O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Leiam e pirem, bjs de luz.



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~~~~~~~~~~~~~ Narração da Priscilla ~~~~~~~~~~~~~

Aproveitei que a vadia da Manuela estava conversando com o gato do Vini e fui atrás do Arthur. Ele estava de costas e deu para perceber que estava levemente bêbado, eu incorporei a fofa:

Pri:– Art?

Art:– Ai meu Deus. - Essa parte ele sussurrou, mas eu ouvi assim mesmo. - Fala Priscilla.

Pri:– Nós precisamos conversar... Na verdade eu preciso falar e tu precisa escutar.

Art:– Jura que tu quer inventar desculpa à essa altura do campeonato Priscilla?

Pri:– Não, não é desculpa, me ouve tá? Eu sei que eu não tenho o menor direito de te pedir pra me perdoar, mas eu vou pedir assim mesmo. E eu só tô fazendo isso porque eu vi o quanto eu fui idiota contigo, pena que eu só percebi isso quando já tinha te perdido, mas eu não quero te separar da Manu, eu vejo o quanto tu é feliz, eu só queria que tu me perdoasse por tudo de ruim que eu te fiz passar. Me perdoa?

Art:– Olha Priscilla, eu não vou dizer que te perdoo, por que se eu dissesse isso eu iria mentir descaradamente, porque vai demorar para eu te perdoar, não tem como esquecer tudo de uma hora para a outra. Eu posso te desculpar e aos poucos eu esqueço e te perdoo, mas de uma hora para a outra simplesmente não dá.

Pri:– Então pelo menos me desculpa?

Art:– Desculpo... Eu acho.

Pri:– Obrigada bebê. - Abracei ele. - Então para comemora, que tal um suco de uva? Como nos velhos tempos, lembra?

Art:– Lembro. - Ele riu e aceitou.

Ia dar tudo certo, ele sentou na mesa e esperou eu fazer o suco, quando eu ia colocar o suco no copo, ele foi ao banheiro, foi melhor que eu imaginava, coloquei o bagulhinho no copo dele e esperei ele voltar.

Pri:– À nossa nova fase. - Levantei o copo.

Art:– A nossa nova fase. - Ele respondeu levantando o copo também.

