A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye
Notas iniciais do capítulo
Oi gente, mais uma vez eu só tenho a agradecer a cada um de vocês que tem lido e comentado esta fic. Muito obrigada.
Aproveitando aqui o espaço, faço propaganda da minha nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/493988/Por_Voce/
Deem uma olhadinha por lá. Não sei ainda se continuo ou não. É Romione
O tempo começava a esfriar. Agosto era um mês agradável, e ainda mais agradável era acordar ao lado de seu maior amor. Gina espreguiçou o corpo e abriu os olhos castanhos em seguida. Diante dos seus, um belo par de olhos verdes brilhavam ao lhe observar.
– Bom dia, dorminhoca.
– Bom dia, meu amor. - A ruiva deu um selinho no marido e sorriu mais.
– Sabe que dia é hoje? - ele falava baixo, com carinho.
– Sim, eu sei. Onze de agosto, por quê? - ela brincava.
– Na verdade, nada demais – ele se virou de barriga para cima e continuou olhando para o teto – apenas o dia que a melhor mulher do mundo faz aniversário.
– É mesmo? - ela perguntou falsamente impressionada – E quem seria esta mulher, senhor Potter?
– A melhor mulher do mundo – repetiu como se tudo fosse óbvio. Olhou para ela – Ela é a mulher mais linda que conheço. Forte e decidida. Não mede esforços para alcançar seus objetivos. Tem um coração gigantesco e consegue ver amor e bondade em praticamente quase tudo. Além de ser esperta, é claro.
– Esperta? Por quê? - ela tinha um ar brincalhão.
– Porque ela se casou com o homem mais maravilhoso do mundo.
– É mesmo? E quem seria?
– Harry James Potter. - ela sorriu – Feliz aniversário. Gina.
Ele a beijou devagar, com carinho e emoção. A mão percorreu o corpo da garota enquanto seu próprio corpo se aproximava mais do dela. Ela já começava a se envolver nos carinhos quando ele se afastou.
– Não. Não agora. Isto será mais tarde.
Ela sorriu e o viu levantar indo em direção ao roupeiro dos dois. Abriu uma das portas e de lá tirou um embrulho.
– Como conseguiu esconder isto ai? - ela perguntou curiosa, sentando sobre a cama enquanto ele se aproximava.
– Feitiço de desilusão. - o moreno falou sorrindo.
– Não acredito. Me enganou. - ela sorriu pegando o presente nas mãos.
– Espero que goste. - ele sorriu também.
Era uma caixa pequena, e dentro dela, uma caixinha de veludo azul. Ela o olhou e sorriu tentando imaginar o que seria e não conseguiu conter a boca abrindo ao revelar o presente: um par de brincos de esmeraldas de um verde tão intenso que lembrava os olhos do marido. Eram pequenos e perfeitos, adornados com pequenos cristais que pareciam grãos de areia de tão minúsculos.
– Harry... São lindos.
Os lábios ainda estavam entreabertos, mas agora ela sorria também, e o abraçava.
– Obrigado por ser minha esposa. Por ter me aguentado por este um ano. Por ser sempre tão forte, segura. Por ser perfeita pra mim...
– Harry... Eu te amo. - ela o beijou – E eu não quero esperar até mais tarde. - falou travessa se atirando sobre o marido, beijando seus lábios e desejando com todas as forças comemorar o seu aniversário da melhor forma possível.
No domingo que se seguiu de seu aniversário, como era de se esperar, houve uma festa na Toca. Como sempre as crianças, sob o controle de Teddy, de cabelos verdes e bico de pássaro, e Victoire, aprontavam o que nem se poderia imaginar. Andrômeda dizia que Teddy estava a cada dia mais parecido com a mãe, animado e brincalhão, mas que tendia a ser pensativo as vezes, assim como o pai e que para uma criança de pouco mais de três anos, era esperto demais.
Gina riu quando viu Audrey correr para pegar a pequena Molly que tinha, ninguém sabia como, um rabinho acima do bumbum. De longe, Teddy sorria com Fred e ela não contou a ninguém que a varinha usada era a de Jorge. As crianças eram assim, não dava para mudar, e as Weasley tendiam a ser mil vezes pior.
– Gina – ouviu Hermione chamar e foi até ela.
– Oi. - sorriu ao se aproximar da amiga que conversava com Angelina e Fleur, segurando Dominique nos braços.
– Por que estava ali tão solitária?
– Ah, não estava solitária, só estava observando as peripécias do Teddy e do Fred.
