Eles estavam parados na entrada da sua casa. A porta estava aberta e eles olhavam o seu interior entorpecidos. Um feitiço muito bem-feito por uma prestativa Fleur dias antes do casamento possibilitou que o vestido se retraísse ficando mais curto sem perder as suas características originais. Continuava idêntico, só que agora, curto.

Eles se olharam e compactuaram um sorriso animado, realizado, então, ele observou que ela respirou profundamente e olhou novamente para dentro. Ainda sorria. Ela tencionou avançar e entrar no cômodo, mas ele a impediu lhe tocando o ombro exposto pelo modelo do vestido com leveza.

– Não entre agora.

A voz de Harry estava pastosa, talvez embargada na felicidade que sentia ao se ver realizando um de seus maiores sonhos desde que começara a namorar com a garota ainda em Hogwarts. Tinham finalmente casado.

– Por que não? - ela perguntou curiosa o observando.

Estava excepcionalmente linda, como sempre, e tinha um brilho ainda mais penetrante vindo de seus belos olhos castanhos. Harry a admirou e sentiu um aperto alegre em seu coração. Não imaginava em sã consciência que um dia estaria se casando com uma pessoa tão bela, por dentro e por fora.

– Os trouxas tem um costume bem interessante ao se casarem – ele falou como quem explica algo realmente importante – Não sei de onde surgiu, mas dizem que no Oriente Antigo as pessoas acreditavam em gênios ruins atacavam as mulheres e ficavam a espera da noiva na porta e faziam de tudo para que elas pisassem em algo ruim e trouxesse azar para o casamento. Assim, o marido a protegia desse mal e a carregava até a cama, evitando que ela se machucasse e que o casamento fosse amaldiçoado. - ele sorriu – Quero te carregar. - Gina sorriu de volta e se colocou diante dele.

Com um único impulso, Harry a levantou. Eles entraram e ela fechou novamente a porta. Harry caminhou pela sala evitando os móveis a olhando fixamente nos olhos. Ela sorria e se prendia firmemente em seus braços. Então, Gina abriu a porta do quarto e, com uma delicadeza que ele jamais imaginou ter, a colocou deitada sobre a cama.

– Obrigada. - ela falou simplesmente.

– Sempre farei o possível e o impossível para te proteger, Gina.

– E eu sempre confiarei em você – ela respondeu e o beijou levemente sobre os lábios.

Ele retribuiu o beijo imediatamente e depois o interrompeu. Eles ficaram em silêncio, se olhando, e ela se adiantou até ele, retirando os seus óculos. Ele não via muito bem sem eles, mas o suficiente para contemplá-la.

Levou os dedos até os ombros dela e os deslizou por seu braço, até a sua mão. Depois, repetiu o mesmo toque no outro ombro, e observou envolvido sua esposa fechar os olhos enquanto soltava um sussurro rouco ao sentir arrepiar os pelos dos braços.

Os dedos envolveram seu pescoço. Os polegares massagearam brevemente suas bochechas, seus indicadores contornaram seus lábios e ela o observava, muda e encantada.

Harry beijou suas bochechas, uma de cada vez, adicionando a elas uma pressão reconfortante. Os lábios beijaram cada um dos olhos dela, a ponta de seu nariz, seu queixo e testa, até ir se aventurar em seu lóbulo, tirando mais um gemido da ruiva.

Ele percebeu quando ela virou um pouco a cabeça no sentido oposto de onde ele estava, liberando seu pescoço para ele, o qual ele também tomou.

Harry desceu seus lábios para os ombros e os beijou languidamente enquanto seus dedos passeavam novamente por seus braços, tocando suas mãos, massageando seus dedos, até que os beijos foram destinados a seu colo e voltando a lhe olhar, as mãos percorreram a extensão de seu corpo por cima do tecido do vestido, tocando suas pernas, onde estava exposto, as mãos descendo até seus pés.

Ele a olhava fixamente enquanto suas mãos tiravam os sapatos, e ele beijou cada um de seus pés com um prazer desmedido. As mãos percorriam suas pernas, iam até seus joelhos e voltavam para os tornozelos fazendo uma pressão leve.

