Leah e Bella escrita por Cássia Andrade


Capítulo 8
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Olá... Prontas para a emoção de mais um capítulo? Obrigada pelos ótimos e maravilhosos comentários, amei cada um deles! Espero que gostem desse capítulo; boa leitura.



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CAPÍTULO VII

― Foi ótimo conversar com você, Leah ― Bella segurou a maçaneta da porta. Leah que já estava do lado de fora, mexeu a cabeça.

― Podemos conversar outro dia se você quiser ― ofereceu Leah. ― Ao vivo ou pelo telefone. ― Bella arqueou o pescoço para o lado, espiando atrás da porta. Droga, onde estava o maldito do papel e caneta nesse momento? Leah, notando o que Bella estava procurando, riu. ― Eu tenho boa memória ― Bella voltou a olhar Leah do lado de fora da porta. ―; você pode me falar o seu número e eu te ligo depois, okay? ― ela assentiu consigo mesma e Bella falou o número, devagar e belamente. Leah havia gostado da forma que Bella pausava de número em número, dando suaves pausas.

"Ligo para você quando chegar em casa." ― dissera Leah.

Quando Bella fechou a porta, sentiu uma sensação de medo penetrar sua pele pálida. Será que Leah havia notado que Bella gostava dela? Será que Leah não achava estranho elas se falarem pela segunda vez e Bella já lhe dar o seu número? Não?

Não… A conversa tinha sido em parte inocente, descontando a piscada de Leah e o pequeno, mas significante, elogio que fez a Bella em relação de seu esquecimento… Ou Bella estava maliciando tudo e o elogio de Leah não tinha outras intenções?

Apertando a ponta do nariz, Bella negou tudo aquilo a si mesma e caminhou em direção ao seu quarto, a fim de terminar os deveres que não havia terminado quanto Leah chegara.

Já Leah, enquanto caminhara, manteve-se com o sorriso apaixonado bailando em seus lábios carnudos. Havia saído tudo no ponto; perfeito! E para completar, Leah agora tinha o número de Bella e o que significava que agora Leah teria milhares e milhares de portas abertas a seu favor! Mas mesmo assim, aquele pensamento veio a sua cabeça novamente: ‘E se Bella não gostar de mim? Eu terei ao menos… Sua amizade?’

Mas quando Leah chegou a sua casa, não houve sorrisos ou suspirares apaixonados, houve apenas os lábios de Leah se franzindo com nojo. Paul estava escorado entre a porta que separava a cozinha da sala, sua sombra longa e negra estava estendida sobre o chão, ocupando quase todo o parquet claro e logo atrás de Paul, Leah conseguir identificar os cabelos de Embry. Uma sensação ruim, um arrepio doloroso subiu por sua espinha e Leah rangeu os dentes.

― O que vocês querem? ― Paul gargalhou e estalou a língua no céu da boca.

― Que você volte para a matilha ― ele deu de ombros e olhou Leah. ― Pedidos esfarrapados de desculpas do Sam.

― Ah, ele mandou vocês aqui? ― indagou Leah incredulamente e Embry se levantou do sofá e caminhou até o lado de Paul.

― Leah tente nos entender ― Embry sorriu pacificamente. ― você surtou e saiu, agora, volte.

― Achei que eu fosse a garota dos recadinhos. ― Embry revirou os olhos.

― Leah ― o tom grave de Paul a fez olha-lo. ― Você já passeou o suficiente com seu irmão, teve a liberdade, agora volte...

Irmão? ― Leah ergueu as sobrancelhas. ― Você pensa que eu o convenci a sair da matilha? Eu não queria e não quero ele no meio disso tudo, Paul.

― Quer acabar com isso Leah? ― a testa de Paul se enrugou. ― Acabe o vinculo com essa garota, abaixe a cabeça e volte junto de Seth.

― Eu não vou voltar! ― exclamou ela. Um rosnado áspero emergiu do peito de Paul e ele agarrou Leah pelo antebraço, apertando forte.

― Isso não é apenas você Leah ― suas palavras saíram pesadas e quase inaudíveis. ― Sam não vai permitir que você fique com ela, você está quebrando todas as regras.

― Ele está procurando você o dia todo pela floresta, Leah ― Embry cutucou Paul que soltou Leah bruscamente. Leah rosnou baixo e olhou os dois. ― Faz apenas um dia e eu se eu fosse você, não deixaria passar disso ― Embry apertou suas próprias mãos e respirou fundo. ― Não estou lhe ameaçando, isso é apenas um conselho de um amigo.

Leah desviou os olhos de Jared e Paul, olhando para o fogão de sua casa.

Voltar para a matilha para saciar as vontades de Sam de ter todos aos seus pés ou… Isso era mais do que aparentava? E se Leah estivesse quebrando as regras… O que aconteceria com ela? Com Isabella? Aparentemente, Sam estava procurando Leah na floresta como um louco, mas ele não ousaria manipula-la com Isabella… Ou seria capaz de fazer tal ato?

