Viva La Vida escrita por Doce de Lua


Capítulo 16
Um novo começo.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos, como vão?
Fiquei meio surpresa com a minha demora de quaaaase dois meses para postar, mas não há justificativas além de provas, trabalhos e principalmente criatividade. Me desculpem, dessa vez eu falhei feio, esse capítulo foi bem complicado para sair :c
Não me garanto nas correções que fiz no momento, pois foram corridas e na primeira vez que fiz, a página restaurou sem querer. Mas assim que tiver tempo eu irei voltar e fazer os ajustes se forem necessários. Se encontrarem algo, me perdoem, podem avisar!
Muito obrigada a todos que estão acompanhando e comentando, isso está cada vez mais crescente e me deixa a cada dia mais feliz!!!
Boa leitura, alguns avisos no final!



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Autora POV on:

— É bem ‘gande’... – O menino murmurou admirando o ambiente ao seu redor, do qual nunca havia entrado. Seus olhinhos percorriam a cada canto minuciosamente, e todo o detalhe novo que encontrava, lhe deixava ainda mais animado para explorar como se estivesse em uma brincadeira. Nathan ainda estava parado na entrada do recinto, pensando qual seria a primeira direção que tomaria. Atrás de si estava Natsu, assim como Lucy, que tinha um pequeno sorriso estampado em seus lábios ao observar a reação do pequeno.

Logo em que o rosado mais velho fora atrás da loira e a encontrou naquele momento de fraqueza, ambos tomaram uma decisão em conjunto. Ela o pedira para que não o deixasse sozinha e de fato era algo que jamais pensaria em fazer. Contudo, não poderia simplesmente ficar com ela, e deixar Nathan sozinho. Por mais que estivesse com a babá, Natsu havia dito que voltaria no início da noite, provavelmente Virgo não estava programada para acobertar o homem naquele fim de tarde, e noite inteira.

No dia seguinte, logo pela manhã o rosado deixou a criança novamente com a babá, e então se direcionou para a casa de Lucy. A loira pedira para que não a deixasse sozinha, em um contexto não apenas para apoio emocional. Ela queria e precisava dele ao seu lado, não suportaria ficar sozinha naquela casa todos os dias, mesmo que brigasse constantemente com seu pai. Ela estava arrasada e precisava que alguém estivesse junto consigo, por isso sugeriu com certa incerteza e constrangimento, para que os dois rosados viessem morar com ela.

Não era algo que Natsu estava esperando, aquilo havia lhe pegado de surpresa, mas também não era como fosse negar de imediato. Não haviam motivos que os privassem de fazer tal coisa, além de que seria bom para ambos os lados. Para o rosado, levando em consideração todo o custo que tinha com o aluguel do apartamento, além de outros gastos essenciais que tinha com o garoto, ir morar com Lucy era realmente uma ótima saída. De maneira alguma iria viver as suas custas, mas o rosado reconhecia a importância de conceder seu pedido, tanto para apoiá-la, quanto para o menino, que estava super empolgado com a ideia.

Em um primeiro momento, ele havia retornado para que a ajudasse a fazer as mudanças necessárias na casa, para que mais duas pessoas fossem morar. Com muito esforço e aperto no peito, Lucy tirou o que não era preciso de Jude, com a ajuda do rosado. As roupas foram direcionadas para doação, e tudo que envolvia negócios, foram postos juntos para que depois fosse direcionado a empresa. Lucy não tinha interesse algum em continuar administrando seu trabalho, mesmo que soubesse o quão duro ele dava naquele ramo. Sendo assim, decidiu que logo venderia para alguém que tivesse empenho para continuar.

As coisas pessoais do falecido eram basicamente isso, dessa forma não demorou muito para que Natsu e Nathan fizessem a mudança. Quando a penumbra estava a surgir, trocando o dia pela noite, ambos já lá estavam com seus pertences.

— Você quer conhecer seu quarto, querido? – Lucy perguntou docemente pegando na mão do pequeno, que assentiu timidamente enquanto já era guiado pelo recinto. O menino estava fascinado com cada coisa que seus olhinhos fixavam com atenção, por mais que não existisse nada demais. A novidade o deixava animado, e se havia entendido bem, morar com a loira deixava tudo ainda mais divertido.

O tempo em que o menino parecia ser uma criança retraída fora curto. Após algumas horas se passadas, Lucy acabou conhecendo a personalidade mais insistente e complicada de lidar do garoto.

— Nathan volte aqui agora! Você precisa tomar banho para jantar. – Natsu corria atrás do menino que gargalhava travesso pela casa, coberto de farinha e sem roupa alguma. O motivo daquilo tudo se devia por ele ter ajudado Lucy a fazer panquecas, e sem querer, o garotinho acabou se sujando completamente.

— Não papai! – Nathan respondeu decidido enquanto corria para atrás de um dos sofás da sala. As risadas eram incessáveis por achar aquilo tudo uma grande brincadeira, mas para Natsu, aquilo só servia para lhe deixar extremamente envergonhado. O que aquele garotinho estava pensando?

