For love: Segunda Chance. escrita por Cachos de Anjo


Capítulo 13
Chama de ouro e chuva de prata.


Notas iniciais do capítulo

Ei, psiu!

VOLTEEEEEEEEEIIII!!!!!

Como estão, meus anjos? Ainda lembram de mim?

Só queria avisar que a inspiração voltou para mim, e vou começar a postar com mais frequência. :D

Realmente espero que gostem do capítulo. Ficou curtinho porque eu tinha escrito mais de dez mil palavras, só que quando fechei o Word, esqueci de salvar ;(

Mas o próximo vai ser maior, prometo.

Boa leitura, meus amores.

Lumos.



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Ela estava no centro da sala sombria, paralisada de pavor. Para onde quer que olhasse, a escuridão a cercava. Não havia saída. Uma vez lá dentro, ela teria que encarar seus piores medos.

Ela ouviu o vento se agitando à sua volta, e logo em seguida a fantasma tomou sua forma, mas, dessa vez, ela reconheceu o rosto a quem foi apresentada.

Mãe?

Depois de alguns momentos, ela fez mais do que mover os lábios para enunciar a palavra.

–Mãe? - Chamou, e quando o eco de sua voz ressoou ao redor, a garota sentiu um arrepio na espinha.

A forma fantasmagórica de Hermione Granger pairava a sua frente, olhando ao redor desesperadamente, quase como alguém que esperava ser surpreendida fazendo algo de errado. Ela usava um manto preto que cobria todo seu corpo, como os fantasmas de outros pesadelos de Rose, mas sua face certamente era da garota mais inteligente que já passara por Hogwarts. O cabelo cacheado escorria até o pescoço, e a pele estava mortalmente pálida, como se ela tivesse levado um terrível susto. Os olhos, que naturalmente eram castanho-escuros, agora não passavam de órbitas vazias, totalmente negras.

–Minha filha - A voz que saía daquela versão aterrorizante de sua mãe certamente não era humana.- Aquelas que se envolvem com os Malfoy tem um destino triste, minha querida. Afaste-se de Scorpius.

–Eu o amo, mamãe. - A garota protestou, mas sua voz soou como um guincho assustado.

–Ah, minha Rose! Ah, minha filha querida! Amas teu Malfoy? Que destino triste te aguarda! Ah, minha querida...

A voz de sua mãe foi morrendo aos poucos, e, um momento depois, o cenário estava se dissolvendo, e ela estava caindo no vácuo.

A escuridão foi substituída por uma luz tão forte que a deixou momentaneamente cega. Piscando alucinadamente, Rose finalmente conseguiu ter uma pequena noção de onde estava: ajoelhava-se em um corredor que se estendia até o infinito, e tudo ao seu redor era feito de uma luz branca que era quase tão ruim quanto a escuridão.

A garota levantou-se e começou a caminhar, sem saber por que ou para onde estava indo. Quando olhou para baixo, percebeu que usava um vestido feito de névoa, que a fazia se sentir nua. Ela não sabia o quanto havia caminhado, mas, depois de alguns momentos, vozes começaram a sussurrar para ela, atravessando as paredes de luz e fazendo seu sangue gelar:

–Tome a decisão certa, Rose Weasley...

–Não cometa o mesmo erro que nós...

–Faça a escolha certa...

E então ela estava parada, ainda no corredor de luz, e a sua frente estavam três portas: a da direita parecia uma infinita chuva de prata líquida, e nela Rose podia ver pequenos vislumbres de momentos que passara com Pedro: a primeira vez que o vira, quando entrara no vagão dos monitores, e como ele mexera com ela quando os dois se encararam. O beijo dos dois, logo depois de ela ter reencontrado Scorpius. Ele dizendo que a amava, mas que se afastaria para que ela pudesse ser feliz com o outro...

A porta da esquerda, no entanto, era completamente o oposto. Ela parecia feita de chamas de ouro, que ardiam e crepitavam, convidando-a a uma paixão tão intensa que certamente poderia queimar qualquer um que ousasse interferir. Nela, Rose via reflexos dela e Scorpius: o baile no primeiro ano, ele anunciando que iria se mudar, e ela entregando-lhe um rosa vermelha, que nunca morreria enquanto os dois se lembrassem um do outro. Ela também se viu no expresso de Hogwarts, tropeçando em cima dele, e, em seguida, fugindo. Viu-os na clareira além da floresta proibida, gritando um com o outro, e depois entretidos em um beijo cheio de emoções, o primeiro beijo dos dois...

