O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 21
Capítulo 21




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486863/chapter/21

Manu:– É meio difícil de acreditar que nada disso foi planejado, porque na noite anterior eu te encontrei tomando suquinho de uva com ela na tua varanda que é super romântico, mas porra eu te amo. Eu devia estar te esculachando, te chamando de cachorro e essas merda toda, mas eu te amo e eu sou tão idiota que vou te dar outra chance. Eu nunca me imaginei fazendo isso, porque traição é a cosia que eu mais odeio no mundo, mas eu não quero te perder e pelo que tu me disse, tu não lembra de nada, então, eu te perdoo. Mas olha, se tu fizer isso de novo, velho, vai se arrepender, juro por Deus que se tu me trair de novo eu te dou sedativo e enquanto tu dorme eu te castro Arthur.

Art:– Sim senhora. - Ele riu da minha ameaça. - Mas isso quer dizer que eu tô perdoado?

Manu:– É, seu gay.

Art:– Vou te mostrar o gay. - Ele me puxou pela cintura e me beijou.

Depois disso ficamos lá só conversando até meio dia, quando ele foi pra casa almoçar, a Déh e o Vini chegaram:

Déh:– Como foi a conversa com o Arthur?

Manu:– Fizemos as pazes, mas vocês são uns putos, o Vini mais ainda.

Vini:– Ai Manu, não revele minhas origens, please. - Ele disse com uma voz bem gay. - Mas porque somos putos?

Manu:– Porque deixaram o Art subir pra falar comigo, eu com a maior cara de buldogue, cheia de olheira, com aquela blusona de Supernatural.

Déh:– Mas ele disse que tu tava feia? - Ela ficou de boca aberta.

Manu:– Não, ele disse que eu tava gostosa, mas eu sei que não.

Vini:– Cala a boca Manuela, tu é gata, agora vamos comer, tô com fome.

Déh:– Vai fazer comida pra gente né Vini?

Vini:– Tenho cara de cozinheiro?

Manu e Déh:– TEEEEEM!

Vini:– Palhaças.

Ele mostrou a língua e foi pra cozinha fazer comida para nós, voltou uma hora depois, com uma macarronada maravilhosa. Nos entupimos e depois eles me acompanharam até uma papelaria lá perto pra eu poder comprar meu material, já que as aulas voltavam na semana seguinte.

Passei meia hora escolhendo o caderno, porque eu via um e pegava, aí passava por outro e trocava, comprei tudo que eu ia precisar e nós voltamos para casa. Guardei tudo e desci, o problema é que a Déh e o Vini estavam se agarrando no sofá:

Manu:– Gente, tem três quartos lá em cima, vão pra lá, pelo amor de Deus, não sou obrigada a ver isso.

Eles viraram pra me ver e o Vini me deu língua:

Déh:– Cala a boca Manu.

Manu:– Olha o tom hein moça, tá falando com seus macho não.

Vini:– Machos? – Ele virou pra encarar a Déh.

Manu:– É Vini, machos, tá com ciúmes? – Ri da cara dele .

Vini:– Cala a boca anãzinha.

Manu:– Ai, me deixa. – Mostrei a língua.

Sentei do lado deles e coloquei um dos meus boxes de Supernatural pra nós assistirmos, o que acabou não acontecendo, porque só eu assisti uma parte, os dois ficaram se agarrando do meu lado. Acabei não aguentando ficar de vela:

Manu:– Prefiro não ter que presenciar a minha sala virando motel, vou lá pro Art, adeus.

O Vini levantou a mão e fez um tchau meio torto. Peguei minhas chaves, meu celular e saí. A porta estava só encostada, então eu fui entrando:

Manu:– AMOR? – Gritei do pé da escada.

Art:– AQUI EM CIMA PRINCESA. – Ele gritou do quarto.

Subi e encontrei ele tocando violão, tava tocando Morada do Forfun, outro dos milhares de talentos dele.

Eu fiquei na porta olhando ele tocar. Ele percebeu que eu estava lá e sorriu:

Art:– Senta aí.

Manu:– Faz tempo que eu não te via tocando. – Sorri e sentei do lado dele.

Art:– Realmente, acho que a última vez que eu toquei foi...

Juntos:– No nosso aniversário de três meses.

Sorrimos e ele continuou tocando, depois começou a tocar Billie Jean ♥ Deitei na cama e fiquei só olhando. Depois de uma meia hora, ele guardou o violão e nós descemos. Ele foi comprar refrigerante e chocolate, enquanto eu fiquei fazendo pipoca e depois nós fomos assistir a um filme que tava passando na TV a cabo. Fiquei lá até umas 18 horas, até que eu criei coragem e fui para casa. Quando eu cheguei a Déh e o Vini tinham saído e deixado um bilhete na geladeira:

Fomos na pracinha aqui perto, voltamos logo

Amassei a folha e fui a cozinha fazer um sanduíche, isso que dá meus pais viajarem “a negócios”, eu comendo porcaria 24 horas por dia. Subi para o quarto e fui mexer no computador. Vi as fotos que o Rodolfo postou dele e da Nanda em Cascavel, eles estavam fofos pra variar, postei umas fotos que tinha no meu celular. Fiquei charlando um pouquinho e desci quando eles chegaram.