Então Harry se colocou sobre suas pernas. Suas mãos soltaram os cabelos dela e os cachos feitos pelo penteado desceram brilhantes sob a luz da lua que adentrava seu quarto pela janela. E ele os tocou.

Os dedos se perderam em cada um dos cachos que seu cabelo continha e os dedos espertos desceram para seus ombros, a aproximado enquanto ele lhe puxava para mais um beijo e abria o vestido.

O tecido caiu e se avolumou sobre o colo dela. Gina usava um corset prateado sob ele. Tinha rendas e algumas transparências. Ela se levantou sobre os joelhos com uma feminilidade incrível e passou o vestido pelos quadris e coxas, retirando o amontoado de tecido de seu corpo.

– Você está linda, Gina – ele falou contemplando. Ela sorriu.

Ela sentou sobre as pernas e depois aproximou o rosto do dele, beijando seus lábios e pescoço, fazendo um rastro de fogo onde tocava. Suas mãos muito mais rápidas que a do esposo alcançaram as barras do casaco e o tirou de uma vez.

Foi Harry quem folgou o só da gravata e a passou pela cabeça, sorrindo pra ela, e foi a ruiva quem desabotoou cada um dos botões de sua camisa e a retirou em seguida.

Mas ele a parou. O moreno queria experimentar cada um dos pontos de seu corpo, e ele o faria.

Se colocou atrás dela e passou os dedos pelas costas muito mais expostas depois de tirado o vestido. As mãos acariciavam numa massagem leve e contornavam seu tórax, as mãos parando sobre os seios cobertos, fazendo a garota arfar um pouco enquanto inclinava a cabeça para trás e a apoiava em seu ombro.

Harry beijou seu pescoço enquanto suas mãos ainda massageavam o busto. As mãos de Gina encontraram sua cabeça e seus dedos se perdiam entre os fios negros dele, puxando com força, mas sem machucar.

– Harry, você está me deixando louca com isso – falou entre os dentes, os olhos ainda fechados.

– Tem certeza? - ele perguntou ao seu ouvido num sussurro vibrante e viu os pelos dela reagirem e ela balançou a cabeça afirmando.

Quando Harry se colocou novamente em sua frente, Gina já estava envolvida demais com o momento. Ela observou enquanto ele soltava cada um dos laços que prendiam seu corset e arfou quando suas mãos tocaram seus seios nus.

Ele a deitou forçando seu peso sobre ela e beijou seu pescoço, ombros e lábios até chegar em um de seus mamilos. Ela gemeu ao sentir o toque quente sobre a pele sensível de seu mamilo. O busto arqueou um pouco na vã esperança de aumentar o contato enquanto ele se demorava no outro. Os dedos friccionavam com leveza um deles, os lábios sugavam com ímpeto o outro, e o descontrole de Gina começava a ficar visível agora.

Então ele desceu uma das mãos por sua barriga e contornou a coxa firme, a segurando, pressionando entre os dedos, espalmando, fazendo Gina suspirar ainda mais, e muito mais quando seus dedos tocaram o tecido de sua calcinha, com uma leve pressão, o gemido entrecortado saindo em seguida de seus lábios.

Harry sorriu ao perceber que ela afastava as penas e com o dedo, começou a acariciar sua intimidade por cima da peça de tecido enquanto lhe beijava os seios. Continuou o que fazia por tempo suficiente para que Gina lhe pedisse por mais, e ele lhe deu.

Desceu os lábios por sua barriga e se demorou um pouco no umbigo, observando a mulher enquanto lhe provava, os lábios parando onde seus dedos estavam anteriormente. Viu quando Gina mordeu o lábio inferior assim que os seus lábios lhe tocaram, o tecido da única peça que usava ainda lhe atrapalhando.

Harry se concentrou por breves instantes ali, como estava, e depois afastou um pouco o tecido prateado e lhe tocou com a ponta da língua, com pressão, vendo as pernas dela tremerem num espasmo e ouvindo seu gemido. “Ah, Harry”.

Aquilo lhe deu ainda mais desejo. Sentia seu membro pulsando contra a calça que ainda vestia, mas se fez de forte e não desistiu, sugando e beijando a garota com tanto ímpeto que em determinado momento ele achou que ela o esmagaria entre suas pernas.

