A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 19
Capítulo 19




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– E aí, meu amor – Gina acariciava o barrigão distraída– Quando você vai nos dar o ar da sua graça, eim?

A barriga de quase 39 semanas apontava para frente. Agora era muito fácil observar o pequeno James se movimentando. O ventre dilatado permitia a quem quisesse ver o menino ainda em sua primeira morada. Os movimentos eram constantes e o menino, inquieto.

– Isso mesmo, James – Harry não conseguia controlar a cara de bobo – Queremos você aqui conosco.

– É verdade meu amor. Seu pai está desesperado esperando pra te ver. Parece que você pretende nos pregar uma peça e chegar quando ninguém estiver esperando, não é?

– Não fala isso Gina, quando ele resolver nascer, é porque é a hora certa...

– Não escute seu pai meu amor. Não é ele que está enorme e sem posição nem para deitar.

– Ah, Gina... Não reclama.

– Não estou reclamando. Adoro esse barrigão, mas estou ansiosa pra ter meu filhote em meus braços. Agora Harry, volte, por favor, a me ajudar com a maletinha dele, afinal, a qualquer momento ele pode querer chegar.

– Gina, como é possível? – Harry segurava surpreso, uma camisetinha nas mãos – Como alguém pode caber em uma camiseta tão pequena?

– Ah... Nem se preocupe. Muitas dessas roupinhas ainda vão ficar grandes por enquanto. – Harry fez uma cara assustada - Vamos lá! Está tudo pronto para você. Até o berço seu pai montou... E sem magias. Tem uma fila de gente esperando para te conhecer...

Já estava tudo quase pronto. Havia um estoque enorme de fraudas, o quarto estava completo. Roupinhas de todas as cores e tipos haviam sido dadas pelos tios e, consequentemente tias, do menino. Só faltava uma única coisa para tudo estar pronto: James.

– Olha, Harry – Ela estava animada – Ele está com soluços de novo.

– Tem certeza que isso não prejudica ele, Gina? – Ele parecia aflito.

– Já te disse que não. A medibruxa disse que é normal.

– Mesmo assim, não deixa de ser assustador.

– Você é um bobo, Harry. Nosso James está completamente saudável.

– Eu sei, mas essas coisas são estranhas demais...

– Harry, não se assuste. Tenho certeza que você será o melhor pai do mundo para ele. Vai saber fazer tudo o que for preciso, se é que esse é o seu medo e eu tenho certeza que você vai ser o pai mais babão de todos.

– Pai! – Ele parecia distante...

– Isso mesmo, Harry Potter, pai.

– É uma grande responsabilidade. Ele vai depender de mim também.

– E muito, garotão. – ela esticou a mão para ele, que a segurou - Mas você vai tirar de letra. Afinal, para o bruxo que matou Voldemort, trocar fraudas vai ser muito fácil. – ele sorriu - Agora me ajuda a levantar que eu preciso ir ao banheiro de novo...

– E então? – Ele estava aflito quando ela voltou – Alguma coisa?

– Não. Só xixi mesmo. Vamos descer, estou com fome.

– Não Gina – ainda mais preocupado – Eu trago para você.

– Harry, por Merlin. Já conversamos sobre isso. Estou bem, pesada ao extremo, mas estou bem. Posso fazer minhas coisas à vontade. Já basta ter sido enxotada do jornal, agora você quer que eu fique aqui trancafiada nessa cama o dia inteiro. Não senhor... Venha me ajude a descer as escadas...

– Gina, você precisa descansar...

– Não, Harry, agora eu preciso de um bom pastel de fígado, um copo de suco de abóbora e meu pufe. Preciso levantar minhas pernas enquanto como e vejo a novela. Foi maravilhoso você ter comprado a televisão. Tem uns desenhos ótimos...

– Gina, você é impossível – o tom era vencido.

...

Gina já estava na 40ª semana e nem sinal de James. Na verdade, ela estava ansiosa pela chegada do tão esperado bebê, estava de longe, muito mais tranquila e relaxada que Harry, que via a cada novo dia que acabava a aproximação da chegada do bebê. Ele estava de licença do ministério.

Como o bebê poderia nascer a qualquer momento, achou melhor estar a postos em casa e foi prontamente substituído por um Rony muito feliz que, finalmente, o cunhado tenha decidido ficar ao lado de Gina 24 h por dia. Ele achava que ela explodiria, e não era muito seguro ao ponto de vista dele, que ela ficasse em casa sozinha durante o dia.

– Será que não vão comemorar a Páscoa na Toca esse ano? – ela estava muito curiosa, sentada no sofá com os pés erguidos enquanto devorava sozinha um pote de sorvete.

– Vão sim Gina.

– E por que ninguém chamou a gente, Harry? – Ela estava chorosa.

– Sua mãe acha melhor você não aparatar agora. Pode ser arriscado.

– Como assim? – O olhar de fúria rompendo.

– Ela acha que aparatar pode ser perigoso para o bebê.

