Segredos de sangue escrita por Drylaine


Capítulo 7
A Fera de olhos carmesim


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal! Até q enfim o site voltou. Aqui vai mais um capitulo.



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Droga! Como ela se deixou ser pega desse jeito? Como ela chegou a essa situação?

Sua mente está toda nublada. Se sente muito confusa pelos últimos acontecimentos. Sua última lembrança foi em Vancouver e Wesker a atacando. Depois havia pequenos flashes desconexos como sons de tiros, vozes, muita dor.

Alguma coisa aconteceu com seu corpo também. Ela sente calor excessivo, assim como fluxo de sangue ardendo como fogo e seu coração batendo freneticamente. E havia algo mais que ela tinha medo de lembrar. Algo, talvez, sobre-humano. Então, pelo reflexo da janela Ada se vê vestida numa calça jeans e uma blusa preta com capuz que não combinavam em nada com ela, seus pés estavam descalços, havia um par de tênis branco do lado da cama.

Afinal, o que ela estava fazendo com aquelas roupas?! Seus pensamentos são interrompidos.

"Você invade meu apartamento e vai sair assim. Sem uma explicação?!" Os olhos de safira de Leon nunca deixam Ada. Ele ainda sente-se desconcertado. Se o beijo em Pueblo já havia mexido com ele, esse foi simplesmente, avassalador.

Leon tenta se aproximar dela, mas Ada se esquiva. Um sentimento de pânico toma conta dela. Como um instinto natural, como se temesse que com seu toque pudesse machucá-lo.

"Não me toque!" Leon bufa se sente ofendido, pois ela parece temê-lo. O jovem sabe que nunca a machucaria. Tudo bem que na Espanha ele a atacou, mas foi a Las Plagas o controlando, que o deixou irracional.

"Me desculpa! Eu..."

"Não! Tá tudo bem. Eu só... Eu tenho que ir." Ada ainda estava tensa e em um conflito interno. Ela já havia se exposto demais. E agora estava ali com ele. Tão perto, ela tinha que ser fria e ponderada. Ela é uma espiã internacional, já passou por situações piores.

Mas, havia um problema...

Ada chega até a sacada do apartamento. A cidade vai despertando preguiçosamente. O sol se levanta radiante. Uma cena encantadora, em outra ocasião seria perfeito. Ainda mais, estando com o jovem agente.

Era através da sacada que ela o observa de longe. Às vezes, Leon aparecia ali. E por muitas vezes, Ada tinha a impressão que seus olhos se encontravam, como se ele pudesse vê-la, mesmo estando do outro lado da rua. Mas, era apenas impressão.

Era também pela sacada que ela sorrateiramente entrava e saía. Independente da janela fechada, ela tinha seus truques. Porém, todas essas vezes, Ada estava com sua fiel companheira a GRAPPLE GUN e agora para seu desgosto não estava com ela. Sua situação era demais. Como uma espiã como ela, poderia andar por aí sem nenhuma arma e ainda sem sua arma ESPECIAL e sem um plano de escape? No entanto, havia mais um problema. Como ela conseguiu chegar ali sem sua grapple gun? Quanto mais tentava achar as respostas, mais chegava ao desconhecido.

"É incrível a vista daqui. Você não acha?" Ada concorda, ela sente ele parar do seu lado. Olhando de soslaio para Leon é que percebe que ele está sem camisa, deixando expostos seus músculos bem definidos e mesmo as cicatrizes, combinados com o cabelo bagunçado, o faz mais charmoso.

"É claro que a urbanização polui um pouco o visual. Mas basta esperar a hora certa de observar a cidade. Eu prefiro agora de manhãzinha é bem calmo, ainda posso prestar atenção aos detalhes como... o nascer do sol, que é sempre tão magnífico e me faz recordar de quando eu era garoto e morava em San Francisco. O nascer e o pôr do sol à beira mar é divino. Sempre quando eu tenho insônia ou acordo muito cedo, eu venho aqui." Seus olhos se encontram. Ada desvia o olhar. Ambos voltam sua atenção à cidade, porém suas mentes estão presas um no outro. Um silêncio paira no ar. Ela queria dizer algo. Acabar logo com essa situação. Estava decidida a enfrentá-lo, entretanto, é ele quem toma a iniciativa.

