Iron Girl escrita por gabriela stark


Capítulo 35
35 ▬ Notre Dame de Paris


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOI PEOPLE, nem demorei muito para postar agora. Eu tive que fazer uma puta pesquisa para escrever esse capítulo, então espero que gostem dele, beijos :*



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Foi com extrema alegria que eu voltei para NY, não que eu não amasse Malibu mas toda a minha vida estava em NY. Um mês depois do nosso retorno eu e James resolvemos contar para todos em um jantar que estávamos juntos, para a minha grande surpresa, meu pai não ficou bravo ou teve um mega surto, ele disse que já suspeitava que estava rolando algo entre nós, meu pai e o seu super sexto sentido.

Quando Allie tinha quatro meses eu voltei a frequentar a faculdade, por muito pouco eu não fui reprovada no segundo ano mas o meu pai conversou com o reitor e o mesmo permitiu que eu fizesse as provas finais, do modo que agora eu estava no terceiro ano. O meu retorno a NYU não foi triunfal, foi normal tirando o fato que algumas pessoas ficaram me encarando, certamente se perguntavam onde eu estive todo aquele tempo.

Me sentei ao lado da Melanie e assistimos a aula da professora Swanson em silêncio, aquela professora era a maior carrasca do campus. A aula dela terminou e veio a aula do professor Hale, ele tinha voltado com o seu disfarce de professor.

— Bom dia galera — Nos cumprimentou com o seu costumeiro bom humor. — Antes de iniciar a nossa aula eu tenho um comunicado a fazer. Como sabem, o fim de semana cultural é no mês que vem e esse ano nossa turma vai encenar um musical — Burburinhos animados, eu estava animada com a ideia. — O musical encenado vai ser O Corcunda de Notre Dame e o diferencial dele vai ser que cantaremos em francês, todas as músicas que vamos cantar estão disponíveis na internet. Então, alguém fala francês aqui ? — Perguntou e todos ergueram a mão. — Quero dizer, francês fluente que é capaz de cantar — Todos abaixaram as mãos menos eu, Melanie, Juliette, Tyson e uma garota chamada Ariel. — Ótimo, as audições vão ocorrer amanhã a tarde, vou passar os roteiros para vocês no final da aula e todos tem que participar, a peça vale metade da nota do semestre — Ele iniciou a sua aula e prestamos atenção, a matéria era nova e um tanto complicada. Quando terminou ele nos entregou os roteiros, a peça era fantástica e tinha tudo para ser um sucesso.

Passei a tarde e a noite toda ouvindo as músicas, não eram difíceis e depois de umas três horas eu já sabia cantar elas sem errar a letra. Eu iria tentar pegar o papel da Esmeralda mesmo não me encaixando na descrição física, eu sabia que praticamente todas as garotas iriam tentar esse papel então por isso eu tinha que me esforçar ao máximo.

No dia seguinte eu me encontrava no auditório enorme da universidade, ali ocorria as formaturas, palestras, apresentações e discursos do reitor. Toda a minha turma estava ali, muitos estavam com a cara enfiada no roteiro, tentando memorizar as falas, outros estavam ouvindo as músicas nos seus Ipods. Eu respirei fundo diante daquela cena, eu estava nervosa mas confiante, eu sabia todas as falas e músicas de cor. Eu fui a quarta a se apresentar, o professor Hale coordenava tudo e cantava junto caso a música escolhida pelo o aluno exigisse uma segunda voz. Ele cantou comigo porque a música pedia uma segunda voz masculina e sinceramente, eu acho que me saí muito bom. O resultado foi divulgado a noite no site da universidade e para a minha grande surpresa eu havia sido escolhida para o papel da Esmeralda, Tyson seria o Quasimodo pois tinha um vozeirão e o papel exigia isso, Melanie, Juliette e a tal Ariel seriam as amigas ciganas da Esmeralda.

Treinávamos todas as tardes com afinco, logo todos estávamos afiadíssimos e mais do que prontos para encarar uma plateia. Em uma das suas aulas, o professor Hale soltou uma bomba que esfriou o ânimo de todos.

— Não temos verba suficiente para bancar o musical, vamos ter que cancelar — Disse.

