Segredos de sangue escrita por Drylaine


Capítulo 17
Sombras do Passado - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, quanto tempo, hein ?! Mais de dois anos parada sem postar. Perdão, por toda a minha demora, mas pelo menos isso me ajudou a reorganizar algumas ideias e inserir novas e começar a pensar num final. Decidi voltar a escrever pq quero finalizar essa história e na vdd falta pouco pra terminá-la. Não sei se vcs ainda estão me acompanhando, mas independente disso, decidi q vou continuar a fic por mim mesma e sei q consigo, já tenho até o cap 20 pronto. E assim eu vou me adiantando com essa história toda. Ah, fiz um trailer pra fanfic, deixei o link no início do texto e ficaria feliz de saber suas opiniões sobre o vídeo. Bom, sem mais demora, vamos ao capítulo!



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No capítulo anterior...

"Helena diga um nome. Quem é o responsável pelo atentado. Vamos, acabe com isso!" Ele já dizia suplicante.

"A Familia." Harper diz com sua voz trêmula.

"A Familia?! Espera... mas e a Neo Umbrella?" Leon diz tentando ajudar a mulher, ao passo que lutava com seu próprio dilema pessoal sobre Ada.

O elevador dominado por conflitos fortes, logo parou chegando ao seu destino.

"Ela sabe. Ela sabe tudo." Helena continuou repetindo olhando fixamente para Ada. "Derek Simmons quer ser o dono do mundo. E Ada Wong quer destruí-lo. Nós somos apenas os peões desse jogo. O presidente foi o primeiro a cair." Helena disse com o olhar apático.

"Então, esse é o jogo. Ada você sabia disso?! Você..."

"Você não sabe nada Leon."Daryl tentou interferir. "Só está cego pra achar um culpado e se livrar do problema." Pegando todos desprevenidos, Leon extravasou sua ira sobre o agente da The Shadows só parando com Ada o puxando pra longe e recebendo um olhar de escárnio do agente de olhos azuis. Daryl também se encontrava enfurecido querendo uma revange, mas Ada o parou.

"A pior parte era que eu estava prestes a confiar em você. Mais uma vez, como tantas outras. E mais uma vez, tudo o que você faz é me manipular." Leon saiu desnorteado pelos corredores sendo seguido por uma Ada tão furiosa quanto ele.

"Então, mais uma vez você prefere o caminho mais fácil. Jogar toda a responsabilidade do seu fracasso sobre mim!"

"O quê?" Leon parou seu trajeto pra confrontar o olhar carmesim feroz e impetuoso de Ada.

"Você nunca confiou em mim. Nossa relação nunca foi forjada na confiança e você sabe bem disso. Você faz tudo parecer como se eu tivesse te traído de novo, quando na verdade eu nunca lhe prometi lealdade ou fidelidade. Embora você se ache traído, nunca houve real traição, porque nós não somos amigos, ou um casal e nem parceiros de guerra. Ainda sim eu estou aqui te mantendo vivo pra você voltar pra casa. Pra sua família. Pra sua futura esposa!" O ar parecia mais denso e pesado sobre eles.

Leon ficou remoendo as palavras dela sem perder contato visual. Havia tantos sentimentos conflituosos pairando sobre ele. Havia tantas incertezas e exaustão de tudo.

Valeria a pena continuar lutando pela verdade, quando tudo ao seu redor esta contaminado por mentiras dentro de um jogo por poder e controle?

"Adam era mais que o Presidente dos Estados Unidos, ele era meu amigo, um homem honrado que iria expor a verdade sobre tudo, desde o incidente sobre Raccoon City." Leon disse perdido nas ultimas palavras de Benford.

"Quem mais sabia disso?" Ada disse estreitando os olhos e mantendo uma postura firme.

"Derek Clifford Simmons... chefe de segurança dos Estados Unidos." Leon disse sentido como se carregasse todo o peso do mundo.

"E no fim não somos diferentes Leon." Ele se voltou para a linda mulher olhando fundo em seus olhos carmesim. "No fim trabalhamos para monstros que sempre quiseram controlar o mundo. Porém, eu sempre soube a quem eu servia, enquanto você esteve vivendo uma ilusão."

Leon pensando em cada palavra impiedosa da espiã sabia que, no fim, não havia honra em servir os Estados Unidos quando a verdade viesse à tona. O mundo iria se voltar contra eles. Os Americanos seriam vistos como os vilões.

"Então, Leon Scott Kennedy, será tão digno de confiança quanto Ada Wong." Ada disse destilando ironia.

"Ada, Leon." Daryl interrompeu o confronto entre os dois chamando atenção de ambos para si. Ele trouxe consigo Helena. "Existe uma cura para o C-Vírus."

"O quê?" Ada e Leon questionaram em uníssono.

"Segundo nossa amiga aqui... A cura está na China."

"Como podemos confiar nela?" Disse o agente americano. Daryl hesitante decidiu jogar limpo com Leon, mesmo que Ada o odiasse.

