A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, muito obrigada Julia Evans Tonks pela linda recomendação que me fez desta fic. Fiquei muito emocionada e agradecida. OBRIGADA!

E este é o Último capítulo da primeira fase.

Assim que postar o primeiro da próxima coloco o link aqui para que os que estão acompanhando possam participar do que vem por ai.

Muito obrigada a cada um que leu, comentou, favoritou, acompanhou, recomendou. Obrigada porque são vocês que nos inspiram a escrever e melhorar a cada novo capítulo, a participação de você é indispensável porque quero passar o melhor e o melhor é para os melhores.

~Em breve coloco aqui mais um capítulo com o link da Fase 2. Até lá.

Grande beijo!



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A vida estava tão tranquila que Gina, as vezes, se pegava imaginando se realmente era possível. Gostava de imaginar que nada poderia atrapalhar a paz que se espalhava. Tinha um bom marido, um ótimo casamento, um filho lindo e uma família simplesmente perfeita, mas em seu peito, algo dizia que nem tudo estava bem.

Era bem verdade que os ataques ainda continuavam depois de todos aqueles anos. Ainda havia partidários do Lord tentando contra as autoridades do Ministério, e agora que Harry era o chefe dos aurores e Rony o instrutor chefe, a sensação que tinha era que tudo de ruim que acontecia tinha que ser resolvido por eles. Ela detestava isso e estava ainda mais aflita depois daquela maldita noite de sexta-feira.

– Ah não, Harry. Não acredito que vocês vão sair em missão logo agora.

– Gina. Meu amor. Realmente eu não tenho o que fazer. Faz parte do meu trabalho.

– Não, Harry. Eu simplesmente odeio quando você viaja pra longe.

– Gina. São só quatro dias. E o Rony também vai.

– Caramba Harry. É o segundo aniversário deles, sabia? Isso é muito injusto.

– E você acha que eu não tentei deixar ele aqui? O problema é que o Ministro confia em nós devido ao nosso passado... - suspirou - Você sabe. E fez questão que o Rony também.

– Eu só espero que isso não magoe a Mione. Ninguém merece passar o aniversário de casamento sozinha, e também não gosto do fato de o Ministro sempre mandar vocês dois para as missões mais complicadas.

– Exatamente porque somos nós dois que ele nos envia, por causa do...

– Do nosso passado na guerra, eu sei. Eu também participei daquela guerra infeliz.

– Gina, eu prometo que farei o possível para voltarmos antes dos quatro dias.

– Não prometa o que não vai cumprir. - ela tinha cruzado os braços sobre o peito.

– Gina...

– E eu espero, de verdade, que vocês capturem esses idiotas que ainda tentam atanazar a vida da gente.

–--

Rony tentava encontrar a melhor maneira de contar para Hermione que iria sair em missão com o Harry. Sabia que em breve seria seu aniversário de casamento e sentia muito não poder estar com ela. Harry havia prometido que faria o possível para que ele voltasse antes do prazo, mas o Ministro estava irredutível, e ele sabia que seria quase impossível.

– Tudo bem Ronald – ela estava sem paciência – Diz que uma vez o que você quer.

– Nada, Mione. Não tenho nada a dizer. – Ele tentou ser convincente, mas não conseguiu.

– Rony, desde quando você mente pra mim? E desde quando você consegue me enganar?

– Tá bem Mione. Vou dizer logo. - concluiu rendido.

– Sou toda ouvidos – disse sentando-se na cama.

– O Harry e eu fomos convocados para uma missão.

– Certo. E o que mais? Você não estaria tão aflito só por uma missão.

– É que... Bem... Ahm...

– Ronald, por favor, está me deixando aflita.

– São quatro dias e... Viajo um dia antes do nosso aniversário!

– Mas Rony. - tristeza banhou seus olhos - É nosso aniversário.

– Mione me desculpa. Eu juro que eu tentei não ir. Mas é uma missão certa. O Neville e o David também irão e o ministro fez questão que eu e o Harry fôssemos também.