— De quanto estamos falando professor ? — Tyson perguntou tristonho.

— 5 mil dólares — Todos gemeram pois a quantia era altíssima, enquanto ele explicava a matéria o meu cérebro trabalhava furiosamente em uma solução. Quando cheguei na torre eu fui direto para o laboratório para falar com o meu pai.

— PAI ! — Gritei e ele pulou assustado da cadeira.

— O que foi Megan ?

— Preciso de 5 mil dólares.

— Para que precisa de tudo isso ? — Perguntou e eu lhe contei a história de que o musical seria cancelado pois não tínhamos verba suficiente. — Ah compreendo baby girl, não se preocupe, papai dá um jeito — Ele sorriu e eu dei um beijo estalado na sua bochecha. No dia seguinte eu entreguei um cheque de 10 mil dólares para o professor Hale que anunciou para a turma que o musical iria continuar graças ao meu pai.

oOo

O grande dia havia chegado, o dia em que eu iria me apresentar para uma grande plateia. O auditório estava lotado, flashes e mais flashes pipocavam por todos os lados, vários repórters e fotógrafos, eu podia imaginar que eles estavam ali seguindo o meu pai e querendo dar uma olhada na herdeira das indústrias Stark. Estávamos todos no backstage nos preparando, eu já estava vestindo o meu figurino inicial e ouvia pela a última vez as músicas no meu Ipod.

— Você tá bem Meg ? — Melanie perguntou fofa, ela já estava pronta também e estava lindíssima de cigana.

— Claro, eu só vou me apresentar para umas mil pessoas e tem vários fotógrafos aí fora, fora isso eu estou super de boa — Disse e ela riu.

— Mentirosa, você está uma pilha de nervos que eu sei — Disse e eu ri, é, eu estava uma pilha de nervos. A apresentação começou, Tyson começou a cantar, ele estava quase irreconhecível com toda a aquela maquiagem. Minha vez de brilhar, entrei em cena e dei tudo de mim naquele palco, eu vi o meu pai, Pepper, James com a Allie no colo e os demais vingadores, todos estavam bem acomodados na primeira fila.

Segundo ato, música 14, essa de longe era a minha música favorita. Atuávamos como se estivéssemos atuando na Broadway mas estávamos atuando em uma simples peça de faculdade que valia metade da nota do semestre. Tyson, um garoto chamado Mark que fazia o papel do melhor amigo da Esmeralda e outro rapaz do quarto ano que eu não sabia o nome cantavam, eu só cantaria no final da música.

Libérés, Libérés, Evadés, Echappés, Envolés. Je les ai, Libérés Ils se sont , Evadés — Nosso francês era impecável, tínhamos treinado muito. — Libérés, Evadés, Echappés, Envolés , Enflammés, Embrasés, Insurgés, Révoltés, Libérés, Evadés, Echappés, Envolés, Enflammés, Embrasés, Insurgés, Révoltés — Eles atuavam e eu ficava em silêncio, apenas encarando o público. — Ils étaient enfermés, Moi, j'ai ouvert la cage, Ils se sont échappés, Et ils ont pris le charge — O vozeirão do Tyson se destacava dos demais, a música estava chegando ao final, eu cantei dando o meu melhor então cantamos todos juntos. — Libérés, Libérés, Libérés! — Praticamente gritamos essa última parte, palmas entusiasmadas da plateia e nos retiramos do palco.

Os flashes pipocavam a toda hora mas eu nem ligava mais, encerramos o musical e fomos aplaudidos por seis minutos seguidos. Eu estava extremamente feliz e eu achava que tinha achado a minha segunda vocação, fazer musicais. Ao todo repetimos a peça mais três vezes no fim de semana cultural, naturalmente toda a turma ganhou nota máxima.

Depois de uns dias eu descobri o motivo dos flashes, o Times tinha feito a cobertura do musical a pedido do meu pai, eles haviam dado quatro páginas para o nosso pequeno e singelo musical, eles nos encheram de elogios e diziam que poderíamos desbancar vários nomes famosos da Broadway. Megan Stark, cantora da Broadway ? acho que não.


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