Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 14
Doces ou Travessuras


Notas iniciais do capítulo

Oi gente o/ bom, obrigada pelos comentários capítulo passado. E como sempre, vou pedir aos leitores fantasmas que, digamos, apareçam. Espero que gostem deste. Qualquer duvida, opinião, crítica, elogio e etc só vir falar comigo.



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–Então Brenda... o que você é? – Darcy perguntou, sem jeito. Não sabia exatamente como falar com a menina.

–Bom, sou uma cientista termonuclear. Tudo bem que desse tamanho é meio difícil de acreditar mas...

–O que vocês todos são? – Pietro interrompeu a garota. Ela olhou feio pra ele e continuou.

–Somos uma equipe, Vingadores pelo nome mais genérico, bomba relógio ao meu ver. Só alguns são realmente do grupo – ela ajeitou os óculos outra vez, pois era frouxo e ficava caindo constantemente – a que fala demais ali é a Annabeth Stark. Ela é uma gênia e bilionária, pode-se dizer também que é mimada, mas é de grande ajuda. Aquele ruivo é o Nathaniel Romanoff, mas ele prefere só Nathan mesmo, é um espião russo que acabou adentrando nossa equipe por causa da Claire, foi inventar de salvar ela daí... já dá pra imaginar. A de cabelo castanho claro é Claire Barton, arqueira, Annabeth implica bastante sobre o que rola entre ela e o Nathan. A “Rapunzel” com roupas medievais é a Thoryn, ela é asgardiana, acho que já devem saber como é. Não estou vendo a Stephanie por aqui... – Brenda olhou para seus lados – os loiros ali, o calmo e a esquentadinha são os gêmeos Silas e Johanna. Eles fazem parte de outra equipe, mas que é aliada. E a menina com cara de nerd ali é a Rose Richards, ela que me atura quase o dia todo quando tem reunião com todo mundo. Rose, Silas e Johanna fazem parte do Quarteto... e pelo visto a Bina não está aqui.

–Caramba... – Darcy estava boquiaberta.

–Só falo uma coisa: não falo nada. E digo mais: só digo isso – Natasha havia ouvido o que Brenda falou.

–Calma moça... qual seu nome? – Brenda foi amigável com a ruiva.

–Natasha... Natasha Romanoff – Natasha respondeu, ainda atônita por tudo aquilo.

–O que?! – Brenda gritou. Era raro ver a menina fazer aquilo então todos pararam com a bagunça e a conversa e a olharam.

–Loki eu vou te matar – Clint estava com o punho fechado, apoiando o queixo.

–Não vai nada, aproveite a festa – Loki falou, zombeteiro.

–O que foi Brenda? – Rose desesperou-se.

–Você é irmã do Nathan? – Natasha negou com a cabeça – então ferrou.

–Entendi... o miserável fez cópias da gente... – Bruce falou, analisando cada um ali.

–Sif, minha querida, caso acorde viúva amanhã, saiba que fui eu quem matou – Tony sorriu. Seu sorriso de psicopata ficou melhor que o do Chuck.

–Isso passa, esse tipo de coisa não dura mais que dois dias – Sif tentava faze-los se acalmarem.

–Vou aturar esta criatura exótica e irritante por dois dias?! – Tony gritou, apontando para Annabeth.

–Irritante é você cara de maconheiro – Annabeth revidou.

–Anna, o que eu falei sobre você falar isso das pessoas? – Nathan estava de cara fechada.

–Desiste, nada entra nessa cabeça de fossa dela – Claire falou um pouco desinteressada.

–Me demito de vocês – Nikki disse, jogando-se no sofá que estava próximo.

–Me diz que eu to sonhando, parece que peste agora dá cria – Pepper falou mais alto do que devia e os que estavam na sala escutaram.

–Fury ainda dá tempo de pedir demissão? – Maria que havia acabado de chegar, conseguiu entender o que tinha acontecido ali no momento em que viu Thor e Thoryn lado a lado cutucando um ao outro.

–Você pede demissão que eu te readmito – Fury retrucou.

–Onde toda essa gente vai ficar?

–Vão todos pra debaixo da ponte! Menos a Brenda, gostei dela – Tony pronunciou-se.

–Pra debaixo da ponte vá você e a Anna, insuportável igual – Nathan respondeu.

–Quem mandou darem uma de Jamie... – Kurt segurava o riso.

–Quer ter a cara amassada também? – Tony ameaçou.

–Vai se aquietar pessoa miúda – Kurt definitivamente tirou toda moral que Tony tinha.

–Gostei de mim – Johnny colocou o braço no ombro de Johanna – eu fico!

–Sabe que essa frase é meio... estranha né? – Silas olhava feio para a irmã.

–Você é chato igual a Sue. Vamos fazer uma tloca? Eu te dou a Sue de plesente e você me dá a Jo – Johnny, com toda sua cara de pau, sorria.