E havia também a porta do meio. Essa era apenas um fino véu de escuridão, mas era a que mais a atraía. Ela não sabia o que havia além dela. Não sabia porque queria atravessá-la, apenas sentia necessidade de fazê-lo. Ela podia sentir um par de olhos observando-a, e eles estavam além dessa porta...

–Escolha, Rose Weasley! - Gritou uma voz em algum lugar além de toda aquela luz. -ESCOLHA!

A garota se sentou tão abrupta e repentinamente que acabou batendo a testa na cabeceira da cama. A dor a acordou, e ela quase agradeceu por isso. Sua respiração estava acelerada, e o coração parecia querer saltar para fora do peito. Depois de compreender que fora só um sonho, a garota se dissolvera em lágrimas. Até quando vão continuar a me torturar com estes pesadelos?

Um grito gutural e apavorado veio do quarto ao lado, e logo depois o ruído de um corpo atingindo o chão. Desde que começaram os pesadelos, era sempre assim: ela acordava primeiro, perdida e arfando, e logo depois ouvia os gritos de Pedro vindos do quarto ao lado. No próximo momento, ela estaria agarrada a maçaneta do quarto, desejando mais do que tudo poder ir até lá e dizer-lhe que tudo estava bem. Mas Rose não podia fazer isso. Estava com Scorpius agora, e tinha de esquecer o moreno. Também não tinha o direito de machucá-lo. Desde que se conheceram, ela só o trouxera problemas.

Forçou-se a soltar maçaneta, e se concentrou na dor latejante em sua testa, mais para se distrair do que por necessidade. Cambaleando em direção ao banheiro, ela se apoiou na pia e ergueu os olhos, fitando sua imagem refletida no espelho. Deplorável. O cabelo ruivo estava totalmente embaraçado, e caia por sua face até a altura das costelas. Haviam círculos escuros embaixo de seus olhos, resultado das noites mal dormidas. O talho que abrira em sua testa ao acordar sangrava, e ela precisou se esforçar muito para conseguir abrir a torneira e lavá-lo, já que suas mãos tremiam compulsivamente.

Arrastando-se de volta ao quarto, seus olhos voaram para o relógio que ficava em uma das paredes. 04:00 AM. Faltavam três horas até que a primeira aula do dia, que era Feitiços, começasse. Aproximando-se de sua penteadeira, ela pegou a varinha, e, com um floreio, curou o machucado em sua testa. Em seguida, mais para passar o tempo do que por necessidade, ela pegou uma escova de cabelos e começou a desembaraça as longas madeixas ruivas. Contra a sua vontade, seus pensamentos começaram a fazer seu caminho de volta aquele sonho, que já vinha se repetindo a mais de uma semana. Ela entendia que a porta de prata levava a uma vida calma e em paz ao lado de Pedro, longe dessa tal maldição. Também sabia que a outra porta, aquela que se parecia com uma fogueira de ouro, a conduziria na direção de uma vida cheia de conturbações ao lado de Scorpius, da qual ela nem sabia se poderia atravessar com vida...

Mas não eram aquelas duas portas que a perturbavam. Era a do meio. Aquela que mais parecia um buraco negro. A sensação de olhos que a espreitavam nas sombras, e de como ela se sentia atraída...

Um barulho de vidro se quebrando a tirou de seus devaneios, fazendo-a saltar com um gritinho de susto. Só depois de algum tempo foi perceber que o barulho viera do quarto ao lado. Pedro deveria estar verdadeiramente frustrado. Sacudindo a cabeça, Rose olhou de novo para o relógio, e quase caiu da cadeira em surpresa. Haviam se passado uma hora e meia. A garota terminou de arrumar seus cabelos com magia, vestiu-se correndo e deixou o quarto as pressas. Tinha algo mais urgente a fazer do que ficar remoendo seus sonhos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

O próximo provavelmente sai semana que vem, mais ou menos no dia 04, ok?

Eu prometi que não iria abandonar a fic, e gosto de cumprir minhas promessas.

Mereço reviews?

Nox.



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