Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 5
1° dia e diretoria - 2° parte


Notas iniciais do capítulo

Se quiserem me fuzilar: eu deixo. Realmente demorei pra postar, mas é que falta de criatividade é fogo :s agradeço de coração quem comentou no capitulo passado. Enfim, espero que gostem ^^



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Enquanto isso, na 3³ sala...

O pequeno intervalo já havia acabado, Bruce, Steve, Johnny e Scott não tinham visto nenhum dos outros que não estavam na mesma sala.

–Cala... se um dia já ta assim, imagina passar mais uma semana nesse infelno – Johnny se jogava na cadeira, como se estivesse cansado.

–Isso realmente é chato, mas o que podemos fazer...? – Scott estava calmo, mas isso somente por fora. Ele não parava de pensar em Jean.

–Quelo voltar pla casa – Steve estava com os olhos marejados, e fungava.

–Ei, olha! Tem um novato nerd! – alguns dos garotos da turma gritaram. Estavam falando de Bruce.

–Deixem-me quieto. – Bruce tentava prestar atenção somente na tarefa que haviam passado na primeira aula. Era bastante fácil, por isso iria fazer logo.

Os garotos mais velhos começaram a cutuca-lo com lápis e canetas. Steve arregalou os olhos e foi até lá.

–Palem de mexer com o Bluce, as consequências não selão boas – ele falava, sério. Mas os garotos riram.

–Eu estou bem Steve, não se preocupe – Bruce não estava gostando da situação, ele sabia o que aconteceria se o irritassem um pouco mais.

–Vocês não tem mais nada o que fazer não? – Scott interviu.

–Olha só, o que fala errado e o garoto mosca querem ajudar o nerd... fiquem quietos!

–Você nem conhece a gente, por que fazer isso cara? – Scott não havia gostado nem um pouco do comentário sobre seus óculos.

–Que fofinho, duvido nada que será diplomata quando crescer – o líder do grupo maior foi até Scott e o pegou pela gola da camisa.

Bruce que já estava uma pilha, viu aquilo e sua raiva só aumentou. Ele cerrou os punhos e chegou perto do garoto que segurava Scott.

–Solta ele. – ele pediu.

–Ou o que? Vai contar para a diretora?

–Não... – Bruce imediatamente ficou maior, o Hulk havia dominado.

Ele tinha ficado com 2 metros de altura e olhava feio para o garoto, que agora parecia um nanico.

O garoto tinha um olhar de pânico e quando olhou para o lado, viu Johnny pegando fogo. Seu pânico só aumentou. Steve correu para fora da sala, pois sabia que não iria acabar bem. Ele lá poderia impedir os outros 2 que estavam com “o líder” de sair da sala. Ele quebrou a parte de cima de uma das mesas e usou como escudo.

–Você ainda vai querer arrumar briga com a gente? – o Hulk perguntava, de punhos cerrados.

–N-não... m-me desculpe... – o menino não sabia o que falar.

–Cala – Johnny estava segurando o riso – ele mijou nas calças.

Hulk voltou a forma de Bruce, agora estando somente com a calça que havia vestido de manha.

–Pensei que era mais corajoso – ele voltou a sentar na mesa.

O garoto se encolheu no canto da parede, e tremia. Estava em total pânico. Os que estavam com ele, tentavam sair a todo custo mas Steve não deixava.

Enfim, os outros alunos daquela classe começaram a entrar na sala e notaram rapidamente o garoto tremendo no canto.

–O que ouve com você? – a professora também havia chegado.

–E-eles s-são m-m-monstros... – ele apontava para Bruce e Johnny – e eles dois a-a-ajuda-a-aram – falou apontando para Scott e Steve

–Vocês quatro – a professora falou com voz autoritária – para a coordenação agora.

–Mas eu não fiz nada! – Johnny se defendeu.

–Querem que eu mesma vá leva-los para lá? – agora ela estava praticamente com uma aura negra em volta de si.

–Ta, vamos gente – Johnny saiu empurrando os outros três para fora da sala.

–Eu não chego perto da diretoria no 1° dia de aula nem que me paguem – Bruce estava desconfortável por estar vestindo somente seu short rasgado.

–Bem que lá no instituto eles falavam que o pessoal dos Vingadores e do Quarteto eram assim... – Scott estava entediado com aquilo.

–Assim como? – Steve estava de cara fechada

–Não sei explicar... talvez, extravagantes...

