A Vida Continua - Fase 01 escrita por Andye


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Obrigada imensamente a todos os lindos comentários que recebi no capítulo passado. Foi muito especial para mim escrevê-lo e fico muito feliz que tenha conseguido transpassar a emoção que senti enquanto eu o criava. Valeu mesmo.

Agradeço a Ro_Matheus por estar chegando por aqui. Seja muitíssimo bem vinda e fique à vontade. Agora, um pouquinho da vida da Mione.



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Hermione corria pelos corredores da casa gritando e saltitando o quanto podia. Os cabelos estavam desgrenhados. Usava um conjunto de blusa de alça e short estampado com temas do ursinho pooh, os pés descalços e os braços balançando sobre a cabeça com um pergaminho em uma das mãos enquanto as pernas faziam, agora, uma dança estranha de comemoração.

– Hermione, o que você tem?

A mãe de Hermione saiu do quarto logo em seguida. Era quarta-feira, estava se aprontando para atender alguns pacientes com o marido naquela manhã. Estava vestida com uma calça e uma camisa de malha simples, mas o cabelo, tão volumoso como o da filha, tinha um lado preso e o outro solto, na pressa de saber o que a filha comemorava, já que sorria.

– Hermione?

O pai apareceu em seguida em uma fresta da porta com uma toalha enrolada na cintura, os óculos pendendo precariamente no nariz enquanto a espuma do shampoo escorria por seus ombros. O ar era igual ao da esposa, espanto e curiosidade.

– Eu consegui – ela gritava e ainda dançava – Eu consegui.

O sorriso da garota era contagiante. Os pais olhavam para ela com um misto de satisfação e curiosidade, até que sua mãe, cautelosamente se aproximou e pegou o pergaminho que ela segurava tão firmemente.

A mulher aproximou-se do homem e ambos leram em voz baixa o que continha na carta. Vez ou outra eles levantavam os olhos para contemplar a filha dançando no corredor de casa. Ela estava muito feliz.

– Hermione, parabéns.

A mãe se aproximou e abraçou a filha carinhosamente. O pai a saudou, mas deixou o abraço para mais tarde, já que estava descomposto e não correria o risco de sua toalha cair ali na frente da garota.

– Preciso contar ao Rony.

Hermione se desprendeu do abraço da mãe lhe dando um beijo animado enquanto descia as escadas, aterrizando sobre os joelhos em cima do tapete da sala, em frente a lareira finalmente ligada de acordo com as normas do Ministério da Magia.

A fumaça azulada subiu e ela precipitou o rosto para ela, tentando desesperadamente conter a emoção e não gritar.

– Rony! - chamou sem resposta – Rony.

– Olá, Mione – era Audrey do outro lado da lareira. A mulher era muito bonita e Hermione ainda se perguntava como ela poderia amar o Percy, tão diferente dela. Não que o cunhado fosse feio, mas Audrey era animada e entusiasta, e isso era diferente. Talvez eles apenas se completassem, assim como ela e Rony. - Bom dia.

– Bom dia, Audrey – ela tentava conter a emoção – Como está?

– Estou bem. Passei aqui para deixar as meninas com a Molly. Estavam fazendo bico em casa querendo ver a avó.

– Ah, sim...

– Está tudo bem? Você parece agitada.

– Ah, sim. Está tudo bem. Só preciso falar com o Rony, ele está?

– Ah, não. Não está. Quando cheguei ele estava saindo para as Gemialidades.

– Claro – ela olhou o relógio sobre a lareira e viu que era quase 9 horas da manhã – Obrigada. Vou mandar uma coruja.

– De nadinha. Beijocas concu.

– Beijos. - e a lareira apagou. A morena sorriu do novo apelido.

Levantou as pressas e subiu as escadas em disparada para o quarto. Abriu a porta de uma vez e se precipitou para a escrivaninha, em busca de um pergaminho e uma pena. Nem ao menos sentou. Escreveu de uma vez o bilhete e chamou sua coruja.

– Hyuli – chamou apressada – Hyuli, venha aqui.

A coruja apareceu um pouco depois em sua janela. A coruja era preta com algumas poucas penas esbranquiçadas. Era grande e imponente, um tanto soberba e egocêntrica. Lembrava a dona.

– Preciso que leve este bilhete para o Rony. Ele está nas Gemialidades. Espere a resposta, tudo bem?

A coruja piou com desagrado, não para a dona, mas para o gato laranjado que acabava de cruzar a porta, indo se esfregar nas pernas da dona enquanto ela prendia gentilmente o bilhete na pata da ave. Ela levantou voo em seguida, enquanto Hermione pegava o gato nas mãos e, se jogando de costas sobre a cama, contava ao animal:

– Consegui, Bichento. Consegui.

[…]

A coruja rompeu no céu e se dirigiu a entrada da loja. Não estava muito cheia como ficava nos finais de semana, e Rony viu de trás do balcão quando a coruja de Hermione adentrou a loja e se aproximou de onde ele estava. Ele estranhou. Hermione não costumava enviar corujas enquanto ele estava trabalhando, então, esperou a ave pousar.

– Olá Hyuli.

O ruivo cumprimentou a ave sabendo que ela era extremamente temperamental. Ela pousou sobre o balcão depois que ele afastou algumas folhas e lhe estendeu a pata. Ele pegou o pequeno bilhete e sorriu para o papel, respondendo atrás da folha.

– Proto, Hyuli. Leve isto para Hermione e muito obrigado pelo recado.

A ave piou e levantou voo. Em questão de instantes, era uma sombra, e em seguida, já não podia ser vista.

A hora do almoço chegou, depois que Hermione achou que não mais chegaria. Ela prendeu as fivelas da sandália que usava e saiu a fim de aparatar. Caminhou alguns minutos até chegar ao beco que costumava usar. Viu que não avia ninguém e sentiu seu corpo rodopiar.

Rony já esperava por ela quando desaparatou em Hogsmeade. Reconheceu o namorado de costas para ela enquanto ele tomava algo que parecia ser uma cerveja amanteigada. Se aproximou.

– Olá, meu amor – ainda de pé o cumprimentou e beijou, sentando a sua frente.

– Oi. - ele respondeu e percebeu o quanto ela estava avermelhada – O que houve? Disse no bilhete que tinha uma ótima notícia para me dar. Fiquei curioso.

– Sim – ela sorria de forma contagiante e Rony se perdeu por alguns instantes de onde estava.

– O que?

– Recebi uma carta.

– E...?

– Era do Ministério – ela sorria e Ron sorriu em seguida, começando a compreender o que havia acontecido.

– Quer dizer que...

– Sim, Ron. Eu consegui. O Ministro autorizou a minha tese sobre o F.A.L.E. Vai virar lei.

– Que maravilha, Mione. Nossa... Que demais.

– Sim, eu estou muito animada.

– E não é pra menos. É uma notícia maravilhosa.

– Só que ainda tem mais...

– Sério? O que? - ele estava realmente interessado.

– O Ministro quer que eu seja responsável pela lei – o sorriso ia de orelha a orelha.

– Como assim, Mione?

– Ele quer que eu trabalhe no Ministério. Eu começo na segunda. Fui convocada para trabalhar no Ministério.

– Sério?

– Sim. Eu nem acredito, Ron...

– Mas acredite. Parabéns, meu amor. Você mais que merece.

Hermione não parava de sorrir, não conseguia. Depois do almoço foi para a Gemialidades e ficou com o namorado enquanto informava aos sogros, cunhados, cunhada e Harry. Estava feliz. Voltaria a lutar por aquilo que achava justo. Era essa a sua maior realização.


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