Segredos de sangue escrita por Drylaine


Capítulo 6
Uma surpresa inesperada


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capitulo.Brigado Dudu por favoritar.



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Após os acontecimentos em Raccoon City Sherry Birkin é levada sob custódia do governo. Tanto Leon, Claire e até Barry Burton tentaram ficar com a guarda da menina. Porém, segundo Adam Benford, Sherry estaria mais segura sobre a proteção do governo. Na mesma época, Leon é recrutado pelo serviço secreto norte-americano.

"Leon tem certeza que vai fazer isso. Eles não podem passar por cima dos seus direitos. Você é um cidadão americano!" Sarah estava preocupada com seu filho. Desde Raccoon, Leon havia mudado muito, andava mais abatido e tinha pesadelos horríveis.

"Mãe, pensa pelo lado positivo. O salário vai ser maior. Podemos comprar uma casa em San Francisco, perto do resto da família. Assim você não vai ficar sozinha. E ainda tem a Sherry. Eles prometeram que poderemos vê-la aos finais de semana e feriados."

"Você acredita neles?!" Claire diz incrédula. Ela também estava ali como uma expressão sombria.

"Eu não tenho escolha!" Leon estava tão cansado de tanta pressão. Ele sente um aperto no coração ao olhar a foto de seu pai ao lado de Marvin. Seus olhos se voltam para sua mãe que está chorando.

"Shhhh! Vai ficar tudo bem." Leon lhe abraça e beijo sua testa. Seus olhos encontram os de Claire.

"Eu tô saindo da equipe, agora. Mas a minha luta continuará sendo a mesma. E sempre que precisarem, vocês podem contar comigo." Ele puxa Claire para um abraço.

Os verdadeiros segredos sobre a Umbrella e seus projetos ilegais, foram enterrados sob as ruínas de Raccoon. Os sobreviventes foram obrigados a se calar. Entretanto, eles continuarão sua luta em busca de desmascarar a Umbrella.

Leon segue seu caminho, mas torcendo que os outros consigam fazer justiça.

Seis anos depois...

Após várias missões bem-sucedidas, Leon tornou-se um dos principais agentes do governo. Especialista em missões ultra secretas ligadas principalmente ao bioterrorismo. E também responsável pela segurança do presidente.

Leon acabou de retornar da missão na Espanha, cujo objetivo era resgatar a filha do presidente, Ashley Graham. Lá ele enfrentou novos inimigos, várias armadilhas e um outro tipo de infecção. Dessa vez, pelo parasita Las Plagas sob o dominio da Seita Los Illuminados. Leon e Ashley foram infectados por este parasita. Foi uma verdadeira corrida contra o tempo até conseguir a cura.

Contudo, a missão foi concluída com êxito.

"Senhor, aqui está o relatório." O relatório contêm várias informações importantes, exceto, sobre a mulher de vermelho. Está informação Leon decidiu guardar pra si mesmo.

"Tenho que lhe parabenizar. Você cumpriu bem a missão. Aliás, como sempre. É uma honra termos alguém como você servindo os Estados Unidos." Adam Benford diz com orgulho de Leon.

