Leah e Bella escrita por Cássia Andrade


Capítulo 29
Capítulo XXVIII


Notas iniciais do capítulo

Oi! Como estão todos? Bem? Espero que sim.
Estou muito animada com a ideia de vocês lerem mais esse capítulo de Leah e Bella, mas antes gostaria de, costumeiramente, falar algumas coisinhas: obrigada! Vocês são maravilhosos comigo; muito doces e pacientes. Obrigada por me apoiarem nesse aventura. Obrigada pelos comentários e pela atenção! Agora, sem mais delongas, uma boa leitura para vocês!



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CAPÍTULO XXVIII

Bella.

Em um ultimo gemido de prazer, Leah Clearwater conteve ao máximo o impulso de agarrar os cabelos de Isabella Swan. As ondas de prazer que escorregavam pelo corpo da loba eram tão fortes que ela teve a leve impressão de que ficaria inconsciente por alguns instantes. Era tão intensa que Leah não conteve o impulso de agarrar a própria namorada pelos cabelos.

Ao mesmo tempo em que puxava Bella para si, Leah deslizava para baixo. Bella mordeu os lábios quando sentiu as coxas da loba aconchegando-se nas suas, acomodando-se entre elas com naturalidade. Leah, que parecia insanamente desesperada para poder desfrutar da boca de Isabella, juntou os lábios nos da garota. Não foi devagarzinho como todos os beijos; foi extremamente sedento, necessitado e mesmo assim, extremamente prazeroso. Leah, mesmo que meio bruta, conseguia fazer Bella ver estrelas enquanto pressionava, a princípio, a língua contra os dentes da garota antes de explorar todo cantinho que lhe fosse possível. Bella deslizou as mãos para os ombros de Leah, abraçando-se levemente a garota e deleitando-se com as sensações do beijo Quileute.

Ainda inquieta, e totalmente perdida naquela linha prazerosa, Leah as fez rolar na cama e seguidamente, ajeitou-se em Bella, sentando-se e puxando a garota para sentar-se para ela (de modo que o beijo não foi interrompido e que Leah ficou sentada no colo de Bella). Leah afrouxou as mãos que seguravam os cabelos de Isabella e sutilizou o beijo, desejando aproveitar os últimos segundos que os pulmões delas aguentariam sem respirar corretamente. Bella, que estava com as mãos nos quadris de Leah, subiu os dedos pelas costas da loba, arranhando levemente. Leah soltou um suspiro satisfeito e consecutivamente, encheu os lábios de Bella de pequenos beijinhos e mordiscadas. Bella abriu os olhos, encantando-se com a visão da garota Clearwater em seus braços. Leah estava quente ― muito mais quente do que o normal para os lobos ― e estava com o rosto levemente suado. Bella afastou, carinhosamente, uma mecha de cabelo que estava grudada próxima a testa de Leah.

― Sua loba selvagem. ― comentou Bella, num tom divertido. Leah deu um beijo no canto do rosto de Bella.

― Desculpe pelos cabelos. ― Leah escorou os braços ao redor dos ombros de Isabella. Bella negou.

― Tudo bem. ― garantiu ela. Bella respirou profundamente e tirou outra mecha do cabelo de Leah do rosto. ― Sabe… Esse não era o meu plano para distração.

― Mentirosa. ― Leah riu, se inclinando para beijar Isabella outra vez.

― Talvez. ― disse ela, sorrindo e dando de ombros.

A verdade era que, tudo que Bella fazia distraía Leah. Tudo ― todos os simples movimentos do corpo de Bella ― chamava a atenção de Leah. Absolutamente tudo que a Swan fazia hipnotizada a Clearwater. Se a proposta de Isabella fosse ficar conversando sem parar Leah se divertiria. Por quê? Porque era Bella quem falava. O modo macio com o qual Bella falava acalmava Leah, a divertia e a fazia feliz. Se Bella tivesse optado por cozinhar, Leah teria se impressionado novamente e novamente com os dotes culinários de Isabella; porque tudo que a garota fazia era incrível. Bem… Se Bella tivesse optado.

Leah não podia culpar Bella ― não totalmente ― pela dose de sexo selvagem de minutos atrás. Leah foi quem partira para cima e fora Leah quem tomara a atitude de uma mão muitíssimo mais boba.

