O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

To quase chegando no meu capitulo preferido, mas adoro esse tambem *-*



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Quando eu olhei pra ele, ele também estava me olhando, sinceramente não sei de quem foi a atitude, só sei que quando eu dei por mim eu estava em pé, beijando ele. E cara, foi o melhor beijo da minha vida, nada se comparava aquilo, era como estar no meio de um bando de desconhecidos e ver um amigo seu, aquela sensação boa, de alívio, de finalmente acabar com a espera. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas quando eu encerrei o beijo aos poucos com selinhos eu estava pouco me lixando pra quanto tempo nos ficamos ali.

Eu fiquei calada olhando pra ele e vice-versa, naquela hora eu não lembrava de nada, nem da minha meta de não me apaixonar, nem de tudo que eu passei. A única coisa que passava na minha cabeça era que eu queria aquele beijo de novo, não importava o que eu iria ter que dar em troca acho que foi por isso que eu beijei ele de novo.

Ficamos mais tempo ali nos beijando até que ele interrompeu:

Art:– Manu espera... - Ele falou entre um beijo e outro.

Manu:– O quê?

Art:– A gente, não pode. - Acho que aquilo me fez despertar daquele transe em que os nossos beijos tinham me botado.

Manu:– É, a gente... a gente não pode. Eu não posso... não quero me envolver.

Art:– Nem eu. É melhor... é melhor a gente parar.

Manu:– É, é sim.

Juntos:– Só mais um último beijo. - Rimos

E demos o nosso último beijo, pelo menos era pra ser o último. Depois daquilo nem tinha mais clima para ficar ali sozinhos, resolvi voltar para a nossa mesa. Sentei em uma das cadeiras vazias e fiquei olhando o horizonte e pensando, tanto que eu nem percebi que a galera toda foi pro mar, menos o Rodolfo, que arrastou a cadeira pra perto da minha:

Rodolfo:– O quê?

Manu:– O que o quê?

Rodolfo:– Aconteceu alguma coisa lá no mar.

Manu:– Claro que não.

Rodolfo:– Sério que tu quer mentir pra mim Manuela?

Manu:– Ui chamou de Manuela, a porra ficou séria.

Rodolfo:– Não me enrola, eu te conheço desde pequeno Manu, e eu sei que aconteceu alguma coisa. Agora desembucha e fala o que foi.

Manu:– Eu beijei o Art. - Falei rápido como se mencionar aquilo fosse me fazer mal, quando era exatamente o contrário.

Rodolfo:– Sério? - Ele sorriu.

Manu:– Acho que eu não ia zoar com isso.

Rodolfo:– Eu sabia que vocês iam dar certo.

Manu:– Não Rodolfo, a gente não vai dar certo, porque eu não quero dar certo com ninguém. O Art também não.

Rodolfo:– Por que ele não ia querer... Ah, a tal ex.

Manu:– É a tal ex, o meu ex, tudo junto entende?

Rodolfo:– Mas, Manu, tu não vê que um é exatamente o que o outro precisa? Ele não esqueceu essa ex e tu não esqueceu o Pedro. Quem sabe vocês juntos não conseguem esquecer esse passado.

Manu:– Mas eu não quero Rodolfo, eu não quero usar um menino tão... tão fofo como o Art só para esquecer o Pedro sacou? Eu ia me sentir errada, suja, sabe, se eu usasse ele. Não, Rodolfo, não.

Rodolfo:– Mas, cara, vocês só vão sofrer ainda mais.

Manu:– Talvez, mas não faz o meu estilo fazer os outros sofrerem. - Tentei soltar um sorriso, mas não deu muito certo.

Continuamos conversando, e comendo um pouco, até a galera voltar e nos chamar para voltar. Infelizmente não deu para voltar do mesmo jeito que a gente foi, já que eu tinha ido o tempo todo do lado do Art e não dava pra voltar assim com o climão que tava, então eu voltei do lado do casalzinho menos meloso, Nanda e Rodolfo. Chegamos na hora do almoço, todo mundo já estava se servindo. Eu não fui porque estava sem fome, subi para o meu quarto, peguei meu celular e meus fones na bolsa, desci e fiquei sentada em um dos bancos que tinha perto da piscina. Eu estava com os olhos fechados quando senti alguém sentar perto de mim, continuei com os olhos fechados, esperando a pessoa socializar, ou não, comigo:

xXx:– Cadê o namorado? - Aquela voz que eu já conhecia há anos perguntou. No começo fiquei confusa, mas logo percebi o sentido da pergunta.

