A Italiana escrita por VickBaroli


Capítulo 10
Capítulo dez - A Pedra


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *----* Mais um capitulo para vocês, espero que gostem ;)



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Eu acordei e pelo menos uma dúzia de vampiros estavam a minha volta. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido, tipo eu estava vendo o sorriso mais lindo do mundo e desmaiei? Por favor né Isabella, isso é ridículo. Não se desmaia por causa disso. E desde quando vampiros desmaiam?

– O que foi que aconteceu? – resolvi perguntar. Eu estava em um lugar desconhecido, deitada em um sofá, aqui tinha o mesmo ar clássico renascentista que o resto do castelo, com pinturas na parede e no teto e detalhes de ouro por todos os lados, mas eu estava deitada em um sofá de couro branco enorme, em forma de “U”, tinha uma mesinha no centro e uma televisão tipo tela de cinema de tão grande. E a sala tinha cheiro de chocolate, não era nada enjoativo nem doce, era uma leve fragrância, um cheiro maravilhoso. – E onde eu estou? Porque tenho certeza que esse lugar não pertence ao castelo. Pertence?

– Filha! Filha! Ah! Estou tão aliviada, nunca mais faça isso comigo novamente, está com alguma dor? Está se sentindo bem?

– Sim, estou um pouco confusa só isso, o que foi que aconteceu?

– Você foi atingida por uma pedra.

Como é que é?! Tipo, o que? Eu disse que desmaiar por causa de um sorriso era ridículo. Apesar que um VAMPIRO desmaiar por causa de uma pedra não fica tão atrás, quão forte poderia ser uma pedra, por favor, cadê sua resistência Bella?

– Uma pedra?

Minha mãe assentiu com a cabeça e apontou para o canto. Então eu vi, aquilo não era uma pedra, era uma rocha enorme, tinha um metro de altura e um de largura, era redonda, um circulo estranhamente perfeito para uma rocha. Eu levantei e cheguei mais perto e notei que estava escrito algo:

“Os ditadores vão cair.

Aro, Marcus e Caius vão morrer.

Guardem essas palavras.

Pois quando menos esperarem tudo pode acontecer.”

Parecia que garras tinham arranhado aquilo na pedra, várias e várias vezes. Quem será que tinha feito aquilo? E quem seria trouxa o suficiente para vir a Volterra e tacar uma pedra na casa do reis? Ameaçá-los ainda por cima, apesar de ser uma ameaça ridícula, quem ameaça com um poeminha que rima? Eu até teria rido se não estivesse com raiva, não gostei da palavra morrer e Aro na mesma frase. Isso não iria acontecer enquanto eu estivesse viva. Agora eu vi mesmo, é cada tipo de pensamento você tem dona Isabella, aquela pedra deve ter te acertado com mais força do que eu pensava.

Eu virei e vi quem estava na sala, minha mãe, Athenodora e Didyme estavam sentadas no sofá com um olhar de preocupação no rosto, Serena e Helena estavam lá também, as duas assustadas, mas S também tinha o mesmo olhar de interrogação que o meu rosto devia aparentar. No canto Caius estava gritando com Aro e Marcus, enquanto meu pai, Jane e Félix, pareciam estar planejando alguma coisa.

– ELES PASSARAM DOS LIMITES, AQUELE BANDO DE VAGABUNDOS SEM TER O QUE FAZER PASSARAM DOS LIMITES. COMO ELES OUSAM NOS ATORMENTAR EM NOSSA PRÓPRIA CASA? QUANDO EU COLOCAR MINHAS MÃOS NELES ELES VÃO PAGAR MUITO CARO. JANE, VOCÊ JÁ ACHOU QUEM JOGOU AQUELA PEDRA? E QUERO QUE DESCUBRA COMO QUE CONSEGUIRAM FURAR A SEGURANÇA DO CASTELO,

Caius gritava, ele estava realmente furioso e parecia bastante irritado, Marcus tinha sua expressão de tédio habitual e Aro não demonstrava nada enquanto olhava para o irmão, então ele virou para mim e sorriu, o sorriso mais lindo do mundo, mas tinha preocupação em seu olhar agora, será que ele estava preocupado comigo? Não, acho que não.

– Você está bem? – eu vi seus lábios formarem as palavras sem emitir som algum. Como se ele lesse meus pensamentos, Aro estava perguntando se eu estava bem, ele estava preocupado comigo, ainda bem que eu não coro mais, se não estaria da cor dos meus olhos no momento.

Eu sorri para ele e assenti positivamente com a cabeça. Ele se virou agora para Jane que falava com os três.

– Mestres, os guardas ainda estão procurando, não acharam ninguém até o momento, estamos discutindo uma melhor estratégia, não se preocupem, vamos descobrir tudo.

