Tudo estava ocorrendo bem, a festa estava sendo maravilhosa para todos. Até os adultos estavam se divertindo. Apenas alguns mutantes puderam adentrar o local, pois Kurt não queria que ficasse muito tumultuado. Os que não puderam ir claro que ficaram ressentidos, mas nada poderiam fazer já que Kurt era quase como um mutante influente por ali.

–Sif, por favor, deixe-me fazer algo de interessante... – Loki estava quase implorando para a guerreira. Como os dois não gostaram muito das fantasias midgardianas, preferiram usar as roupas que usavam diariamente, ela sua armadura de batalha e ele o sobretudo preto, os chifres, e toda a quinquilharia que havia em sua roupa na época em que tentou dominar a terra.

–Não Loki, não vou deixa-lo fazer mais alguma coisa com eles. Já não está feliz em tê-los deixado com eles mesmos? – Lady Sif estava séria, ela o amava mas não entendia essa necessidade de aprontar com alguém que Loki tinha.

–Ficaria feliz se a tivesse aqui comigo – Loki sorria de forma que estava planejando algo, se era algo bom ou ruim, isso somente ele saberia dizer.

–Sempre dissuasivo... – Sif sorriu e deixou que Loki a puxasse para seu colo.

–Sempre contando com sua teimosia.

–Ei Kitty, tudo beleza aí?

–Tudo sim. Cara aquilo ali do fogo foi extremamente bonitinho, além de ter quase me matado do coração é claro – Kitty falava um pouco rápido – e eu já recarreguei o estoque de refrigerante, coisa que pelo visto você esqueceu de fazer...

–Kitty você é brilhante! – Kurt segurou o rosto de Kitty com as mãos e beijou seu nariz.

–Obrigada... eu acho – ela havia ficado sem jeito, então sorriu de volta.

–Você fala primeiro, vai lá.

–Eu não, por que tem que ser eu?

­–Porque você já falou com um deles antes e eu não – Nathan tinha um sorriso travesso nos lábios.

Claire levantou o dedo do meio para o ruivo e foi até onde Natasha e Clint estavam. Natasha estava fantasiada de gatinha e Clint estava de rato. Segundo ele era hamster, mas Natasha o chamava de rato apenas por implicância. Os dois estavam fofos, nem pareciam que eram realmente dois assassinos.

Claire preferiu uma coisa mais simples e foi de onça. Nathan dizia que ia arrancar a pele dela e fazer um casaco, ela em resposta dizia que ia arrancar a dele pra fazer tapete, já que ele estava de leão.

–Oi Clint! – Claire disse animadamente, e sorrindo.

–E aí Claire – Clint respondeu. Eles bateram as mãos em sinal de amizade.

­–Então, o lerdo aqui estava com vergonha de vir falar com vocês, principalmente por causa dela – Claire falou espontaneamente e apontou para Natasha – aí então, como sempre, eu que tenho que resolver as coisas, trouxe esse estrupício pra socializar com vocês.

–Que isso Nathan, vai deixar ela falar assim de você? Se eu fosse você não deixava... espera, eu sou você – Natasha falou. Clint tentou segurar o riso.

–Ela tem vento na cabeça, e olha que vento ainda é lucro – Nathan disse e Claire mostrou a língua para ele.

–Deixem a coitada, complô duplo é falta de vergonha na cara de vocês cabeças de fosforo – Clint colocou um dos braços em cima do ombro direito de Claire.

–Vocês namoram? – Nathan perguntou para Natasha, esta que ficou com as bochechas vermelhas feito pimenta.

–Não, não. Somos só amigos... – ela olhou sem jeito para Clint, este que estava com os olhos arregalados, de vergonha. Falar com ela sobre aquilo não era tão constrangedor, mas falar na frente de outras pessoas, mesmo sendo eles mesmos, causava um pouco de nervosismo.

–É, a gente achava que vocês dois é que estavam juntos – Clint tentou desviar o assunto.

–A gente?! – Claire e Nathan exclamaram ao mesmo tempo.

–Considerando que vocês são a gente, e considerando Budapeste... – Clint insinuou.

–Socorro – Claire falou com uma voz tímida e escondeu o rosto no ombro de Nathan.

