A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais uma vez eu só tenho a agradecer a cada um de vocês que tem lido e comentado esta fic. Muito obrigada.
Aproveitando aqui o espaço, faço propaganda da minha nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/493988/Por_Voce/
Deem uma olhadinha por lá. Não sei ainda se continuo ou não. É Romione



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O tempo começava a esfriar. Agosto era um mês agradável, e ainda mais agradável era acordar ao lado de seu maior amor. Gina espreguiçou o corpo e abriu os olhos castanhos em seguida. Diante dos seus, um belo par de olhos verdes brilhavam ao lhe observar.

– Bom dia, dorminhoca.

– Bom dia, meu amor. - A ruiva deu um selinho no marido e sorriu mais.

– Sabe que dia é hoje? - ele falava baixo, com carinho.

– Sim, eu sei. Onze de agosto, por quê? - ela brincava.

– Na verdade, nada demais – ele se virou de barriga para cima e continuou olhando para o teto – apenas o dia que a melhor mulher do mundo faz aniversário.

– É mesmo? - ela perguntou falsamente impressionada – E quem seria esta mulher, senhor Potter?

– A melhor mulher do mundo – repetiu como se tudo fosse óbvio. Olhou para ela – Ela é a mulher mais linda que conheço. Forte e decidida. Não mede esforços para alcançar seus objetivos. Tem um coração gigantesco e consegue ver amor e bondade em praticamente quase tudo. Além de ser esperta, é claro.

– Esperta? Por quê? - ela tinha um ar brincalhão.

– Porque ela se casou com o homem mais maravilhoso do mundo.

– É mesmo? E quem seria?

– Harry James Potter. - ela sorriu – Feliz aniversário. Gina.

Ele a beijou devagar, com carinho e emoção. A mão percorreu o corpo da garota enquanto seu próprio corpo se aproximava mais do dela. Ela já começava a se envolver nos carinhos quando ele se afastou.

– Não. Não agora. Isto será mais tarde.

Ela sorriu e o viu levantar indo em direção ao roupeiro dos dois. Abriu uma das portas e de lá tirou um embrulho.

– Como conseguiu esconder isto ai? - ela perguntou curiosa, sentando sobre a cama enquanto ele se aproximava.

– Feitiço de desilusão. - o moreno falou sorrindo.

– Não acredito. Me enganou. - ela sorriu pegando o presente nas mãos.

– Espero que goste. - ele sorriu também.

Era uma caixa pequena, e dentro dela, uma caixinha de veludo azul. Ela o olhou e sorriu tentando imaginar o que seria e não conseguiu conter a boca abrindo ao revelar o presente: um par de brincos de esmeraldas de um verde tão intenso que lembrava os olhos do marido. Eram pequenos e perfeitos, adornados com pequenos cristais que pareciam grãos de areia de tão minúsculos.

– Harry... São lindos.

Os lábios ainda estavam entreabertos, mas agora ela sorria também, e o abraçava.

– Obrigado por ser minha esposa. Por ter me aguentado por este um ano. Por ser sempre tão forte, segura. Por ser perfeita pra mim...

– Harry... Eu te amo. - ela o beijou – E eu não quero esperar até mais tarde. - falou travessa se atirando sobre o marido, beijando seus lábios e desejando com todas as forças comemorar o seu aniversário da melhor forma possível.

No domingo que se seguiu de seu aniversário, como era de se esperar, houve uma festa na Toca. Como sempre as crianças, sob o controle de Teddy, de cabelos verdes e bico de pássaro, e Victoire, aprontavam o que nem se poderia imaginar. Andrômeda dizia que Teddy estava a cada dia mais parecido com a mãe, animado e brincalhão, mas que tendia a ser pensativo as vezes, assim como o pai e que para uma criança de pouco mais de três anos, era esperto demais.

Gina riu quando viu Audrey correr para pegar a pequena Molly que tinha, ninguém sabia como, um rabinho acima do bumbum. De longe, Teddy sorria com Fred e ela não contou a ninguém que a varinha usada era a de Jorge. As crianças eram assim, não dava para mudar, e as Weasley tendiam a ser mil vezes pior.

– Gina – ouviu Hermione chamar e foi até ela.

– Oi. - sorriu ao se aproximar da amiga que conversava com Angelina e Fleur, segurando Dominique nos braços.

– Por que estava ali tão solitária?

– Ah, não estava solitária, só estava observando as peripécias do Teddy e do Fred.

