Always With Me escrita por Menta


Capítulo 27
When The Levee Breaks - Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!!! Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? =P
Antes que queiram me matar e empunhar suas varinhas proferindo diversos "avada kedavra" em minha direção, peço desculpas pela demora! Como ocorreu em duas outras histórias minhas (minha fic de Avengers e uma original minha parada até agora), do final do ano passado para cá tive um severo bloqueio criativo com estas minhas histórias, levando a esse hiatus forçado. Mas agora voltei, com um capítulo de duas partes divididos em POV do Sirius! Estava com saudades desse moleque! xP
Teremos um pouco sobre como foi o feriado de Páscoa para esses notórios rapazes, a explicação de como Sirius conseguiu sua moto voadora (yay), e um pouco da mente conturbada de nosso querido e contraditório cachorrão.
No próximo capítulo, aguardem mais ação e referências para quem é fã dos anos 70, haahaha!
Dito isso, gostaria de agradecer aos leitores LaurenPS, duda fap, Larizg, Lune Noire, Arrriba e Pudim Valdez, que comentaram no capítulo anterior! É realmente difícil manter a fic com atualizações constantes e meu processo criativo fluindo quando temos 86 leitores e tão poucos me dão retorno. :/ Vamos lá pessoal, se comentar não cai a mão não! E vai me ajudar a escrever com mais frequência.
Dedico esse capítulo a todas essas minhas leitoras comentaristas s2 espero que minha volta agrade a todos, e convença os fantasminhas a se manifestarem.
Beijos, boa leitura, e que a magia flua em todos vocês!



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If it keeps on rainin', levee's goin' to break,

If it keeps on rainin', levee's goin' to break,

When The Levee Breaks I'll have no place to stay.

 

Mean old levee taught me to weep and moan,

Got what it takes to make a mountain man leave his home,

Oh, well, oh, well, oh, well.

 

Don't it make you feel bad

When you're tryin' to find your way home,

You don't know which way to go?

If you're goin' down South

They go no work to do,

If you don't know about Chicago.

 

Cryin' won't help you, prayin' won't do you no good,

Now, cryin' won't help you, prayin' won't do you no good,

When the levee breaks, mama, you got to move.

 

All last night sat on the levee and moaned,

All last night sat on the levee and moaned,

Thinkin' about my baby and my happy home.

Going, going to Chicago... Going to Chicago...

Sorry but I can't take you...

Led Zeppelin – When The Levee Breaks



 

— Maldito seja o dia em que deixei Paddy organizar as nossas comemorações de aniversário. – Reclamou James audivelmente, ao lado de Sirius Black, levantando os braços para o ar, parecendo indignado. O rapaz de cabelos compridos e escuros sequer voltou os olhos para o amigo, fumando seu cigarro trouxa sem se importar com a reclamação.

— Esse retardado não consegue nem dar um nó direito na própria gravata, o que dirá realmente planejar algo que dê certo. – James Potter insistiu, bufando frustrado. Remus Lupin, ao lado de ambos, olhava em seu relógio de pulso, e outra vez para o letreiro do local onde se encontravam.

— Será que agora vamos conseguir entrar? Ao menos... Nisso? – Peter Pettigrew perguntou, ansioso, trocando o peso do corpo entre os pés, atrás dos três amigos à sua frente. Com sua estatura mais baixa, tinha de se elevar para a ponta dos pés para enxergar o que havia diante dele, tapado pelas silhuetas mais altas dos amigos.

— E será que as velhas corocas vão calar a boca e aprender a ter paciência? – Ironizou Black, soltando uma lufada de fumaça na direção dos amigos, propositalmente. Prongs o deu um empurrão para o lado, Moony, um curto olhar de reprimenda, e Wormtail não pareceu sequer se importar, submisso como era de costume. – Estão piores do que a minha tia Lucretia esperando sair os resultados do Bingo Bruxo. Calem a porra da boca, suas matracas. – Retrucou Padfoot, franzindo as sobrancelhas.

— É meio difícil confiar em você de novo quando passamos quase toda a merda do feriado da Páscoa indo de roubada atrás de roubada. Quase apanhamos daqueles capangas trouxas no cassino que você nos convenceu a entrar, e olha que mal usamos magia para roubar no jogo. – Remus deu um olhar de censura para James e Sirius, que o ignoraram solenemente. - Fora que eu perdi umas quatro mesadas naquelas máquinas estranhas comedoras de dinheiro. – Continuou a reclamar o mimado James Potter.