A língua penetrava velozmente, os lábios totalmente contra ela, e ela gemia, xingava e chamava seu nome numa das visões mais bonitas que ele lembrava ter.

Quando Gina finalmente conseguiu atingir seu próprio céu e o olhou ainda entre suas pernas, desejosa por mais, ele o fez. De uma única vez, ergueu a garota e a trouxe até seu colo, fazendo com que ela sentisse sua excitação contra a dela. E ela gemeu.

Gemeu enquanto procurava desejosa e impaciente o fecho da calça dele, e ele a ajudou retirando a calça e a cueca de uma vez.

Então Gina o forçou e se colocou sobre ele, sorrindo vitoriosa por inverter as posições. Distribuiu-lhe beijos pelo rosto, lábios e orelhas. Desceu pelo pescoço e se concentrou nos mamilos por um tempo, fazendo Harry gemer enquanto lhe sentia.

As mãos percorreram os braços tão bem delineados e seus lábios repousaram túrgidos sobre o umbigo, a língua contornando o local, numa vingança prazerosa ao que ele tinha feito.

Devagar, ela beijou as coxas, as pernas e os joelhos. Suas mãos agora espalmadas sobre as coxas, seus seios passeando por cima da pele do rapaz.

Quando Gina se colocou novamente a lhe olhar, os labios tocaram o membro dele, o pressionando de forma que Harry gemeu, um gemido sofrido e prazeroso. E ela continuou o mesmo movimento, a mesma pressão sobre ele, e o gemido ficava mais e mais intenso, até que, com uma dar mãos, ele segurou os cabelos da ruiva e a forçou a parar.

– Não aguento mais, não mais…

Harry falou entorpecido. Seus olhos verdes ainda mais verdes, mais intensos e escurecidos. Ele se forçou contra ela e Gina sorriu ao sentir o corpo caindo num baque surdo sobre os leçois da cama.

Os lábios dele se selaram contra os dela numa urgência solorida. As mãos de Gina passeavam por seu corpo, por seus braços, suas costas, enquanto Harry segurava com sofreguidão os seios da garota. Os gemidos escapavam entre os beijos e os corpos se movimentavam em busca de mais contato.

Gina o prendeu entrelaçando suas pernas nas costas dele, e elevava o quadril conforme esperava ainda mais contato, até que Harry se posicionou para ela, fazendo com que a ruiva abrisse os olhos e o fitasse com espectativa.

– Por favor, Harry, rápido - suplicava arfante.

– Não sei - ele ainda tentou brincar.

– Por favor, por favor… - seus olhos castanhos brilhavam.

– Por favor? O que você quer, Gina, minha esposa?

A mensão daquela expressão teve uma força impactante sobre Gina. Ela arfou ainda mais, o segurou com força.

– Por favor, Harry, não me angustie ainda mais - falou o mais concentrada possível - Quero ser sua, única e exclusivamente sua, e quero que você me tenha agora. Quero você dentro de mim, te sentir e dividir esse momento com você. Por favor, Harry, agora - o tom era mais urgente.

Harry a penetrou de uma única vez, observando a ruiva erguer o peito ao sentí-lo lhe invadir, os olhos fechados com força, a cabeça apoiada no travesseiro enquanto as unhas lhe machucavam os braços com doçura. Ela gemeu.

E os movimentos de Harry se tornavam cada vez mais intensos, mais rápidos e eles gemia juntos, os corpos se movimentando em conjunto, o suor se fundindo enquanto Gina se derramava em um orgasmo intenso ao tempo que Harry se liberava dentro dela. Os gemidos ao ouvido lhes saciando os desejos.

– Você é ruim - Gina falou enquanto girava para um lado da cama.

– Eu? - Harry se colocou deitado de seu lado, observando.

– Sim, você.

– Por que?

– Me fazendo implorar por algo que me pertence. - ele sorriu.

– Você não faz ideia do quanto fica linda quando está descontrolada.

– E você se aproveita.

– Sim. Me aproveito e vou me aproveitar pra sempre. - dessa vez, ela sorriu.

– Eu te amo, Potter.

– Eu te amo, Potter.

Ambos sorriram e voltaram a se beijar. Aquela não era sua primeira noite juntos, mas a primeira de muitas mais que dividiriam como marido e mulher.