O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Emoções fortes nesse capítulo u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486863/chapter/6

Ela caiu no meu colo. E tipo, a gente ficou muito próximo, foi muito tenso mas eu senti uma vontade louca de beijar ela, claro que eu me controlei, aquele beijo só ia bagunçar tanto a minha cabeça quanto a da Manu e a minha já estava confusa o bastante. E antes que eu pudesse tomar qualquer atitude a Manu começou a gritar:

Manu:– AI, AI MEU TORNOZELO. ARTHUR ME BOTA NO SOFA, RAPIDO MEU TORNOZELO TA DOENDO.

Eu peguei ela no braço e coloquei no sofá. Na hora eu fiquei desesperado e nem lembrei dos primeiros socorros que eu sabia. Por sorte minha mãe chegou quase na mesma hora:

Marta:– Meu Deus, o que foi que aconteceu Art?

Art:– Ela estava se levantando ai bateu o pé na mesa da TV ai caiu e começou a gritar que o tornozelo dela estava doendo.

Manu:– Ai tiiiia, meu tornozelo.

Graças a Deus minha mãe é médica e conseguiu dar os primeiros socorros a Manu.

Marta:– Calma Manu, Arthur pega aquele saco pra gelo lá no meu quarto, coloca gelo dentro e traz pra mim.

Corri pro quarto, fiz tudo como ela mandou e levei o saco de gelo. Ela pediu para a Manu segurar em cima do tornozelo, quando a dor segundo a Manu já estava aceitável, minha mãe levou ela pro hospital e mexeu uns pauzinhos pra ela ser atendida mais rápida. Depois de uns 10 minutos o médico saiu. E eu corri pra falar com ele:

Art:– Ela vai ficar bem doutor?

Médico: – Calma garoto, ela só torceu o tornozelo e teve uma leve fratura na perna, não foi atropelada não calma, eu engessei a perna dela. Pode ficar tranquilo, sua namorada vai ficar bem.

Art:– Ah não... Ela é minha amiga.

Médico: - Ah desculpa. Bom, ela está terminando de se arrumar pra ir embora.- Ele disse e saiu todo envergonhado.

Art:– Ok.

Fiquei esperando ela e minha mãe chegou pra levar a gente pra casa. Os pais da Manu estavam esperando ela e ajudaram ela a entrar.

~fim da narração~

Quando eu cai no colo do Art a gente ficou numa proximidade perigosa. Claro que eu não beijei ele, isso só ia me confundir. Ainda mais agora que o maldito Pedro voltou. Só alguns segundos depois aquela dor horrível que começou no tornozelo e foi subindo pela perna e eu soltei um grito. Por sorte a mãe do Art chegou bem na hora e fez os primeiros socorros. Ela me levou ao hospital e mexeu os pauzinhos pra eu ser atendida mais rápido.

O médico tirou um raio-X da minha perna e engessou *.* Depois de finalmente terminar de engessar eu me ajeitei pra ir embora. O Art estava me esperando. A mãe dele também, ela me levou pra casa e os meus pais estavam me esperando. Só jantei e fui dormir estava cansada de passar o dia no hospital.

No dia seguinte quando a gente estava saindo, a mãe do Art estava saindo também e se ofereceu pra me levar ao colégio. Meu pai aceitou de boa já que ele estava atrasado pro trabalho. Fui o caminho todo conversando com o Art:

Art:– Então, tá doendo a perna?

Manu:– Até tá, mas tô super feliz porque quebrei a perna, finalmente tô usando gesso e vou obrigar todo mundo a assinar. - Ele teve um ataque de riso.

Depois disso conversamos sobre outras bobagens qualquer. Chegamos no colégio e o Art me ajudou a sair do carro, eu agora precisava até disso graças as malditas muletas que eu também estava usando. Ele levou minha bolsa e me ajudou a levantar. Fomos andando devagar até chegar no pátio. Só a Ju e o Luc estavam no pátio. Assim que eles me viram ficaram super preocupados e perguntaram o que eu tinha. Eu expliquei tudo direitinho e eles riram do desastre ambulante que eu sou. O Art e o Luc foram na coordenação pedir uma autorização pra eu ir de elevador (sente o nível ;O) e eu fiquei só com a Ju.

Ju:– Amiga, só tu mesmo pra quebrar a perna. Tu é muito azarada.

Manu:– Antes fosse só no quesito perna.

Ju:– Como assim?

Manu:– O Luc não te contou?

Ju:– Contou o quê?

Manu:– O Pedro voltou.

Ju:– Que Pedro? - Ela ficou confusa. - Espera, o Pedro AR? O teu Pedro?

Manu:– Meu o caramba, mas é foi ele mesmo.

Ju:– Caramba, como ele teve coragem de voltar aqui depois de tudo que ele fez?

Manu:– Eu ainda tô me perguntando a mesma coisa. E sinceramente não cheguei a nenhuma conclusão.

