Leah e Bella escrita por Cássia Andrade


Capítulo 7
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal... Obrigada aos comentários anteriores e desejo-lhes uma ótima leitora...



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CAPÍTULO VI

Quando Bella chegara em casa, encontra Angela sentada no sofá de sua casa, mexendo nervosamente na alça da bolsa bege. Ela sorrira e Bella a tratara bem no momento em que estivera ali, emprestando a Angela a matéria do que dia em que ela faltara e conversando alguns minutos com a garota sobre o trabalho de Literatura que deve ser entregue na próxima semana. Mas quando Angela fora embora, Bella teve o prazer de desfrutar de seu silêncio e de sua mente que era preenchida por Leah.

Não havia confusão em pensar numa garota que ela gostava mais do que esperava; Bella sentira um prazer imenso em pensar em Leah e estava tão afundada naquele momento de prazer dela que não se rotulou ou se culpou por estar se sentindo atraída por uma garota, ela simplesmente deixou os pensamentos fluírem com naturalidade.

O sorriso de Leah e o delicado toque de Leah em sua mão.

Macio e quente; aconchegante.

Quando acordara de manhã Bella ainda estava com aquela sensação passando por seu corpo, um prazer estranhamente caloroso.

No almoço, Bella conseguiu soltar boas risadas ao lado de Angela que havia imitado discretamente o surto de Jessica (que não estava presente na mesa) quando recebera outro fora de Mike. Isso era mais um passo para frente, Bella rira e não havia sentido sinais daquele buraco fundo e dolorido, só sentia aquela sensação boa de pensar em Leah, Leah e Leah.

Charlie hoje trabalhara apenas no turno da manhã e estava em casa, concertando desastradamente a pia da cozinha. Bella dera um ‘oi’ rápido a Charlie e subira em direção a seu quarto, disposta a aproveitar o entusiasmo para terminar os trabalhos escolares.

Já Leah quando chegara em sua casa naquele dia, sentia-se nervosa, muito. Mesmo que Seth a tivesse confortado o caminho todo, afirmando que Sue estaria ao seu lado, Leah sentira-se nervosa mesmo.

Sue estava na frente de casa, com os braços cruzados e com os olhos tão selvagens quanto os de Leah, mas de repente, Sue abriu os braços e puxou Leah para um abraço, enchendo o rosto da sua menina de beijos e dizendo que sempre estaria ao seu lado. Aquilo fora, sinceramente, um dos melhores momentos da vida de Leah.

Mas, Leah conseguia ficar mais nervosa agora.

Sam não havia aparecido nem perto de sua casa, nem os outros da matilha, mas não era isso que a deixava nervosa.

Por que diabos visitar Isabella Swan me deixa nervosa?

Leah estava em casa, deitada em sua cama, deslizando a pulseirinha entre os dedos quando teve a ideia (e a incontrolável vontade) se ir até Isabella, levar-lhe a pulseirinha.

Leah não sabia onde era a casa dela, mas seguira as instruções de Seth que costumava ir até a casa de Charlie com Harry em alguns domingos, junto de Billy e Jacob para assistirem a partida de futebol.

Na segunda batida nervosa, Charlie abriu a porta.

― Ah ― Charlie surpreendeu-se. ― Leah!

― Oi… Sr. Swan ― Leah não conseguiu sorrir; a expectativa de que Bella abrisse a porta escorrera pelo ralo. ― Então… ― Leah estalou discretamente a língua nos dentes superiores. ― Sua filha está?

― Bella? ― Charlie perguntou deixando um sorriso bobo espalhar-se por sua boca; o entusiasmo de que a filha, possivelmente, estivesse voltando a se enturmar era grande demais para ser segurado. Leah concordou e Charlie assentiu. ― Sim… Entre.

Após entrar, Charlie fechou a porta e subiu as escadas o mais rápido que conseguia.

Bella estava deitada em sua cama lendo o livro de biologia quando Charlie bateu na porta, abrindo-a lentamente. Bella ergueu o rosto do livro, encarando seu pai.

― Você tem visita. ― avisou e ela mexeu a cabeça. Charlie fechou a porta do quarto de Bella e desceu as escadas. Leah estava num canto da sala, olhado as poucas fotos, mas levemente constrangedoras, que Charlie tinha de Bella quando menorzinha. Leah riu silenciosamente com a última foto e voltou-se a Charlie que estava no pé da escada. ― Bella já vai descer. ― concluiu antes de ir para a cozinha.