— O nome delas são caça-níqueis. – Respondeu Sirius, com simplicidade.

— Ou isso. Foda-se. – James revirou os olhos, impaciente, puxando o punho de Moony para olhar seu relógio e constatar que o local onde esperavam para entrar já devia ter aberto há cerca de duas horas. – Mas o pior de tudo foi aquela sua ideia brilhante – falou Prongs com sarcasmo ainda mais evidente -, de fazer carteiras de identidade trouxa para nós. – Censurou Sirius com um olhar fuzilante.

— Elas ficaram boas, porra. – Revidou Padfoot.

— Ótimas. Realmente ótimas. Teriam ficado melhores ainda se você tivesse acertado a porra da maioridade trouxa! – James protestou audivelmente, e Moony o censurou com um “shhh” também alto. Estavam em um local de ampla circulação de pessoas sem magia, rodeado por indivíduos que se encaixavam nesses fatores.

— Caralho, julguei apenas que eles fossem considerados já adultos na mesma idade que nós. Como eu poderia imaginar que as leis dessa merda eram diferentes? – Retorquiu Black.

— Talvez se você se desse ao trabalho de abrir um livro uma vez na vida. Pesquisar algo, quem sabe. – Dessa vez foi Moony quem respondeu.

— Ah, vão tomar no cu. Minhas intenções foram nobres. Jurei que Pete perderia o cabaço nesse dia, mas vai ter que ficar mesmo para depois. – Sirius falou, dando tapinhas de consolo na cabeça do amigo, que o mandou ficar quieto da mesma forma que Remus havia tentado exigir silêncio de Potter.

— Teria sido uma experiência antropológica e tanto experimentar um puteiro trouxa. – James deu um olhar trocador para Remus. – Nem o nosso querido tímido lobinho era contra essa ideia. – Provocou Moony.

— Apenas não me manifestei. Não coloque palavras na minha boca. – Retrucou Remus, andando alguns passos na fila em que os quatro marotos estavam, que passara a se mover devagar.

— Ah, certamente não seriam palavras que você colocaria na boca se tivéssemos conseguido entrar. – Brincou James, e Peter e Sirius deram risos curtos. Remus levantou as sobrancelhas, ignorando a piada. – Mas nosso amado Paddy sempre se acha o dono da razão, e sempre faz merda por isso, e essa vez não foi a exceção à regra. – Lamentou Potter, e Sirius o xingou mais uma vez. – Por que, em nome da poção para disfunção erétil de Merlin, Padfoot, você copiou a identidade daqueles trouxas colocando “DEZESSETE anos” para cada um dos nossos documentos falsos? – Indagou pela enésima vez Prongs.

— Já falei, porra. – Sirius tragou fundo o cigarro, e expeliu a fumaça. – Se eu deixasse a idade que estava ali, na hora que usei o feitiço replicador, eles iriam desconfiar. Nem Moony com todo o auge de seu charme maduro parece ter quarenta anos. – Debochou Black.

— E por isso passamos aquela vergonha. Ser barrado daquele jeito, tão perto e ao mesmo tempo tão longe... – Prongs fingiu estar emocionado a ponto de chorar. – É como ser um vagante no deserto, e ver um oásis... E descobrir que foi tudo uma miragem. – Falou Potter com dramaticidade.

— Menos. – Redarguiu Remus. – Se não fosse por isso, não estaríamos aqui agora. – Moony tentou consolar James.

— Meu caro amigo de focinho proeminente – começou James Potter, passando um dos braços em volta dos ombros de Moony, e suspirando de forma debochada, enquanto avançavam um pouco mais na fila – o que vamos ver agora será realmente foda, épico, eu diria, mas sinceramente você nunca vai me ver trocando lindos pares de tetas por guitarras e homens com roupas esquisitas em um palco. Não se eu tiver qualquer outra escolha diferente. Não sei se isso não é claro para você, mas eu não sou gay. – Falou James com uma seriedade forçada, a título de piada.

— Por incrível que pareça. – Complementou Sirius, pisando em seu cigarro que já terminara, e todos os amigos riram, à exceção de James.

— Olha esse seu cabelo, Paddy. – Potter indicou com a mão livre a cabeleira de Sirius, enquanto o outro braço ainda enlaçava os ombros de um incomodado Remus Lupin. – É mais comprido que o da Alice, e se duvidar mais bem cuidado também. – Troçou James, enquanto Pettigrew ria.