"Bom. Eu deveria denunciá-la por invasão. Mas, eu acho que você me deve ao menos um café da manhã. Aliás, você ainda parece febril. Então... porque você não toma um banho, enquanto eu preparo o café. Prometo que você não vai se arrepender."

"Eu deixo pra outra hora." Contrariando-a, seu estômago reclama.

"Uhhh... Vejo que alguém está com fome. Eu não vou aceitar um NÃO como resposta. Aliás, eu te devo um jantar, lembra? Já que eu não posso lhe dar o jantar. Vou te dar um agradável café da manhã. Ah, antes que me esqueça. Eu percebi que você não está com aquela... ARMA INFERNAL." Leon dizia sarcástico se referindo a grapple gun da espiã.

"Então, se quiser fugir... eu sugiro sair pela porta. É mais seguro." Leon cruza os braços sobre o peito nu, tem um sorriso presunçoso e contagiante. Sem querer Ada retribui ao sorriso.

"Bom. Eu acho que você já está familiarizada com cada canto desse apartamento. Sinta-se em casa!"

Ela sabia. Ela estava sem saída.

Enquanto Ada tomava um banho, Leon preparava o café. Ele queria caprichar, pois fazia algum tempo que seu café da manhã era solitário, ou em seu apartamento, ou numa cafeteria do outro lado da rua. Somente aos finais de semana é que tinha a companhia de Sherry e, ocasionalmente, sua mãe e Claire. E agora, pela primeira vez, ele tem a ilustre presença de Ada Wong.

Uma parte dele estava entusiasmada, mas a outra estava gritando de preocupação e desconfiança. Ele sentia que havia algo de errado com ela. Parecia que ela estava fugindo de algo ou alguém. Talvez, fosse Wesker. Ele aperta as mãos com raiva.