– O que aquele menino aprontou desta vez? - Angelina falou rápida, movendo os olhos em busca do filho.
– Acho que a Audrey já resolveu – Gina sorriu enquanto pegava Dominique que se jogava em seus braços – Mas acho que deveria alertar ao Jorge para que guarde melhor sua varinha.
– Ai, não – Angelina bateu a palma da mão com força na testa lembrando de tudo o que os dois rapazes aprontavam com ela. As outras apenas sorriram esperando o dia escurecer para que se cantasse o tão esperado parabéns.
[...]
– Tudo pronto! - Molly Weasley gritou da porta da cozinha e todos se aproximaram.
Harry, Ron, Jorge, Gui e Carlos passaram pelas garotas provocado murmúrios e irritações.
– Mas que fedô! - Audrey foi a primeira a comentar – Agradeço aos seus o Percy não gostar de quadribol.
– Seu marido é um maricas, Audrey – Jorge falou tirando gargalhadas dos outros enquanto se aproximava de Angelina para lhe beijar.
– Não! - ela correu se afastando do marido – Vá tomar banho, em nome de Merlin. Está pingando de suor.
– Bem que você gosta quando estou suando com você – falou e todos sorriram ainda mais.
– Não seja bobo – a negra sorriu ainda afastada.
– Em nome de Merlin – Fleur se exaltou tapando o nariz com os dedos – Vocês fedem... Vam tomar banhe antes dos parrabens da Gina.
– Nem se aproxime de mim, Ron – Hermione deu um passo para trás, sorrindo com as outras.
– O futume de vocês está chegando aqui na sala – Percy falou e Carlos rebateu.
– É cheiro de homem, cara, você é limpinho demais pra saber.
– Ainda bem – Audrey defendeu e riram ainda mais.
– O que você tem, Gina? - Harry perguntou se aproximando da mulher que cambaleou para trás se afastando.
– Esse cheiro... - ela falou sem concluir.
– A pobre está ficando verde de cheirar nhaca – Angelina pontuou.
– Estão fazendo a Gina enjoar com a fedentina de vocês. Vão tomar banho, agora!
Molly Weasley ordenou e todos a obedeceram passando por elas batendo em seus braços e esbarrando de bom grado. Quando Gui se aproximou da irmã menor querendo lhe dar um beijo fedido e provocador, ela se afastou e correu mais rápido que todos os outros, esbarrando desmedida nos que já subiam as escadas e se trancando no banheiro do primeiro andar. Todos ficaram impressionados com o que aconteceu.
Silêncio.
Eles olhavam de um para o outro tentando entender o que realmente havia acontecido. Fleur tinha um sorriso discreto nos lábios, e sentou no sofá da sala colocando Vick, que havia se assustado com a tia, no colo. Arthur, que estava sentado na sala ao lado de Percy, olhou conspiratoriamente para a mulher, que sorriu e subiu as escadas em seguida. Harry se precipitou para subir as escadas, mas Molly o interrompeu.
– Deixe que eu falo com ela, Harry. Vão tomar banho. Não queremos mais ninguém passando mal graças a vocês.
A mulher passou por todos, não se contendo e tapando o nariz, subindo os vãos de escada e se adiantando até o banheiro trancado.
– Gina? - falou e ouviu um muxoxo em resposta. - Estou te esperando em seu quarto.
Depois de alguns minutos, a garota apareceu no quarto. Parecia péssima agora, com a pele do rosto um pouco pálida e os olhos relativamente fundos. Havia amarrado os cabelos em um rabo de cavalo e sentou ao lado da mãe, não resistindo e repousando a cabeça em seu colo.
– Se sente melhor? - a senhora começou.
– Um pouco. - respondeu e ficou sentindo o cafuné da mãe em sua cabeça. - Nunca tinha reparado como eles fedem. - a mãe sorriu da observação.
– Isso se você levar em consideração que é apanhadora e sua tanto quanto eles durante os torneios.
– Por falar nisso, estou pensando em me aposentar.
– Por que?
– Depois das fraturas... Não quero mais. Acho que perdeu o encanto.
– É você quem sabe. É adulta o suficiente para tomas suas próprias decisões.
– Sim... Falei com o Harry também. Ele me apoia no que eu decidir.
– Então, devem decidir o melhor.
– Sim...
– E este enjoo? Nunca te vi passar mal por qualquer besteira.
– É... Também não sei. Passei mal. Estava me sentindo mal desde o almoço.
