Our Little Girl escrita por LionQuinn, MsTigerOwl


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito o atraso para postar o capítulo. Tivemos alguns imprevistos xD
Preparem o coraçãozinho de vocês para ler u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/484921/chapter/7

– Então, estamos aqui essa noite com Santana Lopez, querida, o que você diz de ser a nova cantora sensação do Youtube, que com apenas 23 anos já tem um contrato fixo com uma das maiores gravadoras de Nova York e mais visualizações na internet do que o vídeo do gato entalado no vaso sanitário. - a apresentadora falou, lendo de um cartãozinho antes de olhar para Santana com seus olhinhos azuis brilhantes. - além de ter uma história de vida realmente linda.

– Obrigada - A latina sorriu levemente - É realmente incrível como as pessoas realmente gostaram de me ver cantar. - Respondeu, gaguejando uma vez ou outra. Estava realmente ansiosa.

– Você parece nervosa, é a primeira vez que aparece na televisão? - perguntou, desconfiada.

– É sim. - a latina falou.

– Bem, isso é especial, tem alguém na platéia te vendo agora? - perguntou a apresentadora, olhando na direção dos bancos.

– Tem. A minha filha e a Charlie bem ali. - apontou as duas.

– Ah, então essa é a famosa Kara. - observou a mulher. - sua história com a sua filha é no mínimo comovente, importa-se de dividi-la com o público?

Santana apenas assentiu e começou a contar tudo, ela poderia ver pelo canto do olho Charlie a olhando intensamente, escutando tudo atentamente como se fosse a primeira vez, Kara estava do mesmo jeito. Na verdade, todos pareciam realmente atentos no que ela falavam, mas Santana só conseguia ver a loira e seus olhos verdes a olhando tão intensamente.

–Então, como é sua relação com Charlie? – A Apresentadora perguntar enquanto olhava para a loira na platéia e em seguida para Santana arregalou os olhos.

–C-como assim? – Perguntou.

–A Dinâmica entre vocês duas, creio que não é todo dia que alguém passa por uma situação como a sua – explicou e Santana suspirou, Okay, ela havia totalmente distorcido o que a mulher havia dito e esperou que ninguém tivesse notado.

– Humm... Eu não vou mentir... - ela olhou nos olhos verdes, de repente um pouco mais séria. - não é bom saber que outra pessoa criou sua filha, existem coisas com as quais não concordo, há coisas que Kara faz e eu não gostaria que pudesse fazer, dói um pouco, principalmente se não posso fazer nada a respeito, mas... - nesse momento ela mordeu o lábio, Charlie a observava atentamente. - se era para ser assim, o que eu acredito que fosse, Deus nunca comete erros, agradeço que tenha sido alguém tão maravilhosa como ela, nós batemos de frente ás vezes, claro que sim, não é normal, essa situação em que fomos colocadas, mas agradeço muito por ela ter tentado aceitar isso assim como eu, lutar pela felicidade da Kara juntas como deve ser. - a morena respirou fundo e secou uma lágrima. - não ter tentado me afastar dela, nós falamos besteira, brigamos várias vezes, mas no final eu sei que tudo vai dar certo porque nós somos as mães da Kara, nós a amamos e isso é o mais importante.

Charlie sorriu levemente enquanto Santana a olhava e sorria. Kara olhava de uma mãe para outra. Talvez Hanna tivesse razão e suas mamães se casariam e ela teria que dar seu unicórnio.

– e Kara, como foi poder conhecê-la e estar presente na vida dela. Emocionante creio eu - Disse a apresentadora tentando ao máximo não pressionar a latina que olhou para a filha e sorriu. Kara acenou alegremente para ela.

– A Kara é, eu acho, a força mais forte que move a minha vida, acho que no momento em que ela nasceu tudo dentro de mim mudou, eu nunca acreditei que ela tivesse realmente morrido, havia algo dentro de mim que me dizia "continue procurando, não desista dela, tenha fé no seu amor", e acho que por mais que tentasse, aquela vozinha continuava na minha cabeça, até o dia em que os oficiais visitaram a minha casa. - afirmou a morena, com um sorriso calmo, olhando de relance na direção da filha.

– Bem gente, nós fizemos um vídeo com a pequena Kara que vai estar disponível para quem quiser ver no site do programa a partir das dez horas. - afirmou a mulher, olhando para a câmera e sorrindo. - agora vamos falar um pouco sobre a sua carreira, que teve uma verdadeira ascensão meteórica nos últimos seis meses, como foi que isso se deu?