Seja o que estiver acontecendo. Ele vai descobrir.

~~~/ /~~~

Ada sempre odiou água fria. Não apenas pelo desconforto, mas, sobretudo, as lembranças ruins. Lembranças vividas sob o domínio da FAMILIA. Das torturas, dos treinamentos e banhos gelados para preparação de uma criança ou jovem em um soldado. Se ficasse doente. Você pereceria sem nenhuma assistência. A morte seria sua salvação. No entanto, a água fria sobre seu corpo febril não poderia ser mais relaxante. Então, ela pensa sobre tudo que aconteceu entre ela e Leon.

O que foi aquele beijo?! E o quanto estar com ele parece tão fácil, tão bom e incrível. É simples como respirar!

Ao sair do banho, ela sente-se tonta quando sua mente é invadida por memórias perturbadoras. Ada se apoia na pia do banheiro. No espelho ela vislumbra olhos vermelhos. Olhos carmesins... Olhos selvagens.

Seu corpo instintivamente começa a se transformar. O sangue corre desenfreado e em chamas por suas veias até entrar em contato com coração que começa a pulsar descontroladamente. Seu cérebro também é afetado, ele trabalha a mil. Como uma máquina. Piscando em vermelho e branco, entre PERIGO e Não perigo, adrenalina e fúria se fundem. Ada se torna uma FERA indomável, ela foge.

Então, as memórias ficam nítidas.

Até chegar a capital, houve alguns obstáculos pela frente. Ada não poderia vagar nua e assim roubou aquelas roupas.

Foi Wesker. Ele fez algo com ela. Seja o que for ao menos não a tornou irracional. Seus devaneios são interrompidos pelo chamado de Leon.

"Ei, está tudo bem aí?"

Ada hesitante abre os olhos com medo de encontrar olhos carmesins, então se depara com seus castanhos de mel refletidos no espelho. Sua respiração ainda está irregular assim como sua mão que treme. Aos poucos, ela volta a normal e fica aliviada ao ver que é apenas sua mente distorcida. Tudo é tão surreal.

Leon bate na porta persistente. Ele estava lhe esperando, com um semblante preocupado que logo se suavizou ao vê-la. Leon tinha um olhar penetrante sobre ela. Um olhar que lhe causava arrepio.

"Quando se cansar do vermelho, você pode usar o lilás. Ele parece perfeito em você." Ada estava vestida num roupão lilás de Sherry. Seus cabelos estavam molhados. Para Leon ela parecia ainda mais bela, uma beleza natural.

"Bonitão, que bom que gostou." Um sorriso malicioso se formou em seus lábios. Olhando para ele, Ada decidiu que iria aproveitar o momento depois enfrentaria as consequências.

O café correu bem. Eles sentaram de frente um para o outro. Às vezes se olhavam, às vezes conversavam coisas bobas. Ada estava muito faminta. Parecia que não comia há tempos. Ela adorou os ovos com bacon, o suco de laranja (seu preferido), a torrada com geleia e a torta de maçã. Enfim, tudo foi maravilhoso.

Leon nunca se imaginou tendo um momento tão corriqueiro com Ada, longe das missões ou do inferno de Raccoon City. Aquela Ada conturbada de horas atrás foi substituída pela velha Ada. A segura de si, sedutora, sarcástica e misteriosa.

"Por que você faz isso. Quer dizer. Não é a primeira vez que você invade minha casa, certo. Você poderia bater na porta como gente normal faz."

"Eu não sou comum. Sou uma espiã esqueceu?"

"Eu sei disso, mas você como uma boa espiã poderia usar um disfarce qualquer. E não ficar bancando um fantasma. Meu Deus! Eu achei que tava ficando paranoico."

"Me perdoe, vou me lembrar disso." Ela estava se divertindo.

"Você acha isso engraçado. Mas, falando sério... Você poderia ter batido na porta eu iria atender sem problemas. Minha casa está de portas abertas para meus amigos e familiares. O que eu quero dizer, é que... independente das circunstâncias. Sempre podem contar comigo."

Ada ficou apreensiva. Ela confiava nele, porém ela temia envolve-lo nos seus problemas. Wesker poderia usá-lo contra ela. Além disso, ela mesma não sabia quanto perigosa podia ser. Leon poderia achar que ela é uma ameaça.

E se ela realmente fosse?! Por um instante havia esquecido de seus problemas. Mas, agora tudo retornou com mais força. Pela primeira vez, Ada sente um medo agonizante.

Seus olhos encontram azuis preocupados de Leon.

"Ah... Então, eu sou apenas um amigo. Eu achei que tínhamos algo a mais." Ela diz descontraidamente, tentando esconder seus temores. Leon sabia que ela estava fingindo, mas iria jogar o mesmo jogo.

"Ada na verdade, eu não confio tanto assim em você como um amigo. Mas..." Ele toma uma respiração necessária antes de continuar. "Ada, você é... o meu maior enigma. Um enigma que eu quero decifrar!" Seus olhos são intensos nos dela.

Ninguém nunca seria capaz de surpreendê-la de uma forma tão sublime como Leon. Suas palavras mexeram com ela. Ela sentia raiva dele por fazê-la se sentir desse jeito. Ada decide manter uma postura mais indiferente e racional.