"Por que  se chegarmos a cura... conseguiremos chegar a Mei."

 

 

 

Trailer da fanfic: https://youtu.be/FCNVf0pf5Q0

 

Capítulo 17

Sombras do Passado Parte 2

 

 

Ele ainda podia ouvir os sons dos outros três vasculhando as outras salas próximas dali coletando o máximo de informações e provas possíveis sobre o novo vírus, mas por sua própria conta e risco, Leon decidiu entrar numa outra sala que estava cheio de experimentos e descobrir quais outros segredos o lugar ainda escondia, até que encontrou (entre alguns outros arquivos) uma fita VHS que lhe deixou muito intrigado.

"Feliz aniversário, Ada Wong!"Leon paralisou ao ler aquelas palavras sobre a fita VHS e se perguntando o que continha nela. Sua única certeza era que aquela fita poderia dar as respostas que ele precisava, principalmente, sobre Ada Wong. Mas ainda sim, ele ficou tenso enquanto a gravação se desenrolava na grande TV diante dele:

"C-Virus

Experimento 12235

Projeto Ada..."

O vídeo começa com uma cena perturbadora. Há uma clisálida prestes a eclodir como várias outras que eles encontraram ao longo do caminho dos laboratórios. A cena fica congelada na clisálida por um minuto, até que ela vai lentamente eclodindo e, de dentro do casulo, surge um corpo humano feminino nu que cai no chão. A jovem mulher parecendo tão desorientada, de repente olha diretamente pra tela da TV como se tivesse olhando profundamente para os olhos azuis perplexos de Leon. O agente ficou chocado ao reconhecer a face daquela mulher. E ali naquela cena ela parecia tão fragilizada, com aqueles olhos que pareciam tão cheios de confusão e algo que ele só podia descrever como pânico.

"Agente Kennedy, parece que você encontrou algo muito interessante." Dizia Helena parando ao lado dele. "Uau, ela se parece muito com a Ada Wong." O agente americano não perdeu nenhuma das insinuações maliciosas de Harper. "Não é a toa que você parece tão confuso." Helena disse em tom sarcástico. "Foi por causa da semelhança tão grande entre as duas mulheres que despertou o interesse de Simmons. Bem, ele já tinha tentado outras cobaias, mas nenhuma deu certo. Todas falharam. Menos ELA..." Leon olhou confuso para a mulher parada ao seu lado, sem entender o que tudo aquilo significava. "Ela foi a cobaia perfeita para... O PROJETO ADA WONG!"

"Projeto Ada Wong?!" Leon perguntou ainda atônito se lembrando da gravação. Mas, antes que Helena pudesse lhe dar mais revelações, eles foram interrompidos.

"Mas, o que é isso?!" Logo Daryl decidiu também se fazer presente, parecendo tão atordoado quanto Leon. "Ada você tem que ver isso." Relutantemente, a espiã decidiu se juntar a eles e acabou de cara com a mesma gravação. A mesma gravação que a colocou pela primeira vez, diante da sua outra metade. Aquela metade que Ada nunca mais achou que poderia reencontrar.

A jovem do outro lado da tela da TV era tão semelhante a ela. Ada podia reconhecer os detalhes tão íntimos e familiares entre as duas como os seus traços faciais, embora o olhar da outra jovem fosse cheio de fragilidade e um pouco de inocência, algo que definitivamente era o oposto de Ada.

De repente a espiã sentiu um aperto no coração, uma dor, uma melancolia tão grande.

Por algum momento, Ada se perdeu em lembranças do passado... Da infância no interior da China ao lado de sua família, ao lado da sua pequena irmã gêmea. Sua mente se viu cheia de avassaladores flashbacks. Flashes de uma vida interrompida de forma tão brutal.

Mas logo ela sacudiu a cabeça, trancando as suas lembranças na parte mais profunda de sua mente. E logo a sua melancolia, deu lugar a um ódio mortal ao reconhecer o homem por trás das sombras. O homem por trás daqueles experimentos bizarros.

Já no finalzinho da gravação, Ada reconheceu a mão de Simmons usando o anel que era o símbolo da FAMILIA. E a espiã não conseguia parar de pensar nas coisas terríveis que aquele homem havia feito com a sua outra gêmea. Mas havia uma parte muito pior. Aquela gravação não foi deixada por acaso ali, era algo pessoal, algo que só alguém muito ressentido e cheio de vingança deixou guardado ali, esperando exclusivamente por ela. E constatar isso, fez ela estremecer.

Se Derek C. Simmons foi responsável pela criação do Projeto Ada Wong (cuja a sua própria irmã foi feita de cobaia), então, a gravação que foi deixada ali pra ela encontrar, não parecia ser uma jogada feita pelo chefe de segurança dos Estados Unidos. A gravação era apenas mais um aviso de que algo ainda mais terrível estava por vir.

