Dead Zone. escrita por Ny Bez


Capítulo 1
O início.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou super ansiosa, pois finalmente estou realizando um "sonho" de escrever uma fanfiction sobre Apocalipse Zumbi. Desde que me entendo por gente (graças ao Michael Jackson e o épico clipe Thiller) sou fã de zumbis, terror/Horror! Então é com uma enorme satisfação que posto esse primeiro capítulo. Quero muito saber o que acharam sobre a estória, quero muito que se envolvam e se gostarem divulguem, por favor, estarão me incentivando a escrever mais e mais. *-*Boa leitura, seus lindos!



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PLANTÃO -“Estranhos relatos sobre mortos voltando à vida já vem assombrando a população norte americana...”

PLANTÃO - “Vídeos amadores confirmam que os mortos estão caminhando no sul da Califórnia...”

PLANTÃO - “Na Europa e na Ásia já foi decretado a pandemia. Eles estão em alerta. O governo instruem para que não saiam de casa...”

PLANTÃO - “O presidente dos EUA está em reunião com outros líderes do mundo inteiro.”

PLANTÃO -“... A mordida! Ela mata! E logo vêm à febre... E essa febre faz você querer matar também.”

PLANTÃO - “O exercito americano está nas ruas para combater a contaminação...”

PLANTÃO - “Por enquanto, não há relatos de contaminação na America do sul...”

PLANTÃO - “Ao saberem que na America do Sul não tinha contaminação, muitos estrangeiros vieram para o Brasil...”

PLANTÃO - “Já começaram os relatos de mortos vivos a solta... A população brasileira está assombrada.”

– Isso é inacreditável... Como mortos voltam a vida? Será mesmo que chegou ao Brasil? – Uma aluna perguntou apavorada.

– Não sei... Mas já tem alguns dias, e a TV fica dando esses plantões toda hora. – Respondi o mais calma possível.

Me chamo Bianca Leão, sou capitã de uma tropa de Elite, e (atualmente) professora de tiro na escola de cadetes da Aeronáutica. E desde que esses plantões começaram, meus alunos estão frenéticos. E confesso que também temo pelos meus. Não paro de pensar na minha família, que não vejo a mais de seis meses.

– Capitã Leão? – Um cadete me chama, e me trás de volta de meus devaneios.

– Sim?

– Não podemos continuar aqui presos no quartel, e se acontece algo com a nossa família? – Ele estava aflito. E eu também. – Quem melhor do que nós para proteger nossos familiares? Afinal, somos militares, não é mesmo?

– Cadetes. – Corrigi sem apresentar muito sentimento. – Vocês entraram agora para o curso preparatório de cadetes do ar. Tudo o que sabem é apenas a teoria. Nenhum de vocês sabe atirar com precisão. Não creio que sejam os mais indicados para proteger suas famílias, seja lá de qual perigo for. – Tentei manter a calma, mas no fundo pensava como eles. Que me olharam reprovando o que eu havia acabado de falar.

– Sabemos a teoria, e já temos uma semana de prática em tiro ao alvo. A senhora é do esquadrão de Elite das forças aéreas, deveria estar em campo, e não dando aula para cadetes. – Aquele aluno foi insolente, e em circunstancias normais eu teria o repreendido e castigado, mas ele tinha razão. Estava ali por sobrecarga. Meu ultimo combate havia deixando meu sistema nervoso debilitado. Essa mania do governo brasileiro de “emprestar” seus soldados para os EUA era ridícula, e a guerra deles nunca foi e nem será nossa. Perdemos muitos homens por uma causa que não nos pertencia. – Como pode permanecer tão calma diante a uma situação dessas?