– Bem, eu comecei cantando alguns covers e meu empresário, César, acabou me descobrindo, e a partir daí eu só vi minha Carrera subir mais e mais – Santana respondeu com um leve sorriso. A Entrevista se seguiu por um longo tempo e a latina estava ficando cada vez mais confortável com as perguntas e com as câmeras.

– Ouvi falar que você também compõe, é verdade? - perguntou, jogando a franja loira para o lado com um sorriso simpático.

– É sim... - disse a morena, meio envergonhada, olhando para as próprias unhas pintadas de vermelho.

– Dês de quando compõe?

– Quando eu era pequena inventava musiquinhas para mim mesma e pro meu irmão, adorava fazer rimas e tudo isso, mas acho que só compus a primeira música de verdade quando estava grávida da Kara. - afirmou, com um sorriso orgulhoso.

– Mesmo? Você se importaria de cantar essa música aqui para nós? - a platéia foi á loucura quando Santana apenas sorriu e assentiu, seguindo um assistente até uma espécie de palco, explicou a melodia para a banda por alguns minutos e começou.

You’re just a small bump unborn

In four months you’re brought to life

You might be left with my hair

But you’ll have my mother’s eyes

Canta o começo olhando na direção da filha com um sorriso carinhoso, Kara sorriu de volta, balançando os pés embaixo da cadeira.

I’ll hold your body in my hands, be as gentle as I can

But for now you’re a scan of my unmade plans

A small bump in four months you brought to life

And I’ll whisper quietly and give you nothing but truth

If you’re not inside me, I’ll put my future in you

Nessa parte seu fôlego foge um pouco, mas ela o recupera rapidamente, sorrindo na direção de Charlie, que parecia quase estudá-la.

You are my one and only

And you can wrap your fingers round my thumb

And hold me tight

You are my one and only

You can wrap your fingers round my thumb

And hold me tight

And you’ll be alright

You’re just a small bump unknown, you’ll grow into your skin

With a smile like hers and a dimple beneath your chin

Fingernails the size of a half grain of rice

And eyelids closed to be soon open wide

A small bump, in four months you’ll open your eyes

And I’ll hold you tightly and tell you nothing but truth

If you’re not inside me, I’ll put my future in you

You are my one and only

And you can wrap your fingers round my thumb

And hold me tight

You are my one and only

And you can wrap your fingers round my thumb

And hold me tight

And you’ll be alright

Then you can lie with me, with your tiny feet

When you’re half asleep I’ll leave you be

Right in front of me, for a couple weeks

So I can keep you safe

‘Cause you are my one and only

You can wrap your fingers round my thumb

And hold me tight

You are my one and only

You can wrap your fingers round my thumb

And hold me tight

And you’ll be alright

‘Cause you were just a small bump unborn

For four months, then torn from life

Maybe you were needed up there

But we’re still unaware as why

A última parte ela havia adicionado logo após ouvir que sua filhinha havia morrido, imaginou se devia fazer outra agora que ela estava viva, mas não quis nem pensar nisso.

Quando o programa finalmente terminou e ela pode voltar pra casa fora um grande alivio, Kara não parava de falar como havia adorado tudo e por tudo ela queria dizer toda as porcarias que tinha comido e que vinha trazendo numa cesta. Charlie apenas suspirou para o novo vicio da menina em cupcakes, ela já podia imaginar a menina a acordando as sete da manhã para fazer cupcakes pra ela.

–Foi tão legal! – Kara disse animadamente enquanto entrava em casa, Santana e Charlie riam levemente ao vê-la colocar um doce na boca e olhar para as mães, sua boca coberta de migalhas. – Quando vamos fazer isso de novo? – Perguntou animadamente.

–Ainda não sabemos, amorzinho – Santana disse enquanto se agachava na frente da filha e limpava sua boca, fazendo Kara sorrir – Mas quando eu souber, nós vamos de novo.

–E eu vou comer doces de novo? – Ela perguntou e Santana assentiu. – Yeah! – Disse animadamente enquanto corria para o seu quarto, provavelmente ficaria pintando até que Charlie aparecesse para lhe dar um banho e colocá-la pra dormir.

–Se ela desenvolver diabetes a culpa é sua – Charlie disse para a latina que pareceu culpada com o tom sério da loira, que sorriu logo em seguida, fazendo Santana se sentir menos insegura. – Você estava falando sério sobre mim naquela hora? – Charlie perguntou calmamente.

–Cada palavra – Santana disse firme e Charlie sorriu levemente dando dois passos na sua direção enquanto olhava para o chão parecendo envergonhada com algo e aquilo fez Santana sorrir levemente. – O Que foi? – Perguntou baixo enquanto se inclinava para tentar olhar o rosto de Charlie que finalmente levantou a cabeça.