Tomamos um gole e fomos para a área de serviço que tinha um jardinzinho atrás. A Manuela chegou bem na hora. Ela só ficou olhando para nós dois. Eu fiz cara de envergonhada, deixei meu copo na mesa de centro que tinha lá e saí me segurando pra não soltar um sorrisinho.


~~~~~~~~~~~~~~~ Fim da narração ~~~~~~~~~~~~~~~

Todo mundo foi indo embora aos poucos, pedi pro Vini me esperar que eu ia tomar água na cozinha e me despedir do Art. Fui na cozinha, peguei um copo com água e já ia voltar pra sala e procurar o Art quando ouvi uma voz feminina lá e o sangue já me subiu a cabeça, mesmo sem nem ver quem era. E isso não melhorou nada quando eu entrei na área de serviço e encontrei a Priranha sentada do lado dele, com um copo de suco de uva. E o mais legal de tudo é que ele também estava sorrindo com um copo de suco de uva na mão. Fiquei encarando os dois, até que ela se tocou que estava sobrando e foi embora. Fiquei um tempo olhando pro Art e ele só me encarou de volta com cara de inocente. Não me aguentei mais e explodi:

Manu:– Atrapalhei seu suquinho com a sua amiguinha? - Falei o mais irônica possível.

Art:– Ah não Manuela. - Ele fez cara de que só tinha entendido naquela hora. - Sério que tu ficou com ciúmes disso? Meu Deus, meu amor, ela veio até aqui pra conversar comigo, pedir desculpas por tudo que fez e como prova que eu tinha desculpado ela, eu tomei suco de uva com ela, como era na época em que nós éramos amigos.

Manu:– Ah, amigos que depois se tornaram namorados não é? Sei bem como é. - Comecei a aumentar o tom de voz.

Art:– Crise de ciúmes a essa altura do campeonato, Manuela? Não né.

Manu:– Não dá Arthur, eu sou assim, eu sou ciumenta pra caramba, bem mais que a maioria, pensei que tu já tivesse se acostumado com isso. E se eu fiquei com ciúmes foi porque tu deu motivo, precisa ficar tomando suquinho com ela depois de tudo que ela fez. Na época que eu voltei com o Pedro tu não queria sequer me escutar, mas essa vadia, basta vir pedir desculpa que tu já vai tomar suco com ela.

Art:– Olha Manuela, eu não vou discutir contigo, tu não tá bem, pode ser que tu tenha tomado alguma coisa... - Nessa hora a raiva aumentou ainda mais.

Manu:– Ah agora eu estou bêbada também? Daqui a pouco eu me droguei e vi coisas né Arthur?

Art:– Eu não disse que tu estava bêbada Manu, eu só disse que eu não vou mais discutir contigo.

Manu:– Ninguém tá discutindo aqui, é simples, tu é um cafajeste, que ainda ama aquela cachorra e tô sendo feita de idiota aqui.

Art:– Não Manuela, tu não está sendo feita de idiota, mas tá agindo como uma idiota.

Acho que a TPM ajudou um pouquinho a fazer aquilo, joguei toda a água do copo nele e sai com raiva. O Vini estava me esperando na sala. Ele perguntou o que foi que aconteceu, eu só mandei ele ir na frente, pra ter o prazer de bater a porta pra sair. O Vini perguntou o que aconteceu quando nós chegamos na minha casa, expliquei a briga e fui me trocar pra dormir.

Fui procurar minha roupa de dormir e como meu guarda roupa é uma bagunça, tive que mexer um pouquinho e acabei derrubando a caixinha. Acabou caindo tudo e eu tive que juntar, ficou tudo espalhado pelo chão, no fim eu acabei me sentando pra ver tudo.Encontrei algumas das poucas fotos que ele tinha me convencido a tirar, uma delas no parque que eu vou alguns domingos, um chaveirinho que ele tinha me dado, mas que eu não usava mais porque quando apertava fazia barulho e todo mundo ficava querendo apertar aí eu guardei ali.

As várias cartas que ele escreveu pra mim, toda semana ele escrevia uma, eu descobri casualmente e acabei forçando ele a contar e ele disse que era como um ritual, ele contava tudo de bom e ruim que tinha acontecido entre a gente na semana. Foras os presentes de mês de namoro.

Isso e mais um monte de coisas que acabou me fazendo ver que aquele ciúmes era uma besteira, acabei me arrependendo de ter brigado com ele de cabeça quente. Depois de ficar um tempinho sentada olhando tudo, fui me deitar para dormir. No dia seguinte, o Vini me acordou "cedo" já que nós tínhamos combinado de pegar a Déh na rodoviária.

Déh era outra prima minha que morava no Rio de Janeiro, de vez em quando ela vinha passar as férias em Fortaleza com a gente. Meus tios encontraram ela na porta de casa ainda novinha e acabaram ficando com ela. E desde pequena ela era minha prima preferia, depois do Vini, claro, por quem ela tinha uma quedinha.

As nove e meia da manhã eu já estava de banho tomado e vestida, só esperando o Vini terminar de tomar café, minha mãe foi nos levar na rodoviária. Chegamos lá e esperamos até 11 horas, quando finalmente o ônibus dela chegou. Ela desceu com aquele jeito louco dela. E veio logo correndo abraçar a gente, depois de matar as saudades, ela foi pegar as malas, milhares na verdade, e sobrou pra gente levar pro carro, todas as malas.

Quando finalmente nós chegamos, ela subi para tomar um banho e se trocar. Meio dia ela estava pronta e nós almoçamos, quando deu 14 horas o Vini levou ela pro cinema, eu iria também, mas acabei não indo pra ir falar com o Art e fazer as pazes.

Tomei banho e fiquei bem gata pra ir encontrar com ele, bati na porta e esperei ele abrir e pra minha surpresa quando ele abriu a Priscilla estava sentada no sofá, aquela mesma raiva me subiu a cabeça de novo, mas dessa vez eu me controlei e esperei ele me mandar entrar. Ela foi embora e ele se jogou no sofá ao meu lado e ficou me olhando, eu fiquei calada enquanto tentava me acalmar.

Art:– Olha eu exagerei ontem.

Manu:– É, eu também.

Acabamos nos resolvendo, só que quando eu fui beijar ele, ele meio que se desviou:

Art:– Manuzita... Eu, eu tenho que te contar uma coisa.

Manu:– Então conte. - Sorri.

Art:– Tá, é, mas antes eu queria que tu soubesse que eu te amo, mas tu já sabe disso.

Manu:– Fala Art, tô ficando nervosa já.

Art:– Então tá, é... Eu... Meu deus, eu não tenho coragem.

Manu:– Fala logo Arthur, se não é capaz de eu ter um treco.

Art:– Tá, eu... Eu dormi com a Priscilla.


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Notas finais do capítulo

Não tenho nada a declarar sobre esse capítulo '-'



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