— Não precisa ter inveja de minha beleza natural, Prongs, quem sabe um dia se você usar uns dez feitiços remodeladores você possa concorrer comigo. E prometo que vou tentar não ofuscar a banda esta noite. Vou deixar os músicos brilharem e tentar me esconder das meninas. – Brincou Sirius, com um sorriso enviesado.

Coincidentemente, atrás de Peter, algumas garotas pareciam dar risadinhas disfarçadas, encarando o grupo de quatro amigos. Wormtail olhava desejoso para elas, mas os olhares das três estavam focados em Sirius.

James encarou aquilo com certa indignação evidente, enquanto Remus tentava se soltar do braço que o segurava pelos ombros. Sirius, ignorando o alvoroço que causava, puxou outro cigarro.

Logo, enquanto a fila andava mais um pouco, uma das jovens presentes se aproximou e pediu fogo para o rapaz, que usava seu isqueiro para acender mais um cigarro. Sem falar palavra, Black acendeu o dela, e reparou em seus cabelos loiros e cacheados. O tom dourado lembrava as madeixas de alguém que Black fizera esforço para esquecer durante o feriado inteiro.

Não seja idiota. Pensou Sirius, se recriminando internamente pela lembrança.

— ...Alguém já te falou que você é a cara do Jimmy Page? – Perguntou com languidez evidente a garota loira. Era realmente bonitinha, a mais bela do grupo, mas a semelhança que despertara no imaginário de Sirius o fez sentir raiva de si mesmo.

— Sou o primo mais novo dele, e mais bonito. E com certeza com dedos mais mágicos. – Flertou de volta Sirius Black, porém, sem muita empolgação. Prongs meneava a cabeça, incrédulo com o sucesso gratuito que Sirius fazia, enquanto Remus finalmente conseguia se afastar dele. Pete olhava das outras garotas para ele, invejoso com a atenção que davam à sua figura.

A garota com quem dialogara, entretanto, abriu um sorriso largo e animado, rindo exageradamente da piada para agradá-lo.

— Você é engraçado também. – Afirmou ela, tentando fazer charme movendo o rosto para o lado.

— Hilário. – Respondeu Sirius com indiferença evidente, enquanto a garota se acabava de rir. Cada vez mais ela parecia paulatinamente mais diferente da menina com quem a comparara, com aquele comportamento forçado e entediante, o que, irritantemente, diminuía seu possível interesse nela.

— Ele nem está tentando... – Black ouviu Prongs falar baixo para Remus, sua revolta clara em sua voz, ainda que quase inaudível.

— Escuta, nós temos algumas coisas... Divertidas, com a gente. Se vocês quiserem. O ingresso de vocês é na pista? – Perguntou a garota loira.

— Sim. – Respondeu Sirius, direto. Haviam copiado os bilhetes para aquele show de alguns trouxas que encontraram no cassino que compareceram na noite anterior, uma das noites de comemoração da maioridade de Sirius e James, que não aconteceram exatamente como planejaram.

— O nosso também! – Comemorou ela, agudo, e Black se esforçou para não franzir as sobrancelhas com o som azucrinante. Atrás deles, as outras duas jovens olhavam com cobiça agora para Potter e Lupin, enquanto Pete, desolado, ainda insistia em tentar trocar olhares com elas.

— Mas que maravilha. – Retorquiu Sirius com ironia que passou despercebida pela garota.

— Não é? Meu nome é Joyce. Sou americana. – Aquilo comprovou a burrice evidente da jovem e de suas amigas. A banda que iriam assistir entraria em turnê nos Estados Unidos, literalmente, na semana seguinte. Poderiam ter esperado para ver o show em sua terra natal, onde estes tipos de ingressos eram mais baratos, ou assim ouvira falar Black.

— Sirius. – Respondeu sem meias palavras.

— Ai! Que máximo, tão exótico... – Falou ela, a lascívia cada vez mais aberta. Em condições normais, Sirius se empolgaria mais com tanto interesse gratuito dado de bandeja, ainda mais considerando que era mesmo oriundo de uma garota bonita e burra, o tipo que costumava ser seu predileto, que dificilmente o incomodaria depois cobrando-lhe algum absurdo. Mas, de uns tempos para cá... Não era bem assim que preferia suas companhias femininas.