– O que aquele menino aprontou desta vez? - Angelina falou rápida, movendo os olhos em busca do filho.

– Acho que a Audrey já resolveu – Gina sorriu enquanto pegava Dominique que se jogava em seus braços – Mas acho que deveria alertar ao Jorge para que guarde melhor sua varinha.

– Ai, não – Angelina bateu a palma da mão com força na testa lembrando de tudo o que os dois rapazes aprontavam com ela. As outras apenas sorriram esperando o dia escurecer para que se cantasse o tão esperado parabéns.

[...]

– Tudo pronto! - Molly Weasley gritou da porta da cozinha e todos se aproximaram.

Harry, Ron, Jorge, Gui e Carlos passaram pelas garotas provocado murmúrios e irritações.

– Mas que fedô! - Audrey foi a primeira a comentar – Agradeço aos seus o Percy não gostar de quadribol.

– Seu marido é um maricas, Audrey – Jorge falou tirando gargalhadas dos outros enquanto se aproximava de Angelina para lhe beijar.

– Não! - ela correu se afastando do marido – Vá tomar banho, em nome de Merlin. Está pingando de suor.

– Bem que você gosta quando estou suando com você – falou e todos sorriram ainda mais.

– Não seja bobo – a negra sorriu ainda afastada.

– Em nome de Merlin – Fleur se exaltou tapando o nariz com os dedos – Vocês fedem... Vam tomar banhe antes dos parrabens da Gina.

– Nem se aproxime de mim, Ron – Hermione deu um passo para trás, sorrindo com as outras.

– O futume de vocês está chegando aqui na sala – Percy falou e Carlos rebateu.

– É cheiro de homem, cara, você é limpinho demais pra saber.

– Ainda bem – Audrey defendeu e riram ainda mais.

– O que você tem, Gina? - Harry perguntou se aproximando da mulher que cambaleou para trás se afastando.

– Esse cheiro... - ela falou sem concluir.

– A pobre está ficando verde de cheirar nhaca – Angelina pontuou.

– Estão fazendo a Gina enjoar com a fedentina de vocês. Vão tomar banho, agora!

Molly Weasley ordenou e todos a obedeceram passando por elas batendo em seus braços e esbarrando de bom grado. Quando Gui se aproximou da irmã menor querendo lhe dar um beijo fedido e provocador, ela se afastou e correu mais rápido que todos os outros, esbarrando desmedida nos que já subiam as escadas e se trancando no banheiro do primeiro andar. Todos ficaram impressionados com o que aconteceu.

Silêncio.

Eles olhavam de um para o outro tentando entender o que realmente havia acontecido. Fleur tinha um sorriso discreto nos lábios, e sentou no sofá da sala colocando Vick, que havia se assustado com a tia, no colo. Arthur, que estava sentado na sala ao lado de Percy, olhou conspiratoriamente para a mulher, que sorriu e subiu as escadas em seguida. Harry se precipitou para subir as escadas, mas Molly o interrompeu.

– Deixe que eu falo com ela, Harry. Vão tomar banho. Não queremos mais ninguém passando mal graças a vocês.

A mulher passou por todos, não se contendo e tapando o nariz, subindo os vãos de escada e se adiantando até o banheiro trancado.

– Gina? - falou e ouviu um muxoxo em resposta. - Estou te esperando em seu quarto.

Depois de alguns minutos, a garota apareceu no quarto. Parecia péssima agora, com a pele do rosto um pouco pálida e os olhos relativamente fundos. Havia amarrado os cabelos em um rabo de cavalo e sentou ao lado da mãe, não resistindo e repousando a cabeça em seu colo.

– Se sente melhor? - a senhora começou.

– Um pouco. - respondeu e ficou sentindo o cafuné da mãe em sua cabeça. - Nunca tinha reparado como eles fedem. - a mãe sorriu da observação.

– Isso se você levar em consideração que é apanhadora e sua tanto quanto eles durante os torneios.

– Por falar nisso, estou pensando em me aposentar.

– Por que?

– Depois das fraturas... Não quero mais. Acho que perdeu o encanto.

– É você quem sabe. É adulta o suficiente para tomas suas próprias decisões.

– Sim... Falei com o Harry também. Ele me apoia no que eu decidir.

– Então, devem decidir o melhor.

– Sim...

– E este enjoo? Nunca te vi passar mal por qualquer besteira.

– É... Também não sei. Passei mal. Estava me sentindo mal desde o almoço.