– ACHO BOM VOCÊS ACHAREM LOGO QUEM VEZ ISSO, EU NÃO QUERO QUE ELE ESCAPE, SE OUTROS VAMPIROS FICAREM SABENDO VÃO ACHAR QUE TEM LIBERDADE DE FAZER O QUE QUISEREM. INCLUSIVE VIR A NOSSA CASA E PENSAR QUE PODEM NOS AMEAÇAR. JÁ NÃO BASTA TUDO O QUE TEMOS QUE FAZER PARA MANTER O MUNDO EM HARMONIA. AINDA TER QUE FICAR COM MAIS ESSA PREOCUPAÇÃO NA MINHA CABEÇA,DE QUE PODEMOS SER ATACADOS NA NOSSA PRÓPRIA CASA HÁ QUALQUER MOMENTO.

– Acalme-se Caius, aquilo ali não é nada mais do que uma poesia ridícula, deve ter sido um vampiro com forte tendência suicida para ter pensado em tal ato. Ninguém em sã consciência ousaria ameaçar vocês, fique tranquilo que os meninos vão achá-lo. – Eu disse e todas as cabeças viraram rapidamente para mim e os olhares carregavam surpresa e choque. Que estranho por que todo mundo parece tão chocado? O que foi que eu disse para todo mundo me olhar assim? Ah não, não, não, eu chamei o rei de Caius na maior intimidade e eu nem o conheço, nunca nem fomos apresentados, o que está passando pela minha cabeça hoje? Referi-me aos três como vocês e a guarda real como meninos. Vamos Isabella pense em uma saída antes que você seja repreendida, escorraçada ou sei lá o que, Caius não parece ser muito tolerante e ele definitivamente está de péssimo humor.

Olhei para o teto, para o chão e para os lados pensando em uma saída, então tive uma ideia:

– Por que está tudo azul? Onde estou mesmo? Em um cinema é?

Parece que funcionou, em parte, já que os olhares chocados foram substituídos por preocupação. E minha mãe, meu pai e minhas irmãs estavam na minha frente completamente assustados. Simplesmente ótimo, eu tenho cada ideia viu?! Porque agora eles vão ficar preocupados pelo resto da eternidade, sempre se perguntando se eu estou consciente ou delirando. Mais que droga.

­– Filha, vem sente-se aqui. Está sentindo alguma coisa? Dor de cabeça ou algo parecido?

– Não. Onde é que eu estou?

– Na sala particular dos três mestres, atrás dos tronos. Tem certeza que não está sentindo dor?

– Não, foi só uma pedrinha que me acertou e eu...

– UMA PEDRINHA ISABELLA? AQUELA ROCHA TEM 1 METRO OU MAIS, ACERTOU SUA CABEÇA EM UMA VELOCIDADE TÃO ALTA QUE ATÉ AGORA ESTOU ME PERGUNTANDO COMO SUA CABEÇA AINDA ESTÁ GRUDADA NO RESTO DO CORPO. EU ESTOU MORTA DE PREOCUPAÇÃO E VOCÊ AINDA COMEÇA A FALAR COISAS DESCONEXAS, ACHO MELHOR IRMOS PARA UM HOSPITAL E CHECAR SE ESTÁ TUDO BEM DE VERDADE COM VOCÊ.

Aaah que ótimo, agora ela está mais nervosa e completamente irritada. Não, não, não eu odeio hospitais, não se desespere, pense, pense.

– Não, não, está tudo bem mãe. Relaxa, vamos fazer assim, eu vou descasar um pouco e caçar, se eu não melhorar você pode me levar no hospital. – Disse cheia de esperança que ela aceitasse, como eu sei que eu estou ótima, não vou precisar ir para hospital nenhum.

– Você não vai sair lá fora Isabella, com a sua sorte quem vai dar de cara com o vampiro que fez isso será você.

– Isso não é verdade, minha sorte é ótima. Vocês que falam demais. Mas isso não é problema eu tenho certeza que deve ter bolsas de sangue por aqui em algum lugar.

– Tudo bem então, vá para o seu quarto, amanhã de manhã eu vou passar lá e ver como você está.

– Tudo bem mãe.- Levantei, fui para a porta e pude ouvir uma voz grossa e rouca, melodiosa e na minha percepção incrivelmente sexy, um arrepio passou por todo meu corpo quando ele disse:

– Félix, acompanhe-a e lhe mostre onde temos as bolsas de sangue já que ela não conhece o castelo, depois a deixe na porta do quarto e retorne para cá.

– Sim mestre Aro.