— Então a gente se vê lá dentro, Joyce. – Se despediu temporariamente Sirius, uma vez que agora já estavam perto das portas de entrada do show. Seriam separados em filas masculinas e femininas para serem vistoriados pelos seguranças trouxas, e enfim entrariam para ocupar seus lugares na plateia.

— Até logo! – Despediu-se empolgada, dando uma jogadinha de cabelo charmosa em uma tentativa de atraí-lo mais. Entretanto, a única proposta que a garota loira fizera que realmente despertara o interesse de Black fora as “coisas divertidas” que tinham ela e suas amigas. O que, em outras palavras, queria dizer claramente: drogas.

Fora o guelricho que costumavam fumar com frequência, Sirius Black estava realmente precisando de uma dose de algo mais forte, ainda que fossem drogas de trouxas. Precisava sair de sua própria cabeça, um lugar recentemente muito confuso e abalroado de pensamentos e emoções controversas.

Aquele feriado da Páscoa não estava saindo tão bem quanto poderia esperar, e Sirius anteouvira uma conversa entre Prongs e Moony que apenas piorou seus humores, que já estavam comprometidos por ter tantos planos de diversão e libertinagem frustrados por burrice própria, inclusive.

O feriado de Páscoa já havia acabado, aquela seria a penúltima noite livre que teriam antes de retornar a Hogwarts na segunda-feira, e, fora os pubs que haviam comparecido e o cassino da noite anterior, não haviam feito nada de realmente memorável para celebrar aquela data. Exceto nas tardes que despenderam, Sirius, James, Remus e Peter, procurando uma motocicleta trouxa para concretizar o sonho de Black de andar naqueles veículos motorizados trouxas que tanto admirava.

Foi no meio do feriado de Páscoa que compraram a que Sirius realmente havia se apaixonado. Uma Harley Davidson Oldschool Chopper, negra com detalhes rubros, com seu guidão longo e curvilíneo. Aquela motocicleta era simplesmente linda, cada detalhe, e Black não se importou de gastar boa parte do dinheiro que seu tio Alphard lhe deixara, convertido em moeda corrente trouxa, para angariar aquela maravilhosa aquisição.

Passando os dias dormindo na casa de James (quando os quatro voltavam para casa), Padfoot e Prongs transformaram alguns momentos monótonos em concentração pura no objetivo que tinham em comum: “tunar” aquela motocicleta de uma forma que nenhum trouxa seria capaz.

Com magia, claro.

Ainda não tinham sido completamente bem sucedidos naquela tarefa, usando feitiços que não combinavam com aquelas peças metálicas. Tentaram fazer com que o escapamento da moto soltasse chamas discretas ao invés de fumaça, mas aquilo quase levou a um incêndio do roseiral da mansão dos Potter, que Moony conseguiu apagar a tempo. Assim, ainda pensavam em feitiços menos agressivos – ou abrasivos -, para transformar aquela moto no veiculo dos sonhos de Sirius Black.

Entretanto, apesar de tais momentos de diversão e entretenimento, Sirius percebia que James estava tão empenhado em tais tarefas que agradariam seu melhor amigo em razão do que Black entreouvira, e de como lidava com tais feriados... Familiares.

Fazia apenas poucos meses que Sirius Black abandonara sua família, e a Páscoa costumava ser um feriado de muita importância para os puro-sangue. Por conta dos dias de descanso e lazer, era costume para famílias de renome bruxo se reunirem em celebrações conjuntas, o tipo de coisa que Sirius sempre desprezara, desde pequeno, por na verdade não deixar de ser apenas uma desculpa para ostentar status, dinheiro e outras frivolidades...

...Mas era inevitável, especialmente nesses momentos em que, em outros tempos, passaria com sua família... Reparar no quanto estava sozinho. Sua vida, agora, era consigo mesmo. Não dependia mais de ninguém. Era maior de idade. Era dono do próprio nariz.

Todavia, em contrapartida, não tinha mais ninguém que se importasse consigo.

Com exceção de seus amigos. Era por isso que Sirius aferia o esforço inegável de James para agradá-lo naquele feriado, até para distraí-lo, fosse com xingamentos, fosse com atividades para ocupar seu tempo, enfim, de todo modo, Prongs tentava claramente aliviar Black, que lidava mesmo com emoções bastante controversas.

