Born to Die: Um conto Dramione escrita por Andréia Santos


Capítulo 2
Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Obrigada aos comentários no capítulo anterior. Respondi todos que vi e, se alguem não recebeu resposta, me desculpe =X

Vamos à parte 2



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Algumas horas mais tarde, Draco desceu as escadas se sentido uma nova pessoa. Aquele quarto era realmente muito bom assim como muitas outras coisas na Mansão Black. A medida que ele ia passando pelos cômodos, ele via que estava tudo em ordem como se nada tivesse acontecido naquela casa. Finalmente, ao chegar ao saguão, encontrou Hermione dormindo desconfortavelmente numa poltrona de couro. Ao lado dela estava uma garrafa de fire whiskey vazia:

– Granger, acorda! – chamou ele, sacudindo-a.

– Não... me deixa... – ela resmungou, ainda dormindo.

– Você está toda torta aí. Arrume pelo menos uma cama. – ele insistiu, tentando puxa-la.

– Só se você for comigo. – ela respondeu, sorrindo maliciosamente.

– Bêbada demais para estar falando sério.

Dizendo isso, o loiro a colocou nos braços e subiu novamente as escadas para colocá-la em baixo de um chuveiro. Hermione não lutava, porém não conseguia ficar com os olhos abertos. Quando ela sentiu a água gelada cair no seu corpo, ela abriu os olhos de uma vez como se acabasse de tomar uma injeção de adrenalina:

Gelada demais! – gritou Hermione, ainda com a voz atrapalhada por causa da embriagues.

– Se não fosse assim você não acordava. – rebateu Draco, agachado ao lado dela – Nunca bebeu fire whiskey antes, não foi?

– E daí? A sabe-tudo-certinha-de-Hogwarts não pode ser rebelde um pouco? – ela disse, com ironia na voz, tentando levantar-se, porém sem sucesso.

– Você precisa se ver, Granger. – ele disse, rindo a valer daquela situação.

Hermione parou de tentar manter-se de pé e ficou encarando Draco com uma expressão indefinida. O rapaz, ainda com um sorriso enorme no rosto, perguntou o que ela tanto olhava:

– Você é tão bonito. – Hermione respondeu, ainda encarando-o – Sorrindo assim é ainda mais bonito do que normalmente. O que alguém como você viu em alguém como eu?

– Do que você está falando? – ele perguntou, intrigado.

– Eu ouvi, Malfoy... ouvi quando você disse que eu era a pessoa que o fez se arriscar desafiando Voldemort.

Draco ficou sério e levantou-se. Hermione o acompanhou com o olhar ainda sentada embaixo do chuveiro. Os dois ficaram se encarando por um tempo antes que, mais uma vez, a castanha tentasse se levantar, desta vez com sucesso:

– Não precisa mais da minha ajuda. – Draco disse, fazendo menção de sair.

– Ainda não me respondeu. – Hermione insistiu, falando com uma voz embolada.

– Fique sóbria, me pergunte novamente e eu responderei. – ele disse com um sorriso cansado.

Aos poucos, Hermione foi se desfazendo da roupa pesada que vestia. Como suas habilidades motoras estavam comprometidas, ela jogou para fora do banheiro do jeito que pode, ouvindo, de repente, um sonoro palavrão:

Cuidado! – Draco gritou, enquanto tentava deixar as coisas o mais organizado possível naquele cômodo.

– Foi sem querer! – Hermione gritou de volta e, após alguns minutos, desligou o chuveiro e saiu enrolada numa toalha cambaleando pelo quarto.

– Vou sair para você se vestir. – Draco disse, saindo depressa para não dar margem aos atos imprudentes dela.

– Poderia ficar ao menos do outro lado da porta para podermos conversar? – ela pediu e ele assentiu.

– Estou ouvindo. – disse Draco do outro lado da porta.

– Quando eu soube que essa sua misteriosa amada era eu confesso que fiquei chocada, mas tenho curiosidade de saber no que isso pode dar.

– Está falando isso porque está bêbada. – ele insistiu na ideia, frisando bem cada palavra.

– Sabe que quando eu ficar sóbria não vou ter coragem de fazer isso de novo. – disse ela, abrindo a porta de uma vez e prendendo Draco entre seus braços.