–Deixa eles Clint, sabe que esse assunto nos toca tanto a quanto eles – Natasha ria.

–Então Darcy? – Jane pulou no colo de Darcy, que estava sentada numa poltrona.

–Então o que joaninha? – Darcy fazia referencia à fantasia de Jane.

–Está junto do tio de cabelo branco? – Jane perguntava, com um tom de animação e curiosidade na voz.

–Pirou?! Tenho namorado sabe Jane...

–Só estou perguntando a você o que todos querem saber. Está óbvio demais sabe – Jane tomou um pouco do refrigerante que tinha em seu copo.

–Não pensou nisso quando quase o beijou hoje né? – Darcy engoliu em seco.

–Vai se aquietar Jane – Darcy resmungou.

–Jane! Jane! Vem aqui com a gente! – Thor gritou, indo em direção das duas.

–Que foi?

–Queria ficar perto de você... e Thoryn sente falta do John...

–Entendi – Jane disse e pulou do colo de Darcy – e saiba Darcy, você mente muito, muito mal.

–Ainda mais irritante pirralha desse jeito – Darcy resmungou outra vez, enquanto via Jane ir com Thor.

–Dê um desconto a ela, ela te aturou por bem mais tempo. – Pietro disse. Ele estava detrás de Darcy. Ela deu um pulo de onde estava.

–Obrigada pela parte que me chama de irritante. – Darcy sorriu, azedamente.

–De irritante e louco, todo mundo tem um pouco – Pietro ria do sorriso de Darcy.

–Idiota – ela tentou, mas não conseguiu ficar com raiva do albino.

–Pirata de quinta – Annabeth ainda estava discutindo com Tony.

–Que é? Jack Sparrow é um ótimo pirata beleza? – Tony só não levantava dedo do meio para ela, pois sabia que era para si mesmo.

–Parece um mendigo.

­–Melhor que você que pegou o lençol e se enrolou.

­–Palas Athena é a deusa grega da sabedoria, caso não saiba. Muito melhor que um mendigo bêbado.

–Não fale do Jack! Ele que é bem melhor do que a pessoa que só tem lençóis para vestir!

­–Calem-se, Jack... Athena... blé, principiantes. Olhem só – Bruce sorriu travesso e abriu o sobretudo preto que estava usando – Conde Drácula!

–Bruce ficou sexy de Drácula – Brenda falou, entrando na brincadeira.

–Claro que fiquei – Bruce disse, não era de seu feitio dizer coisas assim, mas a convivência com todos ali o fizeram começar a falar assim – e você ficou melhor ainda como Cleópatra.

–Alguém vende esses dois – Tony resmungou de cara fechada.

–E antes de vender, peçam ao Banner que me devolva meu sobretudo – Nick reclamava.

–Cadê o Johnny e a Johanna? – Silas perguntou, ele e Sue estavam vestidos de Capitão América. Depois de muita teima, os dois fizeram Steve os ajudar. Ao menos ficariam iguais, ou talvez, mais iguais o que já são.

–Juntos, e aprontando algo – Sue respondeu, um pouco de receio em sua voz era perceptível.

–Ferrou – Reed e Rose falaram ao mesmo tempo.

–Fogueira sozinho já era um demônio, fogueira 1 e 2 juntos aí já querem o fim do mundo né? – Ben falou, não poderia de maneira alguma perder a chance de zoar Johnny duplamente.

–Então Pepper, acostumou-se à vida de babá? – Maria preferiu não fantasiar-se de nada, Pepper teve a mesma ideia e as duas foram apenas com roupas normais.

–Não é algo muito fácil considerando de quem estou cuidando... – Pepper suspirava pesado

–Estava discutindo com Nick hoje de manhã, eles não podem ficar aqui para sempre.

–Mas Hank disse que faria uma “cura” para eles, não terão que ficar mais muito tempo...

–É apenas uma possibilidade...

Estava tarde, a festa estava encerrando. Todos estavam muito felizes já que no meio de uma confusão daquela, puderam se divertir realmente apenas um pouco. Para que os “clones” não ficassem deslocados, fizeram pequenos grupos misturando todos. Tony, Annabeth, Nathan, Claire, Clint e Natasha formavam um. Rose, Reed, Brenda e Bruce eram o segundo grupo. Thor, Jane, Thoryn, Silas e Sue eram o quarto. Johanna e Johnny preferiram a companhia da “pedrita” que tanto amavam.

