A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 17
Capítulo 17




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Quando entraram no banheiro masculino para aparatarem, Hermione não pode deixar de comentar.

– Sempre imaginei o banheiro masculino diferente.

– Diferente como? - Rony respondeu - Como é o das meninas?

– Do mesmo jeito, Ron. Você já viu o da Murta...

– Ah é!

Os dois riram da bobagem que comentavam e Rony deu a mão para Hermione, a fim de aparatarem.

– Rony, - Hermione estava corada - Você não acha que deveríamos aproveitar nossa festa?

– O que você tem em mente, senhorita Granger?

– Na verdade, a Josy e o Dino se envolveram demais com essa despedida de solteiro que acho que deveríamos comemorar...

– Como? - ele sorriu de canto percebendo o que ela queria.

– A primeira coisa a fazer é sair daqui.

Hermione puxava Rony pelo braço e o conduziu para fora do banheiro. Na verdade ela nem sabia o que tinha em mente, mas no momento estavam sozinhos e a oportunidade de quebrar algumas regras queimava em sua mente.

Começaram o passeio se beijando muito. Na verdade o ruivo ainda estava meio desorientado sem saber o que ela pretendia, mas preferiu entrar na brincadeira e ver até onde iria.

O clube onde estavam era enorme, cheio de portas e áreas.

Passaram novamente pelas salas de vidro e perceberam muitos casais transando sem nenhum pudor.

– O que você acha, Ron?

– Um pouco ousado demais!

– É, também acho...

Continuaram andando até chegarem em um local onde todos dançavam. Ou se esfregavam. Eles nunca tinham estado em um lugar como este e realmente tudo era novidade. Hermione começou a se mexer sensualmente, enquanto puxava o ruivo para perto de si pelo colarinho da camisa que vestia.

Ele agora começava a entrar na brincadeira da noiva e percebia que ela estava um pouco mais solta. Segurava o cabelo sensualmente enquanto esfregava o bumbum no namorado.

Certo! Era uma situação estranha para os dois, mas eram noivos e se casariam dali a um dia, era sua despedida de solteiro e o melhor era que comemorassem juntos.

Finalmente, as pessoas que conheciam estavam ocupados em sua própria festa e ainda usavam aquelas máscaras sem utilidade, porque no escuro do clube, dificilmente alguém via alguém.

Estavam ficando sem pudores e um Rony mais solto segurou firme uma Hermione bem dançante. Ela continuava de costas para o namorado e se esfregava ousadamente.

Ele agora percorria o corpo da noiva ao som da alta música que tocava. A sensualidade estava a flor da pele. Não fossem os outros casais que dançavam do mesmo modo, eles teriam certamente ficado muito envergonhados.

– Não sabia que você sabia dançar assim, Mione... - O ruivo já estava a mil e falou em seu ouvido.

– Nem eu... - Ela sorria afoita com a própria ousadia.

A dança ficava cada vez mais sensual. cada vez mais provocante. O sangue subia e o coração batia rapidamente. O calor agora fazia parte e o suor pingava dos seus rostos. Hermione percebeu o estado do namorado e maliciosa sorria ousada. Ele gostava dessa "nova" Mione.

Ficaram um bom tempo nessa situação até que ela decidiu irem para um lugar mais reservado. Procuraram e a única coisa que encontraram foi um dos quartos de vidro.

– Quer tentar? - Ela olhava e sorria para o namorado.

– O que temos a perder? - Ele já não aguentava mais.

Sim, ainda tinham o que perder. Perderam o pudor e o nexo ao entrarem naquele quarto. O cheiro de sexo era muito forte e perceberam que não conseguiam ver nem ouvir nada do lado de fora.

Hermione avançou no ruivo deslizando o corpo ousada contra o dele. Havia um sofá próximo e ele aproveitou para sentar.

Ela beijava e sugava com ímpeto os lábios grossos do namorado e ele já estava ficando sem fôlego; incontrolável.

– Mione - ele ainda tentava colocar para fora o pouco de senso que lhe restara - Não vemos nem ouvimos, mas as pessoas lá fora sim.