"Aquele desgraçado! O que ele fez com Ela?" Leon franziu a testa ainda muito confuso com as palavras de Daryl, antes de se voltar para a tela da TV e se dar conta que na mesma gravação havia mais alguém nas sombras observando o tempo todo a sua nova cobaia. E pensar sobre tudo isso fez ele fechar suas mãos em punhos, sentindo uma crescente raiva nascer dentro de si. Então, seus azuis logo se fixaram em Ada estudando suas reações e percebendo como um clima ainda mais sombrio se instalava sobre eles. Até que seus pensamentos fossem interrompidos, por um bip vindos do PDA da espiã.

Leon sabia que a sua espiã não iria demorar muito a se esquivar e fugir como sempre fazia...

 

*****

 

Ada estava decidida a não facilitar as coisas, mesmo que pela primeira vez a espiã se sentisse assombrada pelas suas fortes lembranças do passado. Assombrada por ter que enfrentar, talvez, o seu inimigo mais feroz e cruel. Um inimigo muito mais cruel do que Derek e Wesker juntos. Um inimigo que era do seu próprio sangue.

"Se ela quer jogar, ela vai jogar... Só que com a verdadeira Ada Wong." Ada murmurou pra si criando um novo plano na tentativa de parar a sua irmãzinha. Ela tinha que fazer isso o mais rápido possível, antes que Daryl e Leon interferissem.

"Aí está você, agente Wong! Pensei que tinha sido devorada por aqueles zumbis." Helena veio até Ada, interrompendo seus pensamentos.

"Acho que podemos parar de fingir..." A mulher chinesa disse provocando a outra, que deu de ombros.

As duas mulheres pararam se olhando como se tivessem tentando descobrir os seus segredos mais obscuros. Definitivamente elas tinham que parar de fingir que não se conheciam, pois havia um passado em comum que as ligavam de uma forma muito traumática e infeliz. E Helena pressentiu que talvez estivesse na hora de deixar Ada ver as coisas sob uma nova luz.

"Você vai me deixar partir com vocês, sabendo que eu posso ser uma grande ameaça?" Helena sussurrou cautelosa.

"Eu não tenho medo de você." Ada disse, dessa vez parando de frente para a outra mulher já estudando suas atitudes. "Mas devo confessar que você foi muito bem treinada. Não é qualquer um que consegue agir como agente dupla e enganar Derek Simmons."

"Você me ensinou muito bem, Ada Wong. E você tem razão... Vamos parar de fingir!" A jovem agente soltou um suspiro cansado e cauteloso. "Eu te conheço há tanto tempo e sempre te vi como alguém muito experiente e que sempre manteve a compostura. Sempre fria, calculista e inabalável. Mas agora as coisas são diferentes né. Agora é pessoal. É entre você e sua irmã..."

Ada se afastou por um instante refletindo sobre as palavras da outra espiã, enquanto também podia ouvir as vozes de Daryl e Leon discutindo a alguns quilômetros dali. Eles já haviam saído das instalações subterrâneas da Organização e agora podiam respirar ar livre. Ou não...

Logo, Helena se sentindo muito doente e exausta de lutar, começou a tocir e a respirar com dificuldade. Os olhos carmesim da espiã percebeu que a jovem diante de si não tinha muito tempo, pois a infecção estava no seu estágio final.

"Eu sinto muito se falhei com você e Mei. Um dia você salvou a minha vida e da minha irmã. Você nos protegeu das insanidades de Derek. Eu só queria retribuir o favor. Queria impedir que Derek tocasse em Mei. Eu tentei impedir que ela fosse mais uma das cobaias daquele sádico, como Deborah foi. Só que eu falhei!" Seus olhos se encheram de lágrimas.

Ada se lembrava das duas irmãs Harpers. Deborah era a mais velha, tinha 11 anos quando foi trazida pela Organização e Helena tinha 9 anos, o que fez a espiã logo se identificar com a menina mais nova. Vendo a relação das irmãs Harpers, fez ela se lembrar de sua relação com Mei, esse foi um dos motivos do porquê Ada Wong se empenhou tanto em protege-las e até certo ponto isso funcionou, até que a dama de vermelho fugiu de Derek e da Organização e as coisas se tornarem ainda piores para Helena e sua irmã.

"Nós falhamos Helena. Mas a culpa nem foi sua. A culpa é toda de Derek e da Organização. Eles são os verdadeiros monstros. Mas eu vou para-los." Ada dizia cheia de determinação. "Eu vou acabar com Derek. E eu vou ajudar Mei a ter a sua vingança, sem ter que trazer o caos na Terra."

"Acho que isso não será simples assim." Helena dizia ao se lembrar de todo aquele plano doentio. "Wong, há algo que você precisa saber antes que..." Sua voz começou a falhar e seu corpo a tremer, enquanto Ada segurava os seus ombros. Apesar da espiã asiática não ser uma pessoa afetuosa, ela tentou lhe dar algum apoio. "Há uma terceira pessoa nessa jogada. Ela se considera a... A Rainha do jogo..."