–Eu... Você está muito bonita no seu vestido – Charlie disse e Santana franziu o cenho, ela havia quase chutado seus sapatos assim que entrou na casa, e agora seu vestido estava amassado, bonita não era uma boa definição.

– Eu podia estar no começo da noite, agora estou um caco. - afirmou a latina, sentando-se no sofá e tirando os sapatos caríssimos de quinze centímetros. - meus pés nunca mais serão os mesmos, e só de pensar em ter que dirigir para casa... - estica os pés no sofá sobre as almofadas de couro, Charlie pega suas panturrilhas e as levanta, sentando-se com os pés de Santana no colo, devagar, começa a passar as mãos pela pele macia, massageando devagar com os dedos, Santana geme e fecha os olhos, o coração da loira bate um pouco mais forte.

– Você cantou lindamente. - afirma, começando a fazer um pouco mais de pressão sobre os músculos dos tornozelos, a latina ajeitou o travesseiro atrás de si e sentou-se, olhando a loira nos olhos.

– Obrigada, fico feliz. - afirmou, observando as mãos pálidas de Charlie acariciando sua pele, subindo pela sua panturrilha, aquilo fez suas bochechas esquentarem, choques elétricos percorrendo sua pele quando tocada, quando ergue os olhos novamente, o rosto da outra mulher está bem mais perto que antes.

– Você pode dormir aqui se quiser... - Sugere, o olhar mudando dos olhos da latina para seus lábios inchados algumas vezes, o hálito de champanhe batendo na pele cor de caramelo.

Santana não respondeu, somente inclinou seu rosto na direção de Charlie, calmamente colocando seus lábios sobre os da loira, foi apenas um toque lábios que logo se transformou no beijo intenso, as mãos de Charlie subiram pelas pernas de Santana que suspirou baixo enquanto segurava a nuca da loira, mantendo-a próxima, como se temesse que Charlie fugisse. Mas então algo clicou na sua mente quando as mãos de Charlie começaram a subir em direção a parte de baixo do seu vestido.

–Espera – Santana disse se afastando um pouco da loira que pareceu levemente atordoada com a falta de contato – não estamos sozinhas aqui – disse baixo – Kara ainda pode voltar – Esclareceu, ela realmente não queria que a filha chegasse num momento como aquele, era algo que ela não teria disposição para discutir com ela pelos próximos dez anos.

– Com o tanto que comeu? Já deve ter desmaiado há horas. - Charlie bufou, se aproximando novamente, mas a latina apenas afastou.

– Charlie! Não posso deixar nossa filha nos pegar numa situação dessas! - reclamou, a loira sentiu suas bochechas ficando vermelhas ao ouvir o "nossa filha", principalmente por causa do que estavam fazendo segundos atrás.

– Ela já me pegou em situações piores. - afirmou, dando de ombros, Santana arregalou os olhos e se afastou um pouco mais.

– Tipo o quê? - perguntou, cruzando os braços e fazendo menção de se levantar, já que tinha acabado quase no colo da loira, mas a mesma segurava suas pernas com força. - você já pegou muitas meninas nesse sofá com sua filha no andar de cima, Charlotte?

–... Talvez – A Loira respondeu hesitantemente e Santana pareceu incrivelmente irritada – Mas eu nunca fui, você sabe, até o final! – Disse rapidamente, tentando amenizar a raiva da latina, que cruzou os braços não parecendo convencida.

– Ah, que bom saber que nós somos assim tão especiais pra você. - afirmou, se levantando. - eu vou... Dar boa noite para Kara e ir para casa, passo aqui amanhã. - ela não sabia ao certo porque estava irritada, sabia que ia além do fato de que a filha estava no andar de cima, não era como se Charlie tivesse dito que havia arrancado as roupas de alguma garota aleatória ali embaixo, aquilo parecia bem improvável, talvez fosse a imagem da loira beijando alguém... A morena balançou a cabeça para afastar os pensamentos ao chegar à porta da filha, que, assim como Charlie dissera, havia adormecido em cima da cama ainda de vestido e sapatos, a latina sorriu e entrou no quarto para fazer a filha colocar seu pijama.

Ela pegou um pijama no guarda roupa da menina e em seguida fora até a cama, tirando o vestido com todo cuidado para não acordá-la, mas foi em vão. A menina abriu os olhos por alguns segundos, murmurou algo sobre jujubas e voltou a dormir, Santana riu baixinho enquanto terminava de vestia-la, cobrindo logo após lhe dar um beijo na testa.