Especialmente no que dizia respeito a seu irmão, Regulus. Black descobrira, entreouvindo a tal mencionada conversa entre Remus e James, que seu irmão mais novo passaria a segunda semana do feriado fora de casa. Ora, não havia nada que poderia fazer Walburga permitir que seu filhinho precioso saísse de suas garras de abutre... Nada que ela pudesse controlar.

Instantaneamente, Sirius pensou em atividades coligadas a Voldemort, aos Comensais da Morte.

Sirius Black realmente não queria mais se importar com a enorme decepção que fora seu irmão mais novo. Tentava insistir para si mesmo que não ligava para o que o garoto fizesse, era um moleque influenciável, um fraco, nunca valera nada. Mas o desapontamento ainda estava ali, latente... Ferindo-o por dentro. De todos os seus parentes sujos, inescrupulosos, preconceituosos e enlouquecidos por preceitos doentios... O último que Sirius esperasse que seguisse tais exemplo, o único que ainda nutria alguma esperança de que poderia vir a tornar-se alguém decente... Fora Regulus, seu irmãozinho.

O garoto que brincara consigo quando eram crianças, que protegera dos pais, escondendo suas malcriações e desobediências, o menino novo que uma vez passara divertidos verões consigo nos terrenos do castelo do Clã MacLearie... O menino que, aparentemente, não era apenas mais do mesmo sangue podre e manchado da família Black.

Mas ele se comprovara apenas mais um dentre muitos naquele nicho de serpentes venenosas, solidificando-se, provavelmente, como um dos familiares de Sirius de conduta mais reprovável.

Sirius Black voltou à razão quando James Potter lhe deu um tapão no ombro, estalando em sua jaqueta de couro negra. Padfoot piscou os olhos e encarou o melhor amigo.

— Tava viajando, hein? – James falou em tom de deboche. – Que foi, gamou na trouxinha gostosinha? – Brincou o amigo.

— Porra nenhuma. – Respondeu Sirius, subitamente cansado e também novamente irritado.

— Hey! – Wormtail apontou para as portas que, definitivamente, abriram. O letreiro luminoso acima deles brilhava em luzes quase cegantes, mostrando o que ali havia escrito:

“Royal Albert Hall presents: LED ZEPPELIN IN CONCERT – HOMELAND TOUR”

— Finalmente! – Remus, que era de longe o mais paciente entre eles, não resistiu, exclamando com alívio evidente.

Os quatro marotos não esperaram. Sirius já se adiantou em uma corrida determinada, entrando com os outros três amigos no Royal Albert Hall, descendo em direção a pista, onde usaram discretos feitiços de furtividade para esgueirar-se sem dificuldades entre os trouxas. Estavam enfim defronte ao palco, na frente da grade que os separariam da banda, e ouviram os gritos estridentes de Robert Plant, o cantor do Led Zeppelin, avisando a todos que logo estariam junto ao palco.

A multidão de trouxas foi à loucura, berrando e esperneando em antecipação, aguardando um show marcante de uma das bandas de maior sucesso do rock’n’roll, de todos os tempos.

Em pouco tempo, as três trouxas que haviam se encantado com Black e seus amigos logo se aproximaram, pedindo para ficar, por gentileza, ao lado dos quatro marotos. Os rapazes permitiram, ao passo que Joyce, aproximando-se sinuosa de Sirius, deu-lhe uma droga que disse se chamar “ácido”, a qual Sirius já conhecia, porém somente a versão bruxa da mesma. Tomou-a de imediato, esperando o letárgico efeito das drogas, buscando sair de sua própria mente. Reparou, de esguelha, que James, Wormtail e até Moony, por livre e espontânea pressão, se serviram da mesma droga oferecida pelas outras duas garotas.

— Preparem-se para um momento histórico! – Comemorou James, ele mesmo mal contendo a própria ansiedade e expectativa por aquilo.

Ironicamente, James Potter descobriria, algumas horas mais tarde... Que tinha muita razão em sua afirmação. Deveriam estar mesmo preparados.

Pois o que veriam naquela noite iria muito mais além de um show de rock. Veriam atos que abalariam as estruturas já frágeis do mundo dos bruxos...

...Incidindo diretamente no mundo dos trouxas.


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Notas finais do capítulo

Aguardo reviews nas duas partes, hein? Não vai demorar para a segunda ser postada, heheeh! :3



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