A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

O casamento de Harry e Gina e um pouquinho de Romione também...



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Chegara o grande dia: O casamento de Harry e Gina.

A Toca estava realmente ficando pequena para a quantidade de filhos, netos e noras do Sr. e da Sra. Weasley. A matriarca estava, definitivamente, muito mais empolgada que a Gina com o casamento. Foi preciso fazer um feitiço de alargamento para poder manter todos na Toca. Sim, eles preferiram casar ali mesmo.

Hermione, como todos imaginavam, seria a dama de Gina e Rony, o padrinho de Harry. Tudo corria muito bem. Victorie e Dominique brincavam com o Teddy, que embora tivesse pouca idade, já se mostrava bem galante enquanto mudava a cor de seus cabelos. Mais adiante Molly brincava encantada com o Fred que indagava a mãe como ela poderia ter ficado com a barriga tão grande, tirando gargalhadas de todos.

Harry estava uma pilha de nervos, nem parecia que tinha enfrentado o mais tenebroso bruxo de todos os tempos enquanto olhava na direção de seu padrinho com uma cara assustada.

– Cara, cadê a Gina? Eu vou perder meus cabelos de tanta aflição. Já estou ficando louco... Por que demora tanto?

– Calma Harry. A Mione também ainda não desceu e eu estou aqui tranquilão.

O ruivo xingou baixo o tapa na nuca que recebera em seguida e embora estivesse falsamente irritado, valia a pena ver o cunhado ainda mais nervoso e para tal ele não mediria esforços.

– E ai Harry! – disse o Jorge – Eu estou começando a achar que a Gina fugiu. Definitivamente, seria muito normal da parte dela ter aparatado para algum lugar bem distante ou ter subido na vassoura e ter ido jogar em algum lugar por ai.

A expressão assassina de Harry fez os dois rapazes fugirem de imediato. Rony se aproximou novamente, observando de longe se era seguro e quando viu que o amigo não representava perigo, adiantou-se enquanto ele observava, nervoso, as mãos suadas.

– Olha quem está ali, Harry – Rony indicou com a cabeça e o moreno seguiu o movimento, sentindo a boca levemente aberta – Não imaginei que eles viessem.

– Nem eu – disse sincero.

– Quer que eu vá recebê-los?

– Não – olhou rápido para o amigo – Está tudo bem, eu vou.

Harry sentiu o estômago afundar ainda mais ao encontrar a família que o criara ali, nos arredores da Toca. Tia Petúnia, em um vestido longo, cinzento e recatado, não parecia tão espantada quanto imaginou que seria. Talvez estivesse realmente acostumada com a magia que via sua mãe fazer quando criança. Tio Valter, ao contrário dela, parecia em ponto de ter uma crise de nervos, “muita gente estranha reunida”, Harry imaginou, mas ele parecia firme.

Mas estava realmente impressionado com o sorriso sincero que Duda lhe dava enquanto ele se aproximava. Estava estranho, mais adulto que nunca dentro daquele terno azul-marinho. A esposa, Ágatha, tinha um sorriso igualmente genuíno e ele se pegou pensando em como ela deveria admirá-lo por tudo o que ouvia de sua irmã.

– Harry – Duda adiantou-se apertando a mão do primo. Tinha o pequeno Danon nos braços e o abraço foi reservado para a esposa. - Parabéns pelo casamento.

– Muito obrigada pelo convite, Harry – Ágatha continuou – é um prazer imeso fazer parte deste mometo tão feliz para você. Parabéns.

– Obrigado, Ágatha. Tio Valter – virou para o homem ainda aparentemente espantado e ofereceu a mão, que foi apertada em seguida – Tia Petunia – olhou para a mulher um pouco constrangido, mas sorriu. Estava feliz que estivessem ali.

– Parabéns, Harry – ela falou sem se aproximar demais, mas seus olhos eram sinceros – espero que seja feliz.

– Obrigado, tia Petunia. - respondeu encabulado e os direcionou a uma das mesas vazias.

– Você não tem ideia do que o Damon fez antes de chegarmos aqui, Harry – Ágatha começou animada enquanto caminhavam.

– O que? - ele perguntou interessado.