–Você tem uma equipe linda – Wanda comentou com Steve que estava ao seu lado. Os dois estavam em pé observando tudo. Pietro e Darcy estavam com eles também, mas sentados no chão.

–Eles são umas figuras mesmo, devia ver quando Bruce está dormindo e Tony vai perturbá-lo – Steve soltou um leve riso ao lembrar – ele pega o chinelo e sai correndo atrás de Tony ameaçando de o Hulk aparecer. Acontece frequentemente.

–Pior quando eles vão lá pra casa da Jane – Darcy, que estava no chão, meteu-se na conversa – ela fica p da vida pois eles mexem em quase tudo da casa dela, Clint é o pior.

–E no aniversário de Natasha, que fizeram uma surpresa as 8 da manhã para ela, ela acordou com um mutirão dentro do quarto... era tiro pra todo lado. Ela costuma ir dormir as 7 então acho que aquele dia o sono falou mais alto – Steve, mesmo antiquado, se divertia com as coisas que sua equipe aprontava.

–Vocês falam deles como se fossem pragas... pestes ou algo do tipo – Wanda disse, ela achava fofo o modo de Steve falar dos companheiros.

–Eles são – Darcy e Steve disseram ao mesmo tempo.

–Coitados – Pietro concluiu. Ele tentava conter o riso, mas não conseguia.

–Wanda, está com fome? Não comeu nada a festa inteira...

–Ah, claro Steve. É que não costumo comer muito em festas... na verdade é bem difícil eu ir a uma...

–Certo, vamos ver se sobrou alguma coisa, saco vazio não fica de pé – Steve estava calmo, com um tom de mansidão em sua voz.

–Darcy – ela e Pietro ainda estavam no chão – lembra que ainda está me devendo uma?

–Estou?

–Sim, lembra? Da aposta que eu ganhei...

–Ah! Sim! Que memoria a minha – Darcy bateu duas vezes na própria cabeça – já decidiu o que vai querer? Lembre-se que tem que ser algo barato porque a Jane não me paga salário...

–Eu sei, eu sei – ele riu com a reação da estagiária – o que quero é algo fácil.

–Ah ótimo. Então o que vai ser?

–Quero que me prometa que não vai fazer algo estúpido.

–Como é que é? – Darcy não estava mais entendendo nada.

–Assim – ele endireitou-se e ficou e frente para ela – me prometa que não vai ficar com raiva de mim.

–Isso seria a coisa estúpida? Espera... por que eu ficaria?

–Por isso – Pietro segurou no rosto de Darcy e a beijou.

No inicio ela ficou pasma e os lábios de ambos apenas ficaram encostados. 2 segundos depois um beijo lento e calmo foi iniciado. Ela correspondia de forma cautelosa e ele respeitava isso. Afastaram-se como se tivessem levado um susto.

–Desculpe... – ele falou, sem jeito – não devia ter feito isso.

–Tudo bem – Darcy ainda estava atônita pelo que tinha acontecido.

–Eu vou voltar para o sofá... ver como minha irmã está...

–Espera – ela o interrompeu. Ele a olhou com uma centelha de culpa nos olhos.

Darcy era agora quem tomava a iniciativa. Ela beijou, de forma um pouco mais intensa. Ele segurou na cintura da garota com firmeza, para que não pudessem ser separados outra vez. Ele pediu passagem para sua língua, que foi concedida por ela. O beijo ficava mais profundo a cada segundo que passava. Ela segurava nos cabelos do albino, a sincronia dos dois era algo que ambos apreciavam. Pietro sentia-se no paraíso podendo sentir os lábios de Darcy se chocando com os dele de forma arrebatadora.

O que seria uma cena digna de um filme de romance, acabou sendo desfeita por quem menos se esperava que o fizesse. Ou poderia-se dizer que era quem mais estava apto a fazer.

–Mas o que é isso? Não se pode nem mais beber água no meio da noite que a pessoa se depara com duas pessoas quase engolindo uma a outra!