Born to Die: Um conto Dramione escrita por Andréia Santos


Capítulo 3
Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Escrevi enquanto morria de nervosismo esperando a prova prática do DETRAN de carro rsrsr no final, escrevi o capítulo e ainda passei na prova T-T

Desfrutem, as coisas estão caminhando para o fim



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Passaram-se algumas semanas desde que Draco e Hermione começaram a dividir o mesmo teto. O clima entre eles, embora Hermione soubesse da verdade, nunca ficou tenso. Pelo contrário! Os dois estavam cada vez mais próximos. Às vezes parecia que o loiro iria finalmente se declarar, mas ele hesitava e mudava o rumo da conversa. Com o passar do tempo a grifinória começara a ficar frustrada com isso.

Era surpreendente ver o lado “humano” de Draco Malfoy e aquilo foi decisivo para os sentimentos que começaram a crescer no coração da garota. Quando ela parava para pensar em si mesmo e no que planejava para o futuro depois que a guerra acabasse ela tentava se imaginar com Ron formando sua própria família, mas não conseguia. De alguma forma, os cabelos avermelhados e olhos verdes do garoto mudavam, respectivamente, para um loiro platinado e um azul-acinzentado estranhamente enigmáticos:

– Granger, algum problema? – chamou Draco, vendo que ela estava distraída.

– Só pensando na vida. – ela respondeu, tentando sorrir – Hoje completa três semanas que estamos aqui.

– Estou começando a me acostumar com esse lugar. Atrevo-me até a chamar de lar. – ele comentou, dando uma piscadela para ela.

– Só me lamento por não ter contato com meus amigos e minha família. Sabe quando você se sente incompleto?

– Sei. – respondeu Draco, sério.

– Ah, me desculpe! – Hermione disse, meio desconsertada – Eu falei besteira! Me desculpe, Draco!

– “Draco”? – ele sorriu, embora não soubesse se ria da agonia dela ou porque pela primeira vez ouviu a mulher que ele amava chamando-o pelo primeiro nome.

– Quando eu fico nervosa falo mais besteira ainda! – ela comentou, afundando-se na cadeira onde estava sentada e cobrindo o rosto sentindo muita vergonha.

– Tudo bem. Pode me chamar de Draco... Hermione. – ele disse com a voz diminuindo a cada palavra.

Um silêncio tenso pairou no ar pela primeira vez em dias:

– Espero não precisar ficar aqui muito tempo. – Hermione comentou tentando puxar outro assunto – Me sinto uma inútil aqui presa nesta casa!

– Eu não me importo. Só quero ver quando acabar o que vai acontecer comigo, embora não veja final feliz para mim. – Draco deu de ombros, levantando-se da cadeira e espreguiçando-se enquanto caminhava pelo corredor.

Hermione ficou um tempo no mesmo lugar refletindo sobre aquela triste frase. Não sabia se o que sentia era piedade ou o que quer que fosse, mas precisava agir:

– Eu não vou deixar nada de ruim te acontecer. – ela gritou para o corredor aparentemente vazio.

– E como você pode me garantir isso? – perguntou Draco, voltando.

– Quando essa guerra acabar vou depor em seu favor. Você vai ser inocentado com meu testemunho.

– Você acredita mesmo em Potter, não é? – comentou ele, com um tom zombeteiro em sua voz.

– Só Harry pode cumprir a Profecia. – ela enfatizou, olhando intrigada para ele – Há alguma forma de você-sabe-quem fazer com que isso não aconteça?

– Talvez... – Draco respondeu superficialmente, desviando o olhar que antes estava fixo nela.

– Para eu te ajudar você precisa me ajudar também, Malfoy. – ela disse firmemente, puxando o rosto do rapaz para olhá-lo nos olhos diretamente – O que você-sabe-quem tem de trunfo contra Harry?

Draco respirou fundo e hesitou por alguns instantes. Ele sabia que aquele olhar meio ameaçador, meio intrigado não cessaria enquanto ele não desse o que ela queria. Sua vida estava em risco há muito tempo e, graças à esse pensamento pessimista, ele finalmente respondeu:

– Voldemort capturou os tios de Potter e os está torturando faz quase um mês.