Ju:– Mas tipo, ele tentou falar contigo?

Manu:– Tentou, mas o Luc, o Rodolfo e Art me defenderam. - Fiz cara de convencida.

Ju:– E o Art sabe? - Ela perguntou surpresa.

Manu:– Agora sabe, sei lá, ele tava comigo quando eu vi ele e ele falou de um jeito que me inspirou uma confiança do caramba e eu acabei contando. E o pior eu na loucura falei pro Pedro que ele era meu namorado. O Art concordou em fingir de boa.

Ju:– Hmmmm. - Ela me olhou com cara de maliciosa.

Manu:– Nem vem tá? - Olhei feio para ela.

Ju:– Ah vou sim, vocês ficam fofos juntos.

Manu:– Ai meu Deus Ju, é fingimento porra, a gente vai só fingir pro Pedro achar que eu esqueci ele. Tu com essa mania de querer achar o teu príncipe encantado, acha que todo mundo tem que encontrar também.

Ju:– Ai quanto estresse.

Manu:– Não é estresse. É só que eu me recuso a me apaixonar agora, principalmente pelo Art, mesmo que... - Parei no meio da frase porque vi que tinha falado besteira.

Ju:– Mesmo que o quê Manu?

Manu:– Nada.

Ju:– Quem nada é peixe. Fala.

Manu:– Nada Ju.

Ju:– Eu sei que eu sou uma sereia, mas não vou nadar. Fala o que tu ia falar.

Manu:– NÃO.

Ju:– Manuela Urbano Albuquerque, fala.

Manu:– Ai que mania chata de vocês de me chamar pelo meu nome completo.

Ju:– Só assim pra tu falar.

Manu:– AAAAAAAH TÁ. Mas tu tem que me prometer que não vai contar isso pra ninguém.

Ju:– Prometo. - Ela ficou toda animada.

Manu:– De dedinho. - Estendi o dedo mindinho pra ela. Ela entrelaçou o dedo no meu. - Tá, ontem, na hora que eu cai, eu cai justamente no colo do Art e... a gente... ai Deus, a gente ficou muito próximo e... E eu acho que a gente quase se beijou. Ou isso, ou eu sou louca.

Ela deu um grito e começou a pular feito louca. Claro que ela ficou fissurada em juntar nós dois, eu vetei na hora.

Eu não ia ficar com o Art, não por ele, já que ele era mega fofo, um príncipe. Mas por mim, eu tinha prometido pra mim mesma que não ia me apaixonar mais por ninguém. Se talvez, em último caso, eu achasse alguém que realmente valesse a pena eu podia tentar fazer algo. O Art era fofo, mas a gente se conhecia a menos de uma semana, não tinha como eu ter me apaixonado por ele tão rápido, era impossível.

Deixei esses pensamentos de lado quando o Rodolfo chegou, eu expliquei pra ele sobre a perna engessada. Os meninos finalmente voltaram e quando tocou foi a favela toda junto: Eu, a Nanda, a Ju, o Rodolfo, o Luc e o Art. Assisti a aula de boa e quando tocou para o intervalo desceu todo mundo de elevador de novo só que dessa vez com a Van junto, não sei como o elevador não travou. Lanchamos de boa e pra variar só conversando besteira. O Luc passou o intervalo inteiro queixando a Van, ela nem deu bola e ele ficou lá no vácuo.

A gente ia subir todo mundo junto de novo de elevador, só que o fiscal chegou e disse que eu só podia levar uma pessoa comigo, aí os bocós foram tirar zerinho ou um, pra ver quem ia. O Luc ganhou, só que quando a gente ia subir o Pedro chegou:

Pedro:– Manu, eu posso falar contigo?

Luc:– Não mané, não pode. Vaza daqui.

Pedro:– Falei contigo prego? Eu quero falar com ela. Licença.

Luc:– Mas ela não quer falar contigo velho. Tu não se ligou ainda que ela te esqueceu babaca? Já até arranjou outro namorado.

Pedro:– Não se mete. Manu, posso falar contigo em particular?

Manu:– Não caralho, não pode. Não tenho nada que ouvir de ti.

Pedro:– Manu, por favor me escuta. Eu prometo que eu nunca mais te perturbo. Só me ouve uma vez só.

Aquela proposta mexeu comigo, o que ia custar falar com ele, ainda mais se ele parasse de me perturbar. Respirei fundo e aceitei:

Manu:– De boa Luc, deixa eu conversar com ele.

Luc:– Certeza Manu?

Manu:– Certeza, quebrei a perna, mas a mão que quebrou o nariz do Gabriel ainda tá boa, se ele tentar fazer merda eu me defendo.

Luc:– Se tu diz. - Ele deu de ombros.

O Luc foi pela escada e eu entrei no elevador com o Pedro.