–O que estão fazendo fora de sala? – um auxiliar da coordenação estava passando pelo corredor e interrompeu Scott.

–Fazendo exatamente o que você disse: “fola da sala”.

–Vão para a diretoria por isso. Não é permitido ficar fora da sala no horário de aula. Venham comigo... – antes que o jovem levasse os quatro heróis, a professora saiu da sala.

–Esses 4 estavam aterrorizando um dos colegas. Não os quero mais em minha aula! Diga para a diretora que os expulse daqui!

–É... hoje realmente não é o dia de sorte de vocês... – o auxiliar comentou.

Johnny o olhou com cara de “cala a boca cara, senão tu apanha”.

Assim que chegaram à sala da diretora, Johnny soltou o grito.

–OLHA QUE ILONIA – e começou a rir histericamente.

Os outros 3, sem entender, foram olhar o que havia lá dentro de tão engraçado.

Sentados em fileira estavam: Natasha, Tony e Thor.

–Novatos arrasam, uhuu – Tony falou, levantando o braço.

–Cala a boca Tony – a ruiva segurava o riso.

–Sentem-se aí, enquanto eu chamo a Rowens – o auxiliar deixou-os lá e saiu da sala.

–Banner? Você por aqui? Te acusaram de ter quebrado um lápis? – Natasha perguntava, com certo ceticismo na voz.

–Ele vilou o Hulk! Mas foi por uma boa causa – Steve colocava a mão no peito.

–E vocês três? O que fizeram? – Scott perguntou.

–Tony atirou num menino lá no refeitório com a mão da armadura – Natasha começou.

–O Thor deixou uma professora literalmente careca e eletrocutada – Tony continuou.

–E Romanoff arrumou uma briga e tanto, até deixou a cara da loirinha lá roxa – Thor terminou.

–A loila ainda está viva? – Steve perguntou.

–Espero que não – a pequena espiã cruzava os braços.

–Tomara que sim – Tony completou, olhando de rabo de olho para Natasha.

–Agente Romanoff... mas por que brigar com uma garotinha de 10 anos? – Bruce perguntava numa calma ironizada.

–Era puro ciúme! – Tony discreto como sempre – só porque a menina tinha grudado no Clint.

–Se fosse com a Jean, acho que faria o mesmo – Scott se pronunciou.

–Mas você tem uma relação estável com a Jean né, eles aqui são “só amigos” – Tony simbolizava as aspas com os dedos.

–Quer levar uns tapas também Anthony? – ela estava de cara fechada agora.

–Não está mais aqui quem falou...

Nesse instante, Rowens entra em sua sala e vê aquele mutirão de gente.

–O que estão fazendo aqui? – ela pergunta, espantada.

–Aqui temos: expulsos de sala, desacato a professora, briga com os colegas, atentado ao refeitório, desestruturação da ordem na escola, terrorismo a alunos... – o auxiliar falava.

A diretora pensava que foi o maior erro deixar aquelas crianças estudarem ali. Mas o valor que tinham pago era bem maior do que a mensalidade normal, então acabou aceitando.

–Terei que chamar os responsáveis por vocês... algo a dizer antes?

–Novatos arrasam, uhuu – Tony e Natasha falaram ao mesmo tempo.

Os outros riram e a diretora fechou a cara. Ela tinha certeza de que havia alguma coisa por trás daquelas carinhas de criança mas não sabia o que era.

Meia hora mais tarde, havia uma empresaria, uma estagiaria, uma professora do instituto e uma guerreira adentrando a escola pela segunda vez no dia. Pepper já ia com o pensamento que esfolaria alguém quando chegasse em casa.

Assim que entraram na diretoria viram 7 dos 11 de que estavam cuidando.

–Darcy, vá pegar os outros. Leve-os para o carro. – Pepper falou, respirando fundo.

–É pra já – então Darcy saiu de lá.

As três responsáveis que ainda estavam lá sentaram-se nas cadeiras que estavam mais próximas da mesa de Rowens.

–Me desculpe por qualquer dano que essas criaturas possam ter causado e...

–Pepper! Como assim você chama seu marido de criatura?! – Tony gritou lá de trás. E como sempre, Natasha tampou sua boca com a mão para evitar que ele falasse algo mais.

–Indo direto ao ponto... controle essas crianças pois elas são capazes de arruinar qualquer lugar!