Não era apenas por causa da roupa provocante que ela usava, tampouco pelo jeito como ela esfregava o corpo contra o dele. Era porque Hermione Granger sempre foi o seu desejo mais ardente. Ele a encarou por um tempo ainda em dúvida se deveria ou não faze-lo, mas lembrou-se de que mesmo ela não estando completamente ciente de seus atos, ela realmente queria que aquilo acontecesse.

A noite foi pequena para a quantidade de vezes que eles fizeram amor. Hermione era virgem, mas como estava completamente entregue e Draco foi bastante carinhoso ela quase não sentiu dor e aquilo foi tão incrível para ela que se repetiu até que ambos caíram no sono, ainda nus e abraçados:

Prometa que se lembrará de que você é minha
Querida, consegue ver através das lágrimas?

– Hermione? – chamou Draco ao acordar e notar que estava sozinho na cama.

– Eu me lembro de tudo. – ela respondeu com um tom de voz sério, apoiando as mãos na janela bloqueada do quarto.

– Está arrependida? – ele perguntou ainda sem se levantar.

Hermione virou-se para Draco, que estava com o olhar fixo nela e, com um sorriso lascivo, ela pulou de volta na cama, colocando-se sobre ele:

– Você é incrível, Malfoy... – ela disse, próximo ao ouvido dele.

– Bebeu de novo? – ele perguntou, confuso.

– Quais as chances, Malfoy? Nós dois na mesma casa, refugiados... íntimos...

– Granger! – ele levantou-se bruscamente, invertendo a posição em que eles estavam.

– Acho que está na hora de acordar de verdade. – ela sussurrou no ouvido dele.

Num salto, Draco levantou-se da cama coberto de suor. Ele olhou com os olhos arregalados ao redor e notou que estava no quarto escuro completamente sozinho. Tudo o que ele achou que tinha vivido não passara de um sonho e, ao se dar conta disso, ele praguejou praticamente esbravejando:

– Aconteceu alguma coisa, Malfoy? – perguntou Hermione, entrando de uma vez no quarto.

– Não, nada! – ele disse, irritado.

– Parece... decepcionado. – ela comentou, intrigada.

– Tive um pesadelo.

Ela se deteve por alguns instantes e ficou com um ar pensativo. Draco caminhou até ela, que nem sequer notou a aproximação do rapaz. Com carinho ele a abraçou com força e ela aceitou aquele gesto de bom grado, apertando-o como se procurasse conforto:

– Eu enviei uma mensagem para meus amigos dizendo que estava bem e eles me retornaram com uma péssima notícia. – ela disse, triste – A Toca foi mais uma vez mudada de lugar e eles não podem me dizer onde fica. Preciso ficar aqui por muito mais tempo.

– Você me ajudou. O mínimo que eu posso fazer por você é te oferecer minha companhia durante esse tempo. – Draco disse, ainda abraçado a ela.

– O amor que você sente realmente amoleceu seu coração. – ela comentou, séria, afastando-se um pouco para olha-lo nos olhos.

– Você não faz ideia, Granger.

– Quando vai dizer a ela que a ama? - Hermione perguntou, ansiosa pela resposta.

– Não sei se um dia eu vou fazer isso. São tempos difíceis, principalmente para mim. Eu estou sendo caçado! Não há um lugar sequer no mundo onde eu esteja seguro... não poderia simplesmente abrir meu coração para ela e coloca-la numa situação perigosa. Sem falar que, devido a meu histórico de maus tratos com os sangue-ruins, ela jamais vai me dar uma chance.

– Talvez você a surpreenda.

– Talvez não seja o bastante.

– Talvez você deva tentar! – ela insistiu, séria.

Draco sorriu cansado e soltou Hermione:

– Acho que precisamos voltar a dormir. – ele disse, sendo evasivo.

– Pense no que eu te disse. – Hermione disse, dando de ombros e saindo corredor a fora.

– Sempre penso nisso, Hermione... – ele respondeu algum tempo depois que ela já havia ido.

[...]Oh, querida, diga que você se lembrará, oh, querida
Eu amarei você até o fim dos tempos


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