A Latina saiu do quarto e deu de cara com Charlie encostada à parede a olhando séria, o que a fez suspirar enquanto fechava a porta e saia andando pelo corredor, mas a loira segurou seu braço e a puxou para perto.

–Ei, pare de agir como uma adolescente numa crise de ciúmes – Charlie reclamou enquanto olhava nos olhos de Santana – Eu tive outros relacionamentos, é meio óbvio. Assim como você teve os seus – adicionou.

Santana piscou algumas vezes, olhando para o rosto de Charlie como se estivesse com sono ou não conseguisse entender, então avançou dois passos e encostou seus lábios aos da loira novamente, enlaçando seus dedos em cabelos dourados e quase gemendo quando as mãos de Charlie enlaçaram sua cintura e a giraram no ar, pressionando a latina na parede do corredor.

As mãos de Charlie a seguravam firme, a apertando e fazendo Santana gemer baixinho e tentar se controlar ao máximo para não acabar acordando a menina no quarto ao lado, mas era meio difícil quando ela não conseguia parar de pensar nas mãos da loira que estavam tão próximas da sua bunda, ela se afastou um pouco da loira que logo disse:

–Ela não vai acordar, é sério. Kara tem um sono pesado! – Disse rapidamente enquanto olhava nos olhos da latina que abriu e fechou a boca algumas vezes e em seguida voltou a beijar a loira que sorriu durante o beijo, em seguida começou a beijar o pescoço de Santana que mordeu o lábio inferior para abafar um gemido. – vamos pro meu quarto – a loira murmurou contra o pescoço da latina que apenas assentiu enquanto sentia a loira as levando pelo corredor sem parar de beijá-la, o que as fez esbarrar algumas vezes em alguns móveis.

Charlie jogou Santana na cama e subiu por cima dela, passando os dedos pela perna nua que saía pela fenda lateral no vestido, sorrindo maliciosamente enquanto sua outra mão ia para o zíper, que ela desceu devagar, beijando os lábios de Santana.

– Não sabe o quanto eu quis tirar esse vestido de você, desde que te vi descer aquelas escadas. - sussurrou no ouvido da morena, mordendo o lóbulo da mesma.

Santana passou suas unhas pela nuca de Charlie gemeu baixinho contra a sua orelha o que a fez sorrir maliciosamente e voltar a beijar a loira enquanto a sentia se livrar de seu vestido e começar a espalhar beijos de boca aberta pelo seu pescoço o que a fez gemer um pouco mais alta.

–Séria mais justo se você também se livrasse do seu vestido – Santana resmungou enquanto Charlie sorria enquanto continuava a beijar seu pescoço, deixando marcas que ela com certeza iria esconder com metade da sua maquiagem no dia seguinte.

Mas então seus lábios encontram novamente e parece que uma chama se acende entre as duas mulheres, de repente, tudo são dentes, e língua, gemidos, roupas caindo no chão... Santana vira as duas ficando em cima da loira e faz uma trilha de beijos com boca aberta pelo colo e pescoço de Charlie até seus seios, que ela acaricia com cuidado, fazendo à loira gemer e colocar a mão em seus cabelos, puxando levemente.

Santana acariciou um seio com a mão e outro ela beijou, tomando o mamilo entre os lábios, passando a língua em movimentos circulares, fazendo a loira gemer alto enquanto puxava seu cabelo. Santana parou.

–Shh! Kara tem um sono pesado, mas você gemer assim vai acordá-la – A Latina resmungou.

–Você sabe onde estava com a boca? – Charlie retrucou – Eu não tenho culpa! – Continuou, fazendo a latina revirar os olhos e em seguida voltar a beijá-la intensamente, suas mãos descendo pelo estomago de Charlie que suspirava audivelmente, arranhando as costas de Santana.

Santana acariciou os quadris da loira delicadamente, brincando com o elástico de sua calcinha e a pele macia de suas coxas alvas enquanto intensificava o beijo e usava a outra mão para apalpar os seios da outra mulher, que gemia baixinho entre o beijo e apertava o colchão abaixo de si com força.

– Mais... - sussurrou, a latina sorriu maliciosamente e arrancou sua calcinha, a jogando no chão.

Santana seguiu até o meio das pernas da loira dando beijos pela parte interna das suas coxas, até que elas ouviram a porta ranger e pararam o que estavam fazendo, Santana congelou onde estava.

–Mamãe? Mami? – Kara chamou, sonolenta, fazendo as duas a olharem para a menina, surpresas – O Que você estão fazendo? – Perguntou enquanto coçava o olho, Santana olhou para Charlie que parecia tão surpresa quanto ela. Como explicar aquilo para uma criança de 4 anos?