– Eu sei, Ronald - Ela falava enquanto beijava e lambia o lóbulo da orelha. A voz impregnada de sensualidade - Não pretendo fazer nada demais aqui...

– Ju.ra? - A voz saiu esganiçada após sentir um aperto dela em seu membro dolorido por estar a tanto tempo preso.

– Quero apenas me divertir um pouco, e já que vou casar, qual o problema em aproveitar?

– Mas Mione...

– Psiu! Mione não... Não sou Hermione...

O ruivo percebeu que ela estava um pouco estranha.

– O que tinha na sua bebida?

– Não interessa! Você é muito gostosinho, sabia?

A voz de Hermione era um sussurro sensual e audacioso. Levantou a camisa do ruivo enquanto passava a mão em seus diversos músculos.

– Então quer dizer - ela continuava no sussurro - que você vai se casar...

Ele apenas assentiu com a cabeça. Não sabia o que havia, mas definitivamente, estava gostando.

– E o que a sua noiva faria se te visse assim? - Ela estava sentada sobre o colo do rapaz. Sentia toda a sua excitação e se aproveitava disso, afinal a sua excitação era bem mais discreta que a dele.

– Eu não sei. Acho que me mataria.

– É mesmo? E o que você gostaria de fazer comigo agora?

– Eu gostaria de te fazer flutuar de tanto prazer - Ele resolveu entrar na brincadeira.

– É! E como faríamos isso? Como eu poderia flutuar?

Ele levantou do sofá enquanto segurava pelos quadris a moça entrelaçada em sua cintura e a levou facilmente até a mesa que estava na frente. A deitou, forçando o corpo sobre o dela.

A sensação era intensa. Ele tinha desejo de rasgar aquela roupa e possuí-la ali mesmo. Mas sabia que do lado de fora, havia pessoas olhando pra ele. Talvez seus amigos, seus irmãos.

Acordou do delírio.

– Mione, quero dizer, "moça", aqui não dá.

– E onde você sugere então?

– Onde você quiser. Eu te levo - Conversavam enquanto se beijava e acariciavam.

– Me leva para sua casa - ela pediu - Para seu quarto... Para sua cama!

– É pra já... Quer dizer... Vem comigo!

Pensou em aparatar, mas mais uma vez lembrou que estava em um local público. Abriu a porta segurando a mão da namorada e percebeu a quantidade de pessoas que havia do lado de fora da saleta, esperando que eles fizessem algo mais.

Apressou-se até encontrar um local menos movimentado, e acabaram optando pelo banheiro.

O feminino tinha uma fila enorme, mas no masculino não havia ninguém. Rony nem se deu ao trabalho. Puxou Hermione para o banheiro deixando algumas moças sorrindo. Agarrou a moça e aparatou. Estavam em sua casa, e aquela noite seria a primeira de muitas que viveriam. Se amaram e aproveitaram até que seus corpos derribassem vencidos sobre o colchão.

–-**--

O dia estava claro, o céu limpo e os pássaros cantavam em perfeita harmonia. Ele estava deitado, contemplando sua amada que dormia tranquilamente e tinha um delicado sorriso. A moça abriu os olhos e observou grandes olhos azuis fitando seu rosto.

– Bom dia! - Ela tinha a voz pastosa de quem acaba de acordar.

– Bom dia! Um beijo por seus sonhos...

– Eu nem sei com o que sonhava, só sei que era tão bom...

– Espero seriamente que eu tenha feito parte desse sonho.

– Provavelmente.

– Um beijo por sua resposta - Ele deu um beijo delicado na moça.

– Faz muito tempo que você acordou? - Ela sentou na cama e percebeu que estava sem roupas quando o lençol a descobriu. Ficou envergonhada, as bochechas coraram, tirando um sorriso bobo do namorado.

– Não acredito que você ainda tem vergonha de mim.

– Acho que ainda vai demorar um pouquinho para acostumar.

– Mesmo depois dessa noite? - Ela corou ainda mais.