"Ela?! Ela quem?!" Mais uma vez, Ada foi pega de surpresa.

"Ela é a grande responsável pelo C-Vírus. O vírus que será a causa da destruição da humanidade." Helena continuava dizendo com um olhar perdido. "E todos... Todos vamos morrer." Murmurou melancólica, quase sem forças. "Todos irão morrer... Todos... Todos... Todos..." E mesmo tão fraca, a sua voz ecoava morbidamente como um mau presságio.

"Helena, você está bem?" Mas Harper já não conseguia mais lhe responder, apenas foi se afastando de Ada meio cambaleando e sentindo seus olhos embaçarem. Ela sentia o seu corpo dolorosamente superaquecer, como se tivesse entrando em combustão, seus sentidos começaram a falhar, ela cai no chão e começa a gritar insanamente.

Ada não tem escolha a não ser empunhar a sua balestra e atirar uma flecha certeira na tentativa de acabar com a dor da jovem mulher. Entretanto, ao invés de acabar morta, Helena vai sofrendo uma dolorosa transformação, pois seu corpo logo é coberto por uma massa amarelada e pegajosa, formando pouco a pouco um casulo de si, uma nova clisálida. Em seguida, ela sente o chão começar a se abalar cada vez mais forte, dando início a um terremoto.

A alguns metros dali, a espiã já podia ver o helicóptero de Daryl lhe esperando pra sair daquele inferno, enquanto ela tenta correr desesperadamente pela sua vida...

*****/ /*****

Eles já estavam se preparando para sair de Tall Oaks. Daryl com a ajuda de Leon espalharam alguns explosivos pelo local, antes de decidirem partir dali. Leon ainda estava remoendo os últimos acontecimentos, muito confuso e desconfiado. O agente americano sentia que havia muito mais sobre aquela gravação e o (Projeto ADA) que ninguém queria lhe contar. Tudo o que ele sabia é que Derek era um homem que tinha uma obsessão tão grande pela espiã asiática que usou pessoas inocentes para criar uma cópia perfeita dela.

Leon terminou de arrumar as armas que havia acabado de encontrar dentro do helicóptero de Daryl e parou olhando para o outro homem que parecia irado e tão agitado. Aquela gravação também parecia ter abalado ele. Seus olhos tentaram procurar por algum sinal de Ada.

"Você não acha que Ada está demorando?" Ele decidiu questionar, com seus olhos azuis agitados ainda procurando por ela no meio da escuridão da noite. "Aposto que ela fugiu e nos largou aqui, a mercê da própria sorte. Como ela fez na Eslava Oriental!" Os dois homens se encararam sombrios com as lembranças tortuosas dos acontecimentos de uma ano atrás.

"Não se preocupe com ela. Ela sempre volta." Daryl respondeu desviando o seu olhar e mordendo a língua na tentativa de não revelar a verdade sobre aquele fatídico dia. Só que o homem loiro percebeu que o agente da The Shadows estava com uma expressão estranha, como se estivesse muito nervoso.

"Há uma outra coisa que me deixou muito curioso..."

"O quê?!" Daryl parou fazendo um alongamento para esticar e relaxar os seus músculos, antes de soltar um sorriso forçado.

"Você disse que existe uma cura para o C-Vírus. E que quando chegarmos a cura, conseguiremos chegar até..." Leon fecha os olhos por um momento, tentando lembrar aquele nome. "Ah, era Mei..." Ele cita o nome percebendo como isso parece afetar Daryl o deixando ainda mais tenso. "Quem é Mei?" O agente americano, sentia que estava perto de descobrir outra parte ainda mais obscura dessa trama.

Entretanto, não houve tempo para respostas, pois em seguida, eles ouviram um grito horrível de pura agonia e o chão sobre seus pés começar a tremer, como o início de um terremoto.

O comunicador de Daryl vibrou com a voz de Ada transmitindo um sinal de alerta, mandando eles fugirem. Mas, Leon rejeitou a ordem, recarregou a sua arma e começou a correr de volta para o caminho que levaria as instalações secretas da FAMILIA.

Em segundos, ele encontrou a espiã no meio do caminho, correndo freneticamente em sua direção.

"Leonnnnn! Adaaaa!" Ambos gritaram em uníssono, antes de sentir a terra sob seus pés se desfazerem ferozmente, abrindo uma enorme cratera e sugando tudo o que podia pra dentro dela, inclusivo os dois...

 

 

 

 

 

Além dos limites de Tall Oaks...

 

Assim como em Raccoon City, o Chefe de Segurança dos Estados Unidos, deu uma nova ordem enviando três naves militares com mísseis para Tall Oaks, com o falso pretexto de parar a contaminação pelo C-Vírus. Na verdade seu principal objetivo, era apagar qualquer prova contra ele e sua Organização. E principalmente, acabar com qualquer chance de Leon, ou qualquer outra testemunha de sobreviver e trazer a verdade à tona.

