Born to Die: Um conto Dramione escrita por Andréia Santos


Capítulo 6
Parte 6


Notas iniciais do capítulo

Está é a penúltima parte, finalmente postada (DESCULPEM O ATRASO!)

Espero que tenham gostado da fic até aqui e que o final agrade. Beijos e vamos ao que interessa, né?



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– Tudo bem, Hermione? – perguntou George, aproximando-se dela.

– Ele fez coisas horríveis mesmo, George. – Hermione disse, preocupada – Espero conseguir cumprir minha promessa.

– Eu sei que vai. Teimosa como você é?

– Muito obrigada por me ajudar a obter essas informações. Agora eu posso preparar a defesa dele.

**

Enquanto para os que lutaram contra Voldemort o dia dos julgamentos pareciam se arrastar, para Hermione que estudava com afinco para encarar a comunidade bruxa e defender um comensal pareciam não ser o suficiente. Nesse meio tempo, Harry e Ron afastaram-se da amiga por não entender o que ela pretendia com aquilo e, na verdade, nem ela mesma se entendia.

Quando o tão esperado dia chegou, uma multidão caminhou rumo aos portões do Ministério da Magia. As entradas de visitantes foram completamente bloqueadas, pois muitos curiosos tentavam entrar a todo custo no salão onde os julgamentos aconteceriam. A segurança foi quadruplicada e até membros da Ordem da Fênix estavam de guarda nos pontos estratégicos do recinto.

Na sala dos julgamentos encontravam-se as autoridades, o chefe dos aurores que guiava os criminosos considerados “mais perigosos”, os advogados de defesa que mais estavam preocupados em que horas aquilo acabaria para eles irem embora, as testemunhas de acusação e de defesa e alguns familiares que, com muita negociação, conseguiram se fazer presente.

Era praticamente um massacre aquilo que estava acontecendo ali. Os que tinham advogados eram os mais ridicularizados pelos agentes do ministério e, como estava assistindo aflita a tudo aquilo, Hermione ficava cada vez mais nervosa:

– Mais um condenado ao beijo do dementador. – comentou uma pessoa avulsa.

– Também, os crimes são gravíssimos! – comentou um outro.

– Que entre o próximo acusado. Draco Lucius Malfoy! – chamou o Ministro e as portas se abriram para que um homem cadavérico entrasse por ela.


Mas quando você saiu por aquela porta
Um pedaço de mim morreu


– Então, senhor Malfoy, tem advogado? – perguntou o Ministro, sério.

– Não sei, senhor. – respondeu Draco, de cabeça baixa.

– Como não pode saber? – ele perguntou indignado.

– Ele tem sim, senhor. – disse uma voz na plateia.

Todos os olhos voltaram-se para a castanha que se levantou em meio aos outros ouvintes. Narcissa Malfoy, que estava “camuflada” olhou de canto de olho para Hermione com interesse, acompanhando com o olhar seus passos até a bancada que ficava ao lado da “jaula” onde Malfoy estava preso:

– Oi. – ele cumprimentou com a voz fraca.

– Oi. – ela esboçou um sorriso e tentou se manter firme.

– A senhorita, senhorita Granger, não pode ser advogada. – comentou Kingsley, tentando ser cortês.

– Mas serei a testemunha-chave de defesa. – rebateu Hermione.

– Pois bem. – disse o Ministro, pigarreando – As acusações são: Aliança com Você-Sabe-Quem; uso da maldição da morte e da tortura; e assassinato de trouxas. Como se declara?

– Parcialmente culpado. – respondeu Draco, encarando Hermione.

– Senhor ministro. – disse Hermione, adiantando-se – As acusações sobre Draco Malfoy não são todas verídicas. Existem memórias, testemunhas e evidências que apontam que o uso de tais magias proibidas foram para defender pessoas de comensais.

– Apresente suas provas, Granger. – autorizou o Ministro, interessado.

Uma a uma as memórias eram exibidas e recebidas com espanto pelas pessoas. Aquela pose de preconceituoso e vilão simplesmente não tinha nada a ver com o rapaz que aparecia ali naquelas imagens, defendendo pessoas, lutando contra os seus antigos aliados... era quase irreal.

Mais do que simplesmente mostrar as provas e sair pela porta da frente como um homem livre, Hermione precisava convencer o ministro que aquilo era uma boa ideia. De todos os membros da Ordem da Fênix, George foi o único que testemunhou a favor de Draco e contou como ele se portava quando estava na sede da Ordem. Houve um instante para os membros responsáveis pelo veredicto final se reunirem e decidirem o que aconteceria com o jovem Malfoy:

– Tudo vai dar certo. – comentou Hermione, incerta de suas palavras, sem poder encostar nas barras da jaula de Draco.

– Mesmo se não der... obrigado. – respondeu Draco, quase chorando.

– Todos de pé para a reentrada do Ministro. – disse Kingsley, em alto e bom som.

– Considerando os fatos, provas e acusações; chegamos ao veredicto que o senhor Draco Lucius Malfoy... – disse o ministro, se detendo por um breve e torturante instante – foi sentenciado a prestar serviços a comunidade para pagar pelos crimes cujo réu foi declarado culpado e este estará livre para ir agora.

A jaula onde Draco estava sumia gradualmente e da mesma forma suas roupas de prisioneiro eram substituídas magicamente pelas roupas que ele usava antes de ser capturado. Sua aparência ainda era péssima, porém sua nobreza de Malfoy ainda podia ser vista pelo seu olhar agora firme. Quando ele foi levado para a sala de espera de visitantes para se preparar para sair no meio do tumulto que estava do lado de fora, Narcissa e Hermione entraram lá para enfim poder toca-lo:

– Filho! – disse Narcissa, emocionada, abraçando forte Draco.