– Então eu não sonhei?

– Acho que o único com sonhos tão reais sou eu, não acha?

– Não. Eu sempre sonhei com você.

– Mas dessa vez foi real. Um maravilhoso sonho, se você quer saber...

Era estranho acordar ao lado dele. Se conheciam fazia tanto tempo. Já haviam vivido tantas coisas juntos, mas cada dia era diferente. Não sabia explicar como conseguia se apaixonar a cada novo amanhecer.

– Você está me deixando encabulada... - Ela tinha os olhos fixos no travesseiro e puxou discretamente o lençol para cobrir o busto nu.

– Por quê? Eu adoro te ver assim... - Ele retirou delicadamente o lençol de seu corpo e com uma das mãos virou seu rosto, fazendo seus olhos se encontrarem.

– Já falei. Ainda tenho vergonha.

– Pois eu não - a sua voz era um sussurro - Como disse, adoro te ver assim, e se me fosse possível, passaria o resto da minha vida nessa cama deitado ao teu lado, velando teu sono e imaginando o que se passa nessa cabecinha.

– Quando você se tornou tão romântico?

– No momento em que percebi a mulher maravilhosa que você é. No momento em que entendi que não saberia viver longe de você. Quando me dei conta de que é por você que vivo e que morreria para te ver feliz.

O beijo foi calmo, compassado e romântico. As mãos voltaram a passear pelos corpos já desnudos e a vontade de se terem foi saciada mais uma vez.

–--

– Por Merlin - A Sra Weasley esbravejava com os filhos - Como tiveram coragem de se embriagar desse jeito?

– Ah mamãe - Jorge falava em tom baixo com as mãos na cabeça - Somos adultos, qual o problema?

– O PROBLEMA, JORGE WEASLEY? - O grito da matriarca aumentou ainda mais a dor de cabeça que ele sentia - O problema é que você tem um filho e deve dar exemplo, e você, senhor Guilherme Weasley, sua esposa teve um filho recentemente e você a deixou sozinha.

– Mas eu não a deixei sozinha mamãe - Gui tentou argumentar - Ela estava aqui com a senhora e...

– Só que eu não sou o marido dela. Muito menos o pai das crianças, e vocês se comportaram como dois adolescentes. Beberam coisas de trouxas que nem sabemos o que é e ainda por cima, deixaram o Ronald sozinho...

– Mamãe - Jorge estava indignado - Por Merlin digo eu. Quantos anos a senhora pensa que o Ronald tem?

– Não fale desse jeito comigo, mocinho. Ele é um jovem e saiu sozinho com a namorada. Merlin sabe para onde e só ele sabe o que pode estar acontecendo. Ainda não deram notícias.

– Mamãe - Jorge continuou - A senhora tem certeza que só Merlin sabe o que está acontecendo?

– Garoto, me respeite.

– Ah, mamãe. O Rony e a Mione são maiores de idade, vão se casar amanhã e a senhora quer que eles deem satisfação?

– Sim, eu quero. E o senhor me obedeça. Vá já pegar seu filho e ajudar a Angelina. E você - virou-se para Gui - Sua esposa ainda não desceu do quarto. No mínimo deve estar morrendo de vergonha do marido que conseguiu... Onde já se viu? Onde esta família vai parar desse jeito? VÁ JÁ FICAR COM SUA ESPOSA, GUILHERME.

Os dois caminhavam em direção a escada enquanto conversavam.

– O que ela tem na garganta que consegue gritar tanto? - Jorge estava impressionado.

– E por que ela ainda trata a gente como crianças?

– PORQUE É ASSIM QUE SE COMPORTAM.

Os dois se olharam mais que rapidamente e rumaram para seus quartos onde encontrariam as esposas.

–--

– Bom dia. Você está bem? - O moreno perguntava a esposa que acabara de acordar.

– Bom dia. Sim. Dormi maravilhosamente bem - Ela deu um beijo delicado.

– Ainda não sei o que deu na cabeça dos rapazes para fazerem aquela despedida de solteiro...