Logo, a notícia se espalhou pelo país e Leon Scott Kennedy (o principal agente da DSO e que também foi acusado de ter assassinado o presidente, Adam Benford), agora havia sido dado como morto, junto com milhares de habitantes inocentes da cidade.

Agora as consequências de seus atos, começarão a causar um grande reboliço por todo o território norte-americano até afetar o resto do mundo...

"Meu Deus! O que Simmons fez!" Leon murmurou após recuperar o fôlego, assistindo impotente toda aquela destruição.

"Ele está esterelizando a área." Respondeu Daryl com dificuldade.

"E apagando as evidências." Reafirmou Leon trocando um olhar frustrado com o outro homem.

"Esse era o plano de Derek o tempo todo. Qualquer um que ousa cruzar o seu caminho, ele dá um jeito de destruir. E você era uma ameaça pra ele, como Ada também é." Daryl falava também ofegante se sentindo tão cansado. Os dois homens pararam de falar e olharam para Ada. Ela estava mais a frente com os olhos fechados e parecendo muito concentrada em algo específico.

Depois de quase serem soterrados vivos, enfrentar uma versão mutante de Helena, ainda passar por várias armadilhas mortais e quase morrerem afogados nas águas gélidas e traiçoeiras de um rio inóspito, sendo esse mesmo rio o responsável por salvar as suas vidas, pois com a força da correnteza os três únicos sobreviventes, foram arrastados para fora dos limites de Tall Oaks, antes que toda a cidade se transformasse em ruínas, sendo praticamente apagado do mapa, através daqueles mísseis enviados por aquele que deveria ser o principal homem responsável pela segurança de todo um país.

Os três estavam tão exaustos, machucados e com suas roupas sujas e molhadas, o que parecia tornar a situação ainda pior. Agora viria o dilema: o que fazer quando eles perderam o helicóptero que era o passaporte de saída dali, onde também estava a maior parte do armamento e das munições. Eles também não podiam se comunicar com ninguém e estavam praticamente perdidos no meio de uma floresta, além dos limites da cidade que agora estava em ruínas.

"O que vamos fazer?" Ada ouvindo a voz frustrada de Leon, decidiu tomar as rédeas da situação, descobrindo uma possível rota de fuga.

"Eu me lembro desse lugar." Dizia a espiã ao se lembrar do dia em que fugiu da Organização, usando uma trilha no meio da floresta que a levou direto até uma estrada ferroviária. "Eu posso ouvir um trem vindo. Isso quer dizer que estamos perto da ferrovia. Pegamos o trem e saltamos na cidade mais próxima." Daryl lembrou que o resto de seus equipamentos estavam na cidade vizinha a alguns quilômetros dali. Era o melhor plano que eles tinham no momento. "Me sigam e corram o mais rápido que puderem. E não parem por nada!" Ada deu a ordem tentando mascarar qualquer preocupação com os dois homens que, infelizmente, seriam mais lentos do que ela.

Assim como a espiã havia dito, eles correram freneticamente pelo meio da floresta até avistarem o trem que passava imparável. Não havia tempo para descanso. Eles correram além dos seus próprios limites, apenas sendo movidos pela total adrenalina do momento.

Ada habilmente foi a primeira a embarcar num dos vagões do trem, seguido por um Leon quase a ponto de enfartar. Agora só faltava Daryl que estava sentindo suas pernas prestes a perderem a força e uma dificuldade em respirar, seu peito doía devido ao esforço excessivo.

Por um instante, Daryl pensou que seria deixado pra trás pra morrer sozinho sem conseguir terminar a sua missão. O pensamento era muito deprimente, então, ele pensou em Mei e no desejo tão intenso que ele possuía dentro de si. O desejo de poder reencontra-la e salva-la. Talvez, foi esse pensamento que o impulsionou a continuar sem desistir até que suas mãos conseguissem tocar as de Ada que com a ajuda de Leon, juntos conseguiram puxa-lo para dentro do vagão do trem.

Agora eles teriam algum tempo para retomar o fôlego, antes de planejar o próximo passo...

 

*****

 

Quando chegaram na próxima cidade, eles precisaram arrumar uma identidade falsa enquanto se instalavam em um hotel simples, no mesmo lugar onde Daryl já tinha um quarto alugado e onde ele havia guardado o resto de seus equipamentos de combate, antes de ter partido para Tall Oaks. Daryl seguiu para o seu quarto decidido a tomar um banho, comer alguma coisa rápida e tentar entrar em contato com Trent na China, em busca de qualquer informação importante. Já Ada e Leon tiveram que seguir com o plano de usar novas identidades, fingindo ser um casal de estrangeiros que foram assaltados e resgatados graças a Daryl. E pra manter as aparências, agora teriam que compartilhar o mesmo quarto de hotel.

O plano era clichê, mas muito eficaz.

Ao chegar ao respectivo quarto, Ada vestiu novamente uma máscara de indiferença, tentando fingir que tudo estava sob controle e trocou um rápido olhar com Leon, antes de decidir se trancar no banheiro.