– Não sei como ele fez, mas a gravata do Duda era azul antes de estar nesse tom de vinho – sorriu e Harry abriu um sorriso junto com ela e o primo – Acho que teremos mais um bruxinho na família. - Ela falou acariciando a cabeça loira do filho enquanto sentavam.

– Vai ser incrível – Duda falou sentando em seguida, olhando atento para o pequeno em seus braços.

...

– Ron? - Hermione chamou assim que o encontrou.

– Oi Mione – ele parou de falar assim que a viu. - Está linda.

– Sempre o mesmo tom de surpresa. – a pele de sua face enrubesceu. - Onde está o Harry? - perguntou assim que lhe beijou rapidamente.

– Ali – o namorado indicou com a cabeça ainda lhe encarando.

– Não acredito que vieram – ela parecia assustada – E vieram todos.

– Sim.

– Como está sendo?

– Aparentemente, tudo normal. Nenhum grito, nenhum insulto audível... Nada assustador ou aterrorizante.

– Ótimo. Venha. Precisamos falar com o Harry. A Gina já vai descer. – falou e em seguida puxou o namorado em direção ao amigo.

– Você está linda Mione. Simplesmente, a mais linda - Ela corou novamente.

– Você também está muito bonito neste terno, Ron. Você fica muito bem assim.

Então Rony se assustou enquanto caminhava ao lado da namorada. Não sabia se o ambiente ou o clima de casamento que os envolvia estava lhe impressionando, mas ele sentiu um desejo enorme de passar o resto de todos os seus dias ao lado dela.

...

– Boa noite! - Hermione saudou com um sorriso.

– Noite! - Rony em seguida. Quase riu da expressão do tio Valter.

– Rony, Hermione, esses são meus tios Petunia e Valter Dursley.

– Muito prazer – apertaram as mãos.

– E esses são meu primo Dudley, sua esposa, Ágatha e o seu filho, Damon.

– Pode me chamar de Duda – o garoto falou enquanto apertava as mãos dos dois.

– Ronald Weasley e Hermione Granger - Ágatha falou com os olhos brilhando – O trio de ouro. Nunca imaginei que um dia os conheceria.

– Nos conhece? - Hermione verbalizou a dúvida do namorado.

– Sim. Minha irmã era nascida trouxa, alguns anos mais velha que vocês, mas lutou pela causa. Infelizmente foi morta por ser trouxa...

– Sinto muito – Rony e Hermione falaram em uníssono.

– Sim, obrigada, mas isto não é assunto para um dia feliz como o de hoje. É um prazer enorme conhecê-los.

– E agora seremos da mesma família – Rony falou e um pequeno grunhido foi ouvido de tio Valter, mas ninguém se importou de verdade.

– Harry – Hermione continuou – a Gina já vai descer.

– Obrigado, Mione. - ele sentiu as mãos novamente suarem - Você está linda, aliás!

– Obrigada. – ao dizer isto, ela acompanhou o amigo e o namorado até o altar montado para o casamento.

Gina surgiu após alguns poucos minutos. Sua mãe se debulhava em lágrimas que eram tão sonoras que atrapalhavam a marcha nupcial. Harry olhava a garota com cara de bobo, a boca levemente aberta e os olhos brilhantes.

Gina estava linda. Usava um vestido de cor um pouco amarelada. Era longo e tinha uma fenda em uma das pernas. Na frente era um tomara que caia e do decote subia um ramo de flores que cruzavam as suas costas até a cintura, formando uma alça um pouco torta, já que não havia tecido algum em suas costas.

O cabelo estava amarrado no alto, em forma de flor, com a outra parte solta sobre os ombros. Também havia um delicado detalhe como uma tiara sobre seu cabelo. Ela estava linda e seu rosto brilhava radiante.

[...]

A cerimônia não poderia ter sido melhor e poucos minutos depois, o ministrante casou os dois. A festa então começou. Rony e Hermione dançavam muito enquanto Luna e um rapaz estranho observava as flores próximas.

Os alunos de Hogwarts estavam todos juntos em uma mesa enorme, e até mesmo Cho fora convidada para a cerimônia. Mais adiante os professores conversavam animados enquanto Harry e Gina percorriam todas as mesas falando com todos.

