Leah e Bella escrita por Cássia Andrade


Capítulo 23
Capítulo XXII


Notas iniciais do capítulo

Antes de embarcarmos nesse capítulo especial... Gostaria de agradecer a tudo leitoras e leitores maravilhosos! Obrigada (muito, muito, muito!) a Caty Pattinson pela carinhosa recomendação! Obrigada pelos elogios e pela atenção! Milhões de beijos e abraços aos leitores de Leah e Bella! Seus comentários são incríveis! Vocês são os melhores!
Boa leitura!



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CAPÍTULO XXII

Você é tão linda, Bella.

Bella soltou uma risadinha e abaixou o rosto, enrubescendo fortemente. Por mais que ele já tivesse pronunciado tais palavras tantas vezes ela jamais se acostumaria com tal idolatria. Edward abaixou o rosto ao nível dos olhos de Bella e deleitou-se com essência castanha daqueles belos olhos. Uma brisa agradável passou e Bella escorou a cabeça no peito de Edward, fechando os olhos.

Aqueles momentos eram tão bons; tão prazerosos e tão… Curtos. Bella respirou profundamente e enroscou mais a cabeça em Edward, espirando todo o seu perfume e sentindo a sensação deliciosa de estar com quem se ama. Mesmo de olhos fechados, Bella sentiu a luminosidade diminuir e o calor do sol em sua pele aliviar, abriu os olhos lentamente e ergueu o rosto, olhando no fundo dos incríveis olhos dourados de Edward Cullen. Um sorriso carinhoso alongou-se pelos lábios de Bella e Edward sorriu torto, deslizando as mãos pela cintura de Bella enquanto ela enrolava os dedos nos cabelos dourados dele, puxando-o para um beijo.

― Estava com saudades daqui! ― Emmett tirou do ombro um imenso sofá de couro e o colocou no centro da sala. Edward negou as informações a si mesmo e olhou para a casa: estava ficando preenchida conforme os minutos. Esme sorriu e colocou as mãos nos quadris, analisando o quão fora do lugar estava o sofá. ― Quando vai falar com a Belinha?

― Hoje. ― respondeu Edward.

― Ela não estava correndo risco de morte? ― Tanya afagou os cabelos loiros. Edward empurrou o sofá até ficar na posição desejada por Esme em seus pensamentos.

― Alice teve mais algumas visões relacionadas à Bella. ― Edward suspirou. ― visões ruins, mas ainda sim, uteis.

― Ruins? ― indagou Tanya.

― Incompletas. ― Edward mexeu os ombros.

― Isso é idiotice. ― Rosalie em um segundo entrou na casa, sentando-se no sofá e cruzando as longas pernas. ― Ela já deve ter seguido a vida dela, Edward. Já deve estar com outro garoto e sinceramente, desinteressada em você. ― concluiu Rosalie, com um leve olhar superior. Edward semicerrou os olhos, liberando um rosnado baixo.

― Por que não volta para a sua excursão na África, Rosalie? ― Rosalie abriu os lábios para retrucar, mas Tanya interrompeu: os olhos brilhavam de animação enquanto analisava Rosalie Hale da cabeça aos pés.

― Chanel ou Gucci?

Rosalie sorriu longamente.

― Gucci.

***

― É uma causa ganha. ― Leah balançou o cartão branco com letras douradas. Com uma caligrafia muito refinada estava escrito o nome do advogado, Joseph Cogburn, e abaixo o número de seu telefone e o endereço do escritório. Leah suspirou e guardou o cartão no bolso do jeans. ― Queria ter tempo para processar a velha.

― O que aconteceria com ela? ― questionou Bella, estacionando o carro na frente de sua casa. ― Iria presa? Ficaria sem um centavo? Ou ganharia a causa por ser incapaz?

― Está dizendo que ela é louca? ― Leah riu com escárnio. Bella respirou profundamente.

― Só estou dizendo que é assim que funciona a vida, Leah. ― Bella olhou para Leah. ― Você assiste ao noticiário, certo? Assassinos cruéis são libertos e ditos como incapazes, sempre donos de graves problemas psicológicos. ― Bella puxou a chave do carro e Leah franziu a testa, encarando Bella. ― Só quero dizer que… Quem é ruim continuará ruim e sempre será acobertado por alguém. ― Leah abriu os lábios para responder, mas Bella a interrompeu, abrindo a porta e colocando as pernas para fora do carro. ― A vida é injusta. ― Bella fechou a porta do carro e Leah pulou pela outra porta, andando até Bella.

Tudo estivera estranhamente bem depois do episódio com a velha no café… E agora Bella estava colocando para fora a raiva do momento. A raiva que havia escondido para poder desfrutar da presença de Leah. A desilusão que havia transformado em sorrisos para deixar Leah feliz.