–Isso não é novidade... – Sif falou, baixo demais para que alguém escutasse. Como um comentário interno.

–Thomas deixou a Sra. Bittencourt careca e eletrocutada. Anthony atirou, sim ATIROU, em um dos alunos e o menino teve que ir para o hospital por falta de ar. Bruce, Jonnathan, Scott e Steven deixaram outro aluno em pânico! A mãe do menino teve que leva-lo ao psicólogo para ver se resolvia. Além de Steven ter quebrado uma propriedade da escola. E para finalizar a desgraça, Natasha esmurrou tanto uma coleguinha, que a menina ficou com o rosto inteiramente inchado e perdeu um dos dentes da frente.

Ao ouvir isso, Ororo olhou para trás de cara amarrada e todos ficaram com medo do olhar dela. Sif mordeu o lábio e olhou para baixo, tentando não rir. Pepper pôs os cotovelos na mesa e as mãos na testa de modo a também tampar os olhos. Ela pensava “senhor, o que eu fiz para merecer isso!?”

–Tony... você atirou no menino com o que? – Pepper perguntava calmamente, mas com medo da resposta.

–Com a mão da minha armadura, ué. – ele respondeu na maior cara de pau que tinha.

–Você trouxe aquela porcaria? – agora havia um pouco de exaltação na voz de Pepper.

–Claro, ou você acha que eu iria andar por aí sem algo para me proteger?

Todos sentiram cheiro de fumaça pairando sobre o ar. Olharam na direção de Johnny e viram o menino desenhando na parede. Com fogo.

Mariah deu um grito tão alto que Bruce jurava que a escola inteira tinha escutado. Mas na verdade, só uma parte havia feito essa proeza.

Johnny havia desenhado o símbolo do Quarteto e dos Vingadores na parede.

–Plonto, já temos plovas de que passamos por aqui – Johnny falou, como se isso fosse uma coisa boa.

–Ei cara, esqueceu que eu não sou de nenhum desses grupos? – Scott perguntou.

–Ah, é mesmo – o dedo de Johnny pegou fogo – como é o símbolo do instituto mesmo?

–Um X – Natasha respondeu.

–Aí você coloca um circulo ao redor do X só pra ficar bonitinho – Tony completou.

–Beleza – Johnny começou a fazer o símbolo do instituto na parede – agola vejam que belo tlabalho eu fiz!

–Mande a conta para as industrias Stark... por favor. – Pepper falou para Mariah, com um leve olhar de pena.

–Ei garoto em chamas, vamos – chamou Sif – e Thor, mesmo que sejam atos ruins o que você fez hoje, tenho certeza de que alguém está orgulhoso por isso.

–Quem estaria? – Thor tinha ficado confuso por aquilo

–Você vai ver – Sif pegou Natasha no colo – agora vamos.

Com Scott no colo de Ororo, Natasha e Thor no de Sif, Tony nas costas de Pepper e os outros 3 andando, eles saíram da escola e foram em direção do carro que os aguardava.

–Mas que grito foi aquele? Tinha alguma hiena esquizofrênica morrendo lá dentro? – Clint perguntou assim que chegaram no carro.

–Morrendo não, mas que aquela diretora tinha cara de hiena... isso ela tinha – Tony respondeu

Finalmente, eles estavam voltando para casa.

–--

–Nicholas Joseph Fury, volta aqui! – agente Hill corria atrás do pequeno Fury.

Fury corria por sua sala, aproveitando que era menor, pois assim poderia passar pelos objetos mais rapidamente. Maria tentava faze-lo ficar quieto, pois tinha coisas importantes para falar mas sua correria não teve resultado.

Nick sentou em sua cadeira novamente e perguntou:

–Já está cansada?

–Se não fosse meu chefe, tenha certeza de que eu te jogaria do 44° andar – ela estava de cara fechada.

–Teve noticias do progresso de McCoy?

–Sim, tive...

–E por que não me falou antes!? – ele interrompeu a fala dela.

–Eu estava tentando – ela respirava pesado – mas você não parava quieto.

Ele não falou nada. Ficou com uma cara de quem tinha percebido agora que tinha feito algo errado.

–E... qual é a noticia?

–Ele falou que a medida que o tempo passa, os que sofreram a mudança acabam agindo realmente como crianças, perdem total noção de que eram adultos. Não perdem as memorias mas sim o jeito de como eram. E que se atingir certo tempo... não tem mais volta.


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