Seis meses. Exatos seis meses de namoro eu estava completando com o Art. Nós estávamos super felizes brigávamos muito pouco e quando brigava era por besteira e logo fazíamos as pazes. A nojenta da Priscilla estava estudando no nosso colégio também (bléér). O Gabriel melhorou bastante estava até andando com a gente de vez em quando. O Pedro virou meu melhor amigo, eu contava tudo para ele. E meu pai tinha se livrado do encosto que era o pai do Pedro e tinha aberto um negócio para ele.

Eu tinha acabado de acordar quando meu celular tocou, eu estava saindo do banheiro, saí toda molhada do banheiro para atender.

Manu:– Alô?

xXx:– Hello. I can talk with Manuela Urbano Albuquerque? (Olá. Eu poderia falar com Manuela Urbano Albuquerque?)

Manu:– Ok, quem é puto que fez eu sair do banho para me zoar?

xXx:– O quê? Desculpe, você fala português? Eu sou coordenador do programa de bolsas de estudos. - Ele falou com um sotaque inglês.

Ok, confesso que quase tive um infarto.

Manu:– Ah desculpa. Eu sou Manuela Urbano Albuquerque.

xXx:– Então, eu me chamo John. Você se inscreveu no nosso programa de bolsas e solicitou um bolsa de estudos na Artes London College of Communication.

Manu:– Ai meu Deus. Sim, eu solicitei.

John:– Você passou na fase de seleção e nós queríamos saber se você gostaria de participar da segunda fase.

Manu:– AHHHHHHHHHHHHHHHHHH. - Gritei. - Desculpa. Mas eu quero, quero sim.

John:– Ok, nós vamos enviar as informações para você por correio.

Manu:– Ok, muito obrigada. - Desliguei e comecei a gritar no quarto só de toalha.

Me vesti e saí correndo para a sala, contei para a minha mãe e ela ficou toda feliz. Almocei e fui para a casa do Art. Toquei a campainha e ele atendeu. Ele me puxou pela cintura e me beijou. Empurrou a porta com o pé. Quando conseguimos nos controlar eu contei a novidade para ele e ele ficou super feliz por mim. Cumprimentei a tia Marta que estava na cozinha e nós voltamos para a sala para começar nosso trabalho.

Por sorte ele tinha ficado na mesma turma que eu junto com o Pedro e a Ju. E como sempre nos fizemos dupla no trabalho de Biologia. Terminamos o trabalho rápido e fomos assistir filmes. Quando o filme acabou ficamos jogando vídeo game. Lá pras 16 horas eu fui para casa. Subi para o quarto, atualizei minhas redes sociais e fiquei assistindo minhas séries ♥

Dormi e acordei cedinho no dia seguinte, fui tomar banho, desci pra tomar café e fui pra casa do Art, ajeitar tudo pro aniversário dele. Tia Marta me atendeu e disse que eu podia subir pra acordar ele. Cheguei na porta do quarto e lembrei de uma cena bem parecida de meses atrás, a única diferença é que ele não estava sem camisa como da outra vez, pulei em cima dele e comecei a gritar:

Manu:– ART, ACOOOOOOOOOOOOOORDA, BOM DIA FLOR DO DIA, É TEU ANIVERSÁRIO, ACORDA PORRA, VOU ARRUMAR TUDO SOZINHA NÃO.

Ele só puxou a coberta e eu puxei de volta e abri a cortina, ele não teve escolha a não ser acordar, como eu estava em cima dele, ele me puxou pro lado:

Art:– Que coisa feia dona Manuela, acordando o... - Ele fez pausa para me beijar - aniversariante cedo.
Ficamos nos beijando um tempinho até ele criar coragem e ir tomar banho, fiquei lá deitada, olhando o teto e as estrelinhas, depois desci e fiquei esperando ele, ele desceu minutos depois, tomou café e nós começamos a arrumação para a festa, decoramos tudo, mas mesmo assim não terminamos, depois fomos finalmente almoçar.

Depois do almoço o pai dele veio pegar a Tia Marta, porque eles iriam viajar para a França e poder comemorar bodas de prata, sozinhos. Ficamos sozinhos, o próprio Art fez o almoço, com um pouquinho de ajuda minha. Almoçamos e depois voltamos à arrumação.

Lá pras três horas nós fomos fazer um lanche rápido e fomos terminar os últimos detalhes da arrumação. Terminamos tudo e ficou faltando só as músicas, que o Art tinhas esquecido. E como sou uma princesa zoera resolvi zoar ele:

Manu:– Então amor,nós estamos aqui sozinhos... Me veio uma ideia. - Sorri maliciosamente

Art:– Ah é? E que ideia foi essa hein dona Manuela? Posso saber? – Ele me olhou maliciosamente também.