– E o que sentia.

– Enjoo. Uma ânsia muito forte.

– E já sentiu antes?

– Sim. Essa semana mesmo. Umas duas ou três vezes...

– Hum...

– Talvez esteja doente. Acho que vou numa medibruxa essa semana.

– Seria bom, mas não acho que esteja doente.

– Não – ela virou e olhou para a mãe sem levantar a cabeça – O que a senhora acha que tenho?

– Gina, preciso fazer uma pergunta particular.

– Hum... Tudo bem. Pode perguntar.

– Quanto tempo faz que menstruou pela última vez?

– Não sei, mas já deve estar perto, por quê? - a senhora levantou as sobrancelhas e lembrou um pouco o jeito travesso dos irmãos. Gina levantou rapidamente sentindo uma leve náusea – Ah... Não, mamãe. Não estou grávida.

– Tem certeza?

– Eu tomo meus remédios e... É, bem. Não tomei corretamente mês passado por causa do torneio... mas eu sou regulada e...

– Você teve seu ciclo depois que não tomou seus remédios?

– Não... - Gina respondia entre o espanto e a animação. A mãe sorria.

– Podemos saber agora mesmo, se quiser.

– Mas...

– Você não deseja?

– Não. Quer dizer, sim, não é isso... Como poderia ser?

– Me espere aqui. Eu já volto.

A mulher passou pelas noras e sorriu para elas. Pela cara que tinham, já estavam pressentindo o mesmo que ela. Passou rápida para a cozinha e pegou algumas ervas. Rapidamente as picou e colocou em uma pequena panela. Acendeu o caldeirão e rapidamente o cheiro cítrico enchia a sala.

– Que cheiro bom! - Rony comentou enquanto descia as escadas com Harry.

– Onde está Gina? - ele perguntou aflito – O que ela tem?

– Nada de mais, Harry – a senhora respondeu - Ela está lá em cima descansando um pouco. Estou fazendo uma poção para ela.

– Mas ela está bem?

– Sim, está bem.

– Vou vê-la.

– Não, Harry. Deixe levar a poção pra ela. Tenho certeza que se sentirá bem melhor depois.

A mulher subiu novamente as escadas enquanto Carlinhos descia e se juntava aos demais na sala. Ninguém falava muita coisa. Harry parecia aflito de alguma forma e Rony e Hermione se aproximaram dele.

– Harry, ela só passou mal. Não é nada demais – Hermione falou para o amigo.

– Eu sei, mas eu sinto que é alguma coisa.

– Não é nada. A mamãe não mentiria para você. E se ela estivesse realmente doente, a mamãe não estaria tranquila como estava.

– É... - Hermione continuou um pouco sorridente. - Tenho certeza que ela está muito bem.

No quarto, Gina esperava a mãe com aflição. Ela estava sentada sobre as pernas, um travesseiro sobre elas, idêntica a como ficava quando era criança e esperava saber de algo. Os olhos brilhavam, um brilho castanho intenso.

– Aqui – a mulher estendeu o pequeno pote de vidro transparente com um líquido laranjado para ela.

– O que faço?

– É uma poção muito simples. Aperte o frasco com a mão. Se a poção ficar azulada, está grávida.

Gina ainda segurava o frasco na palma da mão. Não apertava, tinha medo. Olhava ansiosa da mãe para o objeto e tinha uma sensação de alegria e tenção misturadas em seu peito. Adoraria estar grávida, realmente, mas não sabia como poderia se sentir se não.

– E se não ficar azul? - perguntou num fio de voz.

– Então você procura uma medibruxa e vê o que tem. - a mãe respondeu objetiva.

– Eu quero que ela fique azul – olhou para a mãe como a menininha que ela ninava antes de dormir.

– Se não for desta vez, você tenta numa outra vez. Não tenha medo, feche a mão.

A mãe colocou a mão sobre a da filha e delicadamente a fechou contra o pequeno frasco. Alguns segundos depois o líquido amarelado pareceu ferver. Bolinhas balançavam dentro do vidro e ela e a mãe observavam atentamente.

O líquido parou e os olhos de ambas se encheram de lágrimas. A mãe abraçou a filha e a afagou contra o peito com todo o carinho. Sobre a cama, o frasco esquecido com um líquido azul brilhante dentro dele.


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Notas finais do capítulo

É... Acho que ainda demorou o bendito pedido, mas o Ron sempre foi tão grilado com tudo que nem sei, não sei se demoraram... Talvez!