― Traumatizamos Seth e Sia? ― Bella arqueou uma sobrancelha.

― Talvez. ― Leah soltou uma risadinha. ― Mas espero que eles tenham pegado no sono ou qualquer coisa do tipo. ― caso não tivesse acontecido isso, Leah seria sujeita a chacota da matilha por um mês e meio.

Felizmente, acontecera da seguinte forma: Seth e Sia estiveram muito ocupados admirando um ao outro para perceberem ― com as suas audições apuradas ― qualquer gemidinho ou respiração errática. Seth e Sia, que passaram o tempo todo conversando e rindo no quarto, estiveram apaixonados demais um pelo outro para escutar a paixão de Leah por Bella.

― Então ― Seth batucou com os dedos na bermuda jeans. ― Você tinha um namorado na Califórnia? ― certo ciúme ecoou na voz de Seth. Sia, que havia se deitado preguiçosamente na cama de Seth, sentou-se de imediato e abraçou os ombros do jovem Quileute.

― Tinha, mas durou pouco e… ― Sia deu um beijo carinhoso na bochecha de Seth, fazendo o garoto a olhar. ― Nada se compara a você. ― afirmou a garota. Com um risinho curto, Seth puxou Sianoah para seu colo, aconchegando-a como se uma criancinha.

― Promete casar comigo quando eu for maior de idade? ― Sianoah deslizou os dedos pelo canto da face de Seth, assentindo.

― Claro que sim, lindinho.

Com uma gargalhada presa entre os dentes, Leah Clearwater saiu de cima de Bella e deitou-se como costumeiramente fazia (de bruços; abraçada ao travesseiro e de barriga para baixo). Bella acompanhou a garota e deitou-se bem próxima de Leah, quase na mesma posição.

― Seth acabou de pedir Sia em casamento. ― Bella riu.

― Cedo demais?

― Não para ele. ― respondeu Leah divertidamente.

***

Juntamente com a chuva a boa caçada foi embora. Apesar de não estar com muita sede, era decepcionante para Alice que esperava, pelo menos, um servo grande. Em compensação, Rosalie Hale e Tanya Denali não desistiam da caça. Continuavam a procura de algum animal, mesmo que estivessem irritadas com o fato de que os sapatos caros ― nada abaixo de cinco mil ― ficariam sujos e completamente estragados.

― Teimosia é o forte da Rosie. ― suspirou Emmett antes de sentar-se ao lado de Alice num velho tronco (que ficava abaixo do galho de uma árvore, impedindo assim que eles pegassem muita chuva). ― Então, conheceu a namorada da Belinha?

― Não. ― Alice negou. ― Encontrei Bella de braço dado com uma loirinha…

― Loirinha? ― interrompeu Emmett, visivelmente interessado. ― É bonita? ― murmurou ele num tom brincalhão. Em questão de um segundo, Rosalie sentou-se ao lado de Emmett e semicerrou os olhos.

― Quem é a loira? ― rosnou Rosalie. Emmett soltou uma risada estrondosa e abraçou os ombros de Rosalie, dando um suave beijo na testa da esposa.

― Sabe que você é o amor da minha vida, Rosie? ― Rosalie ignorou o olhar carinhoso de Emmett e continuou focada em Alice, que assentiu e deu continuidade as suas palavras:

― Era uma garota baixinha e loira. Achei que fosse a tal da Leah ― Alice bufou. ― Mas era uma concunhada da Bella. E sim ― Alice sorriu para Emmett. ― Era, consideravelmente, bonitinha.

― Quileutes ― Rosalie revirou os olhos. ― Sempre tendo tribos invés de filhos.

― Leah ter um irmão não significa que a família é extensa. ― comentou Emmett.

― Isso não importa agora. ― Alice limpou com a ponta dos dedos algumas gotas de água que caíram em seu rostinho. ― O que importa é que Bella está mais do que ligada a essa Quileute. ― Alice olhou para as próprias mãos. ― Parece… Eu tenho a impressão de que Bella daria sua ultima dose de oxigênio para essa garota.

