yYy:– Mas Pê, eu não tenho problema com isso.

Pedro:– Eu sei disso Priscilla. Mas eu tenho problemas, eu não consigo esquecer ela. Eu simplesmente não consigo ficar com nenhuma menina entende?

Priscilla:– Como um garoto de 15 anos não consegue ficar com uma menina porque não esquece outra. Pra mim isso é coisa de gay.

Pedro:– Beleza Priscilla, tu pode achar o que tu quiser velho, mas eu não vou ficar contigo enquanto eu não esquecer ela.

Priscilla:– Essa menina deve ser realmente muito gostosa, pra tu me recusar.

Pedro:– Ah velho, deixa de ser besta. - Ele virou a cara.

Sai dali antes que um deles me visse. Encontrei as meninas no Mc Donald's:

Ju:– E aí, achou alguma câmera boa?

Manu:– Hãm? - Disse distraída

Nanda:– Câmera, Manuela, aquele negócio que tira foto e que tu foi olhar naquela loja.

Manu:– Ah câmeras, é, não, nada muito bom.

Compramos batata-frita, refrigerante, chocolate e mais um monte de besteira pra comer durante o filme. Depois fomos em algumas lojas ver umas roupas e charlar até a hora do filme. Faltando dez minutos pro filme a gente subiu e pro nosso azar, pro meu no caso, o Pedro estava com a tal Priscilla na fila e tomou um susto quando nos viu, o que eliminou a possibilidade de ele ter me visto e por causa disso ter dito aquilo pra piriguete.

Por sorte eles iam assistir outro filme, depois desse momento tenso as meninas ficaram caladas e nos entramos na sala. Passou alguns minutos no silêncio até que a Van quebrou o silêncio com uma piada sobre o trailer, ficamos de boa e assistimos o filme, que é perfeito ♥ Quando acabou, voltamos para casa e a Van aproveitou para ajeitar as roupas dela que estavam uma bagunça. Ela deixou só o uniforme e um short jeans em cima da cômoda. Descemos, jantamos e assistimos Friends no meu quarto, terminamos já era quase 1 da manhã. Finalmente fomos dormir. Acordamos cedo e a Van foi tomar banho primeiro, ela vestiu a blusa do uniforme, o short jeans, um All Star e passou quase um quilo de maquiagem. Depois eu fui tomar banho, vesti minha blusa do uniforme, um short jeans preto e um Vans vermelho. Descemos pra tomar café e meu pai foi nos deixar no colégio, ninguém tinha chegado ainda. Umas amigas da Van chegaram e ela foi combinar um trabalho com elas, aproveitei para ir falar com o Gui.

Manu:– Guiiiiiiii, quero falar contigo.

Gui:– Diga anãzinha. - Ele riu.

Manu:– Chato. - Bati nele. - Ei, e aí e o meu relatório?

Gui:– Ah, então a gente foi em uma festa esse fim de semana e tipo ele saiu com a menina para ficar com ela. Ele disse pra gente que tinha ficado com ela. Mas a menina contou para mim depois que ele não tinha ficado com ela, tinha enrolado, falado que não tava se sentindo bem e pá.

Manu:– Hm, saquei, muiiito obrigada Guizinho.

Voltei pro pátio.

1 m ê s d e p o i s

Finalmente chegou o dia da festa da Nanda.

A festa consistia no seguinte, na sexta a noite um ônibus ia sair da casa da Nanda para a casa de praia, a gente ia ficar lá até o domingo a tarde. Os pais dela iam comprar comida, bebida tudo, e cada um dava uma cota no lugar de levar presente. Por coincidência a sexta da festa era feriado.

Na sexta de manhã eu acordei e fui arrumar minhas coisas que ainda não estavam no lugar, me processem. Arrumei tudo e desci para tomar café, depois de tomar café saí e fui para a casa do Art jogar videogame. Nós tínhamos nos aproximado bastante nesse último mês, mas não no sentido que as meninas queriam, apesar de elas viverem empurrando o coitado pra cima de mim e vice-versa. Mas graças a Deus ele não percebeu, ou percebeu e quis ignorar.

