A Italiana escrita por VickBaroli


Capítulo 7
Capítulo sete - Volterra


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora ;) Não se esqueçam de comentar.



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Antes de tudo esqueçam o Aro e o Marcus dos filmes, lhes apresento

Marcus e Aro ;)

Eu já conseguia avistar o castelo, acabamos de chegar a Volterra, mesmo ao longe o castelo já exalava seu charme, passamos pela cidade, as pessoas ali tinha um ar alegre e descontraído. Pude ver um grupo de garotas adolescentes entrando em uma sorveteria, elas fofocavam e riam, era uma rua completamente normal, com lojas, lanchonetes e livrarias, eu não sei exatamente o que eu esperava da cidade em que os reis dos vampiros moram, mas certamente não esperava que fosse tudo tão normal.

Hoje estava um dia nublado, então os vampiros que moravam por ali podiam ser vistos andando por aí. Eu estava olhando para uma livraria quando o vi, era um vampiro, absurdamente lindo, devia ter sido transformado com uns 28 anos, ele era jovem, mas tinha um ar antigo, era musculoso, mas não muito, estava de terno, sua pele era mais pálida e seus olhos vermelhos eram quase vinho, seus cabelos eram pretos e longos, na altura da nuca, ele tinha um rosto bem escultural. Que isso gente? De onde surgiu aquele pedaço de mau caminho? Então ele saiu da minha vista e entrou na livraria. Mais que droga, volta...

– Bella, você esta bem?

– Hãn?! - O que foi que aconteceu? Agora eu vi mesmo, o pedaço de mau caminho me tirou até da realidade, não, não, não, Isabella Marie Swan, , não se atreva, não se atreva, é apenas um cara bonito, só isso, um cara realmente muito bonito! Mas não tem como negar que eu senti alguma coisa, bem no fundo do meu estômago, como um bater de asas, NÃO E NÃO, eu não vou deixar isso acontecer novamente e muito menos por um cara que eu vi uma vez, e de longe ainda por cima. Não quero sofrer, não quero sentir aquela dor novamente. Quer saber isso não foi nada, eu devo estar com fome, é isso. Só isso.

–Eu perguntei se estava tudo bem, estávamos conversando com você e de repente tu parou e ficou com cara de abestada, não que você seja muito normal, mas... Bebeu de alguém bêbado foi?

– Não seja idiota Helena. Só me distrai um pouco. –Disse dando de ombros. – Então o que me perguntaram?- Perguntei antes que Helena e Serena me indagassem o motivo da minha distração

– O que está achando da cidade?

– Ah! Aqui é muito lindo e muito normal também.

– Querida não sei que historias você andou escutando, mas já deveria saber que vampiros não vivem em masmorras e dormem em caixões. - Minha mãe disse sorrindo de orelha a orelha.

Eu apenas ri, estávamos em frente ao castelo agora, chegamos ao portão e eu pude ver melhor, era enorme e tinha três grandes torres, ele tinha uma harmonia perfeita entre o clássico e o moderno, era todo feito de pedra e tinha algumas vigas de madeira, tinha muitas janelas, sinceramente é um lugar indescritível, qualquer ser em sã consciência acharia que aquele lugar era a moradia de algum deus. Até o portão era cheio de detalhes e tinha certo charme.

Depois de nos identificamos na entrada o guarda disse que podíamos seguir para a garagem. Demos a volta pelo castelo e eu pude vê-lo de outro ângulo, simplesmente indescritível, maravilhoso. Quando entramos na garagem o choque me atingiu em cheio e minha boca abriu em um perfeito “o”. Aquilo não era uma garagem, era um estacionamento, um estacionamento enorme só para carros de luxo, eu não conheço muito de carros, mas até uma leiga como eu saberia que ali deveria ter somente as melhores marcas e os melhores modelos. Além de iates, lanchas e 3 aviões, um de pequeno porte, um médio e um grande.

– Para de babar Bella. – Helena disse rindo da minha cara.

– Gente, pra que isso tudo? Não é muito exagero não?!

– Bella vampiros são seres ambiciosos por natureza, gostamos de correr, gostamos de aventura. Além do mais devem morar mais de 100 vampiros aqui. Cada um com no mínimo um carro, então é de se imaginar que isso não pertence a apenas uma única pessoa. – Serena me disse com um sorriso sarcástico, como se estivesse explicando uma coisa muito óbvia. Pensando bem era mesmo. Eu suspirei.