– Por muito menos eu poderia te mandar pra corregedoria. Mas, você tem razão cadete. Sei que estão aflitos, essa situação é realmente inusitada. Não sabemos como nos portar diante a isso. Até agora está sendo difícil de acreditar que zumbis realmente existem, e que eles estão fazendo toda essa merda com o mundo inteiro. – Falei sincera. – Mas o que vocês acham que podem fazer? Você por exemplo, seus tiros não são precisos. Você até agora não acertou um alvo se quer. Creio que combate “corpo-a-corpo” não vai funcionar. Pois, pelo que me foi passado, eles são como tudo o que a gente já viu nos filmes, quadrinhos e séries. Não se abatem com muita facilidade.

– É só atirar na cabeça deles, então. – Ele era mesmo muito insolente.

– Como você vai acertar a cabeça dele, se que não consegue acertar esse alvo que está diante a você? – Todos os tiros que ele deu estavam fora do alvo.

– Sei que não sei atirar, mas pelo menos eu quero fazer alguma coisa. E não fingir que não tem nada acontecendo. – Ele me desafiava com o olhar.

Sempre sofri muito preconceito por ser mulher, e capitã de um esquadrão de Elite das forças aéreas. Não era comum uma mulher entrar para a artilharia da aeronáutica, na verdade eu entrei com a intenção de ser engenheira, mas viram que eu tinha potencial. Eu era a melhor do curso de tiro, peguei rápido todos os macetes. Em menos de uma semana, eu já acertava o meio do alvo. Logo, eu e mais outros cinco cadetes fomos separados da turma, e recebemos um treinamento especial. Estavam nos treinando para sermos os melhores. Nos ensinaram a pilotar caças, e aviões normais, nos ensinaram tudo sobre armas, alvos, mísseis, bombas... Nos ensinaram também sobre a anatomia humana, e seus pontos vitais. Criaram “maquinas de matar”. Entrei para a aeronáutica muito cedo, hoje tenho 25 anos, e já tenho mais horas de voo do que alguém de 30 e poucos anos. Desde os 18, mal vejo minha família, fico de seis meses no quartel, ou em missão, e fico 15 dias em casa, e depois mais seis meses, longe. Eu realmente sinto falta deles.

Estive em missão há alguns meses, e pedi afastamento depois que voltei. Fiquei 15 dias em casa, e quando seria para voltar, pedi a psicóloga para que me deixasse treinar os cadetes, pois eu ainda não havia me recuperado emocionalmente da ultima missão.

– E o que você sugere Cadete Gomes? – Disse pela primeira vez seu nome, melhor, sobrenome.

– Que a gente saia daqui, e bolemos um plano de sobrevivência. – Ele me impressionou pelas palavras usadas. E então a ficha finalmente havia caído. Como não caiu antes? Afinal, eu sempre fui viciada em zumbis, sabia tudo sobre eles, em ficção, é claro. Desde jogos, filmes, quadrinhos, livros... Tudo! Estávamos no, então, maldito apocalipse zumbi.

PLANTÃO - “Um avião cai, invadindo o Aeroporto Pinto Martins...”

A Tv tinha voltado a noticiar mais uma desgraça, e agora perto de nós. – Ta vendo? Esses malditos já chegaram aqui! – Ele gritava histérico. E logo começou a euforia entre meus alunos.

– Calma pesso... CALMA CADETES! ORDEM! – Eles me olhavam com aquele brilho apavorado. – Precisamos manter a calma. Vamos esperar por mais noticias. Dou permissão a vocês que liguem para seus familiares. E os acalmem. Vou ver o que posso fazer por vocês.

Cada um corre para seus dormitórios, onde guardam seus aparelhos eletrônicos. E eu para meu escritório, atrás de falar com algum superior. Para ver o quão ruim estava a situação.

Estava sem sorte, ninguém atendia. E a TV não parava de jorrar noticias ruins.

PLANTÃO - “Acredita-se que o Brasil também entrou para a lista de países infectados.”

