O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Kaio sendo príncipe nesse capítulo, own.



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E foi o que eu fiz, fiquei em casa, assistindo a umas séries, até que meu telefone tocou.

Manu:– Alô?

xXx:– Manu?

Manu:– Sou eu, quem é?

xXx:– É o Kaio.

Manu:– Ah oi Kaio.

Kaio:– Oi, então, tu sabe que tá chegando o aniversário da Ju e eu queria fazer uma surpresa pra ela e como tu é a melhor amiga dela, eu queria pedir a tua ajuda.

Manu:– Ai que fofo, pode contar comigo. O que eu tenho que fazer?

Ele me explicou tudo e nós conversamos muito depois disso, eu nunca tinha tido a chance de conversar com ele direito, na maioria das vezes estava todo mundo junto, então era meio ruim. Quando eu desliguei já tava quase na hora do almoço, sei disso porque minha mãe me chamou. Desci pra almoçar e depois voltei pro meu quarto, pra voltar pras minhas séries.

Já era quase 19 horas quando meu celular tocou de novo, eu até achei que era o Kaio de novo, mas o identificador disse que era o Luc.

Manu:– Luc?

Luc:– Manuuuu.

Manu:– Tô sem dinheiro.

Luc:– Ai que sem graça, não foi pra isso que eu te liguei, tá afim de uma festa?

Manu:– Depende, onde?

Luc:– Boate Day light.

Manu:– Até queria, mas acho improvável meus pais deixarem.

Luc:– Já falei com eles, só falta tua confirmação.

Manu:– Nossa que rápido, mas ok, eu vou.

Luc:– Passo pra te pegar em uma hora.

Manu:– Beleza, beijo.

Luc:– Beijo.

Fui me arrumar e coloquei um vestido vermelho de renda, de uma manga só, longa, e um salto alto de camurça vermelho. Quando eu terminei de me arrumar, peguei minha bolsa e desci pra esperar o Luc. Meus pais só me disseram cuidado.

O Luc chegou e nós fomos.

Manu:– Cadê a Van?

Luc:– Viajou pra casa dos avós, esqueceu?

Manu:– Ah, verdade.

Luc:– Tava sentindo falta de sair contigo pra balada. - Ele sorriu.

Manu:– Eu também. - Sorri de volta.

Entrada de mulher era liberada, então nem gastei nada. Dançamos muito, até que eu cansei e fui ao banheiro, na porta tinha uma garota com os olhos vermelhos, ela me ofereceu droga e eu gelei porque achava que ia querer, mas não senti nada, só um nojo daquilo.

Depois fui ao bar, tomei um Ice e voltei pra pista. Acabei me divertindo muito e só voltei pra casa depois de 4:00 com o Luc. Ele me deixou em casa e eu subi cambaleando, só tirei o sapato e me joguei na cama. Acordei quase meio dia no dia seguinte.

Levantei, tomei um banho e lavei meu rosto que estava todo manchado devido a maquiagem que eu não tinha tirado antes de dormir. Desci pra comer alguma coisa e fiquei na sala assistindo. O Kaio chegou 14 horas pra gente preparar a surpresa da Ju.

Ele me passou tudo que eu ia ter que fazer e depois nós só ficamos assistindo American Horror Story, que eu descobri que ele também adorava. Assistimos quase uma temporada toda e depois só ficamos conversando.

Kaio:– Eu soube da bolsa, parabéns.

Manu:– Obrigada. – Sorri de canto.

Kaio:– De nada, aposto que tu tá morrendo de felicidade por estar indo né?

Manu:– Nem tanto, esses últimos dias eu fiquei pensando sobre isso e eu nem tenho mais tanta certeza se eu realmente quero ir sabe?

Kaio:– Como assim? – Ele perguntou com uma cara de chocado – Essa é a chance da tua vida, como tu ainda fica em dúvida?!

Manu:– É difícil de explicar, mas tipo, se eu for, vou ganhar muita coisa, vou ganhar uma experiência e um conhecimento do caramba, isso não posso negar. Mas ao mesmo tempo... Ao mesmo tempo vou perder muita coisa, vou deixar aqui meus pais e até a minha segunda família, que são meus amigos. Eu vou perder as melhores pessoas que eu já conheci na vida. Tudo bem que talvez quando eu voltar alguns ainda falem comigo, mas querendo ou não, a amizade aos poucos vai acabando. E eu não quero isso, na verdade esse é um dos meus maiores medos, perder essas pessoas que são capazes de qualquer coisa por mim, assim como eu por eles.

Kaio:– Nãoooo Manu, não pensa assim. Vocês nunca vão deixar de ser amigos, por favor. Como tu mesmo disse, eles são tua segunda família, uma família por opção e esse tipo, não tem quem separe. Ok que vocês vão passar um tempo sem se falar pessoalmente, mas poxa, o que não vai faltar é opção para vocês se falarem, tem skype, telefone, férias. E se tem uma coisa que eu tenho certeza é que aquela galera te ama demais pra se afastar de ti. Essa distância só vai servir pra unir mais ainda vocês. E tu vai ver, quando menos esperar teu curso vai ter acabado e tu vai voltar pro Brasil.

Manu:– É... Pode até ser, mas... ah, sei lá. – Ele olhou com uma cara de quem entendeu tudo.

Kaio:– Ah, já sei, saquei tudo agora.

Manu:– O quê? – Perguntei confusa.

Kaio:– É o Art não é?

Manu:– Não. – Menti.

Kaio:– Me engana que eu gosto.

Manu:– Tá, é um pouco ele, mas não unicamente.

Kaio:– Mas 90% é ele não é? Tu tem medo que ele não te espere voltar.

Manu:– Não é nem isso, tipo, eu sei que ficando aqui eu vou sofrer pra caramba por ter que ver ele feliz, com uma família formada, sendo feliz sem mim. Mas se eu for, eu não vou mais ver o sorriso dele com as minhas piadas idiotas, não vou mais poder ouvir a risada estranha, mas perfeita, dele. Resumindo, eu vou perder mais ainda ele. Mas por outro lado se eu for, quem sabe eu consiga esquecer ele.

Kaio:– Manu, posso te dizer uma coisa na sinceridade?

Manu:– Deve. – Sorri.

Kaio:– O Art nunca vai te esquecer. Pode ter Priscilla, Enzo... – Ele parou no meio da frase.

Manu:– Enzo? Olha, o Art não é gay, disso eu tenho certeza.

Kaio:– Não... Enzo é... Deixa quieto.

Manu:– Deixa quieto o caramba, começou, agora termina.

Kaio:– Eu sou uma anta. Tá, Enzo é... O nome do filho dele e da Priscilla. – Ele ficou encarando o chão.

Manu:– Ah...

Kaio:– Desculpa, Manu. Eu não tinha percebido que tava falando merda.

Manu:– Não... De boa. Enfim, continua.

Kaio:– Certo, então... Não vai ter Priscilla, nem Enzo, nem qualquer outra coisa que faça ele te esquecer. Assim como dá pra ver nos teus olhos quando tu olha pra ele, dá pra ver nos olhos dele quando ele te olha, vocês dois se amam. E amor não acaba, Manu. Pode ficar meio escondido no fundo do baú, mas nunca acaba. – Ele tentou sorrir.

Manu:– O pior de tudo isso... – Eu enxuguei algumas das lagrimas que teimavam em cair, sim, eu estava chorando. – É que lá no fundo, eu sei disso, eu sei que ele me ama, que eu amo ele e que a gente nunca vai esquecer. Mas eu ainda tenho o medo de aparecer alguém que faça ele sentir um amor maior do que sente por mim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram amorzinhos? ♥



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