Manu:– Só sei que aqui não tá. - Abri os olhos e confirmei minha suspeita.

Pedro:– Acho que ele é muito despreocupado contigo.

Manu:– Ainda estou tentando entender o que isso tem a ver contigo.

Pedro:– Nada. - Ele deu de ombros. - É só que sei lá, vocês não parecem exatamente namorados.

Manu:– E daí? Tu também não parece um babaca, mas é. - Dei de ombros.

Pedro:– Hm. - Ele continuou sentado do meu lado.

Eu resolvi ignorar e continuar ouvindo minha música de boa, depois do que pareceu um longo tempo ele levantou e foi sentar perto dos amigos dele na borda da piscina. Depois de um tempo subi para o quarto, vesti meu biquíni e fui para a piscina, fique só nadando lá e pegando um pouco de sol de vez em quando. Fiquei assim até que o resto da galera veio para onde eu estava e esse "galera" incluí o Art.

E foi bem tenso, porque tava todo mundo zoando uns com os outros como sempre, menos eu e ele. O que todo mundo estranhou, porque a gente estava bem grudando nesses últimos tempos:

Luc:– Vocês brigaram?

Manu e Art:– Não, por quê?

Luc:– Nada. - Ele levantou os braços em sinal de rendição. - É só que vocês são tão grudados e tão sempre se zoando e agora mal olham para a cara um do outro.

Ju:– Verdade viu.

Art:– Vocês estão é doidos. A gente tá de boa né Manuzita? - Ele veio me abraçar e eu agradeci com o olhar.

Só que até eu percebi que o nosso abraço durou tempo demais. Confesso, que por mim podia ter durado o resto do dia, ou pelo menos até eu recuperar o foco. O que até demora quando você está no abraço do Art, que É o melhor abraço do mundo, até porque ele é bem mais alto que eu e parece que eu estou morando lá dentro. Ou seja, é perfeito.

Nós dois paramos o abraço e tentamos dar a impressão de que estávamos de boa um com o outro e pareceu convencer os outros. Até nos convenceu, porque quando nós saímos da piscina parecia que a cena do beijo na praia nem tinha acontecido, não que desse para esquecer aquilo, porque não dava. Mas a gente não estava constrangido por causa daquilo. Quando deu mais ou menos 18h30min eu subi para me arrumar pra festa de verdade.

Me vesti, passei lápis, rímel, delineador e um gloss incolor. As meninas disseram que eu podia descer sem elas e eu fui, cheguei lá embaixo e só estava o Art e mais algumas pessoas. Sentei do lado dele e nós ficamos conversando, sem tensão ou quase, até o Luc chegar. Ele sentou com a gente e ficamos conversando os três. Depois o resto da galera foi chegando e finalmente o DJ. Começou a tocar as músicas, dãããã, eu fiquei sentada porque sou um desastre dançando música agitada, e todo o resto de músicas. O Luc ficou lá comigo até encontrar uma menina pra cantar e pra minha felicidade começou uma música romântica.

ÊÊÊÊÊÊ, mais vela pra mim. Só que mais legal foi que me chamaram pra dançar. Dois meninos. Ao mesmo tempo. O Pedro e o Art. Os dois vieram da pista de dança, só que de lados diferentes. Fiquei com cara de tacho durante alguns segundos pra só então entender o que tava acontecendo. E foi até engraçado, porque os dois se olharam como se estivessem querendo o último pacote de pizza, até me senti lisonjeada porque pizza é vida u_u. Acabei aceitando o convite do Art, dei de ombros e dei um sorriso torto pro Pedro.

Sim, eu senti pena dele, porque lá no fundo eu ainda gostava dele, pra falar a verdade eu ainda era louca por ele. Tentei não olhar para ele, o que foi meio difícil já que ele sentou onde eu estava antes que era justamente bem do lado de onde eu estava com o Art. Mas sobre a dança, foi perfeita.

Quase não consegui descansar a cabeça no ombro dele. Ele que me conduziu na dança toda, porque como eu disse sou um desastre dançando. Mas foi bom, muiiito bom, ele me abraçou mais que o necessário, mas eu A-DO-REI, quer dizer mais ou menos, tirando a última parte, ou não, foi perfeito.

Eu estava olhando pra ele quando ele virou pra mim também e eu não tive tempo de desviar como eu fiz durante toda a dança. E quando ele me olhou foi justamente nos olhos, assim como eu. O problema é que dos olhos desceu para a boca, aí pronto, fudeu tudo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :*



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