais encantadora que Belle, ele estava certo disso.

Rumplestiltskin se deu conta que Belle sempre estaria viva em seu coração. Por um minuto, desejou que tudo se acertasse. Que ele ganhasse uma segunda –na verdade terceira– chance para fazer tudo certo. Belle valia a pena, pois sem ela nada mais fazia sentido. Sem ela, ele era apenas um monstro com um coração vazio. E, claro, com a xicara lascada.

Ele nem ao menos teve a chance de se despedir de Belle, isso era o mais cruel de tudo. Não conseguia acreditar, assimilar que ela nunca mais voltaria, que ela havia ido embora para sempre. Era isso. Rumplestiltskin precisava ver sua amada com seus próprios olhos, mesmo que isso fosse extremamente doloroso. Ele precisava ver para acreditar.

Imediatamente, Rumple pensou em Bella e no local onde o pai dela a havia trancado e, usando de sua magia, chegou lá num instante.

A fumaça roxa espantou o Sr. French e seus homens. Não imaginariam o Senhor das Trevas por ali depois de tudo o que tinha ocorrido.

“O que você quer aqui? Veio ver pessoalmente o estrago que fez na minha menina?” O estômago de Rumplestiltskin se embrulhou ao ouvir aquilo. Mas, obviamente, ele nunca demonstraria a dor e a culpa que as palavras do Sr. French o trouxeram. Em vez disso, Rumple avançou no Rei, exigindo-lhe uma resposta.

“Onde ela está?”

“Ela está morta! Por sua culpa! Seu monstro! Saia já daqui.”

“Disso eu já fiquei sabendo.” Rumplestiltskin disse, deixando seus sentimentos presos atrás de uma máscara de indiferença. “Quero saber onde está o corpo, seu verme.”

“Você acha que eu e meus homens estaríamos aqui se tivéssemos achado? Suma daqui, Rumplestiltskin. Já causou estrago demais à esse povo.”

Se fosse em qualquer outra situação, Rumple faria o velho Sr. French engolir suas palavras, pagando pelo erro com sua própria vida. Porém, ele era o pai de Belle. E, por ela, ele ficaria vivo.

Não sabia o que pensar. Se Belle havia caído da alta torre, como poderia ter simplesmente desaparecido dali? Talvez a Rainha Má tivesse algo a ver com isso. Afinal, fora ela quem lhe contara a “novidade”. E Regina nunca dava ponto sem nó.

Raivoso, cansado e impotente, Rumplestiltskin resolveu voltar para seu castelo e afundar em sua própria dor e remorso. Encontraria com Regina no dia seguinte e exigiria ver o corpo de sua amada uma última vez. Despedir-se-ia dela para sempre. Nunca mais a veria. E a culpa era toda dele.

O Senhor das Trevas viveria eternamente com as consequências de sua preferência por poder e não pelo amor verdadeiro. Viveria eternamente com a imagem de Belle sorridente em seu castelo e depois... Bem, depois se lembraria dela morta e fria. Sem vida.

Realmente, às vezes a eternidade poderia ser uma lenta e dolorosa tortura.

(...)

Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try to fix you

Não muito longe do castelo de Rumplestiltskin, Belle corria floresta adentro procurando a saída daquela vasta mata. Já havia escurecido e o silêncio reinava no ambiente, o que deixava a pequena e delicada moça ainda mais amedrontada. Porém, ela conseguiria sair dali, sabia que sim. Por mais que estivesse cansada e esgotada demais para dar mais um passo sequer, sabia que era necessário. Precisava sair daquela floresta e voltar para a sua casa. Para seu amado Rumple.

And high up above or down below

When you're too in love to let it go

But if you never try you'll never know

Just what you're worth

Belle sabia que, provavelmente, ele a expulsaria no momento em que a visse. No entanto, necessitava tentar para saber realmente. Rumplestiltskin havia sido grosseiro e indelicado com ela quando a mandou para longe, mas ela o conhecia, sabia que sim. Por mais que ele quisesse mostrar a todos que era desprovido de qualquer sentimento bom, Belle sabia que Rumple estava enganado. Havia bondade dentro dele com certeza. Afinal, ela vira o carinho que ele tinha para com as poucas coisas que tinha guardadas do filho. Vira como ele fora piedoso com o ladrão que invadiu seu castelo quando percebeu que ele tinha uma esposa grávida para cuidar. Vira como ele fora carinhoso dando aquela linda e perfumada rosa a ela.

Rumplestiltskin não era mau, apenas carregava consigo trevas e amarguras. Mas, quem não as tem, não é mesmo? Belle sabia que lá no fundo, no coração dele, havia bondade. Havia amor.