Agora era oficial, estávamos sobre ataque de... Zumbis? Ninguém sabia ao certo como começou. Dentro da cadeia militar, a rumores que foi devido a uma vacina, que acreditavam combater o câncer. Essa vacina revivia as células mortas, em teoria. Mas não há confirmação que foi testada em humanos. Outros acreditam que é algum ataque terrorista. Que de algum modo eles conseguiram criar uma espécie de arma biológica. Entre outros rumores, uns até cristãos, envolvendo Deus e mais algumas teorias, de acordo com a bíblia. Bom, de qualquer forma, isso não é relevante, pelo menos não agora. O que importa é a segurança das pessoas que amo.

– Capitã? – Uma aluna me tira de meus pensamentos.

– Sim?

– Não estou conseguindo entrar em contato com a minha família...

– Linhas congestionadas? – Chutei. Ela confirma com a cabeça. – Que ótimo. Reúna os outros cadetes no pátio principal.

– Sim senhora, capitã! – Ela bate continência e sai.

Tentei entrar em contato com a minha família, mas não consegui. O celular só repetia um tipo de tom de ocupado, indicando que a linha estava congestionada, e cada tom acelerava as batidas do meu coração. Comecei a suar frio, e de repente sinto meu corpo esfriar, o sangue descer para os pé, e um zumbido terrível havia se apossado de minha audição. Sentei por alguns minutos, encostei a cabeça em minhas mãos. Respirei fundo umas 20 vezes, eu estava tendo um ataque de pânico?

Desde que voltei do Irã, estou com os nervos aflorados, tenho insônia, e quando consigo dormir, pesadelos me acordam. Meu corpo treme involuntariamente, tenho tomado remédio para ansiedade, por isso, pedi para dar aulas na escola de cadetes.

– Como tranquilizá-los diante dessa situação, se nem eu consigo ficar tranquila? – Penso alto.

Me levanto e vou até o banheiro, molho o rosto, me apoio na pia e fico alguns segundos de cabeça baixa, como se isso fosse me ajudar a colocar as ideias no lugar. O espelho estava embaçado, passo a mão para ver meu reflexo. Vejo uma pessoa assustada, abatida, definitivamente cansada. Olhos cor de mel bem claro, quase puxando para o verde, cabelo preto, preso em um rabo de cavalo, já bagunçado, tom de pele clara, mas um pouco queimado do sol cearense. E todo o peso das lembranças que trouxe do Irã.

Respiro fundo mais algumas vezes, e saio do banheiro, ainda com o rosto molhado, mas quem liga? Minha aparência naquele momento era o que menos importava.

Fui caminhando, e corrigindo a minha postura, já que toda aquela situação me deixou de ombros caídos. E lá estava cerca de 30 cadetes esperando algum posicionamento meu. O que me faz tremer um pouco, meus batimentos ficavam cada vez mais acelerados, às vezes chegava até a doer um pouco. Minha garganta travava na tentativa de engolir a pouca saliva que ainda restava. Eu não conseguia parar de pensar na minha família. E se algum infectado havia chegado até o bairro onde eu morava? E se estivesse alguém ferido? E se não tivesse mais ninguém vivo, já que os noticiários afirmam que se espalha muito rápido. Tantas perguntas sem respostas, tenho certeza que a mesma confusão que me toma, está dentro daquelas caras assustadas diante de mim.

Posiciono-me na frente deles, assumindo a postura da capitã que sou. Eles batem continência, e ficam na espera de alguma palavra minha. Mas o que eu posso falar? Já que nem eu consegui algum contato com o mundo fora do quartel?

– Bom cadetes, assim como vocês, eu não consegui me comunicar com ninguém lá de fora. Entendo a preocupação de todos aqui presente, e me encontro na mesma posição de vocês. – Disse sincera. – Seria irresponsabilidade minha deixar vocês saírem do quartel achando que por serem militares podem dar um jeito nisso. Sei que temos tropas do exercito nas ruas, e com certeza as forças aéreas também estão lutando contra essas... Coisas. Aqui não tem nenhuma criança, cada um é responsável por seus atos. Não posso decidir por vocês se devem ou não ficar, e nem posso garantir, caso fiquem, que seus familiares ficarão bem... – Não sei nem se os meus ficarão bem. – Se caso quiserem ficar, continuarei a ensiná-los a atirar. A lutar, a se prepararem para uma batalha. Caso quiserem apenas seguir o coração de vocês, vão para onde acreditem que deveriam estar. A decisão e de vocês.