― Achei que você estivesse bem. ― comentou Leah, andando apressadamente até Bella. Bella parou de andar e se virou, olhando Leah.

― Eu estou bem. ― disse ela, discretamente irritada. ― Apenas…

― Apenas? ― repetiu Leah, esperando por uma resposta.

― Apenas não gosto de passar por isso. ― admitiu Bella, cabisbaixa. Leah quase cambaleou quando sentiu uma pontada em seu coração: uma sensação desagradável e fria de tristeza. Ela puxou o ar lentamente e deu os últimos dois passos, passos suficientes para sentir o corpo de Bella colado no seu. Leah passou os braços em volta da cintura de Isabella Swan e mesmo sendo mais alta, Leah enroscou o rosto na curva do pescoço da garota e aspirou, ao máximo, todo o seu delicioso perfume.

― Não quero que você fique assim. ― sussurrou Leah no ouvido de Bella. Bella abraçou a cintura de Leah e beijou-lhe o canto da face.

Quando juntas, literalmente, elas eram uma só. Quando se beijavam, quando se abraçavam, quando trocavam olhares amorosos ou até um sorriso tudo se misturava: até mesmo a energia delas parecia se unir. Bella ergueu o olhar juntamente de Leah.

― Você sabe… Essa não foi a primeira vez e nem vai ser a última.

― Eu sei… ― Bella anuiu com a cabeça. ― Apenas não vejo nada de errado no nosso relacionamento…

― São pessoas idiotas. ― Leah interrompeu Bella. ― Pessoas que talvez nunca tenham tido um amor épico como o nosso.

― Amor épico? ― Bella sorriu, soltando em seguida uma gargalhada curta. A sensação dolorosa e fria aliviou para ambas e Leah rendeu-se num sorriso.

― Claro que sim. ― Leah subiu uma mão até o rosto de Bella e lhe acariciou a face com a ponta dos dedos. Leah aproximou o rosto de Bella e sentiu a respiração delas se mesclando. ― Você… ― os lábios dele Leah roçaram nos de Bella. ― É a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida. ― Bella apertou mais a cintura de Leah, descendo as mãos até os quadris. Um arrepio correu por todo o corpo de Leah e ela fechou os olhos. Os lábios roçavam nos de Bella quando ela disse:

Eu te amo.

Apenas três palavras.

Tão simples e de pronuncia tão fácil, mas com um significado tão grande. Pela primeira vez, Leah notou que jamais havia pronunciado aquelas palavras antes. Era a primeira vez que ela falava para Bella que a amava. Bella juntou os lábios de Leah: um simples beijinho.

― Também te amo. ― então, puxou Leah para um beijo.

Leah poderia ― perfeitamente ― dedicar alguns segundos para soltar risadinhas emocionadas, porém, os lábios de Bella impediam qualquer risada. Estavam sedentos pelo contato de Leah, sedentos por tudo que Leah poderia lhes proporcionar. Talvez porque fazia dias que elas não se beijavam, ou talvez porque Bella era totalmente apaixonada por Leah.

Leah tentou entender a sensação, mas apenas conseguiu senti-la. Um calor e um rubor fortíssimo subiram por todo o seu corpo, deixando-a exposta e fraca. Bella moldou os quadris de Leah com os dedos e a loba gemeu baixo. Deus… Que sensação mágica era aquela? Será que Bella estava sentindo o mesmo? Leah estava tão afundada naquele prazer tão seu que não notou que já estava prensando Bella contra a porta da casa de Charlie.

A loba desceu os lábios para o queixo de Bella enquanto a mesma deslizava a mão para a maçaneta da porta. Ambas cambalearam juntas para dentro de casa e Leah chutou a porta, fazendo-a se fechar. Bella apertou os quadris de Leah e a puxou para mais perto. Novamente, Leah voltou a beijar os lábios de Bella.

Os lábios de Leah dançaram sobre os de Bella, encaixando-se com perfeição. Uma gota de suor escorreu pelas costas de Bella e ela ficou totalmente sem fôlego, obrigando Leah a diminuir o ritmo viciante do beijo. O coração de Bella palpitou erraticamente e Leah deliciou-se com a eufonia.

Ambas estavam tão perdidas naquela linha prazerosa que Bella foi notar a proporção de tudo ― o quão longe estava chegando ― apenas quando Leah subiu encima dela, apoiando as mãos no colchão. Bella deixou a mão escorregar pelas costas de Leah, na esperança de achar alguma abertura que auxiliasse na tirada da roupa. Nada encontrou.

A volúpia do beijo apenas aumentou e Leah sentiu como se fosse desmaiar de tanto êxtase. Leah era quente e a excitação era demais; Bella quase suava de tanto calor. Bella se equilibrou e sentou-se na cama, puxando os quadris de Leah e abafando o gemido da garota Clearwater com outra incrível sequência de beijos.