– Tá Harry, essa parte eu já entendi. Eu estou querendo saber por que ninguém me avisou nada sobre o almoço de Páscoa?

– Gina, realmente não é muito seguro que você vá.

– Harry James Potter – o tom era autoritário, mesmo que ela não tenha conseguido se levantar – Eu passei a minha vida inteira comemorando a Páscoa com minha família. Em Hogwarts, mamãe me mandava ovos e mais ovos de chocolate. Vocês acham mesmo que eu não vou para a Toca?

– Gina, é melhor você...

– É melhor vocês pararem de me dizer o que eu posso ou não fazer. Eu estou bem, o James está bem. Eu quero comemorar a Páscoa com a minha família e vocês querem me impedir. Por que, Harry, por quê?

A voz dela estava embargada agora. Gina sempre fora autoritária e mandona, mas os hormônios gravídicos estavam deixando a ruiva ao extremo. Harry nem sabia mais como se portar. Ela chorava por nada e de repente estava de volta às gargalhadas por sentir uma leve brisa no rosto.

E ainda tinha os desejos estranhos como comer fígado de rins acompanhado de sorvete de laranja, ou torta de chocolate com molho de mostarda.

– Por que eu não posso comemorar a páscoa com vocês? - ela chorava.

– Gina, você pode sim, mas...

– Eu posso ir, então? – os olhos brilharam esperançosos.

– Gina, eu não disse que você...

– Harry, você é maravilhoso. Só preciso separar uma roupa – Ela ia se levantando e desistiu ao sentir o peso – Quer saber, nada de roupa. Vou de moletom e camiseta. Só quero mesmo é comer a torta de cereja da mamãe. Nossa, vai ser ótimo. Mal posso esperar que chegue o domingo. – Ela sorria bobamente enquanto terminava de tomar o sorvete.

...

A manhã do domingo de Páscoa estava perfeita. O céu estava claro, o sol brilhava encantador e Gina estava simplesmente disposta. Estava ansiosa pela torta de cereja que a mãe sempre fazia na páscoa e não via a hora de irem de uma vez. Estava com saudades dos ingratos dos irmãos, que nem a deixavam sair e ao menos apareciam na lareira para perguntar como ela estava.

Um bando de ingratos – ela pensava enquanto se arrumava no quarto. Harry havia descido para preparar o café e logo em seguida iriam para a Toca. Usariam a lareira, já que era o meio transporte bruxo mais seguro para ela.

– Então James – Ela sorria e acariciava a barriga – Ansioso pela torta de cerejas da vovó, não esta?

Ela sentiu uma pontada diferente. A reação automática foi colocar a mão abaixo do ventre e sentar-se na cama.

– Trouxe o café, Gina – ele reparou a cara assustada dela – Você está bem?

– Sim. Estou – ela acordara do devaneio – Só o James que chutou com muita força. Mas já passou. O que você trouxe? Estou faminta...

– Trouxe torradas, geleia de morango, suco de abóbora, leite e água de coco.

– Ótimo. Vou dispensar o suco. Mas vou devorar essas torradas, então, pega logo o teu que o James hoje acordou faminto...

– Você está realmente bem, Gina?

– Estou, Harry. Apenas estou imensamente cansada e com mais vontade que nunca de ir ao banheiro, fora isso, tudo em ordem. Continuo com azia, com as tonturas, pesada ao extremo e com a respiração difícil - falava e mastigava ao mesmo tempo, lembrando um pouco Rony.

– Gina... eu...

– O que?

– Me desculpa, tá...

– Pelo que? – A boca dela estava cheia de torradas e a voz saiu embargada enquanto ela tentava mastigar.

– Er... que... Me sinto culpado por você está assim.

– Assim como?

– Assim... - ele fez um gesto indicando a barriga.

– Harry, por Merlin. Você está falando da gravidez? – Ele assentiu com a cabeça – Mas Harry, você não teve culpa de nada.

– É que, Gina...

– É que nada, Harry... Deixe bobagens. Você tem me feito a mulher mais feliz a cada novo dia. Você me deu meu maior presente, que é o James. Não sei se você sabe, mas o James não veio parar aqui só porque você quis.

Ele sorriu constrangido e ela continuou depois de engolir o que tinha na boca.

– Eu também contribui, e da mesma forma eu o esperei. Nós o fizemos em equipe e somos igualmente responsáveis por ele. Você esteve comigo em todos os momentos, Harry, em cada ânsia, em cada enjoo. Você tem me acompanhado mais do que eu poderia imaginar. Você me fez sentir bem em todos esses meses. Foi mais que um companheiro... Você foi um pai.

“Você estar comigo é tudo o que eu preciso. Não preciso que você tenha remorso ou se sinta culpado. Estou feliz, totalmente realizada e sem você, não viveria tudo isso que estou sentindo. Você não é culpado de nada, você é meu cúmplice e nosso James vai ter o pai mais coruja que já existiu. Agora para de pensar bobagens e me deixa terminar. Estou louca para ir à Toca.”

...

