Iron Girl escrita por gabriela stark


Capítulo 21
21 ▬ Too Many Tears


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, todos os comentários do capítulo anterior serão respondidos. Eu reescrevi os capítulos 11, 12, 13 e 14, vão lá dar uma checada. Sem mais delongas, aproveitem



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" Some things are better left unsaid,
But, all I do is cry instead,
Now, I've cried me a river,
Thinking how it used to be... "

[ Too Many Tears — Whitesnake ]

[ POV NARRADORA ]

— Leve nossa prisioneira para a cela e tome muito cuidado soldado, agora ela carrega uma carga extremamente especial para mim e eu não admito erros — O doutor disse e o Bucky assentiu, pegou Megan com toda a delicadeza e a levou para a sua cela.

Jonathan Zola sorriu satisfeito, o seu plano estava ocorrendo conforme o planejado, dentro de oito meses teria o soldado perfeito, muito melhor do que o soldado que o seu avô, Arnim, havia feito tantos anos atrás.

Megan era a cobaia perfeita para o seu experimento, a super inteligência que ela possuía era o fator determinante daquela experiência que Jonathan considerava perfeita. A super inteligência de Megan não havia sido fruto de experimentos ou de alguma mutação, Megan havia nascido com ela. Bucky voltou e Jonathan o encarou sem emoção com os seus olhos azuis gélidos.

— E então ?

— Ela está dormindo e eu a algemei.

— Perfeito, de agora em diante você cuidara da nossa hóspede, não a deixa fazer nada estúpido que possa comprometer o nosso valioso experimento.

— Sim senhor — Bucky se retirou e Jonathan voltou a examinar as planilhas que mostravam os últimos exames feitos em Megan, um sorriso diabólico surgiu nos seus lábios sem cor.

+++

Tony estava ficando desesperado, as únicas pistas que tinha conseguido ao longo daqueles quase dois meses deram em nada, ele queria a sua princesinha de volta, a sua vida e rotina não eram as mesmas sem a filha ao seu lado lhe chamando de lata velha.

Senhor Stark ?

— O que foi J.A.R.V.I.S ?

O Senhor Hale está subindo.

— Quem é esse ?

Ele se identificou como professor da Megan.

— Ãhn .. ok, obrigado J.A.R.V.I.S.

Disponha senhor Stark.

Um minuto depois um homem na faixa dos trinta e poucos saiu do elevador, tinha cabelos castanhos, barba por fazer e olhos azuis.

— Senhor Stark, é uma honra conhece-lo, me chamo Ian Hale.

— É um prazer, o que posso fazer pelo o senhor ?

— Primeiramente deixe-me falar algo, eu sei o que está se passando com a Megan, o porque dela não estar comparecendo as aulas, ser professor dela é o meu disfarce e a minha missão.

— Disfarce ? missão ? do que diabos está falando ?

— Eu sou um agente da S.H.I.E.L.D, Nick Fury me deu a missão de ficar de olho na sua filha para que nada ocorresse com ela.

— Olha só que ótimo agente que você é, minha filha foi sequestrada e você não fez nada — Tony disse com a voz carregada de sarcasmo.

— A minha missão era cuidar e vigiar a Megan na faculdade e não fora dela — Ian disse, igualmente sarcástico. — Mas não vim aqui para discutir, vim para ajudar no que for possível, quero o retorno da Megan tanto quanto o senhor, ela sempre foi a minha melhor aluna, a mais inteligente da classe.

— Ok, aceitarei sua ajuda mas diga-me, qual é a sua função na S.H.I.E.L.D ? — Tony perguntou visivelmente curioso.

— Eu sou médico, tenho PhD em biotecnologia e engenharia genética, tenho mestrado e doutorado em engenharia molecular, satisfeito senhor Stark ? passei no seu teste ?

— Ok, me convenceu, venha, vou lhe por a par de tudo e te apresentar o restante do time — Ambos foram para o laboratório, Tony havia ganhado mais um aliado na busca por sua filha.

+++

[ POV MEGAN STARK ]

Acordei na minha cela e vi que estava acorrentada novamente, comecei a puxar as correntes com toda a força, lágrimas de desespero escorriam pelas as minhas bochechas. Eu já tinha perdido as contas de quanto tempo eu estava naquele inferno, aquele lugar era o meu inferno na terra, um pesadelo que tinha saído da minha mente e tomado forma.

Puxei com mais força as correntes e elas começaram a cortar a pele dos meus tornozelos, o sangue começou a pingar no colchão e eu ignorei a dor e a ardência que estava sentindo, eu só queria me livrar daquelas correntes malditas que me prendiam a cama. Eu soltei um grito de desespero e continuei puxando as correntes, agora com menos força.

Ouvi um barulho na porta e o soldado apareceu, ele olhou os meus tornozelos machucados com uma expressão indecifrável. Quando eu pensei que ele ia me dopar novamente ele me surpreendeu. Ele se aproximou da cama e vi que ele estava segurando uma pequena chave, ele pegou os meus tornozelos machucados e os soltou das algemas.

— Não quero que se machuque mais — Falou enquanto soltava os meus tornozelos delicadamente, eu o encarei confusa, o seu comportamento estava estranho demais para o meu gosto, isso podia ser algum truque dele.

— Obrigada — Murmurei com um fio de voz enquanto me encolhia, os meus tornozelos estavam cortados, vermelhos, muito inchados e doíam pra cacete.

— Se prometer ficar quieta eu não te algemo mais, combinado ?

— Tentarei ficar na minha — Falei, a voz carregada de sarcasmo. O soldado me olhou por alguns minutos, tentando avaliar a minha resposta mas deu de ombros e saiu, trancando a porta ao sair.

Estiquei as pernas devagar e gemi de dor, cuidei da melhor maneira possível os meus machucados e aos poucos eles foram cicatrizando. Eu fiquei na minha e o soldado não algemou mais, ele manteve a sua palavra e eu mantive a minha de não complicar as coisas. Eu mantive a minha sanidade desenhando, fazendo anotações sobre genética e conversando com o meu boneco de pano esfarrapado, os dias se passavam lentamente e eu cada vez mais me sentia mal, era como se eu estivesse eternamente gripada. O soldado ainda me dopava só que agora era com menos frequência, o que eu era grata.

O soldado vinha duas vezes por dia me trazer comida e ver como eu estava, eu estava estranhando e muito o seu mais novo comportamento, ele conversava comigo, elogiava os meus desenhos e as minhas anotações sobre genética, ele dizia que eu era muito inteligente.

Era noite e não conseguia dormir, eu apertava com todas as forças o meu bonequinho Jefferson, o sono custava a vir e eu sentia uma grande dor de cabeça, era quase uma enxaqueca. Eu escutei vozes masculinas meio alteradas e me pus alerta, me aproximei da porta sem fazer barulho e fiquei tentando escutar o que elas diziam.

— ... mas isso não é certo — Esse era o soldado.

— Cale-se infeliz — Essa voz eu não reconheci de quem era mas ela me dava arrepios. — Se o resultado do experimento for uma menina, mato ela e a aquela imprestável que só sabe chorar ... — Ele falou algo mas eu não escutei, me afastei rapidamente da porta e me sentei toda encolhida na cama, as lágrimas vieram com força e eu não as segurei, agora eu tinha entendido qual era o experimento que fizeram comigo.


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Notas finais do capítulo

E agora, sacaram qual foi o experimento que o Dr.Zola fez com a Megan ? até o próximo capítulo