Leah e Bella escrita por Cássia Andrade


Capítulo 11
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal! Como vão? Bem? Animados?
Então, gostaria de dizer um obrigada bem grande a Susa Santos pela recomendação; foi inspiradora e doce, amei! E um obrigada muito especial as minhas leitoras que fielmente comentam... São das suas palavras que eu tenho forças para escrever as minhas! Então, sem mais prolongamentos, ótima leitura!



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CAPÍTULO X

Naquela noite o céu estava escuro. Parecia um pedaço de veludo negro, manchado por pingos brancos que se derretiam naquela imensidão negra, dando mais visão e brilho às estrelas. A lua estava rechonchuda, ainda era minguante, mas quase atingia a lua cheia e embaixo daquele céu encantadoramente belo, Bella estava sentada ao lado de Leah, o casaco fechado e o tom de voz baixo.

― Sue é muito simpática ― Bella balançou os pés na cadeira. Ao canto da varanda, havia uma daqueles bancos de balanço, era de madeira, castanho escuro, e cabia perfeitamente ali duas pessoas. ― E Seth também. ― Bella soltou uma risadinha constrangida e Leah riu junto, lembrando-se da janta.

Seth chegara todo atrapalhado, cheio de folhas, lama da cabeça aos pés e com um cheiro horrível. Ele sorriu e subiu, tomando um banho mágico de três minutos e em seguida, desceu, sentou-se a mesa e comeu como se fosse à sua última refeição; como se tivesse pegado pena de morte e essa fosse a refeição antes de sua execução. Mas a lembrança engraçada do jantar era ver Sue dar pequenos beliscões em Seth quando ele abria a boca (cheia de frango e vagem) e começava a falar sobre Leah: Leah gosta de lilás e odeia amarelo, Leah era a melhor da escola quando jogava voleibol, Leah curte livros com galãs misteriosos, Leah, Leah e Leah.

Mas também fora engraçado ver Seth irritando Leah; uma normal e saudável relação entre irmãos. Leah havia ficado hipnotizada em Bella a maior parte do tempo ― mesmo com os comentários de Seth e o constrangimento de Sue quanto aos maus hábitos de Seth a mesa ― reparara tudo em Bella, inclusive, que mesmo não estando depressiva, Bella não comia muito. Mesmo que o frango de Sue estivesse tão delicioso quanto as saladas e o pão, Bella mais brincara com o garfo no prato do que comia e mentalmente, Leah gravou aquilo na cabeça: ‘Fazer Bella se alimentar melhor’.

― Seth é um pirralho ― Bella riu outra vez. ― Mas eu o aturo mesmo assim. ― Bella fitou Leah, observando discretamente cada traço do rosto de Leah, os favoritos dela.

O rosto todo de Leah era lindo, mas em especial, Bella achava que aquelas maçãs fortes e bem definidas, além dos lábios bem carnudos a destacavam de todos os outros rostos na Terra. Mostrava força, confiança e poder ficar fitando aquele rosto era um deleite e para Leah, olhar para Isabella era como… Uma bênção ou algo do tipo. Cada traço, centímetro, marquinha, curva, pareciam ter sido esculpidas por Deuses. O olhar do imprinting era algo tão encantador, apaixonante, verdadeiro. E durante aquele olhar, não houve duvida de quanto Leah queria sentir o amor de Isabella Swan entre seus lábios outra vez.

A sensação deliciosa de ternura foi absorvida naquele beijo e Leah deixou as mãos pousarem nos joelhos de Bella que agora, suavemente, acariciava o canto do rosto de Leah com uma das mãos… Algo ardente conflagrou-se dentro delas… Uma onda de sentimentos e sensações prazerosas. Bella desceu a mão para a nuca de Leah.

― Dizer que eu quero que isso tudo seja mais sério que um amasso seria ir rápido demais? ― questionou Leah, que estava com os olhos fechados, respirando erraticamente enquanto Bella ficava de olhos fechados também, com a testa encostada na de Leah.

― Não, mas… ― Leah abriu os olhos e desgrudou a testa de Bella que olhava. ― Acho que temos muito que saber uma da outra.

― Isso não é fácil ― comentou Leah, sentindo-se pela primeira vez irritada. ― Quer dizer, não é simplesmente chegar e fazer um questionário de A até Z, perguntando desde o dia em que você nasceu até a calcinha que está usando hoje. ― Bella soltou um sorriso amargo.

