A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer imensamente aos comentários que recebi. Vocês não fazem ideia de como me deixaram feliz com o retorno a respeito da fic. Quero mesmo fazer algo legal e agradável, e espero que continue com o mesmo ritmo, que venham gostar cada vez mais.



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O sábado chegou e junto com ele, a aflição que tomou conta de Rony a semana inteira se multiplicou. Mione havia enviado uma mensagem confirmando a hora que ele iria pela manhã e enquanto a coruja levava a resposta, um par de mãos invisíveis contraia os pulmões do garoto dolorosamente.

– Oh! Roniquinho – a senhora Weasley falou e as risadas ecoaram nas dependências da casa. Até mesmo Percy caçoava dele agora – Você está tão lindinho assim... - se aproximou arrumando o cabelo do garoto.

– Mãe, por favor...

Gina e Jorge faziam biquinhos e se agarravam entre si claramente imitando a mãe e o irmão enquanto Percy escondia a gargalhada e Harry tentava não olhar para o amigo. Então Rony sentou a mesa ao lado deles sem nenhuma vontade de comer.

– Não vai comer nada Rony? – papai perguntou. O rapaz negou com a cabeça.

– É... A situação é pior do que imaginei - Jorge falou e Rony o fuzilou com o olhar.

– Como você vai a casa deles? - o pai continuou.

– Vou aparatar em uma esquina lá perto – respondeu com a cabeça baixa, fitando os bacons estalados sobre o prato.

– Rony, venha aqui comigo. – Arthur o chamou se levantando e indo em direção ao quintal, longe dos olhares de todos.

No quintal o homem conjurou duas cadeiras que estavam postas de frente uma para a outra, sentou, sorriu e em seguida lhe pediu que sentasse também.

– Rony, não vejo motivos para ficar tão aflito. Tornou-se um homem bom e justo, muito corajoso, e com a maturidade vêm também às responsabilidades. Sei o quanto você ama a Mione e ela a você e entendo o seu medo em fazer algo errado ou que possa magoá-la, mas não deixe que os seus medos te impeçam de viver.

Rony o ouvia atentamente, em silêncio.

– Devemos lutar sempre pelo o que achamos que vale a pena e devemos nos esforçar para conquistar aquilo que nos faz feliz, você já aprendeu isto e da forma mais difícil que poderia. Confio em você, meu filho, e sei que se tornou um grande homem, do qual sempre vou me orgulhar, sabe disso, e sabe também que será capaz de enfrentar muitas outras batalhas muito maiores que esta dentro de você no decorrer da sua vida. Agora, respire fundo e vá encontrá-la. Seja feliz.

Rony sorriu. Um sorriso tímido seguido por um largo sorriso de agradecimento. Ouvir aquelas palavras do seu pai realmente o confortou. Ele se aproximou do pai inclinando o troco e o abraçou, recebendo um beijo carinhoso sobre a testa. Os olhos se encontraram, ele entendeu o quanto precisava daquelas palavras. Levantou sem falar nada, muito mais confiante que antes. Tirou a varinha do bolso, caminhou até onde era possível aparatar e rodopiou, sumindo em seguida.

– Você é um grande homem, meu filho. Não faz ideia do quanto me orgulho de você. - Arthur falou para o filho que já havia aparatado, observando a poeira que levemente se formou no local onde ele estava, levantando em seguida e guardando as cadeiras.

– Ele já foi? - Molly perguntou o abraçando.

– Sim. Acabou de desaparatar.

– Ele vai se sair bem - a mulher tinha certeza em sua voz.

– Eu sei - Arthur sorriu e os olhos dos dois se encontraram. Um leve beijo trocado e um sorriso cúmplice entre eles.

Rony aparatou em uma ruela pouco iluminada, um quarteirão antes da casa da namorada. Já havia estado ali antes algumas poucas vezes com a então amiga, em companhia de Harry e Gina.

Lembrou-se de quando Hermione os convidou para ir ao cinema durante as férias do terceiro ano e como ficou aflito por Harry e Gina não terem podido ir, mas ele foi para não deixar a amiga só. Na ocasião, foi em companhia de seu pai.

Caminhou em direção á casa azulada entre outras duas menos discretas. Era uma casa pequena em comparação com a Toca, mas totalmente familiar. A sensação de lar exalava das portas e janelas.

O clima agradável de outono banhava seu corpo enquanto ele caminhava em direção a cerca baixa. Abriu o portão sentindo a brisa que bagunçava seus cabelos gentilmente. Respirou fundo, as mãos suando novamente, aproximou-se da porta e tocou a campainha de uma vez, antes que a coragem lhe faltasse de vez.

Mione abriu a porta e estava surpreendentemente linda. O cabelo estava em um rabo de cavalo, que ela gostava, pois controlava o volume de seus cachos. A pele limpa brilhava contra a luz da lua. Vestia uma blusa amarelada com alguns delicados babadinhos que formavam uma pequena manga. Estava com uma bermuda preta em jeans e uns sapatos que pareciam apenas cobrir os seus pés, de tão pequeninos que eram.