Deixado sozinho, Leon aproveitou pra arrumar uma nova muda de roupa, enquanto esperava a espiã tomar o seu banho. Ele também estava tão exausto, com dores por todo o corpo. Por sorte o dono do lugar, além de trazer roupas secas e limpas para o "suposto casal" também deixou uma cartela de analgésicos (que veio junto com um kit de primeiro socorros), também foi deixado ali pra eles uma bandeja de comida e água fresca. O agente norte-americano engoliu um dos comprimidos, depois se livrou das suas botas, do colete, da camisa molhada e do coldre. Por um instante, ele se distraiu ao ver que o quarto tinha um telefone e decidiu se arriscar ligando para Hunnigan e saber o que estava acontecendo agora. A ligação tinha que ser o mais breve possível.

Logo, as informações que recebeu, obviamente, não eram nada boas... Ele decidi, então, se arriscar um pouco mais para fazer outra ligação. Dessa vez, ele tenta ligar para a casa, onde estaria Angela provavelmente desesperada com as novas notícias absurdas.

"Olá... Quem está falando?" Leon escuta a voz dela trêmula do outro lado da linha. "Por favor, diz alguma coisa? Leon, é você?" Mas ao ouvi-la suplicar baixinho, de repente ele não tem coragem de responder. Isso só complicaria as coisas e, assim ele desiste interrompendo a ligação.

Enquanto isso no banheiro, a mulher chinesa se olha no espelho parecendo tão vulnerável. Ela começa a sentir o início de uma dor de cabeça que pode se tornar um grande problema e deixá-la ainda mais fraca. E ela não podia se tornar mais vulnerável. Não agora.

Suas mãos trêmulas começam a abrir os botões de sua blusa, mas pararam no último botão, quando a dor de cabeça se torna mais aguda e ela não consegue ter o controle do seu próprio corpo. A mulher sabia que se ela desmaiar agora, ela pode demorar pra acordar. Isso pode levar horas, dias, meses, ou na pior das hipóteses, ela pode nunca mais acordar.

"Agora, não! Por favor!" Ela começa a discutir com a sua própria mente nebulosa.

Ela se odeia nesse momento, porque Ada Wong antes de tudo, é uma espiã fria e calculista, que nunca deixou ser limitada a meras fraquezas humanas. As dores físicas nunca foram capazes de para-la, suas emoções, sempre ficaram enterrados e dificilmente a fariam derramar lágrimas ou serem capazes de influenciar as suas decisões. E o medo era um aliado que lhe fazia sempre mais forte, em alerta e nunca frágil.

Entretanto, agora tudo parece ter mudado. Ela já não tem mais o domínio sobre si. E agora com essas dores terríveis e, cada vez mais constantes em sua rotina, de repente ela descobriu que era tão mortal, tão humana como qualquer outro indivíduo. O mais estúpido de tudo, é que como espiã, ela sempre achou que morreria em alguma missão, mas nunca imaginou que uma doença maldita, poderia ser a causa futura da sua morte.

"Nãooooo... Ahhhhhhh!" Quando a dor se torna descontrolavelmente mais intensa, como se seu cérebro fosse estourar, ela grita e tenta se segurar na pia, já sentindo prestes a perder os sentidos.

"Ada!" Leon bate na porta desesperado ao ouvir os seus gritos agoniados. "Você está bem?! Abra a porta!" A única resposta que ele recebe é outro grito, que o faz decidir arrombar a porta e entrar.

Ele a encontra tremendo caída no chão do banheiro em frente a pia.

"Ada, o que tá acontecendo? Me diz o que eu tenho que fazer?" Então, ele percebe que ela está chorando, parecendo tão vulnerável. E aquela cena faz seu coração se partir.

Ele nunca a viu tão frágil.

Quando ele a tocou, sentiu-se como se o corpo dela estivesse em chamas. Ada tentava murmurar algo, mas tudo parecia inaudível. Ela parecia prestes a cair na inconsciência e isso não era nada bom. Ele pensou em chamar Daryl, mas achou que seria inútil. Então, ele lembrou dos analgésicos.

Leon rapidamente volta do quarto trazendo um comprimido com um pouco de água, esperando que o analgésico possa aliviar a sua dor. Ele a senta no chão e a ajuda a tomar o remédio e beber a água. Ela ainda parece apática, seus olhos parecem meio vazios. Ele não gosta daquela expressão. Ele também percebe que a mulher ainda estava vestida com as roupas sujas e molhadas, ainda não havia tomado banho. Sem hesitar ele liga o chuveiro e decide que a água fria seria a escolha melhor pra ela e seu corpo febril.

E pensar sobre o seu corpo e ter que despi-la, por um instante, o faz nervoso. Mas ele decide afastar o pensamento, porque existia coisas mais importantes acontecendo.