― Que tipo de música você gosta? ― Leah desfez a careta e ergueu uma sobrancelha. Bella sorriu docemente agora. ― É sério.

Leah assentiu:

― Eu gosto de alternative… ― Bella ergueu uma sobrancelha. ― O que?

― Achei que gostasse de rock! ― Leah gargalhou e Bella mexeu os ombros, rindo silenciosamente. ― Eu não sei… Você tem cara de quem gosta de rock, tipo AC/DC.

― Por que todo mundo só fala deles quando o assunto é rock? ― Leah ainda estava rindo quando perguntou. ― Quer dizer, existem outras milhares de bandas!

― Eu não sei! ― Bella ergueu as mãos. ― São os únicos que eu conheço!

― Os únicos? ― Bella concordou e Leah franziu o cenho. ― Uau.

Bella piscou para Leah:

― Viu? É fácil. ― então Leah entendeu que aquilo fora a demonstração de Bella de como era fácil agora o dialogo entre elas. ― Tente.

Ok ― Leah cruzou as pernas e parou por um segundo, analisando criticamente tudo o que poderia sair por sua boca. ― Qual é a sua cor… Favorita?

Bella pensou.

Azul seria uma boa resposta, mas azul era a cor que Edward gostava nela, a cor favorita de Edward e agora, por que azul teria que ser sua cor favorita? Edward não tinha mais significado em sua vida e estar perto de Leah, era como se aquela ferida nunca tivesse existido. Então, Bella respondeu:

Vermelho.

***

― Vocês deveriam ter sido mais persistentes. ― começou Sam assim que Paul e Embry entraram. Paul bufou e atirou-se no sofá, estalando a madeira e espremendo a esponja. Embry engoliu em seco e escorou-se na porta.

― Já faz dias, Sam. ― murmurou Embry. Sam ergueu uma sobrancelha.

― E Leah continua lá ― Sam observou o copo de água a sua frente; parado e intocável. ― Quebrando as regras.

― Sam… ― Quil mexeu as mãos em um ato de nervosismo e coçou a nuca. ― Você não acha que talvez esteja exagerando…

― O que? ― o tom de voz de Sam elevou-se e ele se ergueu da cadeira, o olhar duro. Quil passou a língua pelo lábio inferior, e falou:

― Ela apenas está com a garota, Sam ― Quil deixou de olhar o chão e fixou o olhar no de Sam, o rosto nitidamente forte e determinado. ― A garota foi imprinting dela, Leah foi projetada para estar com ela. Ela não está quebrando regras.

― Sim, ela está! ― berrou Sam. Jared trincou o maxilar e manteve-se em silêncio. ― Em anos e anos, isso nunca aconteceu. Nunca.

― Quil está certo, Sam ― Jared pronunciou-se pela primeira vez. ― Você está passando dos limites, isso tudo está errado…

― Você está errado ― acusou Sam. ― Leah não deveria ter tido o imprinting por Isabella…

― Que regras ela está quebrando Sam? ― gritou Jared, interrompendo Sam, a voz grossa e altíssima. ― Ela está apenas seguindo a natureza dela, o que ela manda: amar Isabella Swan!

― Está comprando as dores dela? ― Sam sorriu debochadamente. Jared bufou, começando a tremer levemente pela raiva.

― Quer saber? ― Jared estava com o rosto vermelho. ― Eu estou cheio dessa merda toda! Eu caindo fora dessa!

― Eu também. ― disse Quil, baixo… Talvez, estivesse meio hesitante quanto a isso, mas no fundo, sabia que seu lobo gritava para que se libertasse da autoridade de Sam. O olhar negro de Sam tornou-se odioso, amargo, amedrontador. ― Eu concordo com Jared...

― Então, vão! ― a voz de Sam saiu entrecortada pelo ódio. ― E não voltem mais. ― Sam mexeu o maxilar e os dentes apertaram-se um contra os outros, soltando um rangido baixo. ― Não gosto de dar segundas chances.


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Notas finais do capítulo

Acham que precisa melhorar? Ficou muito curto? Ficou bom?
Comentem!
Beijos, abraços e lembrancinhas carinhosas da Cássia!