Então Félix estava ao meu lado e minhas irmãs também apareceram, saímos da sala e eu pude perceber que ela ficava localizada exatamente atrás nos três tronos, eu nunca tinha reparado essas postas aqui antes, mas elas são tão altas que podem ser confundidas facilmente com a parede. Passamos entre os tronos e o do meio tinha um cheiro de chocolate, o mesmo que eu senti antes dentro da sala, mais que droga, o homem já era irresistível antes, agora eu to lascada. Qual a necessidade de cheirar maravilhosamente bem desse jeito? Eu suspirei e descemos os degraus que eleva os tronos. Seguindo por um caminho que eu nunca tinha visto antes. Depois chegamos a uma cozinha. Isso mesmo uma cozinha, enorme por sinal, com fogões e geladeiras, tinha uma adega que ocupava uma parede inteira.

Félix foi até a geladeira e voltou com sete bolsas de sangue, deu três para mim, duas para Serena e duas para Helena. Nós pegamos e bebemos indo em direção ao meu quarto, agradeci o Félix e ele saiu. Quando a porta se fechou elas me atacaram e me deram um grande e apertado abraço.

– Olha aqui Bella não nos mate de susto desse jeito novamente.

– Me desculpem, mas eu sinceramente nem sei o que aconteceu direito.

– Bom, - começou Helena -Estávamos todas conversando no canto, perto da janela, quando escutamos um barulho estrondoso, só deu tempo de ver uma pedra enorme batendo direto na sua cabeça, minha mãe tem razão, você tem uma sorte viu, entre seis vampiras naquele canto a pedra acertou bem na sua cara, Bella sério eu não sei como sua cabeça ainda continuou no seu pescoço, você deve ter uma resistência melhor que dos vampiros normais sei lá.

– Sabe eu sempre achei que Santiago tinha uma resistência maior do que vampiros normais, talvez essa é a prova do que eu disse, como vocês sempre ficam debaixo do meu escudo mesmo, o dom dele pode ter me salvado.

– Pode ser. Enfim, a pedra bateu na sua cabeça e você caiu no chão, então tudo aconteceu muito rápido, o mestre Aro estava parado perto de você e te levantou do chão, todo mundo estava furioso e mestre Caius gritava com Jane para ela resolver a situação e descobrir quem foi que jogou a pedra. Jane gritava com uns guardas e eles saíram pela janela correndo a toda velocidade. Santiago pegou a pedra e todos nós fomos praquela sala. Você foi colocada no sofá e ficou sem se mexer, sem falar e nem respirava Bella, eu já estava começando a achar que estava morta. Ficamos umas duas horas em silêncio só esperando para ver se você dava algum sinal de vida. Foi então que meu pai levantou e foi analisar aquela rocha e percebeu o que estava escrito, então começou a gritaria toda de novo. Mestre Caius começou a berrar e falar daqueles vagabundos e não sei o que, Jane, Félix e papai começavam a discutir sobre o que poderia ser aquilo e traçar planos de defesa mais intensificados no castelo.

Aí você acordou e depois tentou acalmar o mestre Caius e ainda agiu como se vocês se conhecessem há anos, o que foi muito estranho devo ressaltar e que história foi aquela de tudo azul?

– Ah! Eu só estava tentando desviar do assunto de ter chamado o rei apenas pelo nome, ele parece ser bem irritável e eu não queria ser expulsa do castelo ou algo assim, então pensei que seria melhor acharem que eu estava variando por causa da pedra, o que não foi uma ideia tão boa já que eu assustei ainda mais vocês sem querer.

–Que bom que você está bem, fico mais aliviada assim.

– Pois é, mas quem seria doido de tacar uma pedra no castelo? – perguntei.

– Não sei, também estava me perguntando, mas tenho certeza que eles vão pegar quem fez isso e teremos nossa resposta. Enfim vamos Helena, é melhor deixar a Bella descansar antes que Eleonor aparece por aqui e ranque a nossa cabeça. – Disse Serena.

Elas me abraçaram e deram boa noite saindo e me deixando sozinha no quarto, resolvi tomar outro banho, só para relaxar. Terminei o banho e fui ao closet, peguei um baby doll e fui deitar. Vampiros não precisam dormir e nem conseguem, mas conseguimos ficar em um estado de semiconsciência, acho que poucos sabem disso e menos ainda tentaram, não é um estado de inconsciência igual aos humanos quando dormem, mas se você ficar bem relaxado e não pensar em absolutamente nada (o que é quase impossível para um vampiro) você irá conseguir atingir esse estado. E eu chamo isso de dormir.

Eu estava revirando na cama há horas, já eram 3 horas da madrugada e nada de conseguir dormi. Desisti e fui para a varanda, encostei-me à mureta e observei a lua. A madrugada estava com um ar mais frio e tenebroso, mas a lua continuava linda e brilhante, uma brisa passou por mim e meu corpo enrijeceu, tinha alguém ali, eu me virei pronta para atacar se fosse necessário, mas quando eu vi quem ara logo relaxei e sorri por impulso dizendo:

– Aro.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?? Acho que ainda essa noite eu posto um novo capitulo, não se esqueçam de comentar, beijos *-*