Crônicas de uma Vida Ninja escrita por Lindsay Mistam


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão? Há quanto tempo não posto um capítulo, não é mesmo? Me pergunto se alguém ainda se lembra dessa fanfic. Não irei dar muitas explicações que justifiquem meu sumiço, mas só digo que agora voltei para ficar e pretendo atualizar com mais frequência.
Boa leitura.



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Capítulo 3

 

Sakura abria os olhos levemente, acostumando-se com a claridade do ambiente. Aquele lugar era bastante familiar a rosada, já que passava a maior parte do tempo ali, devido a sua profissão. A coloração branca por toda sua extremidade era um incômodo para os seus olhos. O que não era esperado é que a Haruno estivesse daquele lado da perspectiva, deitada, com roupas de paciente e sendo observada pelo olhar de preocupação da amiga loira.

 

A Yamanaka estava sentada no sofá ao lado do leito de Sakura. Passara a noite inteira ali. Sakura observava a amiga adormecida na poltrona, ao lado de sua cama, e sentiu-se ainda mais horrível (como se fosse possível) por não ter dado a mínima por todo esforço que a loira esboçava, na tentativa de melhorar o humor da rosada, que piorava cada dia mais.

 

Estava péssima e descontava na amiga, que não era a culpada por essa situação, pelo contrário, somente dava apoio e tentava levantar seu ânimo, porém, como sempre, a rosada retribuía com respostas secas e cortes irônicos, o que não melhorava em nada a situação, ou representava verdadeiramente como a rosada realmente se sentia. Aquele era o seu refúgio.

 

Ao acordar e aquela montanha de pensamentos não tão positivos invadirem sua mente, como toda manhã em que acordava, já vislumbrava mais um dia péssimo em sua vida. Tendo isso em mente, tratou de fechar os olhos novamente na tentativa de conseguir dormir e afastar de sua mente sua monótona e cansativa realidade.

 

Ato esse que foi imediatamente percebido pela loira.

 

Não conseguia esconder o olhar de preocupação diante do estado da melhor amiga. Não importava o quanto alertasse para que a outra se cuidasse mais, se importasse com a sua saúde, sabia que não adiantava de nada. Não fazia sentido ela preocupar-se com o estado de saúde físico, se seu emocional estava destruído.

 

Mesmo Sakura não lhe contando com todas as palavras o que estava sentido, ela a conhecia muito bem. Podia ver a rosada se deteriorando cada vez mais com mais trabalho e missões e tudo que a ajudasse a tentar esquecer a realidade dolorosa que a rodeava. Porém, como esperado, não era o suficiente. Sempre fugindo do assunto.

 

Sakura sentia-se fraca, inútil, como a garota ingênua apaixonada que sempre foi desde criança. Apesar de passado todo esse tempo com ele afastado da Vila, nunca deixou, nenhum momento se quer, de se preocupar, se importar.

 

Após a Guerra, pensou que as coisas seriam diferentes, afinal, o mesmo havia “assumido” seu posto como antigo membro do time 7 e ajudado a salvar o mundo ninja. Quando finalmente imaginou que as coisas poderiam ser como anteriormente, somente a triste e dura realidade a atingiu fortemente.

 

Ele se foi.

 

Embora Sasuke tivesse lhe pedido desculpas por tudo que havia cometido durante esse tempo, o mesmo foi embora no menor descuido dos demais membros do time 7.

 

Ela não compreendia. Ninguém compreendeu.

 

Foi tirada de seus devaneios ao ouvir a voz de sua amiga, Ino.

 

— Bom dia, Sakura! – exclamou a loira, com um sorriso forçado. Sakura não deixou de notar seu semblante exausto, resultante da noite em claro esperando que a mesma acordasse.

 

— Ino… O que aconteceu? Por que estou aqui? – Estava tão perdida em suas lamúrias de sempre, que só agora tinha caído a ficha, para então questionar-se o motivo de encontrar-se ali, deitada na cama, em um quarto de hospital.

 

— Como assim, não lembra? – A loira suspirou. – Era da se esperar que seu corpo não resistiria, depois de tanto tempo sem descanso. – Levantou da poltrona, dirigindo-se até Sakura. – Você dormiu por três dias inteiros.

 

— Três dias? – Sakura levantou-se de sobressalto, sentindo, em seguida, uma forte tontura. Sendo imediatamente amparada pela amiga, que estava ao seu lado.

