O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ta mt nhonhonho ♥



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Todos eles me abraçaram e era quase universal a cara de pena, que eles tentavam inutilmente disfarçar, todos eles tinham essa expressão de pena no rosto, menos o Art como sempre. Expliquei basicamente o que tinha acontecido, eles foram embora de lá eram mais de 15:00. Quando eles foram embora eu fiquei sozinha com o Art, porque o Vini e a Déh tinham ido comer, eles estavam se revezando pra não me deixar sozinha.

Manu:– Qual o problema em me deixar sozinha? Tem alguma enfermeira traficante por aqui? - Ele tentou disfarçar o riso, mas não conseguiu.

Art:– Até em uma hora dessas tu faz piada? E pior, piada ruim.

Manu:– Fazer o quê?

Art:– Olha Manu, eu sei que... Que a gente se afastou um pouco esses últimos tempos, mas...

Manu:– Espera Art, eu já te disse não foi tua culpa. Tu tem todo direito de achar fofo o teu filho, eu que fui de intrusa pro shopping naquele dia. Eu não devia ter ido, me desculpa.

Art:– Te desculpar pelo quê? Por sair com teus amigos? Olha Manu, vamos ser sinceros, tu tá se afastando da galera por minha causa, tu se drogou por minha causa.

Manu:– Não foi... - Ele me interrompeu.

Art:– Me deixa falar. A verdade é que essa gravidez da Priscilla bagunçou a vida de todo mundo, tu se afastou dos teus amigos de anos por mim, todo mundo ficou dividido ali e eu, eu perdi a única menina que eu amei na minha vida.

Manu:– Art, eu...

Art:– Não Manu, me deixa falar, eu sou um nerd e nerds quando expressam sentimentos fazem uma vez só. Eu não vou mentir, eu ainda te amo, com todas as minhas forças, eu errei muito contigo dormindo com a Priscilla, mesmo que bêbado, e eu nunca vou me perdoar por isso. Então por favor, não diz que a culpa disso... - Ele fez um gesto abrangendo o quarto onde eu estava. - Não é minha, porque mesmo indiretamente eu sei que é Manu.

Diante daquilo eu fiquei sem palavras, meu emocional já tava horrível, com o Art dizendo que ainda me amava só piorou. Talvez por causa disso tenha acontecido o que aconteceu em seguida. Eu desabei, não consegui mais segurar minhas lágrimas olhando pro teto. Ele abaixou a cabeça, enxugou minhas lágrimas e sentou em uma poltrona ao lado da minha cama. Ele sentou lá e ficou me olhando, só que quando eu virei pra olhar pra ele nós ficamos naquela proximidade perigosa, a mesma de quando eu quebrei a minha perna, só que dessa vez eu não tinha perna quebrada, nem dor que me fizesse parar o inevitável. E o inevitável aconteceu, nós nos beijamos.

Quando os meus lábios tocaram os dele, tudo voltou, todo o amor que eu ainda sentia por ele. Como eu tinha sentido falta daquele beijo, de entrelaçar meus dedos no cabelo dele durante o beijo, das mordidas dele.

Só nos soltamos por causa do Vini.

Vini:– Ai meu Deus, procurem um quarto.

Manu:– Nós estamos em um quarto, oxigenada.

Vini:– Bom, então procurem um quarto só de vocês.

O Art abaixou a cabeça envergonhado.

Vini:– Ei, pode ir comer, eu já terminei.

Manu:– Me sinto tão responsável por mim mesma com isso de vocês não me deixarem só. - Eles riram da minha ironia.

O Art saiu pra comer e o Vini sentou na beira da minha cama.

Vini:– A gente tem que conversar e dessa vez não tem como tu sair correndo. - Eu ri. - Manu, eu quero te pedir desculpa por...

Manu:– Não Vini, eu que tenho que te pedir perdão, tu só queria me proteger e eu... Eu briguei contigo por causa disso.

Vini:– Então quer dizer que...

Manu:– É, eu não quero mais o Fred, foi ele que me deu a heroína né?! - Eu dei de ombros.

Vini:– Foi ele? PUTA QUE PARIU, EU VOU QUEBRAR A CARA DAQUELE MOLEQUE.

Manu:– Calma Vini, tá tudo bem.

Vini:– Tudo bem?! Claro que não, aquele babaca te deu droga.

Manu:– Relaxa, que o que é dele tá guardado. Era esse o segredo não era, que ele vendia droga? Mas tu não sabia que tinha sido ele?

Vini:– Ninguém sabia Manu, tu sumiu do cinema e não deixou nem um bilhete, não atendia o celular. - Só naquela hora eu lembrei que não tava com a minha bolsa na hora que tudo aconteceu, ou seja, já era meu celular. - Ninguém tinha a mínima ideia de onde tu tava, quando o Art me ligou dizendo que tu tava no hospital porque tinha se drogado, a primeira coisa que eu pensei foi que tinha sido o Fred, mas o Art falou que tu tava sozinha quando ele te encontrou, então eu pensei que tinha sido outro babaca.

Manu:– Foi ele, mas eu ainda não entendi, porque tu não podia me contar.

Vini:– Eu fiz um trato com ele. - Olhei confusa. - Assim que o Fred começou a frequentar a pista, começaram a aparecer alguns meninos drogados, eu desconfiei logo que alguém tava vendendo droga, eu só não sabia quem. Fui ficando amigo dos drogados e soube que era o Fred que vendia, na hora eu fui atrás dele. O problema é que eu não podia entregar ele pra polícia, porque se eu fizesse isso, ia acabar chegando no ouvido da prefeitura e se isso acontecesse, eles iam fechar a pista, então pra não acabar com a pista, eu fiz um acordo com ele: Eu não entregava ele pra polícia e em troca ele parava de vender droga na pista ou pra qualquer skatista de lá. - Meu queixo só não caiu de verdade porque era grudado.

Eu contei todos os detalhes sobre o dia da festa pra ele, depois nós só ficamos conversando, a Déh voltou só pra avisar que ia dar uma passada rápida em casa e depois voltava.

Vini:– Não precisa amor, eu fico aqui com ela e o Art também não vai querer ir embora, então ela está em boas mãos.

Déh:– Nesse caso eu volto amanhã de manhã.

Vini:– Tá bom. - Eles se despediram com um beijo.

Pouco tempo depois o Art voltou pro quarto e ficamos lá.

Manu:– Tão afim de jogar baralho?

Art:– Pode ser. - Ele deu de ombros.

Vini:– É.

E assim foras as minhas noites no hospital, longas rodadas de baralho com o Vini e o Art.


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Notas finais do capítulo

owwwn :3



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