Naquele momento, mil pensamentos passaram pela mente de Leah, mas nenhum deles foi capaz, forte o suficiente para fazê-la mudar de opinião:

― Eu nunca fui sua amiga, Embry. ― os olhos negros de Leah viraram-se para Embry. Embry passou a língua pelo lábio inferior e abaixou o olhar, assentindo. ― Não preciso de seus conselhos.

***

‘Por que eu achei que ela ia me ligar?’

Essa era a única coisa que passava pela cabeça de Bella, que havia depositado certa expectativa em Leah e agora, encarava a chuva da sua janela, sem saber o que fazer para afastar aquele pensamento: já havia se passado dois dias e nada do maldito do celular gritar. Nem uma mensagem ou chamada perdida; absolutamente nada.

Mas na verdade, Leah não havia tido tempo para ligar para Bella. Passara os últimos dois dias tentando convencer sua mãe, Sue, de que estava tudo bem e de que ela não estava sendo ameaçada por Sam (não diretamente), também ajudara Seth nas lições de casa nos últimos dois dias, tentando fazer com que a cabeça dura de Seth absorvesse algum conhecimento sobre citologia. Seth tinha uma incrível dificuldade em memorizar a diferença entre células eucariontes e células procariontes, não lembrava o que era citoplasma e até hoje achava que as mitocôndrias eram uma marca de remédios contrabandeados na fronteira do país. E depois de ajudar Seth, Leah ajudava Sue, cozinhava, limpava a casa, arrumava seu quarto consecutivas vezes mesmo que estivesse arrumado, corria na floresta e quando caia na cama, desmaiava. Leah estava fazendo de tudo para esquecer de Sam e da vontade de que estava de ir até sua casa lhe dar a tal merecida surra, talvez, quebrar sutilmente uma perna ou nariz resolvesse o problema.

Leah se remexeu em sua cama de ferro, que um dia havia sido grande demais para si, e puxou da cômoda próxima de sua cama o celular. Ainda se lembrava do número de Bella e agora sentia um incrível desejo de escutar o som doce da voz de Bella, mas mesmo assim, ficou hesitante depois de digitar o número. No primeiro toque Bella atendeu: o que fez Leah pensar de que Bella estava com o celular próxima de si, o que a fez chegar à conclusão de que talvez, Isabella Swan estivesse esperando por seu chamado. Um sorriso imenso fez os lábios de Leah esticarem-se sobre o rosto e ela disse:

― Oi, Bella. ― Bella sorriu quando escutou a voz rouca de Leah.

Boa memória? ― Leah assentiu, mas por lembrar-se de que Bella não estava vendo aquele movimento, decidiu responder oralmente.

― Na verdade, ótima memória. ― Bella passou a língua por cima dos dentes e deixou um sorriso pequeno se espalhar por seu rosto. Não havia ficado deprimida nos últimos dois dias mas também não havia sentido a alegria que sentia agora. ― Eu quis te ligar naquele dia, mas não deu tempo ― comentou Leah. ― Então, me desculpe. ― e Bella teve o prazer de desfrutar da genuína satisfação de não ter sido esquecida por Leah Clearwater.

Ah, tudo bem. ― Bella se inclinou sobre seu livro de matemática e puxou uma caneta, começando a rabiscar nervosamente na capa do livro. ― Não tem problema.

Leah rolou na cama e continuou a sorrir:

― Então, como foram seus últimos dois dias? ― perguntou Leah.

Acho que bons ― Bella sorriu mais longo quando escutou a risada de Leah; parecia divertida com a resposta incerta de Bella. ― E o seus como foram, Leah? ― Leah mordeu os lábios com força, segurando a vontade de gemer quando escutou Bella pronunciar seu nome… Havia algo de especial, de mágico quando Bella falava seu nome… Era doce, viciante, apaixonante.

― Bem… ― Leah puxou o ar. ― A mesma coisa.

E aquele silêncio constrangedor cresceu entre as duas outra vez.

Era difícil conversar, porque Leah não sabia nada de Bella e não era o momento certo para falar sobre o imprinting. Bella era constrangida e isso dificultava, porque ela, assim como Leah, não sabia nada sobre a outra.

Bella grunhiu silenciosamente e fechou os olhos constrangidamente, e sentiu suas bochechas começarem a queimar.

― Você é boa em citologia? ― finalmente, Leah falou.

Sim ― respondeu Bella em um tom aliviado. ― Mas… Por que a questão?

― Eu estava precisando de umas aulas… ― droga, começar mentindo? Não parecia muito bonito. ― Quer dizer… ― Leah pigarreou. ― Seth está precisando e eu estou com dificuldade em ajuda-lo sozinha… ―, mas isso já era verdade. ― Você poderia nos ajudar. ― propôs a loba.

E aí estava uma grande oportunidade: conhecer Bella profundamente, uma aula de citologia era a ocasião perfeita, pois sempre depois do estudo, há um momento de relaxamento e risadas.

Claro que eu posso ajudar vocês.


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Notas finais do capítulo

Bom??
Ruim?? Bom??
Merece comentários?? Gostaram da imagem?? Linda, não?
Obrigada!
Beijinhos da Cássia.