Manu:– Pode e deve.

Art:– Então diz.

Manu:– Não sei se eu digo... Vai que tu não concorda. – Fiz cara de inocente.

Art:– Mas como eu posso concordar com uma coisa que eu nem sei o quê é?

Manu:– Eu digo, mas... – Fui andando e ele me acompanhando. – Vai ter que me pegar primeiro.

Disse e saí correndo e ele veio atrás, quando eu finalmente cansei e me joguei no sofá ele sentou no chão do meu lado e me beijou.

Art:– Pronto, agora diz. – E começou a me beijar.

Quando a minha boca estava próxima da orelha dele eu dei uma mordidinha de leve e sussurrei no ouvido dele de uma forma bem sensual.

Manu:– Vamos ligar o som no último volume e escolher a trilha sonora.

Ele me olhou decepcionado.

Art:– Ah, era essa ideia?

Manu:– É. - Ri. - Pensou que fosse o quê?

Art:– Preciso mesmo responder? - Ele sorriu maliciosamente.

Manu:– Ah seu malicioso. - Fiz cara de santa.

Art:– Ah tá né.

Ele só riu e nós fomos escolher as músicas. Terminamos era quase 17 horas, fui para casa me arrumar. Tomei um banho bem demorado, me arrumei, pintei minhas unhas rapidinho, esperei secar e voltei. Quando eu cheguei já tinha bastante gente. Eu estava indo na direção da cozinha, atrás do Art, quando esbarrei na Priranha, nos encaramos e eu continuei o caminho até a cozinha.

Encontrei ele tentando andar com duas bandejas na mão. Peguei uma e dei um selinho nele.

Manu:– Mô?

Art:– Oi?

Manu:– Tu convidou a Priranha?

Art:– Não. - Ele riu do apelido que eu criei, porque sou fabulosa.

Manu:– Bom, então alguém convidou, porque eu vi ela por aqui.

Art:– Bom, eu não convidei, deve ter sido algum amigo em comum.

Manu:– Hm. - Deixamos as bandejas na mesa.

Art:– Meu Deus, eu já te disse o quanto tu fica sexy com ciúmes? - Ele mordeu os lábios.

Manu:– Quem disse que eu tô com ciúmes? - Disfarcei.

Art:– E precisa? - Ele me puxou para a pista de dança.

Nós dançamos muito, quando eu finalmente cansei um pouquinho, fui me sentar no sofá e tomar um Ice. A Ju veio sentar comigo depois.

Ju:– Quem convidou a Priscilla?

Manu:– Segundo o Arthur, um amigo em comum. - Fiz aspas com os dedos.

Ju:– Ai Manu, para, tu acha mesmo que o Art ainda quer ela depois de tudo que aconteceu?

Manu:– É? E por que ele não expulsa ela?

Ju:– Manu, pelo amor né?! Não tem sentido esse teu ciúmes excessivo do Art, ele te ama, isso até um cego percebe, ele não vai te trair amiga. Tu só tá perdendo tempo se roendo de ciúmes aí, vai curtir teu boy, sua burra. E respondendo a tua pergunta, ele não expulsa ela porque ela não deu problema até agora e diferente de tu, ele não faz barraco sem necessidade, se ela arranjar confusão, ele vai expulsar ela, claro, mas o que ele não vai é desperdiçar o tempo que ele tem contigo, brigando com a Priranha né amiga?

Manu:– Hm, pode ser.

Ju:– Pode ser nada, gastei saliva fazendo esse discurso lindo, tu tem que no mínimo me chamar de princesa e dizer que eu sou uma fofa.

Manu:– Ah... Não. - Ela fez bico. - Own, tô zoando Juzinha, te amo princesa, tu é uma fofa. - Abracei ela.

Resolvi seguir as dicas da Ju, cheguei por trás do Art, virei ele e tasquei um beijão, ficamos uns dois minutos assim.

Art:– UOOOOOU, o que foi isso?

Manu:– Apenas eu sendo uma namorada fofa.

Art:– Ok, cadê a minha namorada, o que fizeram com ela?

Manu:– Nossa, eu não posso nem ser fofa. - Fiz bico.

Art:– ÔÔÔ amor, claro que pode, só tô estranhando.

Manu:– Eu percebi.

Dançamos mais um pouquinho e o Lucas começou a zoeira, inventou de cantar parabéns e foram cantar o 'com quem será?!' Foi comigo claro, mas mesmo assim foi constrangedor.

Quando já estava no finzinho da festa, eu fiquei conversando com o Vini na sala, estava tão distraída que nem vi quando a Priranha passou para a cozinha atrás do Art.