"Ada, por favor, fala comigo!" Leon toca o rosto dela, sacode os seus ombros e aperta as suas mãos na tentativa de provocar alguma reação, mas ela ainda demora a reagir. O homem decidi ergue-la do chão e colocá-la sentada ao lado da pia, enquanto termina de abrir o último botão de sua blusa revelando seu tope vermelho, depois retira sua bota e meias e com dificuldade a calça que ainda estava muito molhada e grudenta. Não passa despercebido que por baixo do uniforme da DSO que ela usou para seu disfarce, se escondia o conjunto de tope e calcinha vermelha. E Leon percebeu que sentiu falta da cor vermelha nela. A cor que combinava com a sua espiã sedutora e fatal. Novamente, ele empurra o pensamento pra longe da sua mente e se concentra em pegá-la em seus braços e leva-la cuidadosamente, para baixo da água fria do chuveiro.

Há shampoo e sabonete que ele tenta usar como pode pra ajuda-la. Não é uma tarefa fácil, mas o agente americano faz o que pode, agindo da forma mais gentil possível. A água fria a princípio é um incômodo pra ele que desejava um banho quente, mas com o corpo febril dela grudado ao seu, a frieza da água aos poucos se torna esquecida. Ele passa as mãos carinhosamente em seus cabelos negros, até que seus braços descem para serpentear a sua cintura. A ação é quase reconfortante e, ao mesmo tempo, é assustador, sobretudo, porque tê-la tão próximo dele estava começando a mexer com o seu coração e fazer ressurgir velhos sentimentos, que Leon achou que estavam enterrados pra sempre nas profundezas da sua alma.

No passado, quando Ada decidiu ir embora da sua vida, Leon também decidiu tira-la de vez do coração. E quando ele conheceu Angela, Leon acreditou que ele poderia até que enfim, ser curado do AMOR que um dia sentiu pela sedutora e perigosa dama de vermelho. Mas agora aqui, com ela tão perto de novo, sentindo seu corpo delgado e cheiroso tão colado ao dele, quase como se eles fossem um só. Com ela aqui em seus braços, parecendo tão frágil, de repente, ele sentiu que precisava protege-la e cuidar dela. E era um desejo tão avassalador que o deixava em pânico.

"Ada, fica comigo." Ele diz trêmulo. "Eu preciso que você, fique comigo!" Ele súplica desesperado e, dessa vez, ela reage afastando a sua cabeça do peito dele e piscando várias vezes, ainda parecendo um pouco aturdida.

Ele consegue perceber que os olhos dela estão lacrimejados e suas lágrimas se misturam a água fria do chuveiro. E eles se olham tão intensamente. Surpreendentemente, Leon se sente hipnotizado ao vislumbrar aqueles pequenos olhos vermelhos carmesins transformarem-se novamente em castanhos naturais. Nessa troca de olhares há tanta fragilidade, mágoa e muito medo, mas também há ainda muita paixão que ambos não podem negar.

Ada e Leon percebem que necessitam um do outro de uma forma muito mais íntima.

"Ada, fica comigo." As palavras se repetiram em sua mente a fazendo lembrar de outro momento, onde essas mesmas palavras foram ditas e ela o rejeitou. Só que dessa vez, Ada decidiu fazer diferente. Ela estava cansada de continuar rejeitando Leon e os seus próprios sentimentos. Ela estava cansada de rejeitar o próprio amor que sentia por aquele homem de lindos olhos azuis.

Sem hesitar a espiã decide ser ousada e dar o primeiro passo, fechando o espaço entre eles e chocando os seus lábios sobre os dele. Demora um segundo pra ele reagir, mas quando reage, seu beijo se torna mais desesperado e faminto. E, assim, as suas línguas se encontram saboreando o gosto um do outro, ao passo que seus corações começam a pulsar no mesmo ritmo acelerado.

Seus braços serpenteiam o corpo dele, sentindo a frieza, a rigidez e até o mesmo as cicatrizes que marcam injustamente o belo corpo masculino, em resposta as mãos dele deslizam sobre as coxas macias e quentes dela, apertando forte suas nádegas, enquanto seus lábios continuam a se roçar suavemente. Isso ainda não é suficiente pra aplacar a saudade que seus corpos sentiam um do outro.

Eles precisam de se sentir mais... muito mais ligados intimamente, então, com certa urgência ele a ajuda a se livrar do tope vermelho, da calcinha dela e por último das últimas roupas dele, não deixando mais nada como barreira entre eles.

Leon a puxa novamente de encontro a seu grande corpo nu que já ansiava por aplacar o desejo que lhe queimava por dentro. Ele a pega de volta em seus braços, fazendo-a entrelaçar suas pernas em torno de seu quadril e, instintivamente, ele tropeça para a frente até as costas de Ada estar contra a parede e depois volta a beija-la possessivamente. Logo, seus corpos se fundiram cheio de desejo e saudade.

Novamente,Leon se viu se perdendo nos braços dela, em cada pequeno detalhe daquele corpo delgado, que lhe correspondia com tanta paixão. Ele se deixou mais uma vez se levar por Ada e seus desejos.

