Imortais escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 11
Capítulo 10 : Lana




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Lana corria controlando as lágrimas que teimavam em cair. Onde estava com a cabeça? Tentou limpar as lágrimas com as mãos e acabou esbarrando em alguém, e quando quase caiu de bunda no chão levitou.

—Ai... Meu... Deus!

Lana olhava pra baixo. Estava a centímetros do chão, flutuando. Olhou pra cima esperando ver Jane, mas era uma garota. Linda, por sinal.

Sua pele era linda, branquinha, e seu cabelo brilhava com cores diferentes, azul, roxo, verde, com um loiro-branco predominante. Seus olhos eram grandes e claros, e sua boca tinha um sorrisinho.

Ela desceu lentamente a cabeça, e no mesmo instante Lana foi descendo até se encontrar sentada no chão.

—Como você... - Lana tentou falar, mas não conseguia. Sua cabeça girava a mil, com tantas informações e possibilidades.

A garota continuou com o rosto abaixado, e Lana foi se sentindo mais calma. Suas lágrimas já não caiam mais, e quando encostou a mão no rosto viu que ele estava seco.

Quando a garota levantou os olhos para olhá-la, seus olhos estavam escuros e seu cabelo tinha mudado de cor: ao invés do loiro-branco estava organizado em vermelho-claro em cima, rosa no meio e um lilás nas pontas.

A menina voltou a sorrir e estendeu as mãos pra Lana, que aceitou.

As mãos da garota eram macias, quentes e confortadoras. O ar em volta dela tinha um cheiro diferente de qualquer pessoa que Lana tinha conhecido, era uma mistura de folhas, grama, vento e tranquilidade. Uma sensação que Lana sentia quando ia a algum bosque ou parque.

—Você está bem? - A garota perguntou, soltando a mão assim que Lana ficou de pé.
Sua voz era doce, melodiosa e transpirava calma.

—Eu... - Lana pensou em desabafar com ela, dizer que estava mal, mas não estava.

Se sentia perfeitamente bem. - Estou ótima, obrigada.

Lana começou a sorrir, sem saber ao certo porque estava sorrindo. A garota parecia tão doce.

—Venha comigo. - A garota estendeu a mão pra ela, e Lana a pegou. - Não se assuste, ok?

Lana confirmou com a cabeça, e a garota e ela começaram a flutuar.

—Assustada?

—Não.

As duas começaram a subir mais e mais até chegar perto do teto preto.

—Nós vamos bater! -Lana gritou, mas a garota só sorriu.
Lana fechou os olhos, com medo de bater a cabeça, e quando criou coragem pra abrir de novo estava parada na frente da garota. Olhou pra baixo e viu que estava com os pés no chão.

—Isso é... Fantástico!

Lana soltou suas mãos da garota e olhou em volta. Andou até a beirada e encontrou

escuridão embaixo.

—Tome cuidado pra não cair. - A garota avisou.

Lana olhou pra cima e via as estrelas brilhando, mais próximas do que já tinha visto. O céu estava escuro e a lua brilhava.

—Mas como? Está de dia.

A garota se sentou e Lana se sentou junto a ela, admirando a vista.

—Aqui nunca fica de dia, até onde eu sei. Só noite.

—Onde é aqui?

A garota ficou pensando por um tempo, entao respondeu:

—Não sei, exatamente. Mas não acho que estamos dentro do planeta Terra. - A garota olhou pra ela, carinhosamente. - Assustada?

—Acho que não. Só... confusa.

A garota confirmou com a cabeça, e as duas começaram a observar a lua.

—A propósito, meu nome é Gwylin. Gwylin Eveninfall. - A garota disse, sem desviar os olhas da lua.

—Gwylin? Que nome estranho. - Lana não pode deixar de comentar.

Gwylin olhou pra ela, rindo.

—Lana pra mim é um nome estranho.

Lana queria fazer várias perguntas para a garota, mas ficou com medo. Gwylin parecia tão legal, tão simpática, que ela não queria fazer nada que fizesse a garota não gostar dela.

—Pode perguntar qualquer coisa.

Lana pensou um pouco, e foi pela pergunta que pareceu ser mais simples:

—Você é o que? Você faz parte de uma Sede também?

—Eu sou da Sede Amarela. Sou uma fada. - Lana confirmou com a cabeça e ficou imóvel. - Assustada?

—Não. E eles? Jane e Caius? O que eles são?

—Eles são da Sede Branca, são imortais.

—Imortais?

—Sim. Eles não morrem.

Lana piscou os olhos, impassível.

—E Cecília? Minha amiga?

—Ela é da Sede Branca também. Você acredita em mim?

—Sim. - Respondeu Lana, sendo honesta. Era impossível não confiar naquela garota de cabelos coloridos.

—E ela... A Cisi, quero dizer. Ela vai ficar bem?

Gwylin fechou os olhos , e seu cabelo ficou com a tonalidade loiro-branco. Depois de alguns minutos, seu cabelo voltou a cor normal e ela abriu os olhos.

—Ela está bem. Está longe, mas está bem. Não acho que você deva se preocupar com isso agora.

—Como você pode saber?

—Eu sinto algumas coisas. Embora seja mais fácil sentir a natureza do que outros seres, eu posso sentir as vibrações de algumas pessoas. Jane também pode fazer isso.

—Como?

—Ela tem esse dom. É um pouco complicado de explicar, mas ela sente as vibrações das pessoas. Ela é capaz de saber se a energia dela é boa ou ruim, e ter um resumo de sua personalidade. Ela tentou captar vibrações da sua amiga, mas o sinal vem muito fraca. Como eu disse, Cecília está longe.

—Ela disse que Cecília estava bem, e que devemos esperar por ela.

Gwylin apoiou a cabeça nas mãos, pensativas.

—Ela disse isso hoje? Acho que ela conseguiu captar algo, então.

—E Caius? Ele também tem poderes?

—Dons. Os imortais tem dons. Ele tem uma afinidade incomum com a água. Ele consegue manipular esse elemento e faz coisas muito úteis.

—Como se teletransportar?

—Tipo isso. Ele consegue fazer o corpo dele ser reduzido a partículas minúsculas de água, e acaba virando "fumaça". Entende? Estado gasoso.

—Caius vive desaparecendo de um lugar e aparecendo em outro.

—Sim, ele faz isso, embora isso requeira muito esforço. Ele levou anos tentando aperfeiçoar isso. Eu diria que ele é um dos imortais mais fortes que existem, a capacidade dele é sem igual. Ele e Jane são uma dupla impressionantes. Jane também consegue manipular um elemento, ela manipula o ar. Por isso sente vibrações e consegue se transformar em névoa.

—Cecília?

—Eu não sei muito sobre ela. Ela, embora pareça tão aberta e amistosa, é muito fechada. Venha, vamos voltar.
A garota se levantou, mas Lana continuou sentada.

—Não quero voltar. Gostei daqui.

—Mas Jane e Caius podem estar preocupados. Além do mais, não queremos atrapalhar ninguém.

Lana aceitou as mãos da garota, e as duas começaram a brilhar. Enquanto desciam pelo chão, Lana teve um vislumbre de uma pessoa. O homem que tinha visto na janela estava naquele lugar.


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