Leah segurava o rosto de Bella entre as mãos enquanto a mesma tirava a blusa da loba, desesperada por mais contato. Desesperada por Leah. Desesperada por poder amá-la de todas as formas.

Elas quase haviam chegado uma vez. Fora na cozinha da casa de Leah Clearwater e Bella havia parado tudo para exigir respostas de Leah. Hoje Bella estava disposta a não parar aquele momento. Simplesmente precisava daquele contato, precisava dar todo o seu amor a Leah.

Leah arqueou a coluna e trincou os dentes, reprimindo o gemido quando sentiu os dedos de Bella deslizando por seu corpo, causando maravilhosas sensações. Leah, de soslaio, viu que suas peças de roupas estavam do outro lado do quarto e que naquele momento, não restava nada além de corpo com corpo. Outro gemido foi reprimido quando Bella passeou com as mãos pelas coxas de Leah, abrindo um pouco mais de espaço entre as pernas da loba.

Finalmente, Leah rendeu-se num gemido satisfeito.

***

“O que vocês estão fazendo aqui?” ― ladrou Jared no mesmo instante em que viu Paul e Jacob deslizando pela colina, os alcançando em alguns segundos. Seth ergueu o rosto, encarando os antigos parceiros de matilha. Jacob olhou para os lobos e fixou o olhar em Sianoah; Seth rosnou.

“Não estou interessado no seu estúpido imprinting, Seth.” ― esclareceu Jacob, num tom amargo. Depois de perder Bella para Leah ― de perder Bella por causa do imprinting ― Jacob adquirira um ódio pelo imprinting, pela ligação Quileute.

“Você está me chamando de estúpida?” ― Sia mostrou os dentes para Jacob. Seth rosnou novamente, agora, andando na direção de Jacob. Jacob revirou os olhos e sentou-se na grama, olhando Seth com tédio. Paul soltou uma risada latida e sentou-se perto de Jared, lambendo os lábios antes de dar vazão aos pensamentos.

“Então, os parasitas estão de volta.” ― falou Paul. Seth olhou de soslaio para Jacob antes de voltar a sua posição, ao lado de Sia. “Como Leah está lidando com isso?”

“Eles chegaram a poucas horas, Paul.” ― replicou Seth enquanto Sia escorava o rosto perto do dele. Jacob mexeu a cabeça, soltando um espiro alérgico.

“Mesmo assim, a alfa de vocês deveria estar sabendo disso.” ― retrucou Paul, em um tom de falso pesar. Seth semicerrou os olhos e Sia ergueu-se num pulo.

“Seu mexeriqueiro!” ― acusou ela. Jared olhou Sia, surpreso pelo ataque verbal.“Veio fazer o quê aqui? Levar conversa para o alfa de vocês?”

“Uou…” ― Paul fingiu mágoa. “Devia controlar a sua cadela, Seth.”

E antes que Seth saltasse sobre Paul seu corpo foi arremessado contra uma árvore. Sia gritou. Jared e Jacob rosnaram juntamente para os vampiros: duas garotas de doze anos ― garotinhas gêmeas e baixinhas, que usavam os cabelos trançados igualmente e que tinham um olhar maldoso ― e um garoto de no máximo quatorze anos. Tinha um olhar amedrontado e cabelos crespos.

― Cachorrinho… ― debochou uma das gêmeas, sorrindo e gesticulando para que Jacob a pegasse. Ele o fez e foi tão rápido que nem conseguiu sentir um pouquinho de diversão. Seth ergueu-se do chão e juntamente de Sia, atacou a outra gêmea, que por sua vez, era muito mais forte e destemida do que a outra.

A garota gritou de raiva e pulou no pescoço de Sia, como se fosse cavalgar. Seth pulou por cima de Sia, arrancando a recém-criada do pescoço da loba branca. Paul, Jared e Jacob acurralaram o garoto amedrontado.

― Seu cachorro estúpido! ― a garotinha agarrou Seth pelo pescoço, o lançando contra uma pedra. Seth teve o ganido abafado pelo rosnado. Sia mordeu a perna da garota, arrancando-a da mesma forma que uma criança arrancaria a perna de uma boneca. A garota gritou de dor e o garoto amedrontado deu seu último suspiro. Paul cuspiu a cabeça do garoto e andou na direção da garotinha que se arrastava sobre o chão com sua única perna.

“Tem mais deles!” ― anunciou Jared em um berro. Sia mostrou os dentes para Paul, que virou as costas e encarou os outros quatro vampiros.

Todos tão novos e indefesos quanto os três anteriores.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Bom? Ruim? Lembrem-se: opiniões são necessárias!
Obrigada!
Beijinhos da Cássia.