 

— Sim e você pode ficar deitada, porque ainda precisa ficar de repouso. – A rosada não pode esconder a feição irritada, perante a fala da amiga.

 

— Ino, eu já estou bem, ok? Você não queria que eu descansasse? Já fiz isso por três dias! Agora, se me der licença, tenho que voltar ao trabalho. – A rosada levantou-se da cama, meio cambaleante, mas finalmente pôs-se de pé.

 

— Nada do que eu diga irá te impedir, não é? – A loira suspirou derrotada.

 

— Yep! – Sakura então se retira do quarto, sendo observada pela loira, indo até seu consultório a fim de trocar aquelas roupas e iniciar seu turno no hospital.

 

Sakura vivia sim, desnorteada com todos os seus pensamentos deprimentes; porém, não era mentira pra ninguém que a mesma adorava o seu trabalho. Ajudava sim, a fugir dos problemas e da realidade que a rodeava, mas parte de si gosta de ajudar as pessoas, a cuidar daqueles que precisam no hospital. A fazia sentir-se viva, útil.

 

Ino então seguiu por onde Sakura acabara de sair, indo também realizar sua função ali, naquele hospital. Se Sakura não queria por bem cuidar de sua saúde, teria de recorrer a superiores.

 

[…]

 

Hinata havia acordado cedo aquela manhã, como já era rotina na vida da azulada naquela semana. Ela desferia golpes no boneco de madeira a sua frente, na tentativa inútil de extravasar a raiva que estava contida dentro de si, há bastante tempo. Lembrou-se da noite anterior e revirou os olhos. Ato esse que se mostrava frequente em diversos momentos da sua vida ultimamente. O que, apesar de sua atual situação, ainda a surpreendia.

 

A garota de anos atrás não se reconheceria em sua eu de agora. Quem diria que na noite anterior a mesma teria desafiado o homem responsável por diversos pesadelos seus na infância. Motivo de seu constante tormento e falta de confiança em si mesma.

 

Continuava a desferir golpes no tronco a sua frente, quando percebeu a aproximação de alguém.

 

— Yo, Hinata! – A garota exibiu um sorriso forçado para o rapaz, que retribuiu com um grande aceno, vindo em sua direção.

 

Era Kiba novamente, que em todos os dias, aparecia na mesma área de treinamento para treinar com a azulada.

 

— Kiba-kun. Bom dia.

 

— Começando bem cedo como sempre, Hinata. – O moreno estava bastante feliz por poder passar todas as manhãs com Hinata. Sentia-se tão bem ao lado de sua colega de time… Colega? Podia chamá-la apenas disso?

 

Fazia um tempo que se sentia diferente ao lado da morena. Ela o fazia sentir-se bem. Com ela podia ser ele mesmo. Admirava sua força de vontade em sempre querer se tornar mais forte por seu clã. Ela era uma garota realmente especial.

 

Não entendia como a mesma ficou tanto tempo atrás de alguém que não dá a mínima para ela. Só de pensar nesse certo alguém, já começava a ferver de raiva, mas não deixou transparecer.

 

Já havia tentado tocar no assunto de Naruto com a garota, e o resultado não havia sido muito bom. Hinata, que apesar de tentar se mostrar forte e independente, sabia que a mesma era bem frágil e que não esqueceria assim tão facilmente do Uzumaki. Mas ele, com certeza, garantiria que a garota nem se lembrasse mais desse idiota.

 

A garota exibiu um sorriso forçado ao constatar a presença do amigo e suspirou baixo. Não que não gostasse da presença do moreno, pelo contrário, ele seu precioso companheiro de time. Gostava de treinar com o mesmo, que sempre estava ao seu lado para ajudá-la no que fosse preciso. Principalmente nessa última semana, o que era um tanto quanto curioso para a garota, já que era o momento que ela mais precisava de apoio, após a partida dele.

 

Não gostava nem de mencionar o seu nome, nem em pensamentos mais. Era bastante doloroso.

 

O problema é que Kiba, muitas vezes, era inoportuno sobre o tipo de conversa que queria ter. Sempre tentando trazer a tona o assunto Naruto isso, Naruto aquilo. Caramba! Ela sentia-se completamente desconfortável na maior parte do tempo na companhia do garoto. Não entendia porque ele estava agindo daquele modo com ela. Porém, ignorou tais pensamentos. Kiba só queria seu bem. Era seu amigo, afinal.