– Devo admitir que são muito bonitos, apesar de ainda achar que é um pouco exagerado.

Estacionamos e saímos do carro. Uma mulher muito bonita veio em nossa direção, ela era ruiva, seus cabelos eram cacheados, olhos vermelhos, com uns 30 anos,mediana, vestia um vestido preto, justo até os joelhos e um sapato de salto. Chegou e abraçou minha mãe dizendo:

– Elle! Finalmente veio nos visitar, minha rainha Dydime já estava enlouquecendo a todos, sentimos tantas saudades.

– Anastácia! Eu também senti muitas saudades de todos vocês.

Elas se abraçaram por mais um minuto, então Anastácia foi cumprimentar meu pai e minhas irmãs e minha mãe se postou ao meu lado.

– Santiago quanto tempo, Serena e Helena, como é bom vê-las novamente conosco, fiquei sabendo que querem entrar para a guarda. Tenho certeza que irão conseguir.

As garotas a abraçaram ao mesmo tempo e sorriram amarelo para a moça em nossa frente. Sabia que elas estavam bastante nervosas.

– Ana querida, essa aqui é minha linda filha Isabella. Bella esta é Anastácia, uma grande amiga minha e um membro muito importante para a guarda real.

Estirei minha mão e apertei a mão da vampira ruiva.

–Muito prazer Anastácia.

– Muito prazer Isabella.

– Só Bella, pode me chamar de Bella.

– Como quiser querida. Elle, sua filha é muito bonita e extremamente talentosa pelo que vejo.

– Vê?!- perguntei confusa.

– Oh sim, Anastácia tem o dom de reconhecer dons. – Minha mãe me disse.

– Que legal, deve ter visto muitos dons interessantes na sua vida.

– Realmente eu vi alguns, mas o seu é realmente muito interessante Bella.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Helena com seus olhinhos brilhantes veio para meu lado e disse para a ruiva:

– Eu não sabia que esse era o seu dom Ana, será que você poderia me fazer um grande favor?

– Se estiver ao meu alcance, claro querida.

– Você poderia, por favor, dizer para Serena qual é o dom dela?

– E vocês não sabem? – Anastácia nos perguntou confusa.

– Bom, EU SEI, mas Serena é muito teimosa e não admite que eu estou certa.

– Argh! Eu já disse que sou apenas muito observadora, não vamos começar com isso de novo Helena.

Serena já estava começando a ficar irritada, eu, meu pai e minha mãe apenas reviramos os olhos, Helena bufou. E Anastácia disse:

– Serena, Helena está certa, você tem a capacidade de detectar fraquezas.

– Rá! Eu disse, eu disse, eu disse! Eu estou certa e sempre estive certa, engole essa. – Helena começou a gritar e dar língua para Serena, que estava prestes a voar em cima dela, então fiz uma listra de fogo aparecer no meio das duas separando-as, pois meu escudo sempre ficava 24 horas ao redor da minha família.

– Agora chega! Cansei dessa discussão entre vocês duas, pronto, Serena tem um dom, Helena para da fazer birra. Por favor. – Eu disse e todos me olharam com espanto, aquela discussão de sempre tava me cansando, melhor por um fim logo nisso, apaguei o fogo, olhei pras duas e perguntei. – Terminaram?

Então Helena começou a gargalhar: - S, devemos ter irritado muito a Bellinha por que eu nunca vi ela nesse estado. Mas não se preocupe agora que todos sabem que eu estou certa eu paro.

– Muito bem, Serena?

Ela apenas balançou afirmativamente a cabeça, ainda estava em choque, mas um leve sorriso começou a aparecer em seus lábios. Eu sorri abertamente e puxei as duas para os meus braços.

– Bom, agora é melhor irmos antes que minha rainha ponha este castelo abaixo, ela aguarda a presença de vocês no Salão dos Tronos, vamos.

Então seguimos para dentro do castelo e por incrível que pareça aquele lugar era mais impressionante por dentro do que por fora. Em todos os lugares tinham pinturas impressionantes, muitas de artistas mundialmente famosos, até o teto em algumas salas era pintado. As paredes eram brancas e tinha ouro em todos os lugares, em todos os detalhes, desde o canto da parede até a maçaneta das portas.