Todos já estavam na Toca quando Gina e Harry apareceram na lareira. O espanto foi total, o silêncio, constrangedor. Ninguém esperava a ruiva na casa naquele estado. Parecia que ela tinha uma doença grave e que estava horrenda. Era olhada por olhos frustrados, espantados e confusos.

– Gina, minha filha – a sra Weasley quebrou o silencio – O que você está fazendo aqui? – E se adiantou afastando Rony sem cerimônias abrindo espaço para que a filha sentasse.

– Não é obvio, mamãe? Vim comemorar a páscoa. - falou tranquila.

– Mas minha filha. Você está prestes a dar a luz. Não devia ter vindo. Deveria estar de repouso...

– Mãe, sério. - Ela fechou a cara – Eu estou cansada de fazer repouso. Não aguento mais ficar deitada. O Harry não me deixa fazer nada sozinha. - estava em prantos - Faz um tempão que não saio. Ninguém vai me visitar e eu ainda não tenho o direito de comemorar a Páscoa com minha família.

– Não é isso, Gina – o sr Weasley tentava acalmar.

– Tu...do bem... papai – A voz embargada devido ao choro – Eu sei... quando... não... sou... bem... vinda...

– Cara – Rony estava espantado. Os olhos arregalados. – A Gina tá chorando?

– NÃO, RONALD! – Ela berrou. O ruivo se escondeu. Sabia que não era bom bater de frente com mulheres sentimentais – Não estou chorando. Estou morrendo de felicidade porque minha família me exclui de tudo.

– Gina – Hermione tentou – Não te excluímos de nada...

– Não, Mione, não tente melhorar as coisas. Eu só queria passar um dia feliz com minha família, mas vocês não me querem aqui...

– Gina – Gui já estava nervoso – Nunca dissemos que não te queríamos aqui...

– É? É mesmo, Gui? Mas quando a Fleur estava grávida, ninguém a proibiu de levantar da cama...

Ginaa... Eu tambam fiz repouso – Fleur falou como um sussurro.

– É. Mas ninguém deixou de te ver...

– Gina – Jorge meteu-se – Estivemos na tua casa semana passada.

– AH! – Mais um grito – Agora contam até as vezes que me visitam. Venha, Harry. Me leve embora. Quero ir pra casa.

Ela até tentou levantar, mas o peso da barriga a fez tombar e sentar novamente. Harry se adiantou lhe estendendo o braço.

– Nunca pensei – continuou chorosa – Jamais imaginei que seria abandonada por minha família.

– Minha filha – A sra Weasley sentou ao seu lado – Não te abandonamos jamais. Te amamos. Todos nós. Apenas presamos por sua saúde. Sabemos que não é confortável ficar andando, subindo e descendo escadas. Queremos apenas que você fique tranquila, e que o James nasça saudável e feliz. Não é bom pra ele que você fique triste assim.

– E nem é bom para você, Gina – Angelina completou – Pode te fazer mal.

– Er... Eu sei... – Ela fungava agora abraçada com a mãe.

– Mione? – Rony sussurrava. Era quase inaudível – Por Merlin, me explica o que o Harry fez com a Gina.

– Nada! – Ela respondeu no mesmo tom sussurrado – Na verdade, os dois fizeram. É o James.

– O meu sobrinho tá deixando minha irmã assim? Ele conseguiu fazer a Ginevra Weasley chorar?

– Na verdade, Ron, são os hormônios. Está muito perto dele nascer e os hormônios dela estão a flor da pele.

– Isso eu percebi. Tenho que me lembrar de não chegar muito perto dela hoje.

– Que horrível, Ronald. Ela é sua irmã.

– Eu sei, mas prezo pela minha vida.

– Então, quando estiver grávida, você nem vai chegar perto de mim?

– Não disse isso, Mione. – falou rapidamente - Não coloque palavras na minha boca.

– Não disse, mas insinuou.

– Ah, Mione, você não é a Gina. Não vai ficar assim...

– Tá bem.

O sussurro dos dois e dos demais que faziam o mesmo espantados com a fúria da ruiva foi interrompido assim que ouviram sua voz, agora mais contida e tranquila.

– Então... Eu posso ficar?

– Claro, minha filha – A sra Weasley a abraçava gostosamente.

– Nunca dissemos que não podia, meu amor - agora o pai lhe beijava a cabeça.

– Mamãe... O James quer saber tem torta de cerejas?

A gargalhada foi geral. A não ser por um Rony muito apreensivo que olhava assustado da irmã para a esposa.

O almoço transcorreu tranquilo. Carlinhos chegou em cima da hora, a tempo de ouvir uma brincadeira da Gina.

– Ah, Carlinhos, sua sorte é que o James hoje só quis torta.

...

– Harry, você é o cara! – Rony dava tapinhas no ombro do amigo.

– Por quê? – Ele perguntou curioso.

– Cara, a Gina sempre foi tempestuosa, mas a gravidez multiplicou em 500 vezes. Estou orgulhoso da sua paciência.

– Eu amo sua irmã, Rony, e amo o meu filho. É o mesmo que você faria.