 

— Pronta para treinar comigo, Hinata? – O garoto a tirou de seus devaneios e a mesma exibiu um sorriso que transparecia mais confiança dessa vez. O moreno sentiu-se preenchido ao vislumbrar aquele rosto angelical com aquele sorriso meigo, que o mesmo achava tão bonito.

 

— Claro, Kiba-kun – respondeu a garota, ficando em posição de luta, adquirindo uma postura séria de imediato. O Inuzuka a encarou e sorriu de forma travessa, adquirindo também uma posição de luta, diante da morena.

 

Hinata partiu para cima de Kiba e desferiu golpes, que foram defendidos pelo moreno com mais dificuldades do que esperava. A luta prosseguia e ambos desferiam socos, chutes em direção de um ao outro. Kiba mais defendia do que atacava. Não porque estava sendo tão pressionado pela garota, mas não queria realmente machucar Hinata.

 

A garota percebia que o moreno não estava indo para cima de si com tudo o que tinha, o que a deixou brevemente irritada. Foi então, para cima do Inuzuka com o seu Jūho Sōshiken¹, o que levou o castanho a estranhar a atitude da azulada, que sempre se mantinha tão contida e centrada nas lutas.

 

Apesar do choque momentâneo, tentou se defender do golpe de Hinata, mas era tarde demais. O golpe lhe acertara em cheio, o arremessando e fazendo acertar algumas árvores que estavam no meio do caminho, estacionando em um grande pedregulho no fim da área.

 

Percebendo o que fez, e acordando de sua exaltação momentânea, Hinata ficou boquiaberta e saiu correndo em direção ao amigo, extremamente preocupada. Não mediu a força de seus golpes, de uma luta que, inicialmente, era bastante amigável.

 

— I-Itaai! – Gemeu Kiba ao levantar-se do pedregulho que havia batido durante a queda. Logo avistou Hinata vindo em sua direção com a feição desesperada.

 

— Me desculpe Kiba-kun! Você está bem? – Hinata estava bastante arrependida pelo que havia feito. De forma alguma queria machucar o amigo e sentira-se uma imbecil pelo que havia cometido há pouco.

 

Quando estava quase ao lado de Kiba, a azulada de assustou ao ouvir risadas. Inicialmente murmúrios, Hinata achou que fosse coisa de sua imaginação, mas então tornaram-se mais altas e percebeu que vinham de Kiba. A garota não entendia o que estava acontecendo, questionando o comportamento estranho do rapaz.

 

— Kiba-kun? – Hinata questionou incerta se aproximando, dando espaço em seguida ao perceber que o mesmo se levantava.

 

— Caramba, Hinata. Você Realmente me pegou de jeito em! — comentou o garoto, limpando o filete de sangue que escorria pelo canto de seus lábios. Vendo isso, a morena indicou para o garoto que se deitasse, para que a mesma pudesse dar-lhe tratamento, depois do que havia feito.

 

Imediatamente Hinata fez os sinais de mão para a utilização de seu ninjutsu de cura, que não era sua especialidade, mas poderia dar os primeiros socorros ao amigo e colocou a mão no abdômen do rapaz e pode ver uma lesão considerável. Sentiu-se ainda pior ao notar isso.

 

Notando o olhar entristecido da garota, pegou sua mão, que encontrava-se no abdômen do rapaz, e fui levantando lentamente, até estar sentado e com o olhar frente a frente com Hinata. Mais uma vez naquele dia, a azulada se surpreendeu, com a aproximação repentina. O moreno aproximava-se cada vez mais, com os batimentos acelerados, que Hinata pode notar, já que o mesmo segurava suas mãos próximas ao peito do rapaz.

 

Ainda confusa a morena mantinha-se intacta na mesma posição, quando imediatamente interrompeu a aproximação ao perceber a aproximação do rapaz, com seu capuz e óculos característicos.

 

— Como pode os outros membros do time 8 estarem treinando, durante toda a semana, enquanto me excluem dessa forma? – indagou Shino, do seu jeito misterioso e introvertido de sempre.

Kiba ainda mantinha-se sentado e cabisbaixo, pensando no que tinha acontecido, ou melhor, no que quase aconteceu se não fosse pela interrupção de Shino. O moreno suspirou derrotado. Levantou, oferecendo o melhor sorriso falso que consegui no momento. Encarou Hinata, a mesma agia como se nada tivesse acontecido antes.