"Obrigado, senhor!" Os dois homens apertão as mãos em sinal de respeito e confiança.

~~~/ /~~~

Depois de um dia exaustivo de trabalho, Leon chega em seu apartamento decidido a tomar um banho e se jogar na cama. A semana foi muito complicada, ainda sentia os efeitos da missão sobre ele.

Ele liga sua secretária eletrônica, há várias mensagens, incluindo de sua mãe dizendo que está com saudades e confirmando que está tudo pronto para a festa surpresa de Sherry, no sábado.

Mesmo com a vida conturbada, Leon não poderia deixar de aproveitar esse momento com a família e Sherry ficaria muito feliz, ainda poderia ver Claire. Ultimamente esses momentos tem se tornado cada vez mais raro.

Após se livrar do coldre, das armas e do casaco, ele vai até a geladeira e pega uma cerveja, depois retorna para sala. Sentado em sua poltrona, Leon assiste a TV. O noticiário informa que a Umbrella Corporation faliu e alguns executivos foram presos.

Leon não poderia ficar mais contente. Sabia que grande parte disso se deve a contribuição de Chris e Jill que nunca desistiram e ainda continuam por aí lutando contra o bioterrorismo.

Minutos depois, Leon vai para seu quarto, há um perfume diferente no ar, porém ele ignora e parte para o banho. Deixando a água cair sobre seu corpo, ele fecha os olhos. Logo sua mente é invadida por lembranças dela. Ada Wong!

Ele não poderia acreditar. Ela realmente estava viva e pior, trabalhava para Wesker. O tempo todo ela jogou com ele. Seus pensamentos estão em conflito.

Como ela poderia ter sobrevivido a Raccoon? Por que se juntou a Wesker? O que Ada realmente queria?

"Droga!" Ele se sente tão frustrado.

Durante anos as memórias de Raccoon lhe atormentavam. Não era apenas a dor de perder seu tio, mas a dor de ter falhado e a deixado cair. A dor de não ter cumprido sua promessa a ela. Leon por meses se sentiu culpado, só não entrou em depressão por ter se aliado a Chris e os outros e seu desejo de justiça prevalecer. Com o passar dos anos ele seguiu em frente. Porém, reencontrá-la mexeu com ele, mais do que deveria. Especialmente, porque ela o confunde.

Ada o ajudou na Espanha, várias vezes. Foi graças a ela que ele e Ashley conseguiram a cura para a Las Plagas e derrotar krauser e Saddler. Entretanto, a dama de vermelho teve coragem de lhe apontar a arma duas vezes, roubar a amostra Las Plagas e ativar uma bomba com ele ainda na ilha.

Leon tinha que admitir, Ada Wong estava mais linda e sedutora naquele vestido vermelho.

E que corpo!

Cada encontro com ela, sempre era explosivo. Primeiro foi o confronto no castelo, depois teve a viagem de barco.

"Precisa de uma carona, Bonitão!" Aquela voz sensual, aqueles olhares e sorrisos cheios de segundas intenções e no final, aquela saída tão excitante.

Mais adiante, eles voltam a se esbarrar. Leon a encurrala. O clima fica tenso entre eles. Ele estava irritado e cansado da missão e dos joguinhos dela. Inesperadamente, Ada lhe beija. Foi apenas um roçar de lábios, mas o bastante pra tirar seu raciocínio. Então, ela foge. Leon não teve tempo nem de reagir.

Até nos seus sonhos, Ada aparece pra lhe perturbar. E caramba! Às vezes, parecem tão reais. Como se pudesse ouvir sua voz sussurrando em seu ouvido ou sentir até seu perfume.

Leon termina o banho, e vai direto pra cama. Não demora muito pra ele dormir.

***** *****

"Surpresa!" Gritam em uníssono. Claire corre para abraçar Sherry, enquanto Leon cumprimenta sua mãe e o resto da família. Ali estão seus tios e avós, alguns primos da sua idade e Lucy, viúva de Marvin com os três filhos. A pequena Amber de 5 anos vem saltitante para os braços do agente.

"Oi Príncipe da Casa Branca!" Diz Amber se aconchegando em Leon.

"Oi minha princesa! Olha só pra você, cada vez mais grande."

Infelizmente, Marvin não chegou a conhecer a menina, que nasceu seis meses depois da tragédia de Raccoon. E graças a Deus, Lucy e os garotos não estavam na cidade quando tudo aconteceu.

É um momento de muita alegria, união e alguma discussão aqui e ali. Sherry está radiante hoje completa 18 anos. Ela se sente feliz e normal ao lado de Claire, Leon e os Kennedy.

"Eu desejo que você seja muito feliz. E que todos seus sonhos se realizem." Sherry e Leon se abraçam. Ela está encantada com o colar de prata presente de Leon.

"Pessoal, hora do bolo!" Claire diz animada.

Com a família reunida Leon se permite relaxar um pouco e esquecer dos problemas. Havia prometido a si mesmo, curtir os dois meses de férias antecipados que ganhou após a missão em Pueblo.

Sentado na areia ele e Claire assistem o pôr do sol em San Francisco, acompanhados por uma garrafa de champanhe e o barulho do mar. Leon coloca sua cabeça sobre as pernas de Claire, ela acaricia seu cabelo, os dois conversam sobre a vida e novos planos.

"Eu gosto do calor das missões, independente dos riscos. Meu corpo e mente já se acostumaram com toda a adrenalina. Então, eu não me vejo vivendo preso na Casa Branca, sendo o segurança pessoal do presidente e sua família."

"Eu entendo. E você está certo. Deve ser uma loucura trabalhar lá." Os dois tem um sorriso cúmplice.

"E você. Quais são os seus planos?"

"Bom, eu vou me juntar a Salve-terra. No próximo mês, viajo para a Indonésia. Há uma região com grande número de refugiados lá precisando de muito apoio. O que me preocupa são as milhares de crianças órfãos. Elas já lutavam contra a fome e a miséria. Agora por causa do bioterrorismo, eles perderam os pais."

"Eu pensei que com a queda da Umbrella as coisas fossem melhorar."

"Eu também. Mas não estamos sozinhos nessa batalha. Chris e Jill estão conseguindo mais aliados. Logo a B.S.A.A vai ganhar o mundo." Não demora muito para Sherry, Amber e seus primos se juntar a eles.

Durante anos, Claire e Leon foram apenas amigos, dividindo sonhos, medos e inseguranças. Aos poucos a relação foi evoluindo para um romance. Por oito meses eles namoraram tudo fluiu bem. Era o casal perfeito e, ainda contavam com o apoio de Chris e os Kennedy. Porém, o tempo foi passando e ambos seguiram caminhos diferentes, entretanto, a amizade continuou inabalável.

Com o fim das férias, Leon retorna para Washington e a tumultuada Casa Branca. Enquanto no trabalho tudo era o mesmo, em seu apartamento as coisas pareciam estranhas. Toda vez que chega a seu apartamento, sentia como se estivesse sendo observado, há um perfume diferente no ar. No inicio ele ignorava, mas conforme foi passando os dias, Leon sentia o mesmo desconforto, o cheiro suave de flores persiste no ar. Suas noites são sempre conturbadas. Quando não é um pesadelo que lhe atrapalha o sono, é a sensação de estar sendo vigiado, então, ele acorda e se depara com o silêncio do quarto. A cada dia que passa Leon se sente paranoico. Talvez fosse só a sua mente lhe confundindo.

No entanto, Leon não estava louco, havia alguém sempre a espreita, que invadia seu apartamento. Ela chegava de fininho, sem que ele percebesse.

E assim, as semanas se seguiram...

Certo dia Leon chega em casa, depois de um dia tenso e uma reunião interminável. No próximo mês, haverá uma conferência internacional em Nova York, onde serão tratados vários assuntos, menos o tema "Bioterrorismo" que, aliás, sempre é ignorado pelo governo. Quando acontece algo relacionado a esse assunto, tudo tem que ser tratado em sigilo.

Suas ações sempre são as mesmas: pegar a cerveja ou refrigerante na geladeira, comer alguma coisa rápida; geralmente; um sandwiche, ver as mensagens na secretária eletrônica, assistir TV, tomar banho e dormir.

Mas, logo ao entrar no quarto ele percebe rastros de terra no chão e...

Espera! Tem alguém no seu quarto. E está deitado em sua cama.

Com a faca em mãos e cauteloso, ele se aproxima.

Deitada em sua cama estava Ada dormindo serenamente. Leon fica perplexo. Esta mulher sabe como lhe surpreender. Ele fica a olhando, sem saber o que fazer.

"Uau! Já te imaginei aqui. Talvez isso seja apenas mais sonho."

Ada dorme de barriga pra cima, boca está entreaberta, os cabelos bagunçados e seu rosto um pouco sujo. Sem conseguir se controlar seus dedos tocam o rosto dela, sua pele é febril. Havia algo errado. Tudo indicava que Ada não estava bem. Aquilo não era normal, ela estava com febre, as roupas eram diferentes. Nada daquilo combinava com ela.

Alguns minutos depois, ele continuava zanzando pelo quarto, já tinha tentado acorda-la. Mas nada, Ada continuou dormindo na mesma posição, sua respiração era normal. Ela parecia em paz e... tão linda! Nos lábios de Leon desenha-se um sorriso maroto.

Após um banho rápido, Leon retorna para o quarto. Ada permanece ali, sem se mexer. Ele deveria dormir no sofá, mas ao invés disso, ele decide dividir a mesma cama. Afinal, foi ela quem invadiu sua casa, seu quarto e se espalhou em sua cama.

"Que se dane!" Leon se deita ao seu lado, puxa os cobertores sobre eles. Ali tão perto, sentindo o perfume dela e até o calor do seu corpo mesmo não a tocando, ele também cai no sono.