– Merlin me livre. A Mione não vai ficar assim. Ela vai ficar tranquila como um anjo, eu sei. - falava convicto.

– Tá... Eu pensei o mesmo da Gina.

– Isso porque vocês não conviveram com a Fleur – Gui meteu-se na conversa – Na gravidez de Dominique ela estava pior que o Rabo Córneo, com certeza, e o fato de ser meio veela só piora as coisas.

Os três fizeram cara de espanto e susto.

– Não tive problemas maiores com a Angelina – Jorge chegou – O problema sempre era o fato de ela estar enorme... – Ele fazia o gesto de um barrigão com as mãos enquanto falava.

– É, Roniquinho – Gui dava tapinhas – Só falta você, então, vá se preparando física e emocionalmente para quando chegar a sua hora.

– Já falei que a Mione não vai ser assim.

– Na verdade, Rony – Percy chegou à conversa – Não é você quem diz, e sim os hormônios que vão ditar as regras e fazer com que ela fique ou não nervosa. A Audrey, por exemplo, chorava dia e noite enquanto esperava a Molly. Eu mal podia olhar pra ela...

– Também, Percy – Jorge aproveitou – com essa cara feia que você tem, ela tinha mais era que se assustar mesmo...

A gargalhada foi geral...

– E você, Carlinhos, não vai deixar de ser maricas nunca? – Jorge continuou com as gracinhas.

– Ah... Até fiquei de olho na prima da Mione – Carlinhos respondeu – Mas ela é muito louca...

– É, meu irmão – Rony falava sério, concentrado – Se quer um conselho, mantenha-se longe dela.

Novas gargalhadas puderam ser ouvidas.

...

– Mas você não tem sentido nada, Gina? – Hermione estava curiosa.

– Não, Mi – Gina estava totalmente recomposta do ataque de histeria.

– E o que a medibruxa falou? – Angelina perguntou.

– Ah, ela disse que é normal. Acredita que eu errei as contas e me deu mais duas semanas para esperar o James.

– Dominique tambam demorrou a nascerrr... – Fleur lembrou - Uma semam depois da date marcade!

– É, Gina – Audrey é quem falava agora – O melhor que você faz é relaxar. Quando ele quiser nos conhecer – ela acariciou a barriga de Gina – ele vai chegar.

– É mesmo – Gina continuou – O maior problema é o peso. O cansaço é de longe enorme. O Harry que fica se sentindo culpado por eu estar enorme.

– Como são bobos – Falou Angelina – O Jorge ficou do mesmo jeito. Nos últimos dias antes de Fred nascer, ele me olhava com a maior cara de culpa que eu já vi. Teve uma vez que até brinquei com ele e falei: É Jorge, é tudo culpa sua! Eu pensei que ele ia chorar.

E desataram a rir até serem interrompidas por Hermione.

– Ah, não, meninas. Vocês estão reclamando de barriga cheia. Isso só prova o quanto os rapazes se preocupam com vocês.

– Isso sim, Mione – Gina continuou – Quero mesmo ver quando for você. O Rony vai ter ataques histéricos no teu lugar... – Novas risadas.

– O Rony é um fofo, Gina – Hermione estava ruborizada.

– Tá, ele pode até ser um fofo, o que eu duvido muito, mas não deixa de ser um Weasley, e talvez o mais sentimental de todos.

– É, Hermione – Angelina dava tapinhas no ombro da amiga – Boa sorte.

– Mas por que Angelina?

– Além de carregar o Weasley filho no ventre, vai ter que carregar também o Weasley pai. – E mais risadas.

– É mesm Hermionn... – Fleur falou sorrindo muito – O Rony é o mais sensive dos Weasley e você vai sofrrer com essi...

– Já até imagino a cena – Gina continuou - A Mione espera o Rony em casa e fala: Amor, eu estou grávida - Ela encenava mesmo sentada – Dai o Rony responde: Como é que é, Mione? Não entendi. – A Rony, vamos ter um bebê... E de repente se ouve o paff... O Rony desmaia e a Mione fica com cara de ‘o que eu fiz?’

– Nem vem, Gina. Bem me lembra o dia que você nos contou que estava grávida. As gargalhadas aumentaram enquanto se lembravam do ocorrido.

...

Gina descia as escadas levemente pálida, apoiada a mãe que vinha ao seu lado lhe segurando a mão e um lado da cintura. Harry a olhou apreensivo. Nunca havia visto a esposa passar mal daquela forma e se sentiu culpado por estar tão fedido anteriormente.

Estavam jogando quadribol no pomar enquanto esperavam a sra. Weasley lhes chamar para cantar parabéns para Gina. Entraram na cozinha e a reclamação foi geral por federem. Até ai ia bem, bem até Gina se precipitar como uma flecha em direção ao banheiro do andar superior. Na ocasião, a sogra não lhe deixou subir, mas levou uma poção para ela.

Agora ela descia as escadas, e mesmo que parecesse debilitada, tinha um leve sorriso de satisfação nos lábios. Os olhos brilharam ao encontrarem o do marido.