 

Em seguida, Shino juntou-se aos amigos e assim, começaram novamente o treinamento, sob o olhar emburrado do garoto, dos cães.

 

[…]

 

Sakura corria agora, de um lado para o outro, onde fosse requisitada no hospital. Após a guerra, era esperado que o movimento daquele lugar diminuísse, mas como pode-se notar, não é o que estava acontecendo.

 

Uma epidemia inexplicada ainda, estava deixando os ninjas médicos muito preocupados, já que no momento haviam muitas vítimas contaminadas. Eram, geralmente, cidadãos comuns, que moravam em povoados próximos à vila de Konoha, cujas condições de vida, são precárias. Agora as mesmas estão sempre transitando pela Vila da Folha, devido ao acordo de cooperação que surgiu no fim da guerra.

 

Sakura agora atendia uma paciente que ainda era bem jovem. A condição da criança não era muito boa, devido à doença que continha. A menina suava, com a temperatura bastante elevada, gemia de dor e o que mais chamava a atenção eram as manchas escuras por todo o seu corpo. A rosada ficou bastante apreensiva ao ver o estado da menor.

 

Apesar das vilas menores não participarem diretamente das reuniões da Aliança Ninja, faziam parte do país do fogo, sendo assim, ainda representados e acolhidos quando preciso, nessa época de suposta paz.

 

— M-me ajude… – Sakura percebeu um baixo murmúrio, vindo da cara que estava deitada na cama do quarto do hospital, onde haviam muitas outras pessoas com, aparentemente, o mesmo estado de saúde. – E-está doendo, alguém me ajude… – A menina apertada os olhos com forças, deixando Sakura ainda mais apreensiva, enquanto presenciava o sofrimento da menor.

 

Sakura imediatamente inseriu vestiu as luvas e a máscara, para então utilizar de seu jutsu da cura, para observar mais profundamente o real estado da criança e tentar, de alguma forma amenizar o sofrimento daquela garota. De alguma forma, já que essa doença ainda não foi identificada pelos ninjas médicos, com a cura indisponível até o presente momento. A dor era ocasionada devido a grande temperatura que a garota tinha e a grande perda de líquido pelo suor, que já tinha deixado os lençóis empapados, estando seus órgãos entrando em colapso.

 

Sakura suspirou fundo, ao medir a gravidade da situação de sua paciente. Qualquer outro médico que visse o estado daquela garota, diria que não tem mais salvação, mas não para Haruno Sakura.

 

Rapidamente inseriu medicamentos soro que a menina recebia pela veia, no braço esquerdo, para que fosse aliviar a dor e diminuir a temperatura de seu corpo. Enquanto isso, não deixava de fazer uso de seu Saikan Chūshutsu no Jutsu², com o pouco de dificuldade para concentrar o seu chakra, devido ao tempo sem descanso. Em outros tempos seria o suficiente para curar a doença, mas não para esse tipo, ainda desconhecido. Apesar disso, foi o suficiente para aliviar o estado da menor, que finalmente havia parado de tremer e agora simplesmente estava dormindo.

 

Sakura estava prestes a sair do quarto, quando ouviu um alguém murmurar.

 

— Obrigada. – Sakura virou-se para sua paciente e suspirou, esboçando um sorriso sereno. Há quanto tempo que não sorria assim, verdadeiramente, sem ser apenas para fingir para os amigos que estava tudo bem e afastar os olhares preocupados rotineiros de Ino? O seu trabalho tinha aquele poder sobre ela, a fazia esquecer-se de todos os seus problemas pessoais, ao dar a razão de sorrir para outra pessoa. Sentia-se bem ajudando a quem precisava dela naquele hospital.

 

Ao observar que o estado da garota era estável, Sakura se dirigiu ao outro paciente, dentre os muitos que se encontravam naquele quarto. Quando estava disposta a finalmente se dirigir a um deles, percebeu a presença de alguém atrás de si.

 

— Tsunade-sama! – Sakura arregalou levemente os olhos, em um tom de surpresa, embora a presença de sua mestra no hospital não fosse algo tão inesperado.

 

— Sakura, você está fazendo um ótimo trabalho como sempre. – Aquilo surpreendeu um pouco Sakura, que achou que a mesma fosse vir com mesmo assunto de Ino, que precisava descansar e tudo mais. – Alguma posta do que pode estar causando esses sintomas?–A rosada deixou o olhar cair ao chão, tristemente.