Chegamos a um corredor que tinha apenas duas portas grandes, vermelhas, quando Anastácia abriu, pede ver que era um lugar bem amplo, tinha pilares nos cantos com listras douradas e no centro tinha três belos tronos, o mais a frente, o do centro estava vazio e o do canto esquerdo um pouco mais atrás, também estava vazio, mas o terceiro estava ocupado, o vampiro aparentava ter uns 38 anos, seus cabelos eram castanhos na altura da nuca, sua pele era mais pálida e tinha os olhos num tom de vinho. Eu estanquei e arfei, aquele vampiro era muito parecido com o pedaço de mau caminho que eu vi hoje na livraria.

– Querida você está bem?- Minha mãe me perguntou.

Olhei para ela e respondi um sim sorrindo e nós continuamos o caminho. O que estava acontecendo comigo? Vão começar a achar que estou louca, aquele cara deve ter me enfeitiçado isso sim, pra não ter saído da minha cabeça. Respira, respira. Eu suspirei e pude ver que Serena me olhava interrogativamente, apenas ignorei e olhei para frente. Ao lado do homem sentado no trono, que tinha uma expressão de puro tédio e nem deve ter percebido a nossa presença, em pé estava uma mulher toda sorridente, seu cabelo castanho estava preso em um coque e tinha na cabeça uma delicada coroa, seu vestido era verde e longo, marcava bem a cintura e ia se abrindo, ela deveria ter sido transformada com uns 29 ou 30 anos, o grande salão tinha uns dois guardas na porta e no canto uns três vampiros vestindo capas pretas.

Quando chegamos perto dos tronos, Anastácia fez uma reverência e deu dois passos para longe de nós e disse:

– Meu mestre, minha rainha. – Fez outra reverência e saiu pelo mesmo lugar que entrou. O vampirou sentado no trono ergueu a cabeça apenas um pouco e olhou para a mulher em seu lado. Ela o olhou de volta e quando levantou a cabeça ela apenas disse séria.

– Félix, Alec e Heidi, saiam, vocês também podem sair. – Disse olhando diretamente para os guardas.

Então os vampiros saíram rapidamente. Um grandão de cabelos cor de mel, um baixo de cabelos castanho e com feições muito bonitas, que eu percebi que olhava com grande interesse para Helena que retribuía o olhar com a mesma intensidade, e por ultimo uma mulher linda e estatuesca, com longos cabelos cor de mogno brilhantes e pernas incrivelmente longas.

Assim que eles saíram as expressões dos vampiros mudaram rapidamente, o rosto que antes aparentava tédio estava extremamente sorridente igual ao da vampira, quando eu menos esperava, em um piscar de olhos os dois estavam a nossa frente.

– Elle filha, que saudade, você não pode ficar tanto tempo sem nos ver, é uma crueldade com essa sua velha mãe aqui.

– Que exagero dona Didyme. - Minha mãe puxou os dois para um abraço só.

– Não é exagero filha, sua mãe estava quase nos enlouquecendo. – Disse o vampiro, sua voz era grave e tinha uma musicalidade incrível.

– Tudo bem, me desculpe, isso não irá se repetir novamente. Eu apenas precisava cuidar de Bella.

– Oh sim, e onde está essa pequena?

–Bella. – Minha mãe me chamou e eu fui para o seu lado.- Querida, estes são Marcus e Didyme, meus pais. Pais, esta é minha filha Isabella.

Então o que eu menos esperava aconteceu novamente, eles me puxaram para um abraço. Eu não sabia nem o que fazer, ainda bem que eu não coro. Sorri timidamente e murmurei um muito prazer. Minhas irmãs se aproximaram e abraçaram cada um.

– Meu mestre, minha Rainha.

– Serena, Helena, estávamos com saudades.

– Nós também estávamos.

– Então mãe onde estão Aro, Caius, Sulpicia e Athenodora?

– Caius e Athenodora estão nos jardins, Aro saiu e Sulpicia não vive mais conosco.

– Como assim?- Minha mãe perguntou com espanto.

– Ah filha todos sabíamos que a relação de Aro e Sulpicia era mais amizade do que amor. Então eles se separaram, ela esta morando em algum lugar da América do Sul com seu novo companheiro.

– Nossa, pelo visto aconteceram muitas coisas, quero saber de tudo. - então virou para nós – Meninas procurem Anastácia, ela mostrará o quarto de vocês, nos falamos mais tarde.

Assentimos com a cabeça enquanto meu pai e minha mãe conversavam animadamente com Marcus e Didyme. E saímos pela porta.


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Notas finais do capítulo

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