~~~/ /~~~

Com a luz do sol entrando pela janela, Ada desperta. Os olhos piscam, tenta se mexer, mas algo prende sua cintura. E do seu lado estava, inesperadamente... Leon ainda dormindo.

Ada fica tensa.

E agora! Ada nunca se deixou ser pega desprevenida. Porém, parece que ultimamente, a espiã anda lerda, desatenta.

Idiota! Ela se xinga mentalmente, precisa sair dali, rápido. Leon a puxa mais perto e lhe segura apertado. Ele está tão perto, sua respiração em seu pescoço lhe causa arrepio por todo corpo. Uma sensação que apenas ELE era capaz de fazê-la, sentir.

Ada precisa manter a calma. Seus olhos pequenos se fecham, ela tem medo de machucá-lo. Sabe que alguma coisa mudou em seu corpo.

Ela não deve tocá-lo.

Abruptamente, Ada se levanta pronta pra fugir, então, Leon a puxa pelo braço. Seus corpos se colidem, o clima fica tenso. Ela tenta se afastar, mas ele mantêm postura firme. Eles se entreolham, ambos sentem o coração pular freneticamente.

Os olhos de Leon recaem sobre os lábios de Ada. De repente, não havia mais distância entre eles. Os lábios se encontram, as mãos se agarram ao corpo um do outro. O beijo é urgente e feroz, as línguas se unem. O tempo parece parar.

Tão repentinamente, como tudo começou, eles se separam cada um tomando uma respiração necessária.

Retomando sua razão Ada decide sair logo dali.

"Você invade meu apartamento e vai sair assim. Sem uma explicação?!"


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