A maior atenção estava na mesa destinada as colegas de trabalho de Gina. O Harpias em peso se encontrava nos arredores da Toca e foi o tema mais falado da noite depois do casamento, muitos tentando conjurar fotos e pegar autógrafos. Hagrid estava radiante, muito mais que madame Maxime que estava com uma barriga maior que todos os caldeirões de casa juntos.

– Aí, Hagrid – Rony se aproximou com Hermione lhe batendo no ombro - parece que a vida vai muito bem, eim?

– Rony, Mione, que alegria ver vocês. – Levantou e os abraçou. Um abraço reconfortante que fez os dois garotos viajarem no tempo e se virem nos arredores de Hogwarts. Hagrid sempre teria este poder de fazê-los lembrar os melhores momentos de suas vidas.

– Como estão, Hagrid? – Hermione perguntou em seguida.

– Estamos bem. A Olímpia está realmente feliz. Nunca imaginamos que poderíamos ter um filho, e segundo o curandeiro que a tem acompanhado, nosso filho – e os olhos encheram de lágrimas – nosso filho está muito bem, muito saudável.

– Oh, Hagrid, eu fico tão feliz por vocês. - Hermione dava tapinhas amigáveis, com um pouco de dificuldades pela altura, nas costas do guarda-caças.

– Obrigado, Hermione. Sei que são, realmente, sentimentos verdadeiros, mas e vocês eim, já estão se preparando? Terão de ser o próximo casal a casar.

– Na verdade, Hagrid, só falta a gente mesmo! - Hermione falou sorrindo e Rony se assustou. - Na verdade, ainda tem o Carlinhos, mas ele não solta os dragões por nada.

– Ah... Eu gosto do Carlinhos - Hagrid falou saudoso - Ele gosta de dragões e...

Rony se perdeu na conversa. Ficou imaginando porque Hermione tinha falado aquilo para Hagrid e não conseguia imaginar um motivo plausível. A amava e não tinha como negar e embora tivesse um desejo enorme de estar ao seu lado para sempre, sempre duvidou que ela realmente quisesse algo daquele tamanho, pelo menos, duvidou até agora.

– Rony, acorda!

– Oi Mione?

– O Hagrid estava falando da sua cara quando ele nos mostrou os explosivins pela primeira vez e de como o Malfoy ficou desesperado quando o dele começou a cuspir fogo...

Logo após Harry veio sentar com os amigos para esperar Gina se trocar. A conversa foi muito agradável e os garotos relembraram com o grande amigo muitas aventuras vividas. Um pouco depois os pais de Hermione se aproximaram e se despediram contrariando a matriarca que os convidara a ficar para dormir.

Voltaram pela lareira. O Ministro achava prudente que a lareira de Hermione fosse ligada ao mundo bruxo por sua importância em tal mundo. Seus pais estavam mais que familiarizados com o transporte e realmente gostavam de viajar assim.

Hermione resolveu ficar para ajudar nos preparativos da viagem de lua de mel no dia seguinte. Fazia parte de seu trabalho de dama.

Harry e a Gina saíram em seguida, foram para sua casa em Godric's Hollow para depois viajarem. Depois de um tempo todos começaram a aparatar. Neville não poderia ficar mais por muito tempo porque estava tentando voltar para Hogwarts como professor. Continuava servindo como auror, mas estudava para a seleção que haveria em breve na escola.

Finalmente, todos rumaram para seus quartos. O dia havia sido corrido e cansativo, e poderiam dormir até tarde no domingo. Alguns Weasley ficaram e a casa estava um pouco cheia, mas havia espaço para todos.

Rony subiu assim que Hermione falou que não conseguia mais ficar acordada, que estava cansada e não via a hora de se deitar e dormir a noite inteira. Seu maior desejo era subir com ela e dormir ao seu lado, mas isso estava apenas no seu subconsciente, não tinha como realizar.

Em seu quarto ele tomou um banho rápido, colocou uma camiseta folgada e um short de malha, sentou em sua cama e apoiou os cotovelos em seus joelhos, cansado, rendido, perdido em seus pensamentos e desejos pela namorada.

Deitou e enquanto fitava o teto, adormeceu. Em seus sonhos, ela apareceu, como sempre. Hermione entrava pela porta de seu quarto como ela havia feito meses atrás e caminhava tranquila, um sorriso leve e envergonhado em seus lábios, em direção a sua cama.