–Aceito – Silas respondeu. Sue olhou incrédula para ele, mas sabia que faria o mesmo.

–Está melhor? – Steve adentrava a sala junto com Wanda. Ela estava usando o casaco do soldado.

–Sim, obrigada – ela deu um leve sorriso. Os dois resolveram olhar para frente e um pulo, ou dois, foram vistos.

–Que...

–Nem pergunte capicolé – Clint respondeu antes que Steve falasse algo.

–Não vou – Steve passava por entre as pessoas, cutucando a cabeça de alguns para ver se aquilo era real.

–Agora podemos dar uma festa – Kurt falou animado.

–Festa de que? Comemorando a proliferação de pragas? – Maria perguntou, incrédula.

–Halloween. Aqui nunca fazemos nada pois seria praticamente racismo com os mutantes. Mas agora que tem eles... que paraíso – Kurt falava e alguns iam concordando.

E assim foi decidido, haveria uma festa. Os organizadores seriam Kurt, Darcy, Kitty e Pietro. Todos os outros só teriam que se preocupar em arranjar trajes decentes.

–Será que colocar alguma cabeça de lobisomem aqui é racismo? – Darcy perguntou, enquanto posicionava alguns enfeites.

–Acho que sim. Bota uma caveira que fica bem mais legal – Pietro respondeu, ele ajeitava algumas coisas a 6 metros de distancia dela.

–Beleza – ela pegou a escada e subiu até onde queria colocar a caveira. Enquanto isso, ao pé da escada, passavam Mellody e seu cachorro. Eles corriam. O cachorro, Doggy, era pequeno, passou por debaixo da escada. Mellody tentou acompanha-lo mas não conseguiu. Esbarrou onde não deveria e acabou por desequilibrar Darcy.

Pietro notou que aconteceu e literalmente correu para segurá-la. Devido à distancia, curta para ele e significativa para ela, ele chegou bem a tempo de evitar que ela colidisse com o chão. Ele a segurava com os dois braços, seus rostos estavam muito próximos.

–Você quase... – ele falava, próximo ao rosto dela.

–Não se preocupe, estou bem. Você me salvou – ela falou, podendo sentir em seu rosto, a respiração de Pietro.

Encararam-se por alguns segundos e logo se afastaram. Pietro balançou a cabeça e Darcy piscou os olhos algumas vezes, os dois na tentativa de voltar à realidade.

–Já terminaram por aqui? – Kurt brotou entre eles, seu tom de hiperativo era iminente.

–Estamos quase, acha que ficou legal? – Darcy havia feito a pergunta direcionada a Kurt.

–Tá perfeito. Eu e a Kitty terminamos a parte de trás ali então agora corram para se arrumar e chamem as pestes. Caso não tenham fantasia, podem procurar alguma... – Kurt olhou para seus lados e sumiu, segundos depois estava de volta com uma sacola na mão – podem procurar alguma que caiba em vocês, aqui está.

–Onde conseguiu isso? – Pietro estava desconfiado.

–Não sou ladrão, claro que comprei todas. E claro que não fui eu quem pagou, foi a Ororo. Indiretamente...

–Beleza... – Darcy e Pietro riram e Kurt sumiu outra vez.

Já estava na hora de tudo começar, tudo estava decorado, todos estavam prontos. Só faltava uma coisa. Kurt aparecer e dizer que poderiam entrar no salão que a festa deveria ocorrer.

Enquanto isso, Sif e Pepper tentavam explicar a Xavier o porquê de ter o dobro de gente ali do que tinha antes. Ele entendeu tudo e só agora havia entendido o motivo pelo qual os Vingadores temiam estar no mesmo cômodo que o deus. Mesmo este tendo se redimido e mudado, um pouco pelo menos.

­–Já que estou vendo o meu inverso e os dos meus colegas de equipe, será que aqui tem também o inverso do John? – Thoryn perguntou aos que estavam mais próximos dela.

–John... qual o sobrenome dele? – Bruce tentava raciocinar.

–Foster. O nome dele é John Foster.

–Ah, sim. A Jane. Ela deve estar com você agora, quer dizer, o outro você – Bruce ainda estava confuso, falar com as “novas” pessoas era uma experiência extremamente surreal.

–Obrigada, vou me procurar – e então Thoryn saiu à procura de si mesma e de Jane.

–Eu hein, cada coisa que já passei nessa vida... – Bruce respirou pesado, colocando água o copo que segurava e tomando um gole logo em seguida.

–Tenho quase certeza de que está adorando isso tudo não é, Banner? – Steve encostou-se, de braços cruzados, na parede perto de Bruce.

–Nem imagina o quanto – a ironia na voz de Bruce era explícita.

–Pelo que sei, em um dia e meio isso vai passar. Então pode considerar como apenas um teste de paciência – Wanda, que estava com Steve, disse, amigavelmente.

–Pelo que sei, você poderia os fazer serem reais não é?

–Sim – ela respondeu, cautelosa.