― Eu disse a Edward…

― Ah, cale a boca Rosalie! ― sibilou Alice. ― Por que não fica quieta um pouco? Ninguém pediu para você dar o ar da graça! ― Rosalie franziu os lábios.

― Pelo jeito que você fala, A ― Emmett olhou para a irmã. ― Edward não tem chances.

― Acho que não. ― Alice enxugou, inutilmente, os dedos nas calças que já estavam umedecidas da água da chuva. ― Queria poder prever melhor para mostrar ao Edward ― Alice respirou profundamente (por puro hábito, afinal, seus pulmões há muito tempo não necessitavam de ar). ― Sabes como ele é, Emm. Muito persistente quando quer.

― Edward não parece estar armando nada de muito suspeito. ― Emmett negou.

― Não previ nada envolvendo Edward e Bella. ― anunciou Alice. ― Mas não preciso prever o futuro para ter certeza que Edward vai tentar algo. ― lamentou ela. ― Queria que ele não precisasse se magoar.

― Todos nós queríamos, Alice. ― confortou-a Emmett, sorrindo bondosamente. Com uma concordância silenciosa, Alice abraçou levemente Emmett. Nunca quis comentar nada, mas mesmo tendo uma ótima relação com Edward também tinha uma maravilhosa relação com Emmett, o irmão que sempre usufruía de sorrisos e risadas para aconselhar. Era bom escutar algumas bobagens que ele falava.

Com passos rápidos e uma agilidade inquestionável, Tanya Denali se movimentou com naturalidade dentro da floresta. Nunca fora de desistir da caça, até porque onde morava sempre tinham que procurar muito antes da refeição, mas aquela floresta estava surpreendente vazia. Até agora.

Sorrateiro e deslizando entre as árvores, encontrou uma pelo puma. Pela aparência mais delicada e pelo porte, Tanya viu que era uma fêmea e que apesar da agilidade, não lhe proporcionaria muita coisa com aquele corpinho frágil e magro. Mesmo assim, era uma refeição. E como aquele animal corria! Com toda a sutileza de seus passos, o animal fugiu de imediato ao sentir a presença de Tanya. Correu e correu desenfreadamente.

― Onde está Tanya? ― Alice ergueu-se do tronco num salto. Rosalie deu de ombros. ― Alguém ensinou os limites do tratado para ela? ― Emmett pigarreou.

― Rosie?

E antes de poder escutar uma resposta, Alice Cullen saiu em disparada; a procura de Tanya.

“Você anda muito mal humorado, Jake.” ― Embry cutucou Jacob Black com a ponta das patas. Jacob, que estava deitado e com a cabeça ajeitada entre as patas da frente, bufou roucamente.

“Talvez se você deixasse de cuidar da minha vida não notaria que eu estou mal humorado.” ― rosnou ele. “Não preciso do seu apoio moral Embry e caso queira aconselhar alguém invista no ramo da psicologia.”

“Sabe como isso se chama?” ― Embry riu. “Falta de namorada.”

“Fala o cara que dorme abraçado num ursinho de pelúcia.” ― retrucou Jacob, de imediato. Embry deu dois passos para trás, negando com a cabeça e soltando latidos ofendidos. “Como ele se chama? Úrsula?”

“Calem a boca, seus idiotas!” ― ladrou Paul enojado. “Temos um sanguessuga no território!”

Um jato de raiva e adrenalina atingiu Jacob Black por completo, fazendo-o correr o mais rápido possível. Precisava, muito, descarregar a raiva diária encima do sanguessuga que estava no território. Arrancar a cabeça de um dos branquelos parecia a fórmula perfeita.

Se colocando na frente de Paul e Embry, Jacob mostrou os caninos e soltou um rugido. Queria deixar bem claro para o inimigo que havia se metido com a matilha errado. Segundo as más bocas (dito-cujo Paul) a matilha de Leah andava, constantemente, desatenta e deixava os filhotes de vampiros invadirem as terras e fazerem um belo estrago antes de serem parados. Por um instinto de vingança, Black queria mostrar para a garota Clearwater que ele superior e que só ele conseguia ser melhor e mais ágil que toda o bando dela. E quando se deu por conta, lá estava ela: a sanguessuga.