– Ah, Rony. De verdade. – Ela realmente estava triste – Não acredito que vamos passar nosso aniversário separados.

– Bom. São quatro dias. Eu prometo que tento voltar antes. Não deve ser nada além de alarmes falsos como sempre. Acho difícil partidários de Voldemort ainda tentarem alguma coisa depois de todos esses anos.

– Mesmo assim – a voz era chorosa.

– Prometo, Mione. Se não conseguir voltar antes, vamos comemorar muito mesmo depois. - tentou sorrir.

– Tenho escolhas?

– Infelizmente, não.

– Então, quero começar a comemorar agora – ela sorria um pouco insinuante.

– Certo. Prometo que você vai me ter ainda mais do que já tem esses dias.

– Ótimo. Vou te deixar morto! – Estava mais sorridente.

– Mas preciso estar disposto na missão. Quer que fique dormindo enquanto os outros fazem o trabalho?

– Quero que você lembre-se que tem bons motivos para fazer o melhor possível nessa missão e voltar logo para casa – ela falava enquanto sugava o lóbulo dele.

– Certo. Então me mostra esses motivos – ele falou virando-a sobre a cama e apoiando seu corpo sobre o dela enquanto a beijava carinhosamente.

–---

– Ai Gina! – Mione conversava com a amiga enquanto esperavam os maridos para jantar – É tão ruim quando eles viajam. Quando saem assim.

– Também não gosto, Mione, mas foi o trabalho que eles escolheram. E é muito digno.

– Eu sei. Também sei que estou sendo egoísta, mas não queria que o Rony fosse.

– Eu sei. Deve está sendo bem chato isso tudo pra você.

– E se está.

– Olá meninas... – Harry chegou sorridente e beijou Gina, logo depois, deu um beijo na testa de Mione.

– Oi Harry. Oi amor – Mione dirigiu-se para Rony.

– Oi minha linda. Já estão prontas?

– Sim – Gina adiantou-se – Já passei na mamãe e deixei o James.

– Não querem tomar banho? – Mione adiantou-se.

– Eu vou. – Rony passou como um furacão para o primeiro andar.

– Certo. Vou conjurar uma roupa e vou tomar banho também. – Harry completou.

– A toalha já está no banheiro social – Hermione falou depois de um delicado floreio com a varinha.

– Certo. Até já.

Os dois se aprontaram rapidamente, e seguiram para Hogsmeade. Divertiram-se bastante e logo rumaram para suas casas. As despedidas, com certeza, foram intensas para ambos os casais. No outro dia viajariam e tinham que aproveitar ao máximo o dia anterior.

–---

– Promete pra mim que não vai ficar sozinha? - Rony perguntava a Hermione com um grande aperto no coração.

– Prometo Ron, não é a primeira vez que viaja.

– Eu sei, mas queria ficar com você.

– Eu também, mas é seu trabalho e eu fico muito satisfeita que seja tão requisitado.

– Certo. Quando se sentir só...

– Vou pra Toca! – Ela disse um pouco irritada completando o marido – Você é muito super protetor Rony. Sossegue um pouco.

– É que te amo muito. E já estou com saudades.

– Eu sei. Também te amo muito, e vou sentir muita saudade mesmo – o beijo foi suave.

– Não esquece de visitar a Gina, tá?

– Tudo bem, Rony. Agora anda que você já está atrasado. Eu te amo tá. E se cuida.

– Também te amo!

–--

– Gina, promete que você vai visitar a Mione?

– Claro que sim.

– Acho que ela também deve ficar na casa dos pais.

– Vai sim. Eu fico com ela, mas por favor, se cuida Harry, eu estou aflita com essa missão.

– Por que?

– Não sei. Um mal pressentimento, talvez.

– Acho que está irritada por causa do aniversário do Rony e da Mione.

– É... Pode ser.

