Renascer escrita por Ana C


Capítulo 9
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!

Desculpem a demora! O trabalho está arrancando meu coro! Pra piorar tivemos um incidente aqui no Rio de Janeiro muito perto de onde eu dou aula! Momentos tensos da semana!

Bom, vamos a parte boa da vida: Vocês são MARAVILHOSOS! Sério! Todos os que comentaram, acompanharam e favoritaram! Meu Deus! Quanto comentário carinhoso, quanto incentivo, quanto elogio! A vontade de escrever se multiplica, o coração fica feliz e a criatividade aflora! Muito obrigada!

Os agradecimentos especiais do dia vão para: felece, MrBrownstone, Gabrielle Biggargio e Mockingjay, que comentaram pela primeira vez e de forma tão bonita

Para AFilho, Ro_Matheus, Nadi Monteiro, Kath e Daniela Arezzo por me acompanharem sempre e me darem todo o apoio e carinho para continuar

E para Bia Souza, que comentou e recomendou a fic! Linda Bia, capítulo em sua homenagem!

Capítulo narrado por nossa confusa favorita: Katniss Everdeen!

Mil beijos e boa leitura!



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Estou decidindo se Peeta Mellark é o melhor homem que já conheci na minha vida, ou somente o mais imbecil. O que ele tinha na cabeça quando decidiu que seria uma boa ideia contratar Rory Hawthorne para ser seu ajudante? Ele diz se preocupar muito com meus sentimentos, mas até que ponto isso é verdade?



– Você não pensou em me consultar antes de fazer mais uma caridade? - Falo, furiosamente



– Katniss, o que você queria que eu fizesse? O menino me aparece na padaria de noite, morrendo de medo de mim, assustado, pedindo pelo amor de Deus para eu deixá-lo trabalhar porque ficar na própria casa é insuportável. - Peeta, replica em tom calmo, mas firme - Você e eu sabemos como é se sentir deslocado, perdido, sem rumo. Porque não dar uma oportunidade de esse menino voltar a se animar?



– Porque ele é irmão do Gale! - Grito todas as palavras sem nem perceber. Ao mesmo tempo que é um alívio dizê-las, me arrependo assim que elas são ditas.



– Não me diga, Kat! Não havia percebido este detalhe até agora! - O tom de Peeta é tão mordaz, que sei que o atingi em um ponto fraco - Se EU passei por cima deste fato, por que você não pode fazê-lo?



Por que ele sempre me faz perguntas difíceis de serem respondidas?



– Porque ele matou a minha irmã! Eu nunca vou perdoá-lo por isso! - Continuo descontrolada, gritando para que ele perceba a situação absurda em que acaba de nos meter...



– Se pelo menos você acreditasse nessa história, eu ia entender mais o seu ataque! - Voicifera ele - Você sabe que ele não foi o responsável pela morte da sua irmã, ainda que tenha tido participação nela. Mas todos nós tivemos também. Todos os que resolveram lutar contra o Snow e não perceberam as reais intenções da Coin.



As lágrimas começam a jorrar incessantemente pelo meu rosto. Como ele é capaz de me dizer uma coisa dessas?



– Você é um desgraçado! - Falo, tentando dar a ele o mesmo tipo de dor que ele está me inflingindo



– E hoje você resolveu me falar somente o que eu já sei! - Ele retruca acidamente - Eu sei que a morte da sua irmã é algo que você não consegue aguentar, mas colocar a culpa no Gale não vai mudar o cenário. Muito menos deixar de ajudar um menino que está precisando do nosso auxílio! - Ao ver que eu não vou retrucar mais, ele segue com seu discurso- Essa sua reação me mostra que você não parece muito firme com relação aos seus próprios sentimentos... Você já passou por tanta coisa ruim e agora não consegue ao menos dar vazão ao que sente. É realmente patético que você não use toda a força e a coragem que tem com você mesma!



– O que você está insinuando? - Eu estou cada vez mais irritada e surpresa. Raramente discutimos, mas essa é uma briga das grandes...



– Eu estou afirmando, não insinuando, que você nem sequer sabe que tipo de sentimentos ainda nutre pelo Gale. E como fui eu o pretendente que voltou, não ele, não sei até que ponto o nosso relacionamento foi construído em cima do seu comodismo. - Ele cospe as palavras, mas ainda aparenta estar muito mais calmo que eu.



Eu quero agredi-lo de qualquer maneira. O fato de sermos namorados e estarmos morando juntos não dá a ele o direito de dizer o que quer sobre mim, ou sobre minha vida. Odeio quando ele faz esse tipo de coisa e que ele aparente sempre estar mais equilibrado do que eu. Quando tento vencer dequalquer maneiraa discussão, percebo seus olhos nublando de uma maneira que me é conhecida e me contenho.