Bella desceu cerca de dois minutos depois, seus cabelos estavam soltos e levemente ondulados nas pontas e os lábios agora, esticados em um sorriso curto e alegre.

― Leah? ― perguntou ela. Leah, que havia se voltada para as fotos, virou-se novamente e olhou Bella, um olhar satisfeito.

― Oi, Bella. ― não sorrir era uma missão impossível, o fato de simplesmente olhar para Isabella já era o maior deleite para seus olhos, como a visão do paraíso. Bella desceu o ultimo degrau e caminhou até onde Leah estava parando a cerca de três passos da garota. ― Como você vai?

― Eu estou bem ― Bella em um ato de nervosismo (mesmo que estivesse com um excesso de animação em seu corpo por ver Leah) colocou uma mexa do cabelo comprido para trás da orelha. Secretamente, Leah tentou imaginar qual seria a sensação de ter os cabelos luminosos de Bella e o quão prazeroso seria trançar aqueles cabelos chocolates levemente avermelhados, avermelhados de uma forma quase totalmente invisível. ― E você? Está bem?

― Sim ― respondeu Leah. ― Eu estou bem.

Então, aquele maldito silêncio constrangedor criou-se.

A segunda conversa não deveria ser mais natural que a primeira?

― Então ― Leah quebrou o silêncio e enfiou a mão no bolso da frente de sua calça jeans, puxando a pulseirinha de ouro. O olhar de Bella iluminou-se com aquilo; um olhar cheio admiração. Leah veio aqui para me trazer a… A pulseirinha? Bella não conseguiu não ficar lisonjeada com aquilo. ― Acho que isso é seu... ― Leah estendeu a pulseirinha em um movimento rápido e perfeito; havia treinado aquele movimento desde que saíra de sua casa. Bella estendeu a mão para pegar a pulseira.

― Oh… Obrigada. ― e quando as pontas dos dedos delas se tocaram, houve um pequeno choque térmico, um arrepio forte e dois corações batendo aceleradamente. Leah sorriu e teve um imenso desejo de puxar a mão de Bella para sua, dando a mão a ela e jamais a soltando. ― Eu nem tinha percebido que tinha deixado lá. ― Leah estava hipnotizada demais no rubor charmoso de Isabella Swan para falar algo, então simplesmente continuou sorrindo e soltou um olhar compreensivo a Bella. ― Obrigada, de novo.

― Ah… ― Leah negou. ― Não precisa agradecer. ― Leah conseguiu ouvir a respiração de Bella acalmar-se e um sorrisinho surgir em seus lábios. ― É normal perder coisas tão… ― Leah pausou, pensando na palavra correta. ― Tão pequeninas. ― Bella riu baixo, pressionando os lábios um no outro para não rir mais.

Interiormente, o organismo de Leah agora estava tendo um ataque de alegria; a presença de Bella era simplesmente viciante e prazerosamente doce.

― Você costuma perder coisas pequenas? ― questionou Bella.

― Não agora ― Bella soltou outra risadinha. ― mas antigamente, quando era criança.

― Bom… ― disse Bella. ― Acho que eu, então, não evolui muito desde criança. ― Leah gargalhou.

Talvez aquilo não tivesse tanta graça assim, mas tudo o que Bella falava tinha o dobro do efeito, as piadas teriam o dobro da graça assim como as tristezas teriam um dia.

― Não se preocupe ― avisou Leah. ― isso é uma qualidade.

Qualidade? ― Bella ergueu as sobrancelhas, o olhar tão incrédulo quanto desafiador.

― Sim ― falou. ― Uma das qualidades de ser única.

Seria impressão de Bella, ou Leah estava a paquerando?

De uma forma indireta, mas estava paquerando?

― Eu nunca tinha escutado isso antes ― comentou Bella. ― Mas é uma boa teoria.

― Não é uma teoria. É uma verdade. ― Leah suavemente piscou e mais uma vez, Bella sorriu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do segundo contato?
Leah paquerou? Sim ou não?
Gostaram? Sabem que preciso de comentários?
Obrigada... Abraços e beijinhos da Cássia.