– Está bem? - ele se adiantou lhe ajudando a terminar de descer as escadas.

– Sim. Estou sim - sorriu e aceitou a ajuda, sentando um pouco na sala. Todos estavam preocupados.

– Como se sente? - Gui perguntou. De certa forma sentia-se culpado pois ela passou mal quando ele tentou lhe beijar a testa.

– Estou bem, de verdade. Não se preocupem.

Um murmúrio de alívio se ouviu de todos enquanto lhe olhavam e ela recostava o rosto, ainda pálido, sobre o ombro de Harry, recebendo um carinho leve dele em seus mãos.

– Vamos lá - a senhora Weasley vinha com o bolo flutuando ao seu lado - Melhor cantarmos parabéns aqui mesmo - completou descartando a mesa armada no quintal.

O bolo foi depositado delicadamente sobre a mesa da cozinha, e todos, aos poucos, se levantaram e caminharam até lá. Gina se colocou perto do bolo, as velas começaram a acender magicamente e depois da cantoria, ela as apagou.

Cortou calmamente um pedaço do bolo, que parecia muito saboroso, e os copos sobre a mesa começaram a se encher de suco de abóbora, tamarindo e romã. Ela tinha uma fatia generosa sobre a mão, em um pratinho, e após limpar a garganta, começou.

– Quero agradecer a vocês, minha família, por estarem comemorando este dia tão especial em minha vida comigo. Agradeço principalmente aos meus pais, porque sem eles eu nem sequer sonharia em estar aqui, mas muito mais agradeço ao Harry por ter me dado o melhor presente que eu poderia receber.

Harry sorriu envergonhado lembrando-se do par de brincos com os quais a havia presenteado.

– Você é, de longe, o melhor marido que eu poderia sequer sonhar - ela continuou - e eu vou te agradecer imensamente e para sempre, a alegria que me proporciona no dia de hoje. A primeira fatia de bolo vai para você, Harry, por ser quem você é para mim e para nossa família, mas principalmente, por ter me concedido a graça de poder gerar nosso bebê.

Todos silenciaram, mesmo que já estivessem em silêncio, e Harry parou as mãos antes mesmo de alcançar o bolo que lhe era oferecido. A cor de sua face se esvaiu e ele se viu levemente atordoado, abobalhado, as palavras perfurando seu cérebro ao longe, como uma música distante.

Ao seu lado, Ron estava igualmente abobalhado, segurando um copo de suco de romã a poucos centímetros da boca. Jorge tinha um olhar travesso, Percy aparentava satisfação, e Gui e Charles pareciam conspirar entre si em uma linguagem muda dos olhos as 1001 formas de matar Harry Potter.

As mulheres sorriam, todas sem exceção, e Molly entregava ao marido um sorriso puro, feliz e gratificante.

– O que você disse? - Harry perguntou em um sussurro mouco aos seus ouvidos.

– Que vamos ter um bebê, Harry - Gina sorria - Eu estou grávida.

A comoção foi geral. Harry havia, definitivamente, desmaiado sobre Hermione que pendeu e quase caiu sobre Fleur, atrás dela. Gui se adiantou de onde estava quebrando o contato visual com o irmão e ajudou Rony a carregar o cunhado semi-inconsciente para o sofá da sala. Gina parecia nervosa.

– Não vai morrer assim tão fácil Potter. Vou matá-lo, ressuscitá-lo e matá-lo novamente por isto - Rony ameaçava rosnando enquanto a sra. Weasley passava um algodão com essência no nariz do moreno. Ele ouvia tudo ao longe.

– Ah! Cala a boca, Rony - Gina repreendeu.

– O Rony está certo - Gui pronunciou-se.

– O Potter não tinha o direito de... - Carlinhos foi interrompido por um olhar mortal da mãe e da irmã.

– E desde quanto o chamam de Potter? - Gina quis saber se levantando e pondo as mãos na cintura, um ar assassino no rosto - Desde quando o tratam como se ele fosse um estranho? E ainda mais, desde quando preciso de vocês para que me defendam de alguma coisa? - Harry murmurava acordando ao fundo - O Harry é meu marido e eu o amo assim como ele me ama. Deixei de ser a menina que vocês trancavam em uma redoma invisível e particular faz mais de 10 anos e se não se deram conta, EU CASEI - gritou respirando fundo antes de continuar.

– Se estou grávida é porque tenho, graças a Merlin, uma vida sexual ativa e sadia e - os irmãos a olhavam com incredulidade, quase nojo - não quero que se metam na minha vida em relação a isto. Estou feliz, realizada. Estou casada com o homem que amo, que sempre amei e teremos um filho. Acham mesmo que casei com o Harry para brincar de casinha? Me poupem e deixem de frescura que não estou nenhum pouco a fim de ouvir as ladainhas de vocês. - dizendo isto se direcionou ao marido, lhe beijando a mão, sentando ao seu lado.