–Então poderia reverter nossa situação, certo?

–Não posso, já tentei. O que os fez ficar assim é mais forte que eu... meus poderes são nulos na frente do que os mudou – Wanda expressava tristeza, desculpas e vontade em sua voz.

–Pronto gente, tudo nos conformes, podem entrar! – Kurt gritou.

Eles entraram. Haviam numa mesma sala várias espécies de super heróis diferentes. Dos considerados anormais para os normais. Grandes e pequenos, humanos ou não humanos. Literalmente um Halloween para quem visse pela primeira vez.

Havia música eletrônica, muita comida, luzes negras e tinta neon, essa ultima que ficaram se perguntando onde diabos Kurt arranjou àquela hora da noite. Estava tudo praticamente perfeito.

–Está gostando? – Clint perguntou, sentando-se ao lado de Natasha na poltrona em que ela estava.

–Sabe, é a primeira festa de Halloween que presencio na vida – ela sorriu de canto, sem graça.

–Sério? – ele perguntou e ela assentiu com a cabeça – acho que ser criada na Rússia faz uma criança perder esse tipo de diversão.

–Talvez. Mas acho que do jeito que as coisas vão agora... posso recuperar minha infância perdida – agora ela realmente sorriu – e com pessoas que eu realmente me importo.

–Pode crer que não é a única que aproveitaria essa oportunidade – Clint beijou a bochecha de Natasha. Ela ficou envergonhada com isso. Não pelo fato do beijo, pois aquilo também acontecia antes de tudo aquilo acontecer, e sim pelo sentimento que carregava. Estando daquela forma não a obrigava a por a mascara da Viúva Negra e ser uma pessoa sem sentimentos. Ela podia ser quem quisesse, mas ainda sim seria ela. Estava livre para sentir algo.

–Será que nesse mundo a gente tem alguma coisa? – Claire perguntou a Nathan, os dois observavam Natasha e Clint.

–Sei lá. Mas gostei da gente desse mundo aqui, eles são... estranhos mas ao mesmo tempo legais.

–Falei comigo mais cedo, ele é engraçado. Fala as coisas numa despreocupação...

–Isso não é muito diferente do que você sempre faz Claire – Nathan tentava segurar o riso. Claire deu um soco leve no ombro do garoto.

–Não estrague a magia do momento – ela falou, carrancuda.

–Eles não vão ficar aqui pra sempre não é? – Vampira perguntou a Bobby, os dois estavam dançando um pouco.

–Bom, por causa deles tivemos coisas e tanto pra fazer aqui, bem melhor que as aulas chatas da Ororo – Bobby segurava um copo de refrigerante.

–Talvez eu sinta falta desses pirralhos – Vampira pegou o refrigerante de Bobby e bebeu dois goles.

–Vai ver você realmente gostou deles – Bobby havia pego seu copo de volta.

–Eu disse talvez – ela deu uma pequena ênfase na ultima palavra dita.

–Bitch – Tony estava de braços cruzados, de costas para Annabeth. Ela estava da mesma forma.

–Maconheiro.

–Exibida.

–Mauricinho.

–Mimada.

–Idiota.

–Irritante.

–Annabeth e Anthony Stark, será que dá pra parar? – Reed pediu. Ou falou alto mesmo.

–Ele é um plagiador – Annabeth acusou-o.

–Sou original de fabrica, minha querida. Você que é paraguaia – Tony atiçou.

–Os dois são farinha do mesmo saco – Silas revirava os olhos.

–Olha o respeito, loiro do tchan – Tony mostrou a língua para Silas.

–Vai se aquietar cara – Silas o respondeu, levantando o dedo do meio.

–Olha só... – Tony estava espantado – carinha tem um humor ó, maravilhoso.

–Você também não ajuda – Reed estava comendo alguns doces.

–Você é a cara da Rose, sempre muito certinha argh – Annabeth reclamou.

–Eu sou ela, ela sou eu – Reed tinha um tom de “isso não é lógico?” em sua voz.

–Então, é o seguinte, você bota fogo na cortina azul e você na verde. Não vão queimar de verdade é lógico e eu já desarmei o alarme de incêndio. Quando as duas estiverem em chamas, vão acender aquela painel lá de cima que vai ter escrito uma mensagem, beleza? Mas por favor, só queimem as cortinas – Kurt explicava para Johnny e Johanna.

–Beleza – os disseram em uníssono.

Eles foram. Incendiaram as cortinas e a maioria tomou um susto ou saiu correndo. Claro que havia aquele que gritou, em todo lugar há uma pessoa assim. O fogo foi subindo em direção à madeira que segurava as cortinas, era uma visão desastrosa para quem estava mais perto, mas uma coisa belíssima para quem estava mais afastado. Quando tocou a madeira, fios levaram as chamas para algo escrito no teto, e lá tinha escrito:

Acalmem-se, não vai queimar vocês. Feliz Halloween!”.

Todos aplaudiram.


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