Born to Die: Um conto Dramione escrita por Andréia Santos


Capítulo 4
Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos os comentários. Espero não ter esquecido de responder ninguem. A fic está na reta final... contagem regressiva



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– Precisamos salvar o Draco. – ela comentou, tentando esconder suas lágrimas.

– “Salvar o Draco”? – repetiu Harry, mais desconfiado do que nunca – O que você está escondendo de nós?

– Ele está se arriscando muito, Harry. – ela pediu num tom quase de súplica – Ele vai enfrentar Voldemort cara-a-cara.

– Talvez tenhamos sorte e os dois se matem. – comentou Ron, zombeteiro.

NÃO BRINQUE COM ISSO, RONALD! – gritou Hermione, rendendo-o com uma varinha.

Hermione! – chamou Harry, irritado – Abaixe já sua varinha! O que o Ron fez foi desnecessário, mas não deveria te irritar tanto!

– Vocês não conhecem o Draco! – ela afirmou, nervosíssima, com os olhos completamente vermelhos e molhados – Eu vou salva-lo!

Estuperfaça! – gritou Gina, acertando Hermione em cheio – Tranquem-na logo antes que ela recobre os sentidos.

Hermione acordou no dia seguinte, pois enquanto estava inconsciente ministraram nela uma poção de dormir sem sonhos. Seus olhos doíam bastante, mas ela conseguiu abri-los logo e reconhecer o local onde estava. Ela não era mais uma convidada na Toca, mas sim uma prisioneira e por lá ficou se comportando como tal ameaçando a todos durante todos os dias que tentavam convencê-la a ficar.

Logo a noticia de que Draco começara sua trilha de ataques contra os comensais se espalhou por todo mundo da magia. Os jornais noticiavam aquela atitude como “ousada e completamente sem noção”. Hermione se sentia impotente e agora com palavras gentis e um olhar praticamente suplicante passava grande parte do dia pedindo para sair dali, principalmente porque ela estava a par de toda situação pelas matérias contrabandeadas pelos gêmeos Weasley nos momentos das refeições. O que podia ser feito diante daquela situação era convencê-los que ela não iria sair correndo diretamente para a toca da serpente.

E assim se passaram mais três semanas...

Precisamos ir para Hogwarts! – gritou Harry, urgente, reunindo quem podia.

– O que houve, Harry? – perguntou Gina, assustada.

– Você-Sabe-Quem está no castelo fazendo todos de refém!

– Isso é uma armadilha para atrair você, Harry! – disse Molly, preocupada.

– Não. É uma armadilha para me atrair. – comentou Hermione, séria – Você-Sabe-Quem quer me usar para pegar o Draco.

– Sabia que tinha algo que você não tinha nos contado, Mione. – comentou Harry, meio preocupado, meio decepcionado.

– Não, Harry. Não aconteceu nada entre a gente mesmo, mas Draco está apaixonado por mim e Você-Sabe-Quem sabe disso. Por isso ele quis me proteger... ele não sabe que eu sei, mas sabia que eu não ia abandoná-lo.

– O que faremos? – perguntou Arthur.

– Existem muitas vidas em risco lá, não podemos arriscar por causa de Draco Malfoy. – respondeu Harry, sério.

– Não se preocupem, eu ficarei aqui. – respondeu Hermione, dando de ombros.


[...]Fiquei à espera, antecipando e caminhando

Houve uma intensa batalha nos terrenos de Hogwarts, embora ninguém soubesse ao certo porque Voldemort atacara daquela maneira o castelo sendo que o mesmo fora tão cuidadoso todo o tempo e nunca fizera algo tão impensado quanto o que acontecia. Harry liderava a Ordem da Fênix com uma ferocidade que espantava e inspirava a todos e a vantagem do grupo estava começando a se destacar. Não havia sinal ainda de Draco Malfoy e Hermione parecia ter mantido sua palavra.

Foi aí que finalmente Voldemort e Harry Potter ficaram cara-a-cara. Os dois se olhavam com um ódio profundo e começaram a duelar como se só houvessem os dois ali. Em meio a feitiços ofensivos conjurados, os gritos de dor dos demais eram cada vez menos ouvidos e Harry se sentia estranhamente esperançoso e capaz de derrotar Voldemort.

Do lado de dentro do castelo as prisões começavam a ser efetuadas. Finalmente os comensais que sobreviveram foram encaminhados para Azkaban e os combatentes formavam uma barricada para derrotar Voldemort caso acontecesse o pior com o garoto-que-sobreviveu. Aqueles que não tinham condições de lutar cuidavam dos feridos, outros lamentavam a perda de entes queridos como a morte de Lupin e Tonks e de Fred Weasley:

– Mamãe está em pedaços! – disse Gina, com os olhos marejados, porem mantendo sua varinha firmemente empunhada.

– Eu vou cuidar dela, não se preocupe. – disse Ron, igualmente triste – Precisamos de você aqui, pronta para tudo.

– Harry precisa sobreviver, Ron!

– Ele vai! – Ron afirmou, abraçando a irmã com força.

– Eu não podia ficar em casa enquanto todos se sacrificavam. – disse Hermione, séria, aparecendo na frente dos irmãos.

Não apenas Ron e Gina, mas Voldemort que mesmo de longe conseguiu visualizar a castanha vacilaram naquele momento. Com uma fúria descomunal, o Lorde das Trevas avançou para atacar Hermione e, graças a isso, Harry pode enfim acabar com aquela batalha conjurando em alto e bom som:

– Avada Kedavra!

**

Londres aos poucos voltava a parecer o que sempre foi para aqueles que viveram a guerra de perto. O Beco Diagonal também estava sendo reformado e as lojas reabriam uma a uma, recebendo as crianças que entrariam em Hogwarts pela primeira vez. A loja de Geminialidades era a única que trazia uma placa de “fechado por tempo indeterminado” na fachada, mas era compreensível. O Profeta Diário noticiou os falecimentos na edição matinal com uma homenagem aos que lutaram ao lado da Ordem da fênix:

– Eu sei o que você está procurando nesse jornal. – comentou Gina observando Hermione passar os olhos rapidamente por todas as páginas.

– Estou sem noticias desde aquele bilhete. – respondeu Hermione, suspirando cansada – Como não me preocupar com ele?

– Sabe, pareceu um tanto fácil para mim Harry ter derrotado Você-Sabe-Quem. O modo como ele praticamente ignorou que estava lutando contra Harry quando te viu foi tão estranho.

– Tenho quase certeza que tem algo a ver com Draco. Ele fez alguma coisa a mais do que fugir que deixou Você-Sabe-Quem irritado.

– Acabei de descobrir com um dos aurores responsáveis pela vistoria da reforma do Beco Diagonal o que aconteceu com seu namorado. – comentou Harry, sério e com um certo tom de desprezo.

– O que houve com o Draco?! – perguntou Hermione, urgente, quase gritando.

– Vai ser julgado semana que vem sob acusação de aliança com Você-Sabe-Quem e uso de magia proibida.

[...]"Foi pego no jogo"

Foi a última coisa que eu ouvi


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