– Como diz a minha mãe - Hermione comentou baixo, mas claro o suficiente para todos ouvirem - Quem fala o que quer, ouve o que não quer.

Momentos depois Harry estava bem, ainda atordoado entre a surpresa da notícia e a ideia de ser pai. Gui parecia um pouco mais tranquilo e embora Rony e Charles aparentassem o mesmo semblante ranzinza, decidiram que seria prudente e vitalmente seguro não atiçar Gina novamente.

...

– A cara do Harry foi hilária - Angelina se contorcia.

– Tadinho dele, não esperava - Hermione tentou defender.

– Eu deveria ter sido mais discreta em contar - a face de Gina estava corada pelo riso - Mas o melhor foi a cara do Ron, indignado que eu estivesse grávida.

– Acho que ele realmente pensava que você havia casado para brincar de casinha - Andrey continuou e a enxurrada de gargalhadas foi ainda maior, Rony as interrompendo quando chegou.

– Posso saber do que tanto vocês riem? – parecia curioso.

– Nada demais, maninho – Gina apresou-se - Conversa de meninas.

– Será que a conversa de vocês tem alguma coisa relacionada ao fato de minhas orelhas estarem queimando? A mamãe sempre fala que as orelhas queimam quando alguém fala de você. – Novas gargalhadas. As mulheres se olhavam cúmplices.

– Vamos, Rony – Gina adiantou-se – Deixe de falar asneiras e me ajude a levantar. Estou faminta.

Ela parou novamente ao sentir uma pontada forte no ventre. Todos a olharam apreensivos.

– Você está bem? – Rony foi o primeiro a perguntar. A apoiava em seu corpo e sentia a pressão que ela fazia em seu braço.

– Sim, estou – as risadas cessaram – apenas uma pontada. Nada demais.

– É melhor sentar um pouco, Gina – Hermione precipitou-se para ajudar.

– É... Dessa vez vou aceitar a oferta de me sentar.

– Gina, quer que eu chame o Harry?

– Sem estresse, Rony. Deixa ele lá que ele está uma pilha de nervos. Precisa mesmo se distrair. Senti isso o dia inteiro. Daqui a pouco passa. Agora fica aqui que vou precisar ir ao banheiro de novo daqui a pouco.

Rony estava abismado. Sentiu desejo de ir socar a cara de Harry, mas preferiu ficar do lado da irmã.

– Vem Rony, me ajuda a subir as escadas. Preciso ir ao banheiro.

Ele adiantou-se para ajudar a irmã. Olhava para Hermione com cara de me ajuda. Não se lembrava de ter demorado tanto a subir as escadas da Toca como dessa vez. A irmã estava lenta, pesada e enorme. Sentiu-se triste ao pensar que Mione passaria por isso um dia.

– Me espera pra você me ajudar a descer – Ela falou enquanto entrou no banheiro.

Alguns instantes depois, ela voltou a porta, mas colocou apenas parte do rosto para fora.

– Tudo bem, Rony – ela dizia calmamente – Sem pânico, certo? - Ele estava sem entender ao certo o que ela pretendia – Preciso que você chame o Harry para mim. Eu vou esperar aqui.

– Como? Gina... Você? – Ele apontava de boca aberta os olhos arregalados enquanto apontava para a barriga invisível da irmã que estava atrás da porta.

– É, Rony. - falou ainda num tom calmo e explicado - Isso mesmo. O James vai chegar e eu preciso do Harry.

– Ai meu Merlin – Ele levou as mãos à cabeça e estava com a maior cara de me ajuda, por favor.

– Rony, é sério. Eu estou bem e o James também. - falou mais rígida - Quem está em trabalho de parto sou eu, então, por favor, VAI CHAMAR O HARRY!

Ele foi em disparada. Desceu as escadas aos pulos. Todos o olhavam aflitos.

– Rony – Mione aproximou-se – O que houve?

– Gina... Harry – ele não falava coisa com coisa, mas foi o suficiente para Hermione entender.

– Meninas, a Gina entrou em trabalho de parto. Está no banheiro. Alguma de vocês viu o Harry ou a Molly?

– Oh, céés... Finalmente – Fleur levantou-se de um salto – Vou lá ficar com ela.

– Também vou – Audrey precipitou-se.

– Eu também... – Angelina concluiu.

– Certo, Ron – Mione virou-se para o marido – Vamos buscar o Harry, tudo bem? – Ele assentiu com a cabeça.

– O que houve, Mione? – a matriarca entrou na sala – Onde está todo mundo? Você está bem, Rony? – Ele estava pálido. Era claro que não estava bem.

– Molly – Hermione adiantou-se – Você viu o Harry?

– Sim! Está jogando quadribol com os... – Ela parou e fitou Hermione. O olhar bateu em Rony – Onde está Gina?

– No banheiro. Preciso encontrar o Harry. – Hermione adiantou-se para o quintal.

– Certo, estou subindo.

...

– Harry! – Ela gritava sem respostas. Estavam muito longe e muito alto para ouvirem o que ela dizia – Droga! Rony, preciso de você.