– Eu não vou dormir hoje aqui, Katniss. Vou deixar que você pense na sua vida, para variar um pouco. Você não merece viver sua vida pela metade e eu também não...

Vejo Peeta caminhar em direção à sua casa, enquanto coloca as mãos na cabeça e a esfrega vigorosamente. Hoje eu não vou acudi-lo. Que o senhor “Dono da Verdade” aprenda que ele não é tão são quanto pensa.





Trinta minutos é o tempo que consigo manter minha decisão de não ir até a casa de Peeta para ver como ele está. A ausência de barulhos dele sempre me dá medo, não sei se ele pode sair perambulando pelas ruas, desnorteado, ou pode ter se machucado a ponto de estar desacordado. Coloco minhas botas e sigo até onde ele está. O encontro dormindo pesadamente no sofá, com a mesma roupa e calçado. Procuro por possíveis feridas em seu corpo, mas ele não tem nenhuma. Acredito que dessa vez ele não chegou a ter nenhum ataque, Peeta deve estar exausto demais até para isso. Ele se dedica dia e noite à sua padaria, faz todo tipo de trabalho braçal e ainda se preocupa em que todos estejam bem alimentados e dispostos.

Fico velando seu sono por um tempo, dominando minha vontade de acordá-lo para pedir que ele volte para casa e, sabendo que não vou ter força o suficiente para carregá-lo até sua cama, retiro seus sapatos e o acomodo de forma mais confortável no sofá. Depois pego uma coberta leve e o cubro. Estamos na primavera, nos aproximando do verão, mas mesmo nessas estações mais cálidas as noites no Distrito 12 podem ser um pouco frias. Terminado meu trabalho, volto para minha cama, que dessa vez vai contar somente com a minha presença.



Tudo o que Peeta falou em nossa discussão, minha cabeça faz questão de relembrar incessantemente. Sou obrigada a admitir que ele, novamente, está certo. No entanto, jamais direi isso a ele. Estou completamente perturbada por entender que ainda não sei direito o papel que Gale ocupará deste momento em diante na minha vida. Até a chegada de Peeta, ele era meu par inevitável. Nós eramos uma dupla, das melhores. Nós carregávamos todo o fardo de nossas famílias com toda a coragem que podíamos, nos ajudando da maneira que podíamos, nos gostando da maneira que sabíamos. Agora não sei se continuamos amigos, não sei se o amo, não sei se o odeio por ele ter assassinado Prim. Eu realmente não acredito nisso, ele nunca faria nada que pudesse machucar minha irmã, mas não há como desassociá-lo de tudo o que aconteceu.



Os ponteiros do relógio vão se movendo na medida dos meus pensamentos e quando adormeço já é quase manhã. Durmo pouquíssimas horas, o sono é inquieto e a falta dos braços firmes de Peeta a me rodear é latente. Durante o banho, decido ir até a floresta, pois este sempre foi o lugar em que meus pensamentos puderam fluir de forma mais organizada. Quando passo pela cozinha, com a intenção de pegar uma fruta e comê-la no caminho, me deparo com o mesmo café da manhã bem preparado que meu companheiro faz todos os dias. Não consigo evitar um sorriso bobo. Nós somos realmente patéticos. Estamos sempre cuidando um do outro, por mais que estejamos brigados. E por mais que ele esteja se mostrando um grande teimoso, toda essa comida mostra que os sentimentos dele por mim permanecem.





Sentada no mesmo grande galho que me serve de banco há muitos anos, posso me lembrar do tempo em caçava sempre acompanhada de Gale. A sua presença constante e forte me davam segurança e isso era o que eu mais desejava depois do falecimento de meu pai. Lembro de muitas conversas que tivemos, do plano de fugirmos juntos, dos poucos beijos que trocamos. Mas não consigo lembrar de momentos em que sorrimos. Esses pertencem todos a Peeta. E também aqueles em que meu coração estava tão cheio que parecia transbordar. E a sensação de dormência que é sempre trazida pela sua ausência. Pouco a pouco vou me dando conta. Gale sempre entendeu todas as minhas dores, meus medos, minhas inseguranças e sempre esteve perto para que eu não sucumbisse. Peeta, por sua vez, sempre está me curando. Tudo com ele parece ser suportável, a vida parece ser mais colorida.

Finalmente posso entender o que Gale quis dizer quando disse que eu escolheria o homem sem o qual eu poderia viver. Está tão claro para mim agora, desde o dia em que ele me atirou aquele pão, desde o dia em que minhas manhãs são preenchidas com o azul de seus olhos... Peeta é a minha escolha, mas, além disso, é o meu amor. Sinto uma liberdade imensa de poder assumir para mim mesma que amo o homem que se deita comigo todas as noites e me acorda todas as manhãs. Ainda que não saiba se tenho as palavras para dizê-lo tudo o que sinto, preciso do corpo dele junto do meu, da sua voz em meus ouvidos e de todo o resto.