De alguma forma, ele conseguiu beijar, acariciar e fazer amor com ela ao mesmo tempo, se esquecendo de todo o caos que estava acontecendo lá fora.

O mundo podia acabar amanhã, eles poderiam morrer amanhã. Mas no fim, o que importava é que dessa vez, eles poderiam se despedir de verdade e poder guardar esse momento, como um dos momentos mais bonitos e perfeitos de suas vidas.

Eles se beijam mais uma vez, cheio de paixão e fúria, com a mesma exuberância que seus corpos nus emaranhados se movem numa mesma intensidade e volúpia até chegarem ao ápice do prazer...

Ambos, ainda permaneceram abraçados e trêmulos, sentindo aquela sensação de libertação tão incrível e arrebatadora.

Há quanto tempo Ada não se sentia assim, tão feliz? Uma felicidade que ela só conseguia encontrar nos braços dele...

Todavia, após aquele tórrido momento compartilhado entre eles, houve um breve silêncio, onde só se podia ouvir o barulho da água do chuveiro e das suas respirações ofegantes e, talvez, até do pulsar dos seus corações. Leon levantou a cabeça para olhar para ela, enquanto suas mãos frias seguravam delicadamente suas costas. E olhando para os olhos azuis tão gentis de Leon, Ada nunca poderia se sentir assim tão segura e amada. Mas apesar daqueles azuis demonstrarem tanto carinho, também havia algo diferente. Tudo entre eles era diferente agora, porque a realidade era um tanto cruel. Afinal, o agente norte-americano e a espiã chinesa já não eram mais os jovens amantes apaixonados que podiam manter uma relação secreta e perigosa como no passado. O tempo passou e seus caminhos os levaram para lados ainda mais opostos, os levando cada vez mais pra longe um do outro.

"Obrigado!" É tudo o que ela conseguiu dizer, mesmo que a sua mente gritasse: "Eu te amo!" Em resposta, ele apenas lhe sorri docemente, fazendo o coração dela doer ainda ansiando por ele.

Naquele momento, Ada queria pedir pra Leon ficar pra sempre com ela. Dessa vez, era ela quem desejava desperadamente que ele ficasse ao seu lado.

"Leon!" Ada o chamou quase numa súplica ao ver ele se afastar dela. "Vamos fugir! Vamos fugir pra longe desse caos!" Ela queria abandonar a missão, esquecer-se do C-vírus, de Derek e de Mei. Ela queria ser egoísta o suficiente para fugir com Leon o mais longe possível desse inferno. Ada não queria continuar sendo a espiã fatal e solitária. "Eu quero ficar com você e esquecer de tudo!" Ela disse corajosamente, dando um passo mais perto dele.

"Eu... Eu não posso." E ele deu um passo cada vez mais pra longe dela. "É tarde demais pra nós dois!" E a pior parte é que ele tinha razão. "Eu... Eu..." Leon mordeu o lábio nervoso, sabendo que tomar aquela decisão e dizer aquelas palavras, só iria tornar tudo ainda mais difícil entre eles. "Eu sinto muito!" Havia tristeza em suas palavras. "Eu nunca vou me arrepender do que eu sinto por você. Mas você demorou tanto pra voltar pra mim. Agora é tarde demais." E, então, ele se foi. Ele saiu do banheiro deixando-a sozinha, se sentindo completamente vazia.

Ela se perguntou se foi assim que ele se sentiu quando ela o rejeitou. E o gosto amargo da rejeição era terrível. Talvez, Ada Wong merecia isso. Merecia perder a sua única chance de felicidade.

A linda mulher terminou o seu banho, se enrolou numa tolha branca e saiu para encontrar seu antigo amante, terminando de se vestir e tratando de suas pequenas feridas.

Ah, como naquele momento ela desejou que aquele kit de primeiro socorros que ele usava, pudesse ter um remédio pra curar a pontada no seu coração.

Eles trocaram mais um olhar desconfortável e, silenciosamente, terminaram de se arrumar. E aquele silêncio só foi interrompido por Daryl, trazendo novas informações sobre a última missão que eles teriam que enfrentar.

Agora eles estavam prontos para embarcar numa última viagem até a China.

{Continua...}

 


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Notas finais do capítulo

Nossa queridos leitores, foi difícil fechar esse capítulo. Fiquei imaginando qual seria a atitude certa a tomar tanto com Leon quanto com Ada. Afinal nós autores temos sempre esse desafio de ser um pouco de cada personagem, tomando decisões por cada um e tentando não perder a coerência. O fato é q esse foi o ponto q achei q seria interessante deixar aeon ter sua "real despedida ou não..." Pq daqui pra frente a coisa ficará ainda mais complicada com eles indo pra China. Obviamente, esse momento no banheiro de hotel ainda vai render consequências entre aeon. Os próximos capítulos já estão em andamento. Bjus e até a próxima!



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