Não sei se tomei a mais sábia decisão, os deixando escolherem, mas fui coerente, e me baseei no que eu gostaria de ouvir se ainda fosse uma cadete. Se eles tivessem me dado essa escolha no meu tempo, com certeza eu não teria aceitado esse maldito treinamento, e nem teria ido ao Irã lutar naquela guerra que não era minha. Não teria matado pessoas inocentes, e nem ajudado na captura, e tortura dos prisioneiros de guerra. Provavelmente, eu estaria projetando aviões, caças, acessórios, entre muitas coisas, as quais me levaram escolher esse ramo.

– Eu escolho ir para casa. – Disse Victor Gomes. E os outros o seguiram como um lobo segue a sua alcateia. Eu não os culpo, afinal, eu tomaria a mesma decisão.

– Capitã? – Marina era uma aluna dedicada, sabia exatamente o que queria, e queria servir a nação.

– Sim Marina? – Pela primeira vez disse seu nome, o que causou uma certa expressão de surpresa por parte dela.

– Eu decidi ficar... –Era como se ela estivesse me dando um “premio de consolação”, para compensar o fato todos os cadetes terem escolhido ir embora.

– Tudo bem Marina, aprecio a sua intenção, mas não há necessidade de ficar. Afinal seria só nós duas aqui. Vá para a sua casa, e cuide dos seus. Ao contrário do Cadete Gomes, você é a melhor atiradora do curso. – Seus olhos brilham.

– Você acha mesmo que eu sou a melhor atiradora?

– Não só acho, como tenho certeza. De todos, você é a única com a maior pontuação de acertos ao alvo. Se o mundo não tivesse dado essa volta tão grande, você teria um grande futuro aqui, quem sabe até poderia entrar para um esquadrão especial, como eu entrei. Quantos anos mesmo você tem?

– 20 senhora. – Ela sorri sem graça.

– Mas veja pelo lado bom, você agora vai poder voltar para a sua família, até que as coisas possam voltar ao normal.

– E se não voltar? Nos filmes nunca acaba bem.

Ela tinha razão. Nem eu acreditava que algum dia voltaria ao normal. – Se não voltarem... Bom, espero que ponha em prática tudo o que aprendeu aqui.

– E você? – Pela primeira vez ela me trata como igual.

– Eu vou ver se minha família está bem, assim como vocês, também estou preocupada.

– Posso ir com você? – Fiquei sem entender.

– Porque iria comigo? E a sua família?

– Sou órfã. Meus pais adotivos nunca gostaram de mim. Só me adotaram em um momento de confusão. Acharam que queriam ser pais, mas estavam enganados. Desde pequena eles me colocaram em colégio interno. Nunca tiveram nenhum pouco de afeição por mim. Cresci indiferente a eles. E agora, nada me comove a ver ou saber se estão bem, ou mesmo vivos. – Eu realmente não esperava ouvir esse relato.

– Tudo bem. De qualquer modo, passamos onde eles moram, só pra saber se estão vivos.

– Não precisa. Eles estavam de férias nos Estados Unidos. Onde tudo começou... Acho difícil eu conseguir alguma informação. – Mais uma vez fiquei surpresa.

– Tudo bem, você vem comigo então. – Disse vencida. – Mas antes, vou levar algumas coisas daqui.

– Tipo o que?

– Armas. Nunca se sabe se vai precisar. E pelo que diz nos noticiários, vamos precisar de muita munição também.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, espero mesmo que tenham gostado do que leram... E comentem, pois estou ansiosa pra saber o que acharam. Se quiserem ver algo na fic, deixem no comentários. Divulguem!! ;*



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