Iron Girl escrita por gabriela stark


Capítulo 22
22 ▬ Sacred Trust


Notas iniciais do capítulo

Hey people, mais um capítulo para vocês :D



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" I follow my heart right up to the end
As far as the eye can see
I'm faithful and true and living up to
Your sacred trust in me
I'll never give out to somebody else
I know where my arms should be
I'm faithful and true and making it through
Your sacred trust in me "

[ Sacred Trust — Bee Gees ]

[ POV NARRADORA]

Jonathan olhava os últimos exames feitos em Megan, todos muito satisfatórios, a criança estava crescendo forte e saudável mas algo o intrigava. Megan estava cada vez mais doente, era como se o seu corpo estivesse rejeitando tanto o feto quanto soro do super soldado. Ele bufou frustrado e amassou a última ultrassonografia feita. Nada poderia dar errado, aquela era a quinta vez que tentava e era a única vez que havia dado certo, as outras cobaias não resistiram ao experimento nas primeiras semanas.

Jonathan soube da existência de Megan após ver uma notícia sobre Tony Stark na tv, ela despertou o seu interesse na hora e ele ficou dias pesquisando tudo sobre ela. Quando ele a classificou como apta para o experimento mandou Bucky e uma equipe até NY. Ele ficou exultante quando a viu pessoalmente, dias depois, e a submeteu a todos os tipos de testes, coletou o seu material genético e iniciou o seu experimento.

Jonathan havia combinado os materiais genéticos de Megan e Bucky para criar o soldado perfeito, a criança seria super inteligente e teria todas as habilidades de um super soldado.

— Finalmente eu te superei vovô — Falou sarcástico e então ele riu. — O super soldado perfeito está a caminho.

+++

[ POV MEGAN STARK ]

Tudo estava tão confuso, mil coisas passavam pela a minha cabeça, eu tinha a sensação de que fui sugada por um redemoinho e fui parar em um lugar bem longe de casa, longe daqueles que eu amava mas de uma coisa eu tinha certeza, tinha um ser crescendo dentro de mim no melhor estilo Alien o 8 passageiro.

Eu não conseguia assimilar a ideia de que eu estava gerando uma pessoa, eu era muito nova para ser mãe e além disso tinha o meu grandão, como o Thor iria reagir com tudo isso ? Sentei na minha cama e suspirei, a minha cabeça estava latejando e me sentia constantemente fraca.

A porta se abriu e o soldado apareceu, eu o olhei de forma apática e ele estendeu a mão, eu sabia que estava na hora dos meus exames semanais. Eu o acompanhei em silêncio até onde o doutor louco estava.

— Ah Megan, como estamos hoje ? — Perguntou como se fosse um velho amigo.

— Na mesma — Eu respondi indiferente antes de me deitar na maca e rezar para aquilo acabar logo. Ele me examinou longamente, apalpou a minha barriga, me aplicou várias coisas e por fim fez uma ultrassonografia, aparentemente o bebê estava bem. Voltei para a minha cela e me entreguei a depressão, eu rezava todas as noites para que Deus colocasse um fim na minha agonia e pedia proteção para aqueles que eu amava.

A minha barriga crescia e eu ficava cada vez mais apavorada com o que estava acontecendo, eu já podia sentir aquele ser se mexendo dentro de mim e quando isso acontecia eu tinha que me segurar para não gritar, aquilo se mexendo dentro de mim me apavorava de uma maneira absurda.

O soldado passava mais tempo comigo, ele conversava comigo e eu lhe contava histórias sobre os Vingadores, quando lhe contei sobre o Steve ele ficou mudo.

— Tá tudo bem aí ?

— Tá sim — Respondeu sem emoção mas eu sabia que algo havia acontecido, eu iria descobrir o que era mais cedo ou mais tarde.

Nos últimos dias eu passei a sentir algo estranho, eu não saberia dizer o que era mas eu tinha a sensação de algo grande iria acontecer, eu rezava para que fosse o meu pai me resgatando daquele inferno. A barriga continuava crescendo, aquilo era muito estranho e eu temia que aquele pequeno ser que crescia dentro de mim fosse uma menina, se fosse, eu e ela estaríamos ferradas.

O soldado veio me buscar em uma tarde e eu lhe acompanhei até a sala de exames, o doutor pirado estava lá me esperando com um sorriso demoníaco. Me deitei na maca e ele começou a me examinar, eu ainda continuava muito fraca e as enxaquecas eram frequentes, na verdade elas nem iam embora, permaneciam 24h comigo.

— Hora do ultrassom Megan — Falou animado antes de começar o procedimento, eu olhava para o teto e lutava para manter os olhos abertos, eu estava cansada e com muito sono. — MENINA ! ESSA CRIANÇA É UMA MALDITA MENINA ! — O doutor urrou furioso o que fez eu dar um pulo na maca, o soldado se aproximou e me tirou dali. — ESSA IMPRESTÁVEL ESTÁ GERANDO UMA MENINA, VOCÊS ARRUINARAM O MEU PLANO — Continuou gritando até que pegou uma arma. — EU VOU ELIMINAR VOCÊS DUAS ! — Eu estava tremendo e minhas pernas não me obedeciam, o soldado me pegou no colo e me levou para a minha cela, eu podia ouvir o estampidos dos tiros bem perto de nós.

O soldado me colocou sentada na cama e me trancou na cela, eu podia ouvir o caos rolando solto do outro lado. Tiros, gritos do soldado tentando me defender, gritos do doutor pirado dizendo que eu arruinei o seu experimento, mais tiros e uma explosão que fez tudo estremecer a minha volta.

— ... VOCÊ NÃO VAI MATAR ELA ! — Ouvi o soldado gritar, ele sempre foi o mais decente comigo nessa espelunca. — ELA E A CRIANÇA SÃO INOCENTES.

— VOCÊ NÃO VAI ME IMPEDIR SOLDADO — O doutor gritou e eu ouvi mais sons de tiros, eu estava encolhida na minha cama e lutava para não chorar, um grito estava entalado na minha garganta e parecia que iria se libertar a qualquer momento. Eu abraçava o meu bonequinho e temia pelo o pior, temia pela a minha vida, pela a vida da bebê e do soldado, afinal ele estava tentando me proteger daquele louco sem alma.

Ouvi mais explosões e gritos, parecia que mais gente tinha se juntado naquela briga, eu ainda podia ouvir os gritos coléricos do doutor mas eu já não escutava mais o soldado, ele havia morrido ? a culpa e o pesar pesaram no meu coração. As explosões e os gritos pareciam não ter fim, eu tremia descontroladamente e as lágrimas lavavam o meu rosto pálido e cansado, porque essa demora para me matar ?

Eu ouvi gritos se aproximando da porta da minha cela e eu me encolhi mais ainda, eu estava apavorada com tudo aquilo. Um novo estrondo e a minha porta voou de encontro a parede, eu gritei com todas as forças. O quarto se encheu de poeira e eu não conseguia enxergar direito, quando a poeira baixou eu o vi parado na soleira da porta, me encarando. A armadura vermelha e dourada, o reator que brilhava onde deveria estar o coração, tudo era tão familiar para mim.

— Pai ?

— Hora de ir para casa princesa.


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Notas finais do capítulo

Eita nóis, gostaram ? eu respondi alguma dúvida que vocês tinham ? comentem e até o próximo capítulo :)