Ele continuava com a cara de bobo. A feição ia de um enjoado ao enojado.

– Ronald! Acorda.

– Sim, Mione, eu tô acordado.

– Rony, preciso que você vá chamar o Harry. Ele não me ouve.

– E como eu vou? – Ele ainda estava um pouco confuso.

– Na vassoura, Rony, mas você tem que se concentrar primeiro.

– Ah... Sim...

– Certo, Rony, onde está a porcaria da vassoura?

Ele apontava distraído para o armário velho onde ficavam as antigas vassouras da família. Hermione precipitou-se para apanhar uma vassoura. Havia deixado a varinha dentro de casa e não tinha muito tempo. Ela não sabia se havia muito tempo. Pegou a primeira vassoura que encontrou, respirou fundo “Tudo bem Hermione, seu sobrinho está nascendo e ele precisa do pai”. Fez um impulso e subiu “Eu odeio voarrrr”

Todos jogavam radiantes até serem surpreendidos por uma juba de cabelos castanhos.

– O que houve Mione? – Jorge foi o primeiro a vê-la

– Preciso falar com o Harry. O James vai nascer.

– Agora?

– Sim...

– Desce, Mione, você tá azul. Eu vou lá chamá-lo.

– Obrigada. – Ele forçou o corpo e a vassoura desceu. A aterrizagem foi péssima e ela caiu.

– Mione – Rony adiantou-se para onde ela estava – Que droga você estava fazendo?

– Fui procurar o Harry...

– De vassoura? Você detesta voar, Mione. Podia ter se machucado.

– É, te pedi pra ir lá, mas você fica com essa cara de...

– Onde está a Gina? – Harry desceu muito aflito.

– Acho que ainda está no banheiro, Harry. – Rony falou apressado.

Ele passou como uma flecha. Os outros em seguida.

– Gina! – Ele gritava enquanto subia as escadas. – Gina, onde você está?

– Aqui, Harry! – A sra. Weasley gritou.

– Gina - ele realmente estava sem ar – Como você está.

– Bem, na medida do possível... – Gina estava deitada sobre sua antiga cama e as mulheres a cercavam.

– Droga... – ele andava de um lado para o outro – O que vamos fazer?

– Cara, - Rony acabara de adentrar, ainda mais branco que Harry – precisamos fazer alguma coisa.

– Eu sei Rony, mas o que?

– Cara, eu não sei. Não sei como agir...

– Nem eu... o que vamos fazer?

– Que tal um de vocês me ajudar a levantar? – Gina interrompeu a tranquila conversa entre eles – Sabe, tem um bebê querendo sair daqui e acho que o melhor era ir ao hospital.

– Claro, meu amor – Harry sentou-se ao seu lado – o que quer que eu faça?

– Bem, primeiro, pegue a mala do James em casa...

– E vou te deixar sozinha?

– Harry, definitivamente, eu não estou sozinha...

– Claro, claro... e...

– Harry, vá buscar a mala, e você Rony, desfaz essa cara de espanto e vai preparar a lareira pra mim... AGORA!

– Tá, tá... – eles se bateram ao saírem, Rony e Harry em seus destinos.

– Caramba? – Angelina estava de boca aberta com os dois – Realmente precisava disso tudo?

– Esses garrotos sam muito exagerados... – Fleur completou.

– Nem parece que a Gina que está em trabalho de parto – Audrey concluiu.

– Esses dois são péssimos – Hermione concluiu – Eles sempre foram exagerados assim.

– Bem – Gina interrompeu tranquila a conversa – Mamãe, pode me ajudar a tomar banho?

– Claro, minha filha. Está se sentindo bem?

– Sim. As contrações ainda estão espaçadas, acho que tenho tempo até o Harry voltar. O Rony deve estar em desespero lá em baixo, então, estou tranquila...

– Gina – Angelina falou sorrindo – realmente, você não existe!

Risadas podiam ser ouvidas de toda a Toca. Rony estava em desespero sem saber onde encontrava o pó de flur, nem sabia como preparar a lareira, até ser interrompido em seus pensamentos.

– Rony? – o sr. Weasley falou tocando seu ombro – O que você tem? Onde estão todos?

– Ah... – Percy olhou curioso para o irmão enquanto ele tentava explicar – A Gina... O Harry – ele não conseguia formar palavras...

– Rony, meu filho, sua irmã está bem?

– Sim papai, está com James...

– James? – Percy e o sr Weasley falaram ao mesmo momentos – James nasceu?

– Não, ainda não... Mas vai!

– Onde Gina está?

– Lá em cima, com as mulheres...

– Certo, vamos aprontar a lareira então e...

Harry entrou correndo pela porta da cozinha. Estava ansioso. Os olhos lacrimejavam de tensão. Não falou com ninguém e rumou direto para o antigo quarto de Gina.

– Vamos? – Gina falou de pé, de banho tomado e sorridente, assustando Harry, que imaginou que ela estaria descabelada, desesperada e em prantos.