— Ei, o que está acontecendo aqui? - A loira que estava encarregada de limpar a bagunça da cozinha e finalizar as panquecas, surgiu onde os dois rosados estavam. O mais velho acabou ficando desorientado com a situação, enquanto o pequeno apenas soltou mais uma risadinha divertida. – Não tínhamos combinado que você tomaria um banho e depois iriamos jantar, querido? - A loira contestou o garotinho docemente enquanto abaixava-se a seu lado.

— Sim!

— Então por que você está fugindo de seu pai, sem as roupas ainda por cima? - A loira cruzou os braços com uma expressão de desapontamento em sua face, fazendo com que o menino se encolhesse um pouco.

— Foi... foi... O papai que quer brincar comigo! – Nathan respondeu afobado, jogando a culpa no mais velho.

— Até pare– Natsu estava prestes a se defender, mas Lucy o repreendeu pisando forte em seu pé. Ela sabia a verdade, mas com uma boa conversa sabia que conseguiria resolver o probleminha mais rápido que o rosado pudesse imaginar.

— Ah, ele quer brincar? Você sabia que quem brinca na hora do banho não ganha janta, certo? - Lucy entrou na jogada do garotinho, pegando-o no colo sem que o mesmo percebesse, e rumasse direto ao banheiro. – Mas como você é um menino muito comportado, vai tomar banho, não é mesmo?

— Hai!!!

[...]

As horas seguintes se passaram tranquilas, sem mais nenhum episódio de travessuras por parte de Nathan. A loira conseguira fazer com que o mesmo tomasse banho e após isso, os três fizeram a última refeição do dia. Depois de alguns resmungos e manhas feitas por Lucy, a louça ficou por conta do rosado mais velho. Com tudo em seu devido local, os três ficaram alguns minutos na sala, assistindo desenhos infantis aleatórios até que o pequeno começasse a coçar os olhinhos e bocejar. Fora esse o momento que a loira o levou até a cama.

O quarto menor que pertencia a loira, agora era do menino. Ainda não estava completamente pronto, afinal, ainda tinha as paredes em um tom rosa bebê e com alguns móveis que a pertencia. A cama infantil e os brinquedos de Nathan eram as únicas coisas que decoravam o espaço e deixava mais a sua cara.

— Lembra que o papai falou que podemos deixar seu quarto como quiser? Já escolheu a cor que iremos pintar? - Lucy perguntou suavemente enquanto colocava a blusa do pijama do menino por dentro da calça.

— ‘Amareio’... – A criança murmurou parecendo exausta, com os olhinhos cada vez mais fechados, ainda de pé, apenas por estar sendo segurado pela loira.

— Hm, então essa é sua cor favorita? - Com um agradável sorriso mais uma pergunta foi feita, dessa vez, com o pequeno já deitado e devidamente coberto. – Aqui, tome seu ursinho. – Entregou em suas mãos a pelúcia que já estava em mau estado e que mesmo assim ele se recusava em jogar fora ou doar e substituir por outra. – Durma com os anjinhos, querido. – A loira se despediu após um doce beijo da testa do menino, e assim saiu do quarto, deixando a porta aberta.

Em uma pequena distância, Lucy adentrou no outro quarto que existia na casa. Seria mais complicado do que imaginava seguir em frente àquela situação, precisando utilizar o local de descanso que era de Jude, mas não havia mais o que se fazer até que fosse decidido uma reforma. E de fato era algo que precisava, afinal, não existia quarto de hóspedes, fazendo com que apenas duas opções restassem para que Natsu dormisse. Dividir o quarto ou ficar no sofá.

O mesmo estava sentado na beirada da cama, em meio a alguma ligação. Sua expressão era tensa, da mesma forma que sua voz era mista com cautela. Ele parecia não ter notado sua presença no recinto, caso que fez com que a loira ficasse apenas lhe observando. Ela apenas tinha visão das costas largas do rosado, e seus olhos percorreram imediatamente aos braços bem delineados com a massa muscular perfeitamente acentuada pela camisa de mangas curtas que usava. Fora inevitável conter seus pensamentos, Lucy lembrou-se dos poucos momentos que estivera cercada por eles, e no mesmo segundo desejou aconchegar-se ali outra vez. Quando se deu por conta onde seus pensamentos poderiam rumar, surgiu um forte rubor em sua face, obrigando-se a voltar a realidade.

— Droga... – Natsu murmurou logo em que a ligação fora encerrada, soltando um suspiro pesado. – Temos um problema.

— O que houve?

— Virgo não poderá mais cuidar de Nathan. O trânsito irá exigir mais tempo para que ela consiga chegar até aqui, já que mora em outra cidade, e sair de casa mais cedo é impossível, pois ela tem outro emprego na parte da manhã. – O rosado explicou deslisando uma de suas mãos em seu rosto, demonstrando o quanto estava apreensivo com que decisão iria tomar. A casa da loira era de fato próxima ao apartamento de Natsu, porém a rota para se chegar de carro era totalmente contrária. Haviam muitas ruas de mão única o que se fazia necessário utilizar caminhos mais longos para se chegar.