Ele levantou um pouco o tronco de lado, apoiando o peso sobre o cotovelo e a observou se aproximar. Hermione não falava nada, mas seu corpo exalava desejo e lhe dava vontade de tomá-la em seus braços imediatamente. Ela sorriu e se sentou em sua cama, ao seu lado.

A mão tocou o rosto dele com delicadeza em um carinho mudo e discreto. A outra mão seguiu até a cabeceira de sua cama e pegou sua varinha. Em seguida ela se virou para a porta e um feitiço mudo fez com que fagulhas coloridas saíssem da ponta dela indo em direção a porta, lhe selando.

Ela devolveu a varinha ao local onde estava e as mãos voltaram a acariciar o rosto do namorado, o envolvendo. Tinha um toque tão suave, tão delicado, e uma forma tão doce de ser até que se debruçou de leve sobre ele e o beijou, o peso de seu corpo pressionando o seu peito.

– Mione, o que você faz aqui?

– Estava sem sono. Quis te ver.

– Mas Mione, o dia foi simplesmente cansativo. Acordamos cedo e trabalhamos o dia inteiro alargando a casa para todos os convidados. Todos estão exaustos e acho que você...

– Tudo bem, Rony – disse se levantando um pouco contrariada – eu vou embora.

– Não, Mione – ele falou rápido segurando seu braço com agilidade – pode ficar se quiser.

Ela sorriu graciosamente e sentou novamente. As mãos voltaram a acariciar o rosto do rapaz.

– Sabe Ron, tenho pensado muito em nosso relacionamento. Já faz um bom tempo que namoramos e acho que deveríamos dar um novo passo...

Rony foi pego de surpresa. Um misto de emoções e sensações passaram por sua cabeça e ele se assustou. Provavelmente Hermione queria casar e ele não sabia se estava preparado para aquilo. A amava e tinha certeza disto, mas não sabia se poderia lhe oferecer tudo o que ela precisava.

– ... E sabe Ron, eu acho que este seria o momento ideal para resolvermos logo isto. – Enquanto ela falava, acariciava seu rosto e não desviava os olhos dos seus.

Ele respirou fundo, mas não conseguia arquitetar palavras suficientes para uma resposta, estava cansado e com sono, e não sabia porque Hermione queria falar sobre aquilo justamente naquele momento.

– E então, Ron – ela se aproximou ainda mais – como imaginei que você não entenderia muito bem o teor desta conversa, acredito mesmo que terei de explicar um pouco melhor – o tom era o de sempre, da menina inteligente, embora um pouco mais maliciosa. Ela o beijou enquanto uma de suas mãos deslizou levemente sobre o peito do namorado. Instintivamente, ele sentiu o corpo vibrar.

– Mione, o que você está fazendo?

– Rony, é sério que você ainda não entendeu?

Ele a olhou nos olhos, aflito, e ela sorriu de volta, sexy e maliciosa. As mãos encontraram seu peito e acariciaram seus mamilos fazendo com que ele gemesse levemente assustado.

– Mione, você tem certeza do que você está fazendo aqui?

Ela assentiu com a cabeça e o coração do garoto disparou. Ele estava sonhando, sabia que era um sonho, mas já havia sonhado com Hermione tantas vezes, a tendo em seus braços, que nem se preocupava com o fato de este sonho ser peculiarmente real.

– Mas, e se alguém ouvir?

– Eu coloquei um abaffiato na porta e enfeiticei o meu também para parecer que estou lá. E também tranquei a sua porta com um feitiço.

– Sério? - ela sorriu em seguida, corando, um pouco envergonhada.

– Sempre este tom de surpresa. - ele sorriu, embora estivesse nervoso.

– Mas e se...

– Bom Rony, acho que você não me quer aqui, então é melhor eu voltar para o quarto – se levantou um pouco contrariada.

– Não – o garoto estava agora ajoelhado na cama segurando seu pulso – eu... eu também quero.

Ela voltou os olhos para ele novamente e sorriu em seguida. De onde estava, afastou-se um pouco da cama, abriu o robe que usava lentamente. Ele sentiu uma pontada forte na sua região mais baixa ao vê-la ali. Seu corpo já não era tão secreto para ele desde o dia que ela decidiu ir até o seu quarto, mas aquilo era diferente.