– Vamos embora, mãe. – disse Draco, sério.

– Draco... para onde...? – disse Hermione, timidamente.

– Obrigada, Granger, por me ajudar. Agora eu preciso ir. – interrompeu ele, pegando a mãe pelo braço e saindo do prédio ministerial.

Os passos dos Malfoys eram tão rápidos que Hermione custou a alcança-los. Quando ela finalmente o fez, uma multidão de repórteres os assediavam e impediam a passagem deles:

Draco! Eu fiz isso por você! – gritou Hermione, agoniada.

Vá para casa, Granger! – gritou ele de volta, parecendo irritado.

Eu disse que queria mais
Mas não era isso que eu tinha em mente

As manchetes foram inevitáveis no dia seguinte. Depois de um breve relato sobre os 38 comensais condenados ao beijo do dementador e os 25 a prisão perpétua, textos extensos e tendenciosos povoaram as páginas das revistas e jornais bruxos. A foto de capa trazia uma Hermione com um rosto aflito e um Malfoy acabado com expressão de raiva. Com aquilo, Harry finalmente deixou as velhas inimizades de lado e tentou ajudar sua amiga a se sentir melhor:

– Hermione, seja sincera. – ele disse, enquanto a confortava – O que você sente pelo Malfoy?

– Ah Harry... – ela tentou responder – ele me ajudou e eu o ajudei. Ele me protegeu e gosta de mim...

– Você está sendo evasiva.

– Ele gosta de mim. – ela insistiu naquele argumento, encarando o amigo.

– Sim, Hermione. Ele gosta... e você corresponde, não é mesmo?

– Não Harry! – ela defendeu-se, recuando.

– Tudo bem, tudo bem. – ele disse, dando de ombros – Eu não concordo, mas o que eu posso fazer? Nós sempre dissemos “se afaste”, “esqueça isso”... mas você insistiu o tempo todo em defendê-lo e até arrastou o George com você. Acontece que ele até se permite sorrir de novo e, se seus sentimentos e determinação fizeram isso de bom, então talvez não seja uma ideia tão ruim você continuar nisso.

– Ah Harry! – Hermione disse, sorrindo emocionada – Sei que é difícil para você dizer essas coisas...

– Então você admite? – ele insistiu, esboçando um sorrisinho sapeca.

– Está bem, Potter! – ela disse, envergonhada – Eu... gosto... de Draco.

– Mas, segundo isso... – Harry pegou o jornal que trazia a foto polêmica da saída do julgamento – ele foi bem frio com você.

– Ele está me escondendo alguma coisa. Harry, conto mesmo com seu apoio?

– Claro, Mione! O que foi?

– Vou te mostrar o que me faz cofiar de verdade nele.

Hermione pegou sua varinha e puxou um filamento de memória da mente dela. Harry habilmente guardou numa ampola e dirigiu-se a penseira do sótão da Toca, assistindo aquela lembrança que sua melhor amiga te entregava com esperança de ser melhor compreendida. Ali havia exatamente as mesmas coisas que ela mostrara a George, inclusive como conseguiu obter a verdade de Draco.

Eu só quero que seja como antes
Nós dançando a noite toda

– Então você usou a poção da verdade... – ele comentou, pensativo, voltando-se para Hermione.

– Se Draco ficar comigo, Harry, isso vai ser a salvação da família dele! – ela disse, meio agoniada.

– Talvez seja exatamente isso. – Harry disse, sério – Ele não quer que você se sinta usada. Já basta todo seu envolvimento público com um ex-comensal.

– Será mesmo? Será que eu devo insistir em procura-lo.

– Sinceramente... se você não o fizer não é a Hermione que eu conheço. – comentou Harry, sorrindo – Faça o que achar melhor, Mione. Eu estou com você. – E ouvindo aquelas palavras, Hermione saiu imediatamente correndo porta a fora e desaparatando assim quando foi possível.

A imagem que apareceu em sua frente logo em seguida foi uma floresta densa com uma trilha quase coberta pelas ervas daninhas. Ela caminhou com cuidado, ainda assim se machucando, e após alguns minutos conseguiu ver os portões de uma imponente e antiga mansão. Com todo seu fôlego e ajuda do feitiço sonorus ela gritou por Draco, mas aquilo tudo parecia vão:

– O que faz aqui? – perguntou Draco quando a castanha já estava dando meia volta para uma área onde pudesse novamente desaparatar.

– Quero saber por que me ignorou daquela maneira no Ministério. – disse Hermione, séria.

– Você se cortou na floresta. – ele desconversou, apontando a varinha para os machucados dela e lançando um feitiço de cura.

– Não fuja do assunto, Draco! – ela pediu, aproximando-se dele através das barras do portão – Eu não vim aqui para ser ignorada novamente!

– Eu já agradeci pelo que fez, Granger. Agora preciso me reerguer e recuperar o tempo perdido.

EU TE AMO! – gritou Hermione, num impulso.

– Mas... – ele espantou-se, encarando-a com curiosidade – Você não... eu te disse que estava apaixonado por alguém...

– Eu sei que sou eu, Draco! – Hermione insistiu com lágrimas embargando suas palavras – Você chamava meu nome nas suas memórias!

– Você está confundindo seus sentimentos.

– Por que você não aceita que eu te amo?!

– Melhor você ir agora. – ele disse, dando as costas e caminhando para o interior de sua casa.

DRACOOOOOOO! VOLTA, DRACO! Por favor... – ela gritava ficando rouca gradualmente e caindo de joelhos enquanto chorava – Eu te amo...


[...]Você só precisa se lembrar


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Notas finais do capítulo

Deixem comentário, tá? O Último capítulo será postado até dia 10, PROMETO!