O Vini cozinhou pra gente de novo ♥ Comemos e depois ficamos na calçada conversando, o Art veio sentar com a gente, ficamos lá até uma da manhã. Quando o sono começou a bater, entramos e fomos dormir. Acordei até cedo no dia seguinte, porém a Déh já tinha levantado.

Desci e encontrei ela na cozinha fazendo um café pra ela, sentei no balcão enquanto ela fazia e ficamos conversando, aproveitei pra saber como tava ela e o Vini:

Manu:– Então Déh, quais suas reais intenções com o Vini? – Encarei ela.

Déh: - Por enquanto, uns beijos. Até porque tu sabe que eu sempre fui louca por ele, desde pequena. E tipo quando a gente foi naquele dia do cinema, aconteceu aquela coisa toda que ele com certeza te contou.

Manu:– É, contou. Achei fofo e sempre soube que ia acontecer. - Ela sorriu.

Déh:– E tipo, desde esse dia a gente tá ficando.

Manu:– Percebi.

Déh:– Mas, to meio assim ainda, porque ele tem namorada e sei lá, tenho medo de ele só querer ficar comigo e depois voltar pra namorada dele.

Manu:– Não devia te contar, mas fica tranquila, ele me falou que vai resolver a situação dele com a Luma, eca, o mais rápido possível.

Déh:– Sério? Ai que meigo.

Rimos, depois disso, percebi que ela relaxou mais quando eu contei.

Vini:– Atrapalho? É algum daqueles papos secretos de meninas?

Manu:– Se for tu pode ouvir né Vini?

Vini:– Cala a boca anãzinha.

Manu:– Me deixa, seu puto.

A Déh fez café pra gente e eu fui comprar pão, enquanto os dois ficavam de agarramento lá. Cheguei à padaria e fiz meu pedido. Senti alguém me abraçar por trás e beijar meu pescoço.

Art:– Bom dia amor.

Manu:– Bom dia.

Art:– Dormiu bem?

Manu:– Nem tanto, tive um pesadelo onde eu casava com um pivete que se chamava Arthur, eca. – Fiz uma careta.

Art:– E isso é pesadelo? – Ele me encarou.

Manu:– Muito.

Art:– Hm, obrigado. – Ele fez uma cara de magoado e fez o pedido dele a atendente.

Manu:– Tu tá com raiva de mim Art?

Art:– Claro que não, porque eu estaria? – Ele disfarçou, mas eu percebi o olhar dele.

Manu:– Não amor, isso não foi sério. Não se acostumou ainda com as minhas brincadeiras? – Fiquei na ponta dos pés e beijei a bochecha dele.

O atendente trouxe meu pedido e eu fiquei esperando o Art. Voltamos juntos e ele tentou disfarçar que ficou magoado, mas como ator, ele é um ótimo namorado. Ele me deixou na porta de casa, soltou um “Até mais tarde” bem xoxo e foi pra casa. Fui direto para a cozinha e coloquei uma xícara de café para mim.

Sentei a mesa e fiquei meio pensativa, sem perceber:

Vini:– MANUELA! – Ele gritou.

Manu:– Oi? – Virei pra ele.

Vini:– Pensando em quê?

Manu:– Em tudo. – Olhei ao redor. – Cadê a Déh?

Vini:– Urra, tava pensativa desse jeito? Ela subiu pra tomar banho.

Manu:– Ah.

Vini:– Arthur. Acertei?

Manu:– Como sempre. – Tentei dar um sorriso.

Vini:– Aquilo de ele ter dormido com a Priscilla te deixou mal não foi?

Manu:– E tinha como não deixar? Eu até entendo que ele estava bêbado...

Vini:– Isso é o que ele diz.

Manu:– E eu acredito, porra, será que eu fui burra a ponto de não perceber que esse tempo todo eu namorava um cafajeste? Não, ele tava bêbado de verdade. Mas mesmo sendo esse o caso e mesmo que a gente tenha brigado no dia, me dói saber que ele dormiu com outra garota entende? Justo ele que me jurou que podia ter todos os defeitos do mundo, mas não era infiel. Sei lá, magoa sabe.

Vini:– Não fica assim sério, isso só me dá mais vontade de bater nele. Eu só to aturando ele porque tu ama ele Manu, isso é a única coisa que me impede de acabar com a raça daquele moleque. – Ri.

Manu:– Não, relaxa aí, não tem necessidade disso não. É só que sei lá, esse nosso namoro teve cada dificuldade, primeiro teve aquela história com o pai do Pedro, a quase viagem dele pro Rio e agora isso. Tem horas que eu acho que não é pra ser sabe? Tem dias que eu penso: Porra, será que isso vai funcionar. Não é porque eu quero, eu simplesmente me desanimo.

Vini:– Não Manu, não acho que isso seja um sinal, porque tipo, se vocês passaram por tanta coisa, pelo pai do Pedro, a quase viagem e agora isso, então é pra dar certo, não desiste justo agora que vocês chegaram tão longe, se tu ama mesmo ele, luta pra vocês darem certo.

Manu:– Sério Vini, eu já disse que eu te amo?

Vini:– E precisa? Todo mundo vê isso.

Ele me abraçou e foi tomar banho, para irmos para a praia. Esperei a Déh terminar e fui tomar banho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aviso logo que vai ter coisas fortes no próximo capítulo, muahaha. Espero que tenham gostado u.u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O garoto novo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.