Imortais escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 18
Capítulo 17 : Lana


Notas iniciais do capítulo

Ta, confesso que não sei onde esse capítulo se encaixa, a ordem bugou tudo aq. Thain, dá uma lida pra pel menos saber o que acontece aqui.



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Lana estava sentada no chão do quarto de Cecília, confusa e assustada. O que estava acontecendo? Liliane a tinha levado até ali, calada, e quando Lana percebeu a garota a tinha trancado ali.

Tinha passado as últimas meia hora batendo na porta, gritando, mas ninguém respondia. Ficou passando os olhos pelo quarto, a procura de algo. Não sabia o que estava acontecendo, mas ser mantida presa contra sua vontade não era bom sinal.Tinha pensado em fugir pela janeira, mas desistiu dessa ideia ao lembrar da distância que tinha até o chão, não queria correr o risco de cair.

Se levantou e foi até a cômoda. Abriu as gavetas, procurando um grampo ou algo do tipo para que pudesse abrir a fechadura, e se deparou com uma fotografia de Cecília.

Cecília abraçada carinhosamente a um homem de expressões sérias, cabelos pretos até o ombro. Quem era esse homem? E mais uma vez se perguntava: quem, de fato, era Cecília?

Voltou a se sentar no chão, com a fotografia na mão. Era algum amigo dela? Namorado? Olhou novamente pra porta, e passou os olhos pela fechadura. Se levantou e foi até ela, observando atentamente. Como não tinha se lembrado disso? Jane tinha dado dois chutes naquela porta, e havia uma rachadura pequena na parede.

Puxou a lateral da fechadura com força até ela se soltar, fazendo uma parte da parede ceder. A porta se abriu e sem pensar duas vezes, saiu. Precisava sair dali e depressa, mas como? Ainda não sabia como chegar à saída. Pra que tantos corredores? Optou por um caminho mais conhecido, com medo. E se alguém a visse e a prendesse de novo? Foi andando pelos mesmos corredores que tinha ido mais cedo com Jane e Caius até a cozinha. Onde eles estavam?

Chegou a um cruzamento, com três corredores à frente. Quando estava prestes a entrar no terceiro corredor, ouviu vozes se aproximando no corredor do meio e não perdeu tempo em entrar no primeiro. As vozes estavam ficando mais altas, e ela podia ouvir vários passos.

—Então, o senhor não vai? - Ela ouviu alguém dizer.

—Dessa vez não. Tenho algumas coisas a fazer por aqui. - Justus disse, a voz firme.

O coração de Lana parou, gélido. Tentou controlar a respiração e continuou se aprofundando daquele corredor, querendo se afastar o máximo possível das vozes.

Estava praticamente correndo quando tropeçou em alguém. Antes que caísse, braços fortes enlaçaram sua cintura, segurando-a. Lana estava a ponto de gritar ou fugir pedindo socorro, mas ficou calada vendo a pessoa a sua frente. Lucien.
Seu coração parou, mas dessa vez não foi de medo. Nunca tinha visto seu rosto de perto, e era lindo. Os olhos eram escuros, como a cor do céu a noite.Ficou o encarando por um tempo indeterminado, até que ele a soltou.

—Eu... eu sinto muito. - Forçou as palavras saírem da sua boca.

Lana estava se perdendo nos olhos dele, até qe se lembrou de algo.

—Você vai me prender? - Perguntou, se afastando dele.

Ele se apoiou na parede e a olhou, confuso.

—Por que eu te prenderia?

—Você é um deles? Um dos Brancos?

A testa dele se enrugou ligeiramente, e ele soltou um suspiro pesado.

—Não, eu não sou.

—Eles estão tentando me prender. - ela sussurrou, baixinho.

Lucien apenas a olhou, firme. Parecia que essa era a primeira vez que realmente a notava ali. Seu olhar era tão fixo nela que ela corou.

—Você quer sair daqui? - perguntou, calmamente.

Sua voz era profunda, bela. Lana confirmou com a cabeça, e ele começou a andar por onde tinha vindo.

—Me siga.

Lana o seguiu, desconcertada. Tinha alguma coisa que a fazia prender seu olhar nele. Seu cabelo era de um cinza escuro, e ela segurou firme as mãos para resistir a vontade de passar elas no cabelo dele.

Ele ia na frente, e andava como se estivesse distraído, perdido em pensamentos.

Chegaram perto de uma abertura que dava para o lado de fora, e quando Lana finalmente pôs os pés na grama, se sentiu aliviada.

—Obrigada. - Lana olhou pra ele, mas ele não parecia estar prestando atenção.

—O que foi que aconteceu? Por que eles te prenderam?

—Eu não sei. Liliane me trancou dentro de um quarto e não queria me deixar sair. Ela parecia ser tão legal... Eu não sei o que aconteceu.

—Pra onde quer ir agora?

Lana pensou em voltar ao apartamento, mas rapidamente descartou essa ideia.Quem garantia que Liliane ou qualquer outro não iria atrás dela? Poderia ser o primeiro lugar que fossem.