Depois da cansativa jornada de atravessar a rua pra ir pra casa dele, toquei a campainha e a tia Marta atendeu e disse que eu podia ir acordar ele, já que o preguiçoso ainda estava dormindo. Subi e fui andando devagar para não acordar ele.

Manu:– ARTHUR ACOOOOOOOORDA. - Gritei e balancei ele.

Art:– Nossa Manu, como assim? Me acordar no feriado? Não né.

Manu:– Acorda logo seu preguiçoso. - Puxei a cortina para deixar o sol entrar porque sou uma fofa.

Ele puxou o travesseiro para cima do rosto e tampar a luz do sol. Puxei o travesseiro e fiquei cutucando ele até ele acordar. Por coincidência justo naquele dia ele dormiu sem a blusa do pijama, uma coisa nada normal. E quando ele levantou eu pude ver o corpo dele da cintura para cima.

Cara. aquilo é o paraíso, juro. Ele tinha tanquinho, que eu não entendo a razão já que ele não faz academia. E um peitoral que nossa senhora. Eu quase babei em cima de mim mesma, mas escondi minha expressão de "tarada" antes que ele despertasse mesmo e percebesse que eu estava babando por ele. Ele levantou e foi tomar banho, deitei na cama e fiquei observando o teto do quarto dele que é todo decorado, por ele mesmo, Com estrelas, paixão dele, de papel laminado penduradas por fios de linha. Ficamos conversando, quando ele desligou o chuveiro eu desci para a sala enquanto ele se vestia. Ele desceu e foi tomar café.

Marta:– Manu, você não quer comer nada não?

Manu:– Não, obrigada tia, acabei de tomar café em casa.

Art:– Ainda bem, porque tá muito gorda. - Ele fez careta.

Manu:– Enquanto você me chama de gorda eu como um pote de brigadeiro seu hipócrita. - Fiz cara de revolucionária.

Ele terminou de comer e nós fomos, finalmente, jogar vídeo game. Jogamos todo tipo de jogo e eu claro venci dele. Acabamos de jogar era meio dia. Almocei por lá mesmo, jogamos mais um pouquinho e eu fui pra casa tomar banho e me arrumar. Vesti meu biquíni por baixo da roupa já que a gente ia pra piscina quando chegasse. Desci e o Art estava me esperando. Meu pai me deu dinheiro para caso eu precisasse e foi nos deixar na casa da Nanda. Chegamos lá era 18h00min, já tinha bastante gente sentada esperando o ônibus.

Sentamos junto com a Ju, o peguete dela e o Lucas. A Ju nos apresentou o "príncipe" dela.

O nome dele era Kaio e ela estava com a maior cara de apaixonada, mas isso não era novidade. O Lucas e o Rodolfo, que agora era oficialmente namorado da aniversariante, chegaram depois e a Nanda saiu e sentou com a gente. O ônibus chegou, a gente escolheu nossos lugares, estava tudo ótimo. Mas como azar é tudo, o Gabriel entrou seguido pelo Pedro, pelo Gui e pelo Diego, outro dos seguidores dele.

Senti os olhares de todo mundo pra mim. A Nanda, que estava sentada junto com o Rodolfo nos bancos ao lado do meu, virou pra mim e só perguntou:

Nanda:– O que eles estão fazendo aqui?

Manu:– Tu não convidou?

Nanda:– Claro que não. E agora? Expulso eles? - Ela perguntou com um tom preocupado.

Manu:– Se eles já tão aqui, deixa, por mim tanto faz.

Nanda:– Certeza?

Manu:– Uhum.

Eles passaram pela gente e só deram um parabéns fraco para a Manu. Quando eles passaram eu soltei o fôlego que eu nem percebi que tinha prendido:

Art:– Tu ainda faz isso?

Manu:– Isso o quê?

Art:– Prender o fôlego quando ele passa por ti.