Pedro:– Então Manu... Olha eu sei que eu agi igual um babaca contigo. Eu nunca devia ter aceitado aquela aposta do Gabriel, na hora eu nem pensei. Eu era um moleque naquela época, não pensei nas consequências, mas depois que eu me apaixonei por ti... - Interrompi ele.

Manu:– Não Pedro, não diz que era apaixonado por mim. Por favor, se tu fosse mesmo apaixonado por mim não tinha feito aquilo que tu fez.

Pedro:– Eu sei, mas eu te juro que eu realmente me apaixonei por ti. Quando eu fui te conhecendo melhor, quando eu vi teu jeito, toda linda, sem se importar com o que ninguém achava de ti. Cara, eu tive certeza que tu era a garota da minha vida. E eu acabei me arrependendo de ter feito aquela maldita aposta, eu ia te falar naquele dia, eu finalmente tinha criado coragem, só que o Gabriel foi mais rápido do que eu e te contou.

Manu:– Pedro, tu não vê que nada do que tu me disser vai mudar tudo que aconteceu. Não ia ter diferença se tivesse sido tu que me contasse, eu ia te odiar do mesmo jeito. Tu ia me magoar da mesma porra de jeito velho. Não adianta tentar arranjar desculpas pro que já passou Pedro. Tu me magoou, ponto. Eu nunca vou te perdoar, ponto.

Pedro:– Manu, eu te juro que eu me arrependi. - Nessa hora o sinal, indicando que e a gente tinha chegado ao andar, tocou.

Manu:– Se arrependeu? Tá vendo? Tu ainda mente pra mim, se tu tivesse mesmo se arrependido tu não tinha aceitado a vitória na aposta, não tinha aceitado o maldito mês de balada grátis. - Falei e saí andando para a minha sala.

Pedro:– MAS EU NÃO ACEITEI. - ele gritou da porta do elevador.

Ok, nessa hora eu paralisei e simplesmente virei para ele. Ele se aproximou e continuou:

Manu:– Como não aceitou?

Pedro:– Não aceitei, o Gabriel até quis pagar a balada lá no Rio, mas eu não aceitei, eu disse que essa aposta não tinha mais sentido pra mim.

Manu:– Mas... O Gabriel... Ele me disse que... Que tu tinha feito questão do prêmio da aposta.

Pedro:– Ele disse? Por que ele iria mentir desse jeito? - Ele me olhou confuso.

Manu:– Eu não sei, ele só me disse isso.

Pedro:– Mas Manu, eu te juro eu não quis esse maldito prêmio, a Van tá de prova que eu mal saía de casa lá no Rio, de vez em quando eu saia com uns amigos, mas era muito raro. Esse tempo todo eu ficava pensando em ti e em como eu fui idiota por te deixar escapar de mim.

Pode parecer a maior babaquice, mas eu fiquei balançada, se ele não aceitou o prêmio, então talvez ele realmente gostasse de mim. Foco, Manuela, foco, o Pedro foi um babaca e tu não vai cair na conversa dele de novo. Mas que me balançou, balançou. Fui pra sala se não eu ia me atrasar e perder a 4ª aula.

Se eu tivesse perdido a aula teria o mesmo efeito que teve assistindo a aula, afinal eu não consegui prestar atenção à nenhuma frase do professor. Passei a aula toda pensando na minha conversa com o Pedro, isso só me deixou mais confusa do que eu já estava. Tentei tirar isso da cabeça e anotei mentalmente que eu tinha que perguntar a Van se era mesmo verdade que ele mal saiu de casa.

No fim da aula eu até consegui focar na aula, mas muito pouco. Quando finalmente tocou o sinal pro fim da aula, eu fui apressada, se é que dá pra se apressar com uma perna quebrada e duas muletas, falar com a Van:

Manu:– Van, minha princesa. - Gritei quando ela tava saindo da sala.

Ela virou pra ver quem estava gritando e veio falar comigo:

Van:– O que foi isso sua doida? Como tu quebrou essa perna?

Expliquei a história toda da perna. E fui pro assunto que me interessava:

Manu:– Van, eu tenho que te perguntar uma coisa?

Van:– Pode dizer amiga.

Manu:– Quando vocês estavam morando no Rio, o Pedro saia com frequência?

Van:– Estranho tu me perguntar isso porque ele mal saia. Saia quando os amigos insistiam.

Manu:– Ele ficou... mal?

Van:– Quanto a isso eu tenho que contar algo.

O olhar que ela me lançou foi de quem tinha algo sério pra contar:

Manu:– Conta então. - Falei e mordi o lábio.

Van:– Eu vou te contar, mas tu tem que me prometer que isso não vai mudar nada na tua decisão de esquecer o meu irmão. Entendeu?

Manu:– Claro né, Van, nada do que alguém me disser vai mudar minha opinião sobre o Pedro.

Van:– Ótimo. Bom, no dia da nossa viagem, tu lembra que tu foi se despedir de mim?

Manu:– Lembro, claro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O garoto novo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.