– E eu não sei porque eu resolvi ajudar a prima-louca-Josy-da-Hermione com a dela.

– Estava me sentindo desfocado.

– E eu enciumada...

– Por quê?

– Você ainda pergunta? Viu a quantidade de mulheres que haviam naquela festa idiota? Todas olhando para você, querendo te pegar?

– Ninguém olhava para mim, Gina.

– Ah, certamente olhavam sim... E você deve ter olhado também. Com aquelas roupas minúsculas e aqueles corpos perfeitos, enquanto eu...

– Enquanto você é a mulher mais linda e perfeita de todos os dois mundos.

– Você fala isso só para se defender... - Ela falava com voz chorosa, querendo ser mimada.

– Eu falo isso porque eu te amo. E porque você tem as curvas mais perfeitas que qualquer mulher poderia ter.

– Ah, por favor... Pareço um balaço de tão redonda.

– Você parece uma rainha, e essa barriga linda aqui é tão amada quanto todo o corpo.

– Ah, amor, tenho me sentindo tão feia...

– Lembra que a medibruxa falou que você as vezes poderia ficar assim... deprimida?

– Lembro.

– Pois eu quero que você esqueça. Nenhuma mulher é tão linda e perfeita quanto você. Nenhuma tem curvas tão bem desenhadas e nenhuma delas carrega meu filho. Eu te amo e vou amar sempre, e nunca vou olhar para outra que não seja você.

– Te amo tanto. - Tiveram o beijo interrompido - Ah... O James também te ama muito papai - A criança em seu ventre acabara de chutar mais uma vez.

–--

Foram interrompidos pelo telefone que tocava.

– Não sei por quê você inventou de colocar esse troço aqui no quarto.

– Porque assim é mais fácil de falar com meus pais.

Levantou e atendeu o telefone na extremidade do quarto.

– Pronto!

– Ah, boa tarde prima.

– Boa tarde? - Hermione perguntou confusa.

– Sim, você não sabe das horas? Está tão ocupada assim que nem viu que já passam das 15 horas?

– Droga!

– Ah, não priminha, não se preocupe. Eu falei para a titia que você tinha saído mais cedo da festa para sua festa particular...

– Ah não Josy, você falou isso pra mamãe?

– Claro, estou mentindo por acaso?

– Tudo bem...

– Desculpa interromper a lua de mel antecipada, mas a titia já foi fazer a última prova do vestido e me pediu para te avisar que sua sogra ligou perguntando se sabiam onde estava o filho.

– Ai que droga... Tá bem Josy, eu vou desligar.

– Tudo bem priminha... desculpa ai, mas precisei cortar o barato de vocês.

– Tá bom Josy, obrigada.

– De nadinha.

– Algum problema? - O ruivo estava curioso.

– Todos!

– O que houve?

– Esqueci que hoje era a última prova do meu vestido. Minha mãe já foi sozinha. E sua mãe "ligou" perguntando se você está comigo.

– Bom. Provar o vestido você pode ir agora.

– Posso.

– Ótimo. Minha mãe sabe que estou aqui e...

– Você tem ideia de como ela deve estar? - a morena parecia bem nervosa - Saímos da festa, passamos a noite juntos, já é de tarde e não avisamos onde estamos.

– O Jorge deve ter falado que sai com você e...

– Rony, estamos falando de Molly Weasley. Você já imaginou como ela deve estar?

– Mione - o ruivo se jogava na cama muito relaxado colocando os braços por trás da cabeça, tencionando os músculos. Ela desviou o olhar - Minha mãe sabe muito bem que estou com você e... O que você está fazendo?

– Me vestindo. Precisamos ir na sua casa. Vai, se veste logo.

– Mas eu já estou em casa... - A morena deu uma olhada tão severa que ele desistiu - Tá bem - Disse a contragosto.

– Vou ligar para minha mãe. A prova será as 16 h então tenho tempo de aparatar lá.

– Tá.

– Mamãe.

– Mione, querida, tudo bem? – a mãe parecia despreocupada.

– Sim mamãe, desculpe, eu esqueci da prova do vestido.