— Fique calmo, nós daremos um jeito nisso, ok? – Lucy sentou-se próxima ao rosado, afagando sutilmente suas madeixas exóticas. – Não deixaremos ele sozinho de jeito nenhum. – Soltou as palavras com um sorriso singelo.

[...]

Eram quase 02:30 da madrugada e o único que havia pregado os olhos até o momento provavelmente era o bebê da casa. Os outros dois estavam consideravelmente desconfortáveis dividindo a cama, e a aproximação inevitável, era o maior motivo que justificava a situação. Natsu insistiu por um momento em ficar no sofá até que providenciassem um local adequado para que todos repousassem, mas a loira negara com insistência por achar a ideia absurda. Afinal, havia sido ela quem convidara para que os dois dividissem a residência consigo. A solução que encontraram com celeridade fora fazer uma divisão com travesseiros no meio da cama.

Lucy estava deitada em uma posição que normalmente não lhe agradava, mas era a única que restava após revirar-se inúmeras vezes na cama e mesmo assim não conseguia adormecer. De barriga para cima, com os olhos pregados ao teto e as mãos cruzadas em seu abdômen, a loira tentava respirar calmamente, procurando algum controle mental. Já havia perdido as contas de quanto havia tido pensamentos inadequados com seu “colega de quarto”, e isso a deixava extremamente surpresa, além de encabulada.

Não esperava que tivesse aquele tipo de atitude, mas estar junto do rosado e principalmente saber que aquilo duraria por muito tempo, fazia com que relembrasse os poucos momentos que tiveram juntos e ela sentira sensações que acabavam partindo além da amizade. Isso fazia com que acabasse imaginando coisas, frustrando-se por ser inalcançável reprimir-se.

A loira finalmente despertou de seus devaneios quando percebeu uma claridade maior surgindo no local gradualmente. A porta que estava encostada, foi se abrindo devagar, de forma que após alguns segundos a pequena silhueta de Nathan pudesse ser exposta.

— Papai... - A criança murmurou, com um pano e seu ursinho em cada mão, além da chupeta na boca. No momento em que a voz infantil soou, Natsu levantara calmamente até que o pegasse no colo.

— O que foi garotão? Não está conseguindo dormir? - O mais velho questionara o óbvio, obtendo como resposta apenas um balançar de cabeça em negação, e em seguida o rostinho de Nathan repousara na curva de seu pescoço.

— ‘Poxo’ dormir aqui? - A pergunta saíra inocente e amável, negar o pedido seria crueldade. Aparentemente o rosadinho estava extremamente cansado, mas tanto Natsu quanto Lucy sabiam que ele apenas estava inseguro com o local novo. Estava acontecendo o mesmo que havia ocorrido na primeira noite dos Dragneel’s na cidade, e era algo totalmente natural para uma criança de sua idade.

— Claro que pode docinho. – A loira sorriu, já ajoelhada na cama com os braços estendidos para que ele se acomodasse, e assim o fez. Nathan deitou-se ao seu lado, jogando a “barreira” improvisada para o lado do rosado mais velho, que resolveu tirá-la de lá para que conseguisse deitar.

— Pelo visto fui trocado. – Natsu soltou as palavras no ar referindo-se ao pequeno que agarrou-se rapidamente a loira.

— Não papai. – Mais um murmúrio cansado vindo do menino fora escutado, e segundos depois, a criança tateou atrás de si uma das mãos do mais velho. Assim que encontrou, puxou o braço de seu pai para que chegasse mais próximo e o envolvesse da mesma forma que fazia quando era ainda mais novo. Porém, a ação acabou fazendo mais do que o esperado, enlaçando não só ele, como a cintura da loira. Nathan não parecia nenhum pouco incomodado, pois já mantinha seus olhos fechados e rumava para um sono profundo. De início, Lucy sentiu-se acanhada da mesma forma que Natsu, porém nenhum dos dois atrevia-se mover algum músculo sequer, para que o pequeno se sentisse confortável.

— Boa noite. – Sussurraram um ao outro. E assim, houve uma pequena troca de olhares e dois sorrisos abertos.


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Notas finais do capítulo

Acho que o capítulo ficou água com açúcar, mas foi o que a criatividade permitiu. Sorry :c Mas ele foi extremamente necessário para a segunda parte da fic que estar por vir, pode-se dizer que isso serviu como um prólogo.
O aviso que eu queria dar é que eu pretendo encurtar a história. Na verdade, não vai fazer uma grande diferença, pois eu não tenho tantas ideias para um enredo tão longo. Acontece que o planejamento que eu tinha de fazer 25 ou 30 capítulos não será alcançável. Mas ainda tem muito para escrever C:
Então acho que é isso, por favor comentem e me digam o que acharam! Isso motiva muito para continuar e ter novas ideias. Podem sugerir ajustes ou simplesmente conversar comigo, eu adoro saber que temos contato além de leitor/autor.
Até a próxima, beijinhos!



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