– Não se preocupe, está tudo bem - lhe deu um beijo leve nos lábios.

– E, por favor, peguem todos esses idiotas que ficam fazendo farra por ai.

– Gina – ele disse sorrindo um pouco da expressão dela – Você é linda.

– Eu sei. E vou ficar esperando você voltar...

– Te amo muito Gina, e amo você também garotão – beijou o pequeno James. - Só que de formas diferentes, que fique bem claro.

– Claro que sim – o beijo nos lábios foi arrebatador – Te amo.

– Eu também.

***

Harry, Rony, Neville e David partiram para a missão designada na Escócia. Até onde sabiam, havia uma suspeita de comensais usando maldições imperdoáveis em alguns trouxas da região.

O objetivo, como sempre, chamar a atenção do ministério e gerar desordem. Muitos comensais se debandaram com a morte de Voldemort, mas a maioria continuava na clandestinidade, efetuando magia das trevas e dando muito trabalho ao ministério.

Neville ainda não assumira o cargo de Herbologia em Hogwarts e continuava seu trabalho para o ministério como Auror. Ficava feliz ao ser convocado para uma missão, principalmente ao lado de Harry e Rony, mas deixaria o ministério em breve para realizar seu sonho de ministrar.

***

– Oi Gina – Mione acabara de passar pela lareira da amiga.

– E ai Mione? Como vai? Nos vimos há tanto tempo, né? – Elas riram.

– É verdade.

– Fica à vontade. O James acabou de dormir – ela tinha o menino nos braços - Vou colocar ele no berço.

– Tá bem.

– Já volto.

–---

– Gina – Mione bufou no sofá após assistirem uma novela trouxa - Esses estão sendo os quatro dias mais demorados da minha vida. De verdade.

– É. E ainda faltam dois dias – a outra bufou junto.

– Como posso sentir tanta falta do seu irmão?

– Ah, Mione – Gina sorria travessa – Você sempre teve problemas mentais...

– Como é? – Mione sorria indignada.

– Comer os livros em Hogwarts tirou todo o bom senso que você poderia ter. - Elas riram gostoso agora.

– O seu irmão é perfeito, Gina...

– E quem sou eu pra contestar?

– E você tem noticias deles?

– Sim. O Ministro enviou uma coruja dizendo que eles já capturaram seis partidários.

– É. Recebi essa coruja também. Parece que realmente a situação não era das melhores por lá.

– É. Parece. Agora só falta vasculhar uma pequena aldeia que tem nas mediações. É o local ideal para comensais, não acha?

– É verdade. Só espero que estejam bem. Sempre fico aflita quando o Rony passa muitos dias fora.

– Eu também não gosto. Mas não podemos fazer nada, não é mesmo. É o que eles escolheram.

– É. Eu sei! E adoram o que fazem.

– É verdade.

***

– Cara. Não vejo a hora de voltar pra casa. Estou com uma saudade terrível da Mione.

– Eu que o diga, Rony. Não vejo a hora de ver a Gina.

– Vocês. Mantenham a vigilância. – Neville ralhou os dois.

– Está certo Neville.

– Por onde vamos agora Harry?

– Você e o Neville podem buscar daquele lado, David. Eu e o Rony estaremos nessa casa.

– Essa casa tá destruída.

– É. Vamos ver se ainda restou alguém pra nos contar a história.

– Já sabem. Ao primeiro sinal de perigo, enviem a mensagem pela varinha.

– Tudo bem. Nos encontramos aqui.

– Até mais.

E cada dupla rumou para seu destino. Neville e David partiram para a cabana a frente . Harry e Rony rumaram para a mansão abandonada.

– Rony, eu vou dá uma olhada lá em cima.

– Tudo bem Harry, eu vejo aqui em baixo.

Harry subiu as escadas. A casa era totalmente escura, mesmo que eles estivessem sob a luz do dia. Estava devastada. Com pedaços de madeira e móveis espalhados por todo o caminho.