– Tudo bem minha filha, estou aqui esperando. A prova vai atrasar um pouco, a costureira acabou de chegar e tem três pessoas a frente.

– Ótimo, estou indo na casa do Rony e depois aparato ai, a senhora me espera?

– Claro, minha filha. A propósito, a Molly "apareceu na lareira" - ela sussurrou– perguntando por Rony.

– Sim, a Josy já me avisou. Acabamos dormindo de mais. Me desculpe mamãe. Até já.

– Até minha filha. Beijos.

– Beijo mamãe, te amo - virou para o noivo – Ronald, você ainda não se vestiu?

– Ah, estava te olhando e...

– Sem galanteios, Ronald. Estou esperando na sala.

Aparataram na Toca e caminharam pelo quintal até chegarem a cozinha. Rony foi logo pegando uma maçã que encontrou na mesa sendo recebido aos gritos pela sra Weasley em seguida.

– Ronald Abilio Weasley, onde o senhor passou a noite?

Hermione estava rubra de vergonha, acabara de perceber que na sala estavam Gui, Fleur, Jorge, Angelina, Harry e Gina.

– Em casa - O ruivo estava tranquilo e ousado comendo sua maçã.

– Como assim em casa? Até onde sei esta ainda é a sua casa garoto.

– Mamãe, é sério, precisamos mesmo ter essa conversa?

– Como assim, Ronald?

– Ah não - Jorge interrompeu - Se Gui e eu recebemos detenções, o Rony tem que receber também.

Gina apenas sorria com as cunhadas.

– Sentem-se agora, os dois.

Hermione sentou-se rapidamente, corada de tanta vergonha, já Rony tinha a feição banhada por incredulidade olhando a mãe.

– Ronald, eu sou sua mãe e mereço saber onde você passa a noite.

– Estava com a Mione.

– Merlin amado, e me fala com essa cara?

– É a única que tenho, mamãe.

– Silêncio. Como assim "estava com a Mione"?

– Quer que eu fique calado ou que responda?

– Responda logo, garoto.

– Sim, estava em casa com a Mione.

– Oh céus... Isso é demais para mim. - a mulher sentou cansada sobre uma cadeira.

– Mamãe - Gina interrompeu - Olha o drama.

– Drama, minha filha? O Ronald passou a noite fora e você acha que é drama?

– Sim mamãe - respondeu - Eu acho.

– Deixe só até seu filho ter a idade dele e...

– Mamãe, - Rony interrompeu - Eu tenho 23 anos e...

– Me deve satisfações. Como passa a noite com sua namorada?

– Como se essa fosse a primeira vez - Jorge alfinetou.

– Como assim? - Ela estava incrédula.

– Sim, mamãe - Rony continuou depois de uma olhada furiosa para o irmão - Compramos a casa há quase 5 meses e ela é minha noiva e...

– Mas o que isso tem a ver com você dormindo fora de casa? Como...

– Pela lareira... - Respondeu - Aparatando...

A sra Weasley era apenas lágrimas agora. Hermione não sabia onde enfiava a cabeça e via que todos estavam sorrindo. Rony era o único mais a vontade e mesmo assim, parecia confuso com a atitude da mãe.

– Ah, Arthur - o sr Weasley mal entrara em casa - Finalmente chegou.

– O que houve? - Ele estranhou a família reunida em volta de Rony e Hermione.

– Seu filho - ela esganiçava - Passou a noite fora com a noiva.

– E qual o problema?

– Como assim, qual o problema Arthur? - a voz saiu esganiçada - Ele passou a noite com a namorada.

– Noiva – Rony pontuou.

– Molly, querida, eles não são mais crianças e se casam amanhã. Realmente eu não vejo problemas.

– Vejo que sou a única que ainda tem bom senso nesta casa.

– Oh, minha querida. Você só está nervosa com a proximidade do casamento. Agora descanse, eu vou tomar um banho e saímos para os ajustes que faltam das roupas. Amanhã as tendas chegarão cedo para começarem a organizar o casamento e precisamos estar descansados.