Caminho apressadamente em direção à padaria, mas me retenho quando estou na calçada oposta. O lugar está cheio e eu não tenho coragem de chamar Peeta para uma conversa particular com toda aquela gente me observando, por mais que já os conheça. Contento em observar como ele se comporta no meio de todos. A sua liderança é nata, segura e tranquila. Do seu jeito, ele consegue fazer com que todos sigam suas instruções. Todos estão ocupados com alguma função e ninguém parece enfadado ou triste. A loja já está quase pronta, graças ao trabalho desta equipe que ele conseguiu formar. Posso ver o pequeno Rory integrando o grupo e consigo notar sua felicidade em estar ali, ele e Peeta conversam de forma animada e Delly ri de algo, como é comum que faça. Ele não parece precisar de mim para absolutamente nada e isso me dói, porque eu preciso desesperadamente dele. Eu vou me envolvendo de novo em uma tristeza conhecida e ele olha para fora da loja, como se houvesse percebido algo de estranho. Nossos olhos se encontram, e ele acena para que eu entre. Eu nego devagar com a cabeça e lhe dou um aceno de despedida e sinto sua decepção diante da minha negativa. Espero desfazer este mal-estar mais tarde, quando estivermos a sós. Tenho muito o que falar com ele, não me importo em esperar que ele termine tudo para que possa encontrá-lo, porém quero sua atenção somente para mim.

Há horas em que eu entendo exatamente o motivo pelo qual Dr Aurelius quer que eu mantenha o meu tratamento com ele. Apesar de ter conseguido clarear meus sentimentos acerca de Peeta, ainda não reuni coragem suficiente para comunicá-lo deste fato. É um tipo de sadismo que eu pratico comigo mesma. Pospor a chance de ter uma vida feliz é minha especialidade. Olho pela janela da sala, esperando que ele faça o mesmo que fez essa tarde e me procure com o olhar, mesmo não tendo a certeza de que estou a sua espera, porém as luzes da casa do meu padeiro estão apagadas. Não tenho certeza se ele ainda não chegou em casa, ou se já está dormindo, mas sei que novamente perdi a chance de reatar com Peeta. Se é que estamos separados de fato.



Três dias que eu descobri que Peeta é o homem da minha vida e ainda estamos vivendo em casas separadas. Eu tenho mais pesadelos do que nunca e, as vezes, sinto que há algo que me consegue me tirar deles. Tenho certeza que é a presença dele, mas todas as vezes que abro meus olhos, não o encontro. Devo estar ficando maluca. Ligo para o meu terapeuta e não consigo dizer o que anda acontecendo comigo, no momento estou me achando tão imbecil que não consigo dividir meus pensamentos com ele. Consigo, no entanto, falar com alguém que me conhece e me entende como ninguém: Haymitch.



A pequena criação de gansos de Haymitch ocupa todo o espaço do jardim de sua casa. Há aves para todos os cantos e algo me diz que esta casa vai adquirir ares cada vez mais insalubres. Faço uma nota mental para guardar tudo o que eu penso para mim, afinal de contas estou vindo aqui para que ele me auxilie.



– Como vai o mais novo criador de animais do Distrito 12?- digo, fazendo meu mentor se virar e rir. Nunca sou capaz de esconder a ironia na minha voz



– Vou muito bem, docinho. - Ele responde, calmamente - E a senhorita? O que a traz aqui? É sempre seu namorado quem vem me visitar! Resolveram trocar de papeis?



– Não é nada disso! E pare de resmungar... Peeta não está vindo te ver com tanta frequência porque passa o dia inteiro enfurnado naquele canteiro de obras que vai ser uma padaria...



– Que coisa bonita, a namoradinha do padeiro defendendo-o do velho mau... - Haymitc ironiza



– Eu não sou a namoradinha do padeiro! E você não é mau, só é ridículo... - Respondo no mesmo tom



– Bom, se você vai começar a desfilar sua alegria contagiante, acho melhor buscar algo para beber... - Haymitch se levanta, mas antes que ele comece a caminhar, eu grito:



– Não! Desculpe-me , hoje não estou num bom dia... - E além disso, preciso dele sóbrio - Eu preciso da sua ajuda!



Quase não peço ajuda ao meu mentor, sendo assim, consigo deixá-lo curioso para ouvir o que eu tenho a dizer.



– Eu e Peeta brigamos. Foi feio. Ele não está mais morando comigo...

– E o que você fez pra isso acontecer, Katniss? - Haymitch obviamente presumiu que a culpa era minha. Quem faria diferente?