"Sabe Leon. Eu gosto de estar nas sombras. Gosto de fazer o inesperado. Surpreender! Não gosto do que é comum, pois acho chato. Não sigo regras, nunca. Esse é a parte essencial do meu charme. E eu sei que isso te excita!" Ela morde o lábio o provocando. Leon apenas ri do jeito atrevido dela.

"Ohhhh... A senhorita, SOU UMA MULHER FATAL, parece que acordou com o pé esquerdo. Onde está sua arma e porque aquela roupinha... Nada sensual?" Ele dá um sorriso de canto.

"HAHA... muito engraçado. Tudo faz parte de um disfarce." Ela sabia que ele não acreditou. Mas ambos riem. Logo um silêncio recai sobre eles.

"Eu me pergunto qual é o plano. O que Wesker quer. Sim porque deve ter um. Eu não tenho nada a esconder. Nenhuma informação que ele queira. E mesmo que tivesse. Eu nunca diria, nem sob tortura." Leon a fuzila com os olhos.

"Bonitão, eu sempre consigo o que quero. Eu tenho os meus truques pra conseguir qualquer informação. Qualquer segredo. Eu sou uma víbora esperando pra dar o bote." Os olhares se desafiam. Leon estava cansando desse joguinho. Ele queria respostas.

"Hmmm... Seu veneno é letal?" Ele nunca havia parado para pensar ou ignorava os detalhes sobre um espião. Eles também são assassinos frios. Ada não seria diferente.

"Sim. Mas, não se preocupe, eu não vou te matar. Afinal, você me preparou uma deliciosa refeição. Obrigado pelo café." Ela se levanta, era hora de ir embora. Foi bom enquanto durou.

É óbvio que ele não tornaria as coisas mais fáceis pra ela. O clima fica tenso. Leon começou a fazer perguntas que ela não queria responder. Era hora de partir. Ada já havia se exposto demais. O problema é que ele estava decidido a não deixá-la ir sem um confronto. Leon a puxa pelo braço de maneira ríspida.

"Leon isso não combina com você. É melhor..." Eles se olham. Ela sente aquele mesmo fogo selvagem fluir por seu corpo. A FERA quer dominá-la. Ela está furiosa, range os dentes. Ada fecha os olhos tentando se acalmar. Ela não quer machucá-lo.

"Ada olha pra mim! Eu estou cansado desses jogos. Cansado de ser manipulado por você. Eu não sou mais aquele policial ingênuo. Como você pode se unir a Wesker? Eu me arrisquei por você em Raccoon, pra quê? Pra uma espiã manipuladora. Uma assassina fria." Ada está tremendo, seus olhos permanecem fechados. "Você e Wesker fazem uma parceria perfeita." Leon volta a si quando sente sua pele queimar sobre a pele dela. Sua palma da mão dói, ele se sente um pouco tonto.

Ada consegue se desvencilhar dele e sai em dispara para o quarto.

"Isso, fuja como sempre faz. Covarde!" Leon cerra os punhos ignorando a dor e a sensação de fraqueza, então, decide a seguir.

Ada estava respirando com dificuldade, seu coração pulsava desenfreado como se fosse explodir. Ela havia acreditado que essas sensações em seu corpo fossem apenas coisas da sua mente, mas agora, parecem bem reais.

Ada está atormentada, suas emoções chegaram ao extremo. Já no quarto, o roupão desliza por seu corpo nu até cair no chão. Leon fica sem reação na hora, mas logo se recompõe, virando de costas para ela.

"Ada o que está acontecendo com você. Eu sei que tem algo errado." Leon dizia aflito e questionador. "Sua pele parece estar em brasa. Você está doente? Eu... eu só quero que você confie em mim... Você tá fugindo de Wesker. O que ele fez? Por favor, me deixa ajudá-la!" Ele diz angustiado. Ambos estão de costas um para o outro.

"Eu não preciso da sua ajuda! Leon você não pôde me salvar em Raccoon. Por que você acha que me salvaria agora?!" Suas palavras foram cheia de veneno. Ela sabia que havia atingido um nervo. Ada já devidamente vestida decide enfrenta-lo. Ambos se viram, olhos tristes encontram olhos gélidos. A FERA havia sido domada, pelo menos por agora. No entanto, havia o fogo queimando por dentro. Havia a ira.

"Se não fosse Wesker, eu teria morrido lá. Ou na pior das hipóteses, eu ficaria presa numa cama pelo resto da minha vida. Sinceramente Leon, eu nunca quis ser salva. A morte seria a minha liberdade. A minha salvação!" Ada fica frente a frente com Leon. Ela parecia tão pequena perto dele, porém era ele quem parecia mais frágil.

"Basta apenas continuar acreditando que Ada Wong morreu lá. É simples." Ada sela seus lábios nos dele, num beijo desesperado com sabor de despedida. Com sabor de Adeus!

Ada vai embora, deixando Leon perdido no vazio de seu quarto.

O T-Veronica

O T-Veronica é um vírus que combina o Projenitor Vírus com um vírus extraído do gene de uma formiga-rainha. Suas funções são manter o hospedeiro com seu raciocínio e inteligência, e ainda lhe dar a capacidade de criar sangue combustível, que em contato com o ar se torna em chamas. Sua mutação é rápida como o Progenitor, porém pode ser controlada pelo próprio hospedeiro. O problema é que o vírus necessita de um certo tempo para que o corpo humano se adaptasse ao T-Veronica, ou o hospedeiro se tornará uma criatura irracional e brutal.