 

— Infelizmente não, Tsunade-sama, embora todos os nossos esforços e... – Foi interrompida pela loira.

— Sakura, vejo tudo que vem fazendo aqui e esse hospital não é a mesma coisa sem a minha melhor pupila. Não falo agora como Hokage, mas sim como sua mestra, que quer o seu bem, querida.–Sakura estranhou o tom de voz da mestra, que não costumava mostrar-se tão amigável, mesmo quando queria ser gentil.

 

— Você já está nesse hospital há quase uma semana sem descanso. Na última vez, tive que obrigá-la a se afastar, mas dessa vez, pense nos pacientes. – Sakura levantou o olhar, encarando-a confusa. – Cansada do jeito que está, não vai conseguir dar tudo de si para que possamos solucionar esse problema. A vila e eu precisamos de você, Sakura. – Dito isso, a loira se direcionou ao restante da equipe médica que também estava tratando dos pacientes naquela ala, não com o mesmo sucesso que Sakura, mas dando o melhor de si para isso.

 

— Tsunade-sama? – A loira que agora encontrava-se mais distante da rosada, virou-se e observou a Haruno que chamava por seu nome com um olhar que indicava para que a mesma continuasse. – Obrigada. – A mais velha esboçou um sorriso e acenou com a cabeça, voltando então a observar o resto dos pacientes dali.

 

[…]

 

Havia finalmente voltado para casa, depois de quase ser escorraçada do hospital por Tsunade, que ficara sabendo da situação da rosada, por sua querida – lê-se irritante – amiga preocupada e a falação de sempre. Sim, embora a rosada tivesse ido por espontânea vontade, depois do que sua mestra havia lhe falado, ela sentia que caso recusasse, era isso que aconteceria com ela. A Hokage era bastante assustadora com seu jeito estressado de sempre, mas quando o contrário acontecia, a rosada sabia que tinha que se preocupar de verdade, por isso não exitou em aceitar os seus conselhos.

 

Riu internamente com os seus pensamentos. Ela sabia que todos só queriam o seu bem. Logo os pensamentos deprimentes vieram à tona novamente e qualquer sinal de felicidade foi esvaindo-se de seu rosto, que adquiriu a feição indiferente que era tão costumeira nessa parte de sua vida.

 

Fazia tempo que não ia a seu apartamento. Nem lembrava-se da última vez que havia dormido em sua cama. O apartamento mostrava-se empoeirado e a rosada, ignorando este fato, só queria saber de tomar um banho e jogar-se naquela cama.

 

Retirou as roupas e imediatamente adentrou o box, deixando a água quente calmamente relaxar seus músculos tensos. Após cerca de vinte minutos, terminou o seu banho e saiu do banheiro, sentindo-se quase inteiramente revigorada.

Ao sair do banheiro, sentou-se na cama, ainda de toalha, sentindo os olhos bastante pesados e o cansaço assolá-la casa vez mais.

 

Levantou-se e foi ao seu guarda-roupa, a fim de achar uma roupa leve para vestir e percebeu um vulto preto em sua janela. Mesmo que não trajasse alguma peça de roupa, a mesma imediatamente assumiu sua posição de batalha e esperou o indivíduo se revelar, o que não aconteceu, fazendo a rosada ficar ainda mais apreensiva.

 

— Apareça! – Cansada de esperar, a mesma se pronunciou e esperou alguma reação. A pessoa misteriosa se moveu de trás das cortinas e a encarou. Sakura arregalou tanto os olhos, que achou que os mesmos fossem saltar de órbita a qualquer momento. Com a surpresa, deixou a kunai que segurava cair no chão e sentiu as pernas cambalearem no mesmo momento. Somente uma pessoa poderia desarmá-la, uma ninja tão experiente, daquela forma.

 

— Sakura. – A morena se afastou, ainda sem acreditar no que via. Uma mistura de sentimentos a bombardeavam naquele momento e sentiu-se tonta. O que ele fazia ali? Ainda não acreditando nos seus olhos, ousou pronunciar o nome que, com todas as forças, tentou esquecer.

 

— Sa-Sasuke-kun?


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Notas finais do capítulo

¹: Passo Gentil dos Punhos de Leões Gêmeos
²: Técnica de Extração Delicada de Doença

E então, o que acharam? Comentem (:
Até terça!



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