– Rony, desfaz esta cara de bobo que você está me deixando envergonhada.

De fato, ela estava com as bochechas coradas. Rony levantou e caminhou até ela. Lembrou de alguns filmes trouxas do Lino esquecidos no quarto dos gêmeos que chegou a ver, mas nada era como aquilo. Ela estava ali, e mesmo que fosse um sonho, era ela ali na sua frente, e em seus pensamentos ela era real.

Rony a abraçou e ela recostou a cabeça em seu peito. O cheiro de jasmim inebriou os sentidos do ruivo e fazendo com que ela o olhasse em seus olhos, falou:

– Eu te amo.

– Também te amo. – respondeu

Foi o garoto que a beijou primeiro, ainda estavam de pé. Era um beijo longo e demorado e seus corpos se aproximaram mais, o peito arfava enquanto ela acariciava sua nuca até que ele a colocou em seus braços e a conduziu para a sua cama, lhe sentando, sentando-se ao seu lado.

Enquanto se beijavam novamente, Rony desceu seu corpo sobre o dela devagar. As mãos percorriam os braços da garota e o apertavam com delicadeza enquanto seus lábios se sorviam mutuamente.

O garoto desceu seus lábios para o pescoço dela e em resposta ele recebeu um gemido leve, cheio de prazer, que aumentou um pouco quando sua mão repousou sobre seu seio ainda coberto pelo tecido fino da camisola que usava, puxando os cabelos dele com um pouco mais de força enquanto erguia as pernas e o prendia contra seu corpo.

Foi Hermione que tomou a iniciativa e retirou sua camisa. Os lábios dela alcançaram o peito nu do garoto e sua língua contornou o mamilo fazendo o garoto urrar baixo, jogando de leve a cabeça para trás.

Ela parou e com a ponta dos dedos, percorreu devagar todo o comprimento dos braços do namorado, o acompanhando com os olhos, um sorriso leve e nervoso nos lábios, mas uma maturidade envolvente e contagiante, então, ela o beijou nos lábios, as mãos segurando com força a pele dele, fazendo um movimento leve, mas cheio de pressão, se colocando sobre ele, voltando a beijá-lo depois de um sorriso complacente.

Então, ela ergueu o tronco e o garoto, instintivamente, retirou sua camisola. Ele esperava algum tipo de objeção da parte dela, mas o que recebeu foi sua ajuda ao levantar os braços e esperar que ele removesse a peça de roupa.

E o garoto não conseguiu resistir sentindo o corpo queimar e reagir contra o que via. Olhou para ela, sua pele, seu corpo, o olhar desejoso como quem deseja um doce. Observava seus seios e cintura com devoção, seu umbigo, cada ponto de seu corpo como algo merecedor de culto eterno.

– Rony, para de me olhar assim – disse sem graça.

– Não consigo – respondeu simplesmente aproximando os lábios dos dela.

Ele apoiou as costas contra a cabeceira da cama e num impulso a ergueu, lhe trazendo para cima de seu colo, um choque de sensações entre os dois. Hermione fechou os olhos e sentiu a pele queimar ao se colocar sobre o quadril dele, sentindo em seu próprio corpo o quanto ele a desejava. O gemido sussurrado foi incontrolável, ainda mais prazeroso quando Rony alcançou um de seus seios com os lábios depois de percorrer seu pescoço e colo.

Uma sensação estranha percorreu o corpo dela e então ela se viu agindo por seus instintos, querendo provar cada vez mais do que todo aquele contato poderia lhes oferecer. Suas mãos voltaram a acariciar o peito dele, seus ombros, braços, mamilos e barriga. E então, ela sentiu quando ele contraiu o corpo e tencionou o abdome ao perceber que as mãos dela desciam para seu short.

– Mione, não toca ai. – ele interrompeu o beijo levemente assustado, afobado por tudo o que estavam vivendo.

– Por que então você pode tocar aqui? – E acenou com os olhos o seio esquerdo que ele segurava. – Se você pode, eu também posso, não? – e corou.

– Mas Mione...