Rumaram para a maternidade bruxa onde Gina fazia o acompanhamento. Desceram as escadas e encontraram um Rony desesperado sentado no sofá. As mulheres uniram-se aos seus maridos, que mantiveram as crianças distraídas para não incomodar Gina e foram todos pela lareira. Hermione precisou conduzir Rony, que mal se controlava de pé.

Estavam há quase três horas na maternidade e nada alterava. Harry continuava nervoso, Rony desesperado, o resto da família conversava feliz como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Hermione tentava conversar com Rony.

– Ron, por que está assim?

– Eu não sei Mione. Realmente eu não sei.

– Está com medo pela Gina?

– Acho que sim, também. Mas a Gina é forte, ela supera isso...

– E o que está te afligindo de verdade, Ron?

– Acho que temo... Tenho medo por... você...

– Por mim? Mas por quê?

– E quando for você? O que eu vou fazer, Mione?

– Ron...

– Não, Mione, eu não sei o que vou fazer... Não suportaria te ver sofrer Mione e...

– Ron – ela pegou seu rosto com as mãos e o fez olhá-la – Eu te amo. Não sofrerei jamais por ter um filho seu. Na verdade, é meu maior desejo e vou ser completamente feliz quando eu conseguir te dar um filho. Sei que você adora crianças e eu também... Não imagine isso, Ron. Veja a Gina, ela está totalmente feliz, ela está radiante. É a lei natural da vida, e ter um filho é a realização de toda mulher que sonha ser mãe. Serei muito feliz quando isso acontecer.

– Mas Mione...

– Ron, eu sou a mulher mais feliz do mundo, eu te amo demais e serei extremamente feliz...

– Você quer mesmo? Tem certeza Mione?

– Sim Rony. É o que mais desejo. Ter uma família com você será maravilhoso...

– Obrigado, Mione.

– Mas... Pelo que?

– Por ser a mulher mais maravilhosa do mundo...

– Senhor Potter – A Medibruxa aproximou-se.

– Eu. Sou eu.

– A senhora Potter entrou em trabalho de parto agora. O senhor gostaria de acompanhar?

– Claro que sim! – Ele ao menos esperou a moça terminar.

– Harry – os olhos lacrimejavam e os cabelos estavam presos em uma touca e os fios que estavam soltos se grudavam ao rosto devido a grande quantidade de suor.

– Está bem, Gina?

– É! Estou, mas não vejo a hora do James sair de uma vez, ele está muito preguiçoso... Ahhhhhhhh

– Gina – Harry entrou em desespero – o que você tem?

– É só mais uma contração, papai – Disse a medibruxa – acalme-se que elas vão aumentar ainda mais.

– É Harry, é norma...aaaaaaaaaaiiiiiiiiii.

– Preciso que ajude sua esposa, papai. Quando eu disser, levante o corpo dela e a mantenha sentada. Ela vai querer deitar, mas você tem que mantê-la sentada e esse lindo neném vai nascer rapidinho, tudo bem?

Ele assentiu com a cabeça, achando que no fundo não seria capaz de fazer o que foi pedido, mas ficou firme e tentou.

– Ahhhhhhhhhhh

– Vamos lá mamãe, força...

– Ahhhhhh, eu vou trazê-lo sim...

– Muito bem Gina...

– Ahhhhhhhhhhhhh

– Isso Gina, já posso ver a cabeça, empurra Gina, segure-a papai...

– Ahhhhh James, não faça sua mãe sofreeeeeeeeeeeer

– Muito bem Harry, só mais um pouco Gina, só mais uma...

– Só mais uma, ahhhhhhhhhhhhhh!!!

O choro do bebê foi alto, claro e forte. As lágrimas corriam dos olhos dos dois, pai e mãe sorriam felizes pelo nascimento de James.

[…]

– Nasceu – um Harry abobado apareceu na sala de espera. A comemoração foi total. A algazarra era tamanha que uma medibruxa precisou pedi-los para pararem.

– Podem entrar de três em três – ele completou após o silêncio de todos.

– E como está minha filha? – A sra Weasley perguntou aflita.

– Ótima. Radiante. Simplesmente, feliz.

Entraram na sala de visitas e conheceram o pequeno James Sirius Potter. Um lindo menino de olhos castanhos e cabelos incrivelmente vermelhos. A pele era alva e podia-se ver algumas pequenas sardas em seu rosto. Era um menino lindo, esperto e tranquilo.

Todos os cumprimentaram e Gina e Harry estavam simplesmente emocionados.

– Viu, Ron? – Hermione sussurrou ao marido – viu como estão felizes?

Ele apenas assentiu com a cabeça e sorria feliz. A alegria da irmã e do amigo, unidos com o seu desejo de ser pai e a alegria com a qual Hermione lhe falara antes o fez ter certeza que seus medos eram infundados e que aquilo seria a confirmação de uma vida simplesmente feliz.


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Notas finais do capítulo

A fase 1 está acabando e não vejo a hora da 2 começar. Em breve teremos mais ação e um pouco de obscuridade em nossos capítulos. Beijos.