Depois de um tempo em silêncio onde todos agradeceram que o Sr. Weasley tenha chegado, a Sra. Weasley falou.

– Pelo adiantar das horas e a cara do Ronald, vejo que ainda não comeram.

– Acredito que tinham coisas mais interessantes para fazer - Jorge soltou seguido de algumas risadinhas e um olhar severo da mãe.

Hermione continuava com a cabeça baixa e parecia uma autêntica Weasley com seu tom mais rubro imperante no rosto.

– Comam. - falou a senhora se retirando.

– Sra. Weasley - Hermione sussurrou - Me desculpe.

– Não precisa se desculpar, Mione querida - o Sr. Weasley interviu - A Molly só está um pouco nervosa.

Ela sorriu encabulada e comeu alguns dos bolinhos de fígado que Rony ainda não devorara. Depois de um tempo a paz reinou na casa. Jorge e Harry ainda brincavam com Hermione que já não estava tão corada e tinha acabado de azarar um deles.

– Rony, Mione - a sra Weasley chamava - Venham aqui.

– De novo não! - Rony suspirou.

– Vamos logo, Rony... - Hermione falou e puxou o ruivo.

– Bem, quero me desculpar pela forma que me comportei hoje mais cedo.

– Sra. Weasley, eu...

– Não Mione, me deixe falar. Fico preocupada com vocês, ainda sinto pelos tempos difíceis que enfrentamos, mas preciso entender que não são mais crianças. Sei que se casam amanhã e devo me acostumar a ter a casa definitivamente só. Acho que esse é o meu maior medo.

– Mamãe - Rony falava enquanto abraçava a mãe - A senhora nunca vai ficar só. Nossa casa é aqui perto, e tem o papai e...

– Mas meus filhos agora tem suas casas, suas próprias famílias - a matriarca chorava novamente.

– Sra Weasley - Hermione se aproximara da sogra - Imagino que deve ser difícil para a senhora se separar de seus filhos. Minha mãe mesmo já se lamentou algumas vezes, mas a senhora apenas tem ganhado mais filhos, e também netos. A senhora é uma mãe excepcional e quero me desculpar por nossa atitude, mas não fique triste.

– Não estou triste querida - ela acarinhava delicadamente o rosto da nora e tentava fazer cafunés em Rony - apenas percebo que meus filhos cresceram e agora não precisam mais de mim...

– Não é verdade mamãe - Gui apareceu na porta.

– Pois é - Jorge continuou - Se pensa assim, está enganada.

– A senhora é nossa mãe, precisamos de você sempre- Rony continuou.

– Nunca deixaremos de precisar da senhora - Gina entrava na cozinha enquanto acarinhava a barriga - e nem seus netos.

– E nem seu genro-filho-adotado... - Harry falou.

– Nós tambamm perrecisamss da senhorrra - Fleur e Angelina sorriam enquanto a pequena Victorie e Fred II abraçavam as pernas da avó.

– Nós te amamos muito, mamãe - Rony falou.

– E eu sou grata por ter a senhora como minha sogra - Hermione completou.

A senhora Weasley era só prantos agora. Chorava de emoção.

– Não chore vovó. - O pequeno Fred falou - A senhora está triste?

– Não, meus amores - respondeu colocando os netos no colo - Choro de alegria por ter a melhor família de todas.

– Que bom Molly - o sr Wasley falou - que bom que conseguiu desabafar seus medos e angústias.

Envolvida por um abraço familiar muito grande, Molly percebeu que não importava a idade, onde ou com quem estariam, seus filhos sempre seriam crianças precisando de seu colo maternal.

Permaneceram assim mais alguns instantes e rumaram para as atividades da tarde. Hermione foi com Gina encontrar sua mãe na costureira. Rony, Harry e Jorge foram terminar de preparar o jardim para a festa e a senhora Weasley, mais tranquila do que nunca, partiu com Fleur, Angelina e o sr Weasley para o Beco Diagonal.

Havia muito o que preparar para o casamento que se aproximava.


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