Manu:– Eu não faço isso. - Menti.

Art:– Faz sim, toda vez que ele passa tu prende a respiração e só solta quando passa por ele.

Manu:– Talvez, mas como tu sabe?

Art:– Eu percebo Manuzita.

Manu:– Hm.

O resto da viagem foi tranquila, muita gente dormiu, outros estavam ouvindo música, conversávamos de vez em quando. Depois de duas horas mais ou menos nós chegamos. Todo mundo saiu gritando. Eu, a Ju e a Nanda pegamos um quarto, no 2º andar, que nós íamos dividir com outra menina do 2º ano, amiga da Nanda. Eu peguei minha toalha na bolsa e desci para a piscina. Quando eu cheguei lá, ninguém estava na piscina ainda e eu fiquei com cara de tacho lá, até os meninos chegarem.

Art:– Vai entrar não Manuzita?

Manu:– Eu vim pra isso, mas não.

Luc:– Por quê?

Manu:– Porque não tem ninguém na piscina.

Luc:– Tá, mas e daí?

Manu:– E daí que eu não vou ser a primeira a entrar. - Dei de ombros.

Rodolfo:– Tem certeza? - Ele olhou pro Luc, pro Art, pro Kaio e piscou.

Percebi tarde demais a intenção, o Art e o Kaio pegaram as minhas pernas, o Rodolfo e o Luc pegaram os braços. Eu comecei a gritar:

Manu:– Me soltem seus putos, vocês vão molhar minha roupa, naaaaaao.

Só que eles me jogaram na piscina assim mesmo, eu claro, molhei a roupa toda, sorte que eu tinha deixado meu celular na bolsa. Depois de me jogarem, eles tiraram a blusa e entraram também, junto com mais um monte de gente. A Nanda e a Ju desceram pouco tempo depois, só a Nanda entrou na piscina. O Kaio saiu e foi sentar perto dela, o Lucas foi queixar uma menina e o Rodolfo e a Nanda foram se pegar do outro lado da piscina e eu fiquei sozinha com o Art.

Art:– Vai pra praia amanhã né?

Manu:– Só se tiver alguém pra me fazer companhia na vela.

Art:– Pode deixar. - Ele fingiu que estava segurando uma vela.

Manu:– Por isso que eu te adoro, palhaço. - Abracei ele.

Ficamos zoando até 3 da manhã mais ou menos, aos poucos foi todo mundo indo embora. Saí da piscina e fui pro chuveiro.

Vesti meu pijama e fui dormir. As meninas me acordaram 8 da manhã, tomei um banho rápido e fui me vestir pra ir pra praia. Descemos e os meninos já estavam esperando a gente, menos o Lucas que ainda estava dormindo e não ia.

Fomos andando mesmo, já que a praia era bem perto da casa onde nós estávamos. Pegamos uma mesa e ficamos charlando, eu me entupi de protetor e tive que esperar malditos vinte minutos, quando finalmente passou eu levantei pra ir pro mar, apesar de detestar:

Manu:– Alguém vem comigo? - Apontei pro mar.

Art:– Eu vou. - Ele levantou.

Rodolfo:– Eu também.

Nanda:– Não Rodolfo, tu tem que me ajudar a passar protetor esqueceu?

Rodolfo:– Mas tu já passou. - Ele ficou confuso.

Nanda:– Nas costas não.

Rodolfo:– Tem certeza?

Nanda:– Tenho Rodolfo. - Ela fez cara de brava.

Manu:– Enfim... - Dei de ombros e fui pro mar.

Entramos no mar e ficamos zoando um ao outro, ele jogava água na minha cara e eu na dele. Depois de "horas" nessa zoera, fomos nadar. Cansei um pouquinho e fiquei esperando o Art voltar.

Art:– Ué não vai mas não?

Manu:– Nem, cansei.

Art:– Não man, tu cansa muito rápido, bora. - Ele disse e me pegou no colo e ia me levar pra mais mar a dentro.