– E o que sentia.
– Enjoo. Uma ânsia muito forte.
– E já sentiu antes?
– Sim. Essa semana mesmo. Umas duas ou três vezes...
– Hum...
– Talvez esteja doente. Acho que vou numa medibruxa essa semana.
– Seria bom, mas não acho que esteja doente.
– Não – ela virou e olhou para a mãe sem levantar a cabeça – O que a senhora acha que tenho?
– Gina, preciso fazer uma pergunta particular.
– Hum... Tudo bem. Pode perguntar.
– Quanto tempo faz que menstruou pela última vez?
– Não sei, mas já deve estar perto, por quê? - a senhora levantou as sobrancelhas e lembrou um pouco o jeito travesso dos irmãos. Gina levantou rapidamente sentindo uma leve náusea – Ah... Não, mamãe. Não estou grávida.
– Tem certeza?
– Eu tomo meus remédios e... É, bem. Não tomei corretamente mês passado por causa do torneio... mas eu sou regulada e...
– Você teve seu ciclo depois que não tomou seus remédios?
– Não... - Gina respondia entre o espanto e a animação. A mãe sorria.
– Podemos saber agora mesmo, se quiser.
– Mas...
– Você não deseja?
– Não. Quer dizer, sim, não é isso... Como poderia ser?
– Me espere aqui. Eu já volto.
A mulher passou pelas noras e sorriu para elas. Pela cara que tinham, já estavam pressentindo o mesmo que ela. Passou rápida para a cozinha e pegou algumas ervas. Rapidamente as picou e colocou em uma pequena panela. Acendeu o caldeirão e rapidamente o cheiro cítrico enchia a sala.
– Que cheiro bom! - Rony comentou enquanto descia as escadas com Harry.
– Onde está Gina? - ele perguntou aflito – O que ela tem?
– Nada de mais, Harry – a senhora respondeu - Ela está lá em cima descansando um pouco. Estou fazendo uma poção para ela.
– Mas ela está bem?
– Sim, está bem.
– Vou vê-la.
– Não, Harry. Deixe levar a poção pra ela. Tenho certeza que se sentirá bem melhor depois.
A mulher subiu novamente as escadas enquanto Carlinhos descia e se juntava aos demais na sala. Ninguém falava muita coisa. Harry parecia aflito de alguma forma e Rony e Hermione se aproximaram dele.
– Harry, ela só passou mal. Não é nada demais – Hermione falou para o amigo.
– Eu sei, mas eu sinto que é alguma coisa.
– Não é nada. A mamãe não mentiria para você. E se ela estivesse realmente doente, a mamãe não estaria tranquila como estava.
– É... - Hermione continuou um pouco sorridente. - Tenho certeza que ela está muito bem.
No quarto, Gina esperava a mãe com aflição. Ela estava sentada sobre as pernas, um travesseiro sobre elas, idêntica a como ficava quando era criança e esperava saber de algo. Os olhos brilhavam, um brilho castanho intenso.
– Aqui – a mulher estendeu o pequeno pote de vidro transparente com um líquido laranjado para ela.
– O que faço?
– É uma poção muito simples. Aperte o frasco com a mão. Se a poção ficar azulada, está grávida.
Gina ainda segurava o frasco na palma da mão. Não apertava, tinha medo. Olhava ansiosa da mãe para o objeto e tinha uma sensação de alegria e tenção misturadas em seu peito. Adoraria estar grávida, realmente, mas não sabia como poderia se sentir se não.
– E se não ficar azul? - perguntou num fio de voz.
– Então você procura uma medibruxa e vê o que tem. - a mãe respondeu objetiva.
– Eu quero que ela fique azul – olhou para a mãe como a menininha que ela ninava antes de dormir.
– Se não for desta vez, você tenta numa outra vez. Não tenha medo, feche a mão.
A mãe colocou a mão sobre a da filha e delicadamente a fechou contra o pequeno frasco. Alguns segundos depois o líquido amarelado pareceu ferver. Bolinhas balançavam dentro do vidro e ela e a mãe observavam atentamente.
O líquido parou e os olhos de ambas se encheram de lágrimas. A mãe abraçou a filha e a afagou contra o peito com todo o carinho. Sobre a cama, o frasco esquecido com um líquido azul brilhante dentro dele.
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É... Acho que ainda demorou o bendito pedido, mas o Ron sempre foi tão grilado com tudo que nem sei, não sei se demoraram... Talvez!