Ele poderia até tê-la mandado embora, dito que seu poder era mais importante, entretanto, por mais que Belle amasse as palavras, gostava ainda mais de atitudes. Atitudes e pequenos gestos que mostravam grandes coisas. Grandes sentimentos.

Belle sabia da verdade que O Senhor das Trevas tanto tentava esconder: Ele a amava. Mais do que seu poder. Mais do que qualquer coisa.

Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try to fix you

E tendo isso em mente, a certeza –ou talvez esperança– que ele a amava, Belle inspirou profunda e lentamente e expirou na mesma intensidade, arranjando forças sabe-se lá de onde para continuar e achar o castelo de Rumple.

(...)

Tears stream down on your face

I promise you I will learn from my mistakes

Tears stream down on your face

And I



Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try to fix you

O barulho do vento batendo nas árvores do lado de fora da janela era tudo o que se ouvia dentro do Castelo Sombrio, tornando tudo mais desesperador. Em qualquer outro dia, a frieza e o frio seriam reconfortantes para Rumplestiltskin, mas não agora. Neste momento, tudo o que passava pela cabeça dele era Belle. E aonde ela estaria. As pessoas não sumiam assim, ainda mais uma... morta.

Belle estava morta e desaparecida. Nem pôde ver seu rosto perfeito uma última vez... Nem pôde dizer à Belle que se arrependia, que sentia muito. Não pôde nem ao menos dizer que a amava, que teve medo e que tirou conclusões precipitadas por medo de perder tudo aquilo que possuía e se entregar ao desconhecido.

Se eu tivesse apenas mais uma chance, eu entregaria meu coração a ela sem hesitar. Pois não há um dia sequer que eu não me arrependa de tê-la expulsado daqui.

O Senhor das Trevas não parecia mais se importar muito em parecer um fraco, pois as lágrimas já rolavam por seu rosto há um bom tempo. Não era um tolo, sabia que era o vilão e que, como tal, não merecia e muito menos teria um final feliz. Ninguém ouviria seus desejos, nem ao menos sentiriam muito por sua decepção.

Para todos, ele sempre seria apenas um monstro sem coração, incapaz de amar qualquer coisa, qualquer pessoa. A única que o havia conhecido bem e confiado nele, o amado, estava morta.

Rumple segurava com demasiado carinho a única lembrança física de que Bella fora real. A xícara lascada. Ele era a criatura mais poderosa de todo o reino, porém do que adiantava? Nem o poder mais forte traria alguém do mundo dos mortos. Belle se fora para sempre.

Três batidas fracas em sua porta o fizeram sair de seu desespero interno. Quem seria aquela hora da noite? Provavelmente seria a Rainha Má querendo que ele sofresse um pouco mais, no entanto, ficou surpreso e ao mesmo tempo intrigado. Se fosse mesmo Regina, ela nunca bateria na porta.

Assim que Rumplestiltskin abriu a porta, ele ficou sem ações, sem palavras. Sua mente só poderia estar lhe pregando uma peça. Ali na sua frente estava Belle. Parecia extremamente cansada, porém continuava linda como sempre. Rumple queria chegar mais perto dela, abraça-la. Ou convidá-la para entrar. Mas estava em completo torpor.

“Por favor, não me expulse de novo.” O sussurro de Belle o despertou da transe e, finalmente, ele olhou nos olhos dela. Eles transpareciam todo o receio de Belle e Rumple sentiu seu duro coração se apertar. Ela estava triste e com medo, por culpa dele. Mas, bem, pelo menos estava viva.

Sem dizer nada, ele abriu a porta um pouco mais e fez um gesto para que ela entrasse. Belle aceitou o convite de bom grado e entrou em sua antiga casa o mais rápido que pôde. Quase que imperceptivelmente, ela suspirou aliviada. Era bom estar ali novamente, pois, por mais estranho que pudesse parecer, ela se sentia segura ali como nunca se sentira em outro lugar.

“Belle... Você está viva. Como isso aconteceu? Eu fui até a torre e não havia ninguém e seu pai...”

“Você foi me procurar?!” Belle não conseguiu esconder seu ânimo e surpresa ao ter consciência daquele fato. Então, ela estava certa. Rumple se importava com ela.

A emoção de ter certeza sobre os sentimentos dele era tanta que ela nem ao menos conseguiu responder como tinha escapado da torre. Bem, depois de perceberem que a tortura para 'purificá-la' era inútil e deixaram-na trancada lá sozinha, ela descobriu alguns livros na velha torre. Um deles, inclusive, contava que havia debaixo do assoalho de madeira do canto esquerdo um alçapão que dava para uma longa escada secreta, por onde ela finalmente pôde ir embora. As pessoas realmente menosprezam o poder dos livros. Mas, bem, deixaria para contar isso a ele em outra ocasião.