Tentou argumentar, mas não conseguiu. Foi calado por um beijo intenso e sensual, sentindo os pelos do corpo ouriçarem a medida que a mão dela descia seu corpo e alcançava o elástico do seu short.

– Mione, se continuar assim não vou conseguir parar.

Ele sussurrou claramente nervoso. Ela sentiu o estômago gelar de apreensão. Depois que invadira seu quarto meses atrás eles estavam tentando, sempre que podiam, ficar sozinhos, mesmo com os empecilhos, e estava cada vez mais complicado se controlarem e restirem um ao outro, mas sempre paravam quando a coisa ficava realmente forte e resolviam seus ímpetos longe um do outro. Estava ficando difícil manter isto e agora, parecia impossível.

– Não quero que pare – foi a única coisa que ela respondeu e ele sentiu seu mundo explodir em um bilhão de estrelas multicoloridas.

– É isso mesmo o que você quer? Agora? Tem certeza? - a voz dele tremia, estava falhando.

– Tenho.

A voz dela também estava falha e ela respirava ansiosa enquanto ele sentava sobre a cama e ficando de joelhos, retirava o short. Ela não conteve um leve sussurro. Era mais do que haviam feito em qualquer momento.

Ela se moveu até ele e com as mãos em suas coxas, passou as unhas por sua pele branca, avermelhada pelas sardas e pela quentura que sentiam. Mesmo na penumbra da noite, a lua cheia lhes permitia visualizar os corpos seminus.

Puxou a última peça que ele usava e, mesmo avermelhada pela vergonha em vê-lo nu diante de seus olhos, não se aquietou e o observou, não conseguindo conter um sorriso malicioso enquanto mordia o lábio inferior e olhava em seus olhos.

Ele se colocou contra ela, a deitando sobre o colchão e lhe beijando o pescoço por alguns instantes, sugando de leve um de seus mamilos, ficando novamente sobre os joelhos para retirar dela sua última peça de roupa, assim como ela fizera antes com ele.

Seus olhos se encontraram, um sorriso mútuo banhou seus rostos e os lábios se encontraram em seguida, se beijaram, e se entregaram a tudo o que poderiam descobrir um com o outro.

A sensação do momento que viveu durante aquilo que, para Rony, era um sonho, ele jamais poderia explicar. Era sensitivo, real e ele estava estranhamente feliz, sentia um calor animado no peito e desejou nunca mais acordar.

– Eu te amo como nunca poderia amar alguém, Mione.

– E você, é sem dúvidas, o homem da minha vida.

Rony acordou na manhã do domingo com um sorriso surpreendente em seus lábios. Estava tranquilo e completamente relaxado. A sensação que tinha era que Hermione continuava ao seu lado e ele pensou que poderia acordar sorrindo por ela todos os dias de sua vida.

Um enorme desejo de estar ao lado dela para sempre preencheu o seu peito e ele se viu envolvido no aroma delicado de jasmim que exalava dela e ele conhecia tão bem. Ele seria o homem mais feliz do mundo se ao acordar ela estivesse em seus braços como sentia sua presença agora. Nunca sonhara com algo tão real e apenas fechou os olhos para voltar a dormir percebendo que eram os primeiros raios de sol que penetravam as janelas de seu quarto.

– Bom dia, Ron – ele abriu os olhos assim que os fechou, um pouco assustado ao reconhecer a sua voz - Preciso que você devolva a minha camisola para que eu possa voltar ao quarto.

Ele não falava nada, claramente assustado. Ela se movimentava graciosamente. Colocou a calcinha jogada na cabeceira da cama, depois pegou a camisola que estava sob ele e a vestiu. Colocou o roupão e depois de pegar a varinha do garoto e acenar em direção a porta, sorriu para ele.

– Os que ficaram do casamento ainda devem estar dormindo. Amanheceu a pouco. Vou voltar para o quarto da Gina agora, tudo bem?

Ela se aproximou dele e o beijou intensamente, as mãos acariciando de leve sua nuca, o peito pressionando de leve o peito dele. Sorriu ao perceber que ele ainda tinha a expressão assustada ao observá-la e levantou caminhando até a porta do quarto. Ao tocar a maçaneta, virou-se para ele e sorriu.

– Não foi um sonho Ron... Eu te amo!


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