Deve ter tido uma luta e tanto aqui” Harry pensou. Não havia sinais de pessoas no lugar. Estava tudo tão tranquilo que até assustava. Se havia pessoas ali, já deviam ter fugido há muito tempo.

– Harry!

O grito de Rony quebrou o silêncio alguns minutos depois. Harry saiu em disparada ao encontro do amigo. Varinha em punho e a sensação de que a batalha seria terrível, mas ao descer as escadas, se deparou com uma cena inusitada.

Rony tinha uma moça em seus braços. Estava muito machucada e desmaiada.

– O que houve? – Harry perguntou assustado.

– Eu a encontrei caída aqui. Estava escondida por trás daqueles destroços.

– Certo, vou convocar o Neville e o David.

– O que faremos?

– Temos que voltar. Ela está muito machucada. Eu levo ela.

– Não Harry, eu levo. Procure o Neville e o David. Vou para o St Mungus.

– Certo. Vou mandar um patrono avisado ao Ministério. Nos encontramos lá.

– Certo.

Rony aparatou com a moça nos braços. Em seguida Harry achou os outros dois que realmente não haviam encontrado nada. Partiram para o st Mungos onde deveriam fazer o primeiro checkup e em seguida encontraram as esposas.

– Mas quem é essa moça? - Gina estava curiosa.

– Não fazemos ideia. O Rony a encontrou na casa onde fomos investigar. Ela parecia estuporada. Agora precisamos esperar que se recupere para explicar o que realmente houve.

– Tadinha – Hermione compadeceu-se – Espero que se recupere logo.

– Vão querer interrogar a moça? – A curandeira adiantou-se para Harry e Rony.

– Sim.

– Então me sigam.

Eles seguiam a curandeira baixinha e rechonchuda. Deixaram suas esposas na sala principal e na porta da enfermaria, ela começou a explicar a situação da moça.

– Ela foi estuporada umas três vezes e também foi atingida com um feitiço de confusão. Magia poderosa. O bruxo que a atacou é muito habilidoso. Não sei como não teve maiores sequelas. Ela está muito fraca ainda, mas já recobrou a consciência. Estamos tratando com uma porção muito forte e temos esperança que se recupere por completo em até uns três dias.

– Tudo bem. Obrigado.

Os dois entraram no quarto onde a moça estava. Ao ouvir o barulho da porta ela abriu os grande olhos verdes para ver quem adentrava. Assim que fitou os dois, sorriu. O sorriso era agradecido. Tinham salvado a sua vida.

– Boa tarde, sou Ronald Weasley – falou enquanto apertava a mão da jovem.

– E eu...

– Eu sei quem são. Ronald Weasley e Harry Potter. Como não os conheceria - Eles sorriram encabulados e continuaram.

– Como se sente? - Rony perguntou.

– Um pouco dolorida, mas consigo aguentar.

– Sabe quem fez isso? – Harry adiantou-se.

– Não vi ninguém. – Os olhos encheram de lágrimas e era visível o quanto estava debilitada emocionalmente

– Tinha mais alguém com você?

– Sim – Ela já chorava – Mas pelo que percebo, não encontraram mais ninguém. Apenas ouvi meu pai me mandando correr com minha irmã. Vi luzes verdes. Vermelhas... Caí. Depois tentei me levantar e cai novamente. Tentei encontrar a minha irmã, mas fui atingida. Pareciam pessoas invisíveis. Não vi ninguém. Estava tudo muito confuso.

– Quem estava com você?

– Meus pais e minha irmã – As lágrimas rolavam e os dois aurores se compadeceram.

– Como se chama?

– Estella. Estella Grey

~//~

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

É isso ai, gente! Obrigada a todos que chegaram até aqui e preciso dizer que a Estella é, de longe, a OC mais maravilhosa que criei até hoje. Eu a amo, adoro e sou fã dessa garota. Espero que gostem dela também e até a próxima fase.