– Eu não fiz nada! - me defendo - Peeta contratou um novo aprendiz para a padaria. E ele é o irmão do Gale, Rory!



Meu mentor solta uma gargalhada irônica enquanto joga uma espécie de ração para os gansos



– Esse garoto nunca vai mudar! Ele leva mesmo jeito pra ser mártir! Dessa vez eu tenho que concordar com você, jamais imaginaria algo assim vindo do Peeta...



– Ainda bem que alguém concorda comigo! - Brado, enfaticamente. Estou cansada de me sentir a vilã



– Calma lá! Isso não é motivo suficiente para o padeiro ter parado de morar com você! O que você fez, Everdeen?



– Eu não fiz nada! - Grito, as bochechas ficam cada vez mais quentes - Porque tem que ser sempre eu a pessoa que faz algo errado?



– Porque é você quem sempre faz algo errado, simples. - Ouch... - O que mais você não está me contando?



Respiro fundo e resolvo contar tudo



– Peeta está aborrecido por causa da reação péssima que eu tive. Ele me disse que só chamou o Rory pra trabalhar com ele porque o menino pediu muito. Ele disse que era uma maneira de ajudar alguém que está tão ruim quanto nós, depois de tudo isso que aconteceu... Depois me disse que se eu estava tão aborrecida com isso tudo é porque não havia esquecido ou havia deixado de amar o Gale e que só estou com ele, Peeta, por comodismo... É isso!



Haymitch fica um tempo calado, como se estivesse analisando a situação. Depois questiona:



– O Peeta está morrendo de ciúmes, se sentindo ameaçado pelo Gale, ainda mais depois de você ter reagido de maneira tão histérica... Mas... Ele pode ter razão no que disse? Você realmente está com ele só por que é um cenário mais confortável?



– Claro que não! Eu amo Peeta!- afirmo imediatamente - Mas confesso que não sei o que sinto por Gale. Se é ódio, ou decepção, ou amizade... Mas não é o que sinto pelo Peeta. Eu nunca senti isso por ninguém antes...



– E você falou isso para ele? - indaga meu mentor



– É justamente por isso que estou aqui, na sua frente, agora. - respondo - Não consigo dizer o que sinto para Peeta. Eu acho que ele está começando a me odiar... Não sei o que faço e talvez você seja a única pessoa que entende a nós dois.



– Isso jamais vai acontecer, mesmo que você se esforce muito... - ele pondera - Eu sei que você não é um gênio com as palavras, mas você tem que arrumar uma maneira de dizer isso a ele. Você está sofrendo e fazendo o garoto sofrer junto contigo! Eu sempre disse que você viveria cem vidas e não mereceria o Peeta, mas isso não é verdade, sabe? De todas as pessoas do mundo, ele te escolheu. Deve haver algum motivo, não? E você, Katniss, tem mais qualidades do que eu posso citar agora. Não se prive do direito de ser feliz... Por nada.



As palavras de Haymitch me emocionam tanto, que não consigo conter minhas lágrimas. Já não há o que dizer, então o abraço com toda a força que posso. Ele me retribui timidamente, mas sei que ele aceitou meu agradecimento.



Despeço-me do meu mentor, disposta a seguir seus conselhos, e volto para o meu lar. Tenho uma ideia que parece ser brilhante e tento colocá-la em prática. Reúno caneta e uma das folhas de pergaminho que sobraram do nosso livro de memórias e escrevo uma pequena carta, tomando cuidado para que a minha letra esteja perfeita.



"Peeta,

Eu escolhi você agora e escolheria de novo, quantas vezes fossem necessárias. Eu não consigo falar as coisas da mesma maneira que você, mas eu consigo sentir. Por favor, me perdoe.



Sempre sua,



Katniss"

Coloco a carta em frente a porta da casa de Peeta e dou início a uma torturante espera por respostas. Sou derrotada pelo sono e, de repente, Snow vem me avisar que nunca mais vou voltar a ver os doces olhos azuis do meu “amante desafortunado”, porque ele já está morto. Grito de desespero com todas as minhas forças, a dor irradia pelo meu corpo. Repentinamente, o velho presidente começa a desaparecer e o azul predomina em meu foco de visão. Peeta me carrega até nossa cama, me abraça, me beija e dá a resposta perfeita para as minhas ânsias:

– Eu também serei sempre seu, Kat.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu achei que é um dos melhores até agora!

Olha só meninos, estou viajando amanhã, então vou ficar até quinta que vem sem postar! Mas não se preocupem, porque quando eu voltar vai ter uma overdose de fofura esperando por vocês!

Comentem, ok? Eu AMO os comentários de vocês, de verdade!

Mil beijos e até o próximo capítulo!