Para que isso não aconteça o corpo deve passar por um processo de hibernação de 15 anos e ser conservado em temperaturas abaixo de zero. Alexia Ashford, a criadora do T-Veronica foi a única a controlar os poderes e a mutação com sucesso. Wesker sabendo disso tentou manipular Alexia para conseguir uma amostra do vírus, mas no fim das contas teve que se contentar com o cadáver do jovem Steve Burnside, que possuía o T-Veronica. Com várias amostras em mãos, ele descarta o corpo.

Após, várias analises e informações extraídas por documentos roubados das instalações da ilha Rockfort e da base da Antártida e, também, de ver o vírus em ação através de Alexia, Wesker ficou fascinado pelos poderes do T-Veronica. Logo, as amostras acabam sendo comercializadas para o mercado negro Sul-americano e em troca o bioterrorista recebera muito dinheiro.

Contudo havia uma amostra que Wesker guardou a sete chaves.

SEATTLE

Numa sala secreta, Abert Wesker assiste pela câmera seus homens enfrentando Ada. Ela corre num ritmo alucinante, seus movimentos são precisos e fatais. Ada desarma um dos soldados e com a mesma contra-ataca os outros. Seu cérebro funciona como um computador. As novas mudanças de seu corpo parecem agora estar em completa sintonia. A FERA faz parte dela se tornando uma só.

Todas as suas habilidades de espiã tornaram mais fortes, unidas com as habilidades dadas pela mutação como a super velocidade, visão e tato mais apurados, transformou Ada em uma verdadeira máquina de matar. Basta um toque e Ada pode sugar a força alheia.

Wesker parece fascinado por ela.

Ada era um projeto inacabado, audácioso e de alto risco, que inesperadamente deu certo. Talvez Ada Wong fosse tão indomável, que nada realmente pudesse controlá-la. Nem mesmo Wesker e sua força sobre-humana pudesse pará-la.

Ada chuta violentamente a porta que dá acesso à sala-secreta. A sala é grande, iluminadas por luzes amarelas. No centro da sala havia um símbolo desconhecido. Então, a voz de Wesker é ouvida.

"Meus parabéns! Borboleta estou orgulhoso. Você me quer? Pra chegar até mim. Você terá que passar pelos meus Sentinelas. Eu estou te esperando!" O símbolo no centro da sala se abre e duas cápsulas emergem. Os olhos carmesins ficam em alerta. As cápsulas se abrem e de dentro saltam os dois HUNTERS.

Ada só consegue visualizar dois pontos vermelhos que indicam ameaça. Seu cérebro também indica que não são humanos.

Os Hunters Sentinelas são diferentes dos outros. Sua pele réptil é prateada com pontos vermelhos e pretos. Os olhos parecem humanos, sua musculatura e altura também mudam, tornando-os mais velozes e resistentes. Eles saltam em direção a ela. Mas, Ada é mais rápida dá um salto mortal se salvando das garras do bicho. E assim, continuou sempre se esquivando e atirando. Numa das vezes, ela sentiu as garras em sua perna esquerda, bem no momento em que conseguiu dar um tiro certeiro num dos Hunters. Agora, só faltava um. Para os olhos humanos seria quase impossivel acertar os tiros ou mesmo se proteger dos ataques, pois a criatura era muito veloz. Às vezes, parecia se tornar invisível. No entanto para Ada isso não era problema. A questão era a pele que parecia quase impenetrável aos tiros. Nem sob seu toque a criatura era afetada. Porém, havia um ponto fraco que ela descobriu ao matar o primeiro. Estava nos olhos, ela só tinha que esperar a hora exata, se desviando dos golpes até que numa distração ela lhe dá o golpe final. O Hunter se contorce no chão e solta um último grito estridente.

"Magnífico!" Diz Wesker pelo alto-falante. A parede no fundo da sala mostra uma passagem secreta. Ada segue para o lugar. Sentado numa poltrona estava Wesker com toda sua soberba e insanidade.

Num piscar de olhos Ada tem Wesker sob suas mãos. Ao seu toque ele sente sua energia ser sugada lentamente.

"Se acalme, agora somos iguais." Ele diz ofegante.

"Nunca! Eu prefiro morrer a me tornar um maníaco como você." Ela o solta e se afasta.

"Eu sou um visionário. Nós seremos o futuro, humanos mais evoluídos. Nós somos INVENCÍVEIS!" Wesker diz se aproximando dela.

Ada sente seu corpo desacelerar. Como se sua energia estivesse se esgotando. Tudo vai voltando ao fluxo normal e, como consequência, ela sente uma exaustão física incontrolável.

"Ada. Você está bem?" Ela não responde. Wesker observa que os olhos vermelhos dela vão retornando aos castanhos. De repente, Ada desmaia, Wesker a pega em seus braços.

"Olha só pra você, parece tão frágil. Borboleta, você voltou pra mim! Não se preocupe. Eu vou cuidar de você."


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Notas finais do capítulo

Me diz o q vc acha. Ficou estranho, eu viajei na maionese ou ...Ah ficou bacana!!! Então, é Só comentar.



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