Rony se perguntou se estaria apresentável. Sua mãe disse que sim, mas agora ele se achava de menos ou de mais para ela.

– Não vai entrar, Ron? – Ela sorriu. Aquele sorriso capaz de fazer o mundo parar.

– Você está linda. – Como pude dizer isto? Rony corou instantaneamente. - Saiu sem querer. - Ela corou, mas sorriu.

– Você também está muito bonito Ron.

Rony usava uma camisa de manga comprida azul que sua mãe dizia realçar seus olhos, a manga dobrada até o cotovelo, evidenciando as cicatrizes de seus braços. Tinha uma camisa de malha preta por dentro, calça jeans e um sapato que a Gina falou que combinava e ia ficar legal. Tinha colocado o cabelo para trás tentando tirar os fios que desciam rebeldes para a testa para parecer menos desleixado.

– Acho que devemos aprender a nos elogiar mais. - sorria envergonhada enquanto abria mais a porta, o convidando para entrar.

O Sr. e a Srª. Granger esperavam sorrindo logo atrás da filha e o seu pai prontamente apertou a mão do garoto.

– Seja muito bem vindo Rony – disse.

Logo depois sua mãe lhe deu um grande abraço e Rony lembrou de sua própria mãe, apenas mais magra e um pouco mais alta. Ela sorriu e Rony retribuiu.

– E então Rony, que grandiosa aventura vocês viveram nesses quase últimos anos... – começou o pai da Mione. Agora estavam sentados no sofá em frente à lareira que fazia com que a sala ficasse quente e aconchegante. Hermione estava do lado do namorado, a mãe havia preparado biscoitos e chá trouxas, que eram bem saborosos, e ele já conseguia se sentir mais a vontade. As horas se passaram mais rapidamente e Rony percebeu que ainda não havia feito o que realmente deveria. As mãos voltaram a suar e ele ficou novamente tendo.

– Está tudo bem, Rony? - Hermione perguntou discreta percebendo o seu estado. Ele confirmou com a cabeça.

– Hrum Hrum... Pigarreei. Sr. e a Srª. Granger eu gostaria muito de falar com vocês. –

Rony sentiu que as orelhas queimavam e que, certamente, estavam vermelhas como brasas. Hermione o olhou e em seguida abaixou a cabeça envergonhada e Rony engasgou. As palavras não saiam mais. Os pais dela olharam atentos para ele e ele sabia, agora, de quem a Mione herdara aquele jeito constrangedor de olhar.

– Eu... hrum hrum... eu gostaria de ... bem ... eu e a Mione ... Eu gostaria de... Gostaria de pedir permissão para namorar a Mione.

Hermione quase afundou no sofá de tanta vergonha e embora difícil, depois que as palavras saíram Rony relaxou.

– Rony – disse o Sr. Granger – sempre soubemos o sentimento que vocês alimentaram um pelo outro. – Disse isto e olhou para sua esposa. - Achamos estranho que tenham demorado tanto para decidirem, mas agora, depois de toda esta guerra, entendemos os motivos. Amamos muito você e sua família e realmente, para nós, é uma grande felicidade que possamos finalmente ser uma família.

A Srª. Granger abriu um grande sorriso e falou: - Seja muito bem vindo a nossa casa e a nossa família, Rony. – Levantou de sua cadeira e o abraçou novamente e também o Sr. Granger, depois abraçaram a Mione.

Depois de um tempo na sala, eles se despediram e foram para seu quarto para nos deixarem a sós.

– Até que não foi tão difícil assim. – disse Mione sorrindo.

– Fale por você – Rony afundou no sofá.

– Nossa, sinto muito então.

Ela sentou encostando as costas no sofá que dividiam e olhou displicentemente para um ponto qualquer na parede a sua frente. Respirou fundo, bem devagar, e cruzou as mãos sobre as pernas.

Rony se endireitou no sofá ao seu lado. A observou e a olhou enquanto ela ainda estava concentrada na parede. Aproximou um pouco os lábios de seu ouvido e sussurrou:

– Faria tudo de novo, e sempre farei por você.

Ela virou e o encarou. Um sorriso discreto e feliz em seus lábios. Um sorriso de satisfação. As mãos de Rony foram até seu rosto, seus dedos percorrendo os lábios dela, como se desenhasse e decorasse os contornos. Fez o mesmo e suas bochechas, nariz e sobrancelhas. Ao tocar seus olhos, ela os fechou e ele, aproximando seus rostos, a beijou.

– Eu te amo mais que tudo Srt.ª Granger. - a frase saiu num sussurro quando seus lábios se descolaram.

– Amo você também Sr. Ronald Bílius Weasley, com todas as minhas forças.

Um novo beijo, um abraço e sorrisos. Estavam envoltos um no outro, desfrutando daquela alegria tão plena, tão perfeita.

Agora sim seria para sempre...


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Notas finais do capítulo

Vou dar uma agilizada nos capítulos porque como já tenho as duas fases prontas e estou muito ansiosa para postar a três, quero começar logo.
Mais uma vez, obrigada pelos comentários e fiquem à vontade para opinar.