Jacob não conseguia ver o rosto dela e via apenas a cabeleira loira e encaracolada da mulher. Pela roupa de grife e pelo jeito, Jacob soube que era algum amigo dos Cullen. Não importava; havia invadido o território e pagaria o preço. Atrapalhada e nervosa, Tanya Denali tentou escapar do Quileute. Não conseguiu. Antes que pensasse em qualquer rota de fuga, teve sua cintura abocanhada e foi atirada contra uma grande rocha.

Levantando-se e tirando os cachos da frente do rosto para poder ver o inimigo, Tanya Denali andou na direção do grande lobo que agora a encarava. Jacob cambaleou quando ela rosnou e se aproximou. Não. Não era por medo. Era porque era ela. A sua escolhida. O seu imprinting.

De um segundo para o outro, a razão pela qual Jacob acordava e dormia todo dia era Tanya. Tudo que ela fazia era por ela; cada respiração e cada sorriso foram dados a espera dela. A espera da bela loira. Uma sensação de tristeza tomou conta do coração quando notou que de uma forma muito feia havia irritado, assustado e magoado a loira.

Abaixando a cabeça e dando passos arrependidos na direção da loira, Jake soltou um ganido. Queria, insanamente, se transformar em humano e pedir perdão pela agressão. Porém, tudo que ganhou quando chegou perto por um segundo rosnado ameaçador e um tapa que o fez atravessar dois metros.

“Vamos!” ― Embry e Paul correram na direção de Tanya, prontos para o ataque. Apesar da beleza, a loira não era fraca.

Meio tonto do recente bofete, Jake levantou-se e correu, se colocando na frente de Tanya antes que ela recebesse qualquer ameaça.

“Ninguém toca na minha garota.” ― ordenou ele.

***

― Vou ficar aqui de noite. ― relembrou Leah, ainda meio hesitante para soltar a mão de Bella. Bella riu e olhou de esguelha para a porta da sua casa. Estava fechada, mas na janela a esquerda podia ver Charlie espiando entre as cortinas. ― Acho que vou ficar agora.

― Hey, eu sei que você não quer crer nisso ― Bella apertou a mão de Leah, passando uma sensação deliciosa de calor. ― Mas você ainda é humana e precisa dormir e comer direitinho.

― Bella. ― resmungou Leah.

― Seja boazinha comigo, Leah. ― pediu ela, segurando com as duas mãos a mão da garota Clearwater. ― Volte para casa e me faça o favor de comer e dormir um pouco.

― Eu estou bem. ― Leah franziu a testa.

― Por favor. ― pediu ela novamente e falou de uma forma tão doce que Leah se derreteu. Nunca conseguiria dizer um não para Bella quando falasse daquele jeito.

― Ok. ― por fim a loba concordou.

Com um sorriso bailando nos lábios, Bella deu um beijinho de despedida em Leah. Simples e rápida; um meigo selar de lábios que durara menos de cinco segundos. Um selar que fez Leah aproveitar das maravilhosas e costumeiras sensações de ser beijada por Bella.

― Vou entrar agora. ― e deu outro selar em Leah antes de soltar as mãos da garota e entrar em casa. Para Leah, foi impossível não sair cambaleando da casa de Bella; totalmente embriagada com a paixão da Swan. E como Leah queria desfrutar daquilo por um tempo.

Desfrutar da mesma forma que uma garotinha ― nova e apaixonada pela primeira vez ― faria. Desejou poder se deitar em sua cama e refletir sobre toda a tarde delas, fechando os olhos e rolando na cama, soltado suspiros apaixonados e abraçando o travesseiro ao pensar o quanto amava aquela pessoa. Infelizmente, ela não podia e não conseguia tal ato. Não naquele começo de noite.

Quil estava espreitando no fundo das árvores, onde apenas Leah conseguiria o ver. Saindo da vista de Charlie, Bella ou qualquer outro humano, Leah se transformou e adentrou a floresta.

“O que aconteceu agora?” ― se humano, Quil estaria saltitando de emoção. Leah grunhiu e o olhou irritada. “Desembuche logo, Quil.”

“Você não vai acreditar no que acabou de acontecer.” ― anunciou ele.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam deste capítulo?
Bom? Ruim?
Espero que deixem a opinião de vocês.
Obrigada e mil beijinhos da Cássia.