—Eu não sei... - Respondeu, chutando os pés na grama.

Os dois começaram a ouvir barulhos do lado de dentro da Sede, muitos passos e algumas vozes dizendo "ela fugiu".

—Acho melhor você me seguir.- Lucien começou a andar em direção a floresta, e Lana corria para o alcançar. - Já esteve na Casa?

Lana o olhou, intrigada.

—Que casa?

—Quando digo Casa me refiro ao esconderijo. Jane e Caius já devem ter te levado lá, não?

Lana fez que sim com a cabeça, e percebendo que ele não estava olhando pra ela disse em voz alta:

—Sim. Já me levaram lá.

Enquanto andavam pelo mato, Lana observava suas costas e sua forma de andar.

Ele era alto, forte e musculoso, e sua forma de andar era sensual. Ficou tentada a dizer que já o tinha visto, mas achou que isso seria idiota demais.

Chegaram até a escalada de pedra.

—É só subir.

Ao dizer isso, Lucien se virou e se afastou, adentrando a mata. Lana o observou se afastar, chocada. Queria saber pra onde ele ia, mas se conteve. O que estava acontecendo com ela?

Subiu a parede de pedra e avistou a entrada da caverna, mas ao contrário de antes, a entrada não estava escura, preta, e sim clara. Entrou pra dentro e se dirigiu até a sala onde Jane a tinha levado uma vez.

Se sentou no sofá, cansada de andar, e levou um susto ao ver uma garota sentada no meio da sala.

De pernas cruzadas, os cabelos loiros amarrados em um coque, a garota ergueu os olhos do livro e a encarou, irritada.

—O que é que está olhando?

***

Gwylin estava parada, espiando o Guardião de longe. Como sempre, ele estava parado em frente à entrada, atento. Não teria como sair sem passar por ele, e ele provavelmente não a deixaria pensar.

Ficou pensando e repensando no que poderia fazer, até que começou a escutar vozes se aproximando.

Gwylin olhou pra trás e viu Mialee e mais um grupo de fadas e especialistas se aproximando dela.

—O que fazem aqui? - Gwylin perguntou, com medo.

Precisava sair dali e rápido, e não queria ser dedurada.

—Nos vimos você vindo pra cá e resolvemos vir também. Não pense que engana alguém, sabemos o que quer fazer.

—Por favor, não conte a ninguém... - Gwylin começou, mas foi logo interrompida.

—Me poupe desse discurso idiota. A questão é que nós queremos sair também, mas está tarde e não temos nenhum lugar pra ficar.

Gwylin a olhou, incrédula.

—Vocês querem sair?

Mialee revirou os olhos, frustrada.

—Você prestou atenção ao que eu disse? Sim, nós vamos sair.

—Eu não entendo. Você ama esse lugar. Você...

Mialee colocou um dedo em frente a boca de Gwylin, fazendo-a calar.

—Eu posso gostar daqui, mas não quero que me forcem a ficar. Liberdade, entende? Agora, preciso que nos leve a algum lugar seguro, e prometemos te ajudar. O que acha?

Gwylin a olhava, intrigada.

—Você quer mesmo sair? Mesmo sabendo das consequências?

—Você faz perguntas demais. Vai nos levar a algum lugar seguro? Você conhece o mundo exterior melhor que todos nós, já que passa mais tempo lá do que aqui. Você nos ajuda, nós te ajudamos e você pode correr para o braço do seu lobisomem.

Gwylin corou, envergonhada.

—Ele não é meu lobisomem, você sabe.

Mialee se virou para Yalena, que estava no fundo.

—Pronta?

—Sim. - ela respondeu, enquanto levantava as mãos pra cima e fazia uma bola com luz verde crecer.

—O que vocês estão fazendo? - Gwylin perguntou, mas não obteve resposta.

Yalenaa começou a correr pra trás e a bola foi crescendo cada vez mais.

—Abaixa! - Mialee gritou.

Todos se abaixaram no chão e Mialee pulou em cima de Gwylin, que permanecia em pé enquanto a bola verde explodia.

—Ficou maluca? Se eu disse que era pra abaixar, era porque você DEVIA se abaixar!

Gwylin estava ficando tonta, nuvens de fumaça esverdeadas estavam infestando o ar, e o cheiro era intoxicante.

—Vai, agora! - Yalena gritou, e todos começaram a se arrastar para a entrada.

—O que é isso? - Perguntou Gwylin enquanto tossia. - O Guardião... Não podemos passar.

—Ele não está lá, mas vai voltar logo. Se apress para a saída.
Foram se arrastando rapidamente e um por um passaram pela entrada. Chegaram ao lado de fora tossindo, e Mialee começou a correr.

—Depressa, Gwylin. Quer ser pega? Eles já devem ter percebido que fugimos.
Gwylin passou a correr para acompanha-los, sem saber ao certo o que estava acontecendo. Apesar de tudo, mostrava um sorriso no rosto. Estava livre.


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