“Eu fui. Eu... Eu sinto muito. Nunca quis e nunca deveria tê-la mandado para longe de mim, meu bem. Você sabe como eu sou. Um monstro, apenas isso.”

Belle se aproximou de seu amado cuidadosamente e, lentamente, tocou seu rosto com suas mãos, fazendo com seus olhares se cruzassem.

“Você não é o monstro, Rumple. É o homem que eu amo. E eu acho que eu já lhe disse isso.” Rumplestiltskin não pôde fazer mais nada além de rir. Ah, como era bom rir. Como era bom ter Belle de volta. Ele se sentia vivo com ela por perto. Como se tudo ficasse mais bonito e valesse a pena.

Sem pensar em qualquer palavra que pudesse expressar o que sentia, Rumple puxou Belle para mais perto e a abraçou apertado. Tê-la em seus braços era a sensação de plenitude que ele nunca teve antes. Era fantástico. Mágico.

“Eu senti tanto a sua falta.”

“Eu também senti a sua, Rumple. Por favor, não me afaste mais, porque eu não vou a lugar algum, tudo bem? Você vale a pena e eu vou lutar pelo que nós temos até você acreditar que eu posso mesmo amar você.” Rumplestiltskin sorriu. Não tinha mais medo, aprendera com seus erros e não iria repeti-los.

“Eu amo você, Belle. Eu apenas tinha medo de parecer um fraco e perder tudo o que eu tinha. Mas sem você, eu não tenho nada, querida.”

Os olhos de Belle se encheram de lágrimas, só que, dessa vez, de felicidade. Era bom se sentir amada, plenamente amada. Rumplestiltskin poderia ter seus defeitos e suas trevas e temores, mas nada disso importava quando ela via sua alma refletida em seus olhos. Ele era um homem bom, independente do que os outros falassem.

O sorriso de Belle e seus olhos úmidos chamaram atenção de Rumplestiltskin. Como ele admirava aquela mulher! Depois de tudo o que foi capaz de fazer a ela, Belle havia voltado para ele, o havia perdoado, apesar de tudo.

Sem se conter, Rumple aproximou o rosto do dela até seus lábios se encaixarem perfeitamente. Tudo ao redor pareceu sumir quando suas bocas se conectaram. Belle colocou os braços ao redor do pescoço de seu amado e Rumple apertou com delicadeza a mão que estava em sua cintura. Naquele momento, nada mais importava. Os dois apenas queriam recuperar o tempo que perderam e mostrar um para o outro o quanto se amavam.

Quando o ar se tornou escasso, eles pararam o beijo. Belle abriu os olhos e se deparou com Rumplestiltskin com a aparência de um homem comum, como fora num passado distante.

“Como se sente?” Belle perguntou, receosa de que ele se arrependesse outra vez de beijá-la.

“Extremamente feliz. Por que, querida?”

“Olhe.” Belle o levou até o espelho no canto da sala. Rumplestiltskin se surpreendeu com o que viu. Estava diferente, como era antes de se tornar o Senhor das Trevas. Porém, havia algo de diferente. Agora, ele estava feliz. E seus poderes... Eles ainda continuavam lá. Apenas não sentia mais o vazio em seu coração, nem raiva. A escuridão estava, aos poucos, deixando de existir dentro dele.

“Obrigado, Belle. Você me transformou em um homem de novo.” Rumple a abraçou demoradamente, não contendo sua alegria. As coisas estavam mesmo dando certo.

“Não, não transformei. Você sempre foi um homem, Rumple. Apenas não acreditava em si mesmo.”

Os dois se beijaram novamente. Dessa vez não com tanta urgência, mas apenas desfrutando um do outro. Seus corações estavam leves e calmos e tudo parecia estar entrando nos eixos. Eles se amavam e estavam juntos e nada, nada mais os separaria.

Parecia que, enfim, eles teriam o final feliz que mereciam. Apesar de todos os erros que Rumplestiltskin cometera no passado, apesar da inocência de Belle ao encontrar Regina, eles estavam bem agora e isso era tudo o que importava.

Não se pode voltar atrás para consertar atitudes do passado, mas pode arrepender-se delas e tentar melhorar. O amor conserta tudo quando é verdadeiro. E Rumplestiltskin e Belle eram a prova viva disso.

Afinal, quem disse que os vilões não podem ficar com a mocinha e terem seus felizes para sempre? Todos têm a capacidade de amar. Até mesmo o Senhor das Trevas.

FIM


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Eu tenho muita dificuldade de achar fanfics com esse casal em português, então se vocês escrevem sobre ou querem ler outras, entrem em contato comigo, sim?
Aguardo a opinião de vocês sobre a história nos reviews!
Beijos :]