Como não ficamos sabendo disso ainda?! – ela gritou, segurando-o pela camisa de modo desesperado.

– O Lorde das Trevas gosta de se divertir com seus prisioneiros antes de fazer chantagem contra seus inimigos. – ele respondeu sério.

Naquele momento Hermione teve certeza de duas coisas. Ela entendeu que, já que não recebera nenhuma mensagem da Ordem até agora, Voldemort ainda não tinha revelado que estava de posse dos Dusley. Ao mesmo tempo, ela notou que aquela justificativa de Draco era um aviso de que ela estaria em grande perigo se se envolvesse mais com Draco do que já estava envolvida:

– Preciso encontrar a Ordem. – ela disse, séria, decidida a ir embora naquele exato momento.

– Tem certeza? – Draco perguntou, fazendo de tudo para não transparecer sua visível preocupação.

– Claro! Como posso deixar que os tios de Harry sofram nas mãos de você-sabe-quem?! – ela argumentou, indignada com a pergunta dele – Ninguém merece esse tipo de coisa, Malfoy!

– É perigoso demais. Você não sabe do que Voldemort é capaz, Hermione. – ele insistiu, visivelmente tenso.

– Já tomei minha decisão. Fique, se quiser. – ela respondeu, dando as costas para ele.


[...]Você disse que tinha que partir
[...]Eu estava tipo "não, por favor, fique aqui"

Naquele mesmo dia Hermione apareceu na estação King Cross apenas levando sua bolsinha enfeitiçada. Ela sentou-se por alguns minutos e logo Harry apareceu acompanhado de Ron para encontrá-la. Após um abraço longo e caloroso os três seguiram para a nova localização da Ordem da Fênix onde Hermione falou sobre o que Draco tinha lhe dito:

– Tem certeza desta informação? – perguntou Arthur, sério.

– Minha fonte está fugindo de você-sabe-quem, ele não tem para quê mentir sobre isso. – Hermione respondeu, convicta.

– Temos vigias na casa dos Dusley e eles afirmam veementemente que nada de anormal aconteceu por ali. – comentou Lupin – Se você disser a identidade deste informante talvez possamos ajuda-lo de outra forma que não envolva um ataque suicida ao esconderijo de você-sabe-quem.

– Não tem necessidade de lhes dar um nome. Vão mesmo arriscar a vida de pessoas inocentes só por que não lhes dei uma identidade? – ela perguntou, incrédula.

– Diga de uma vez quem é, Mione. É melhor. – comentou Harry.

Extremamente chateada, Hermione disse tudo que tinha acontecido durante os dias que passou na Mansão Black exceto, logicamente, a parte em que a pessoa que Draco gostava era ela. O relato foi breve, porém claro, mas nada daquilo convenceu os membros da Ordem:

– As pessoas que estão com os Dusley podem ter sido enfeitiçadas! – ela insistiu.

– Acabei de receber a confirmação com eles. Os Dusley que estão na casa são verdadeiros. – disse Arthur, que havia saído para checar a informação de Hermione mesmo com toda desconfiança.

– É impossível... – ela disse, com os olhos marejados – Ele não tem porquê mentir para mim.

– Pode ser sincera, Mione. – pediu Harry, sério – Houve mais alguma coisa entre Malfoy e você na Mansão Black?

Não! – ela respondeu, olhando rapidamente para Ron.

– Malfoy não está mais na Mansão. – disse Fred, entrando de uma vez na sala onde todos estavam reunidos.

– Havia apenas esta carta para Hermione. – disse George, entregando o envelope para a castanha.

Com urgência, Hermione abriu o envelope praticamente dilacerando-o. As lágrimas que ela vinha tentando conter finalmente começaram a rolar e ela quase não enxergava as palavras que ali estavam.

Muito obrigado por tudo o que você fez por mim esses dias. Eu realmente não teria chegado vivo sem você e, por isso, eu preciso enfrentar Voldemort de uma vez. Desculpe inventar aquilo sobre os tios do Potter, mas você nunca me deixaria sair daqui, não sabendo que eu sou foragido...

Fique viva, Hermione.

Com carinho, Draco Malfoy.

[..]Podemos fazer tudo isso funcionar


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