Então as duas perceberam que o quarto estava bastante escuro e provavelmente Kara não estava vendo nada.

– Princesa? Por que ta acordada? - Charlie perguntou, enquanto Santana pegava sua calcinha e sutiã que estavam perto do travesseiro.

– Não consigo dormir. - reclamou, chegando perto da cama enquanto Charlie deslizava para debaixo dos lençóis.

– Pois vai pro seu quartinho que já vou lá te colocar pra dormir. - afirmou Charlie.

–Mas eu quero dormir com a senhora – Kara respondeu, bocejando em seguida – e com a mami – continuou e Charlie olhou para Santana que estava debaixo dos lençóis como se aquilo a tornasse invisível. -... O Que estavam fazendo? – Perguntou mais uma vez, olhando para a mãe que olhou novamente para Santana como se pedisse ajuda.

– Hummm... A mami tava me mostrando uma espinha que ela tem no quadril. - afirmou a loira, a voz meio trêmula, Santana colocou a mão na boca pra segurar o riso.

– Que nem com a tia Amanda? - perguntou a menina, esfregando os olhos enquanto Charlie enfiava os shorts e Santana parava de rir.

–Exatamente como a tia Amanda – Charlie respondeu com um leve sorriso, nem imaginando o olhar mortal de Santana em sua direção – agora vá para o seu quarto enquanto a mami... Termina de mostrar a espinha, ok? – Pediu e a menina pareceu pensar e deu de ombros. – Já, Já eu passo lá – disse e a menina assentiu, bocejando mais uma vez enquanto saia do quarto. A loira suspirou e riu levemente, virando-se para Santana e levantando as sobrancelhas ao ver a expressão irritada dela – o que foi?

–Quem é Tia Amanda?– Disse, dando ênfase no nome.

– Minha prima. - falou a loira, dando de ombros.

– E agora você dorme com primas também? - perguntou a morena, cruzando os braços e até esquecendo que tinha que se vestir.

– Dormir? Quem falou em dormir? - a loira parecia meio confusa.

–Olha, não precisa dar ênfase de que vocês passaram a noite toda ocupadas com outras coisas! – Retrucou, parecendo mais irritada. Charlie franziu o cenho. – Não vai falar nada?

–Eu não entendo quando você começa a falar assim! – Charlie respondeu com o cenho franzido. – Isso não é o ensino médio, Santana, eu não sou aquele namorado que tem que ler a sua mente pra saber o que fez de errado, é pra isso que existe comunicação – retrucou.

–É Você que transa com as suas primas! – acusou, brava.

– Transar? Com a AMANDA? Eca! - afirmou a loira fazendo uma careta. - ela é casada desde os 21 anos, tem um filho e tudo, nós fomos criadas como irmãs, nunca faria nada disso com ela!

– Aham! E eu nasci ontem! - reclamou a morena, levantando da cama e pegando seu short.

– Santana! A Amanda é completamente apaixonada pela esposa dela, a Dani, tem um filho de seis anos, o Harlan, ela é minha madrinha, transar como ela é como transar com a Quinn. - explicou, fazendo uma cara de nojo.

Santana a ignorou e saiu procurando por alguma camisa pelo quarto, Charlie suspirou, saiu da cama e apenas colocou seu sutiã e consertou seus shorts e fora até a latina.

–Por que está brava? – Perguntou calmamente enquanto a via vasculhar a gaveta, ignorando o fato de que ali, obviamente, só tinha as camisas de Charlie. – Eu disse algo errado? – Perguntou, sendo ignorada mais uma vez, o que a fez suspirar, irritada – Olha, eu não vou ficar aqui clamando pela sua atenção – Disse irritada enquanto pegava a primeira camisa que via na gaveta e ia para fora do quarto.

–Ei, não, espera! – Santana fora até sua direção, segurando seu braço, Charlie virou-se para olhá-la – Eu não gosto de me sentir como se fosse só uma passando pela sua cama – disse enquanto cruzava os braços.

–Então... Você quer mais do que isso? – Charlie perguntou e Santana sentiu suas bochechas esquentarem – Tipo... Namorar? – Perguntou, franzindo o cenho.

– Não! Ta louca! A gente não pode fazer isso! - a morena retrucou, com os olhos arregalados e as mãos nos quadris. - imagina a loucura que não ia ficar na cabeça da coitadinha da Kara?

– M-mas, por quê? Por causa do unicórnio? Eu compro outro pra ela! Ela nem gosta muito dele, é só birra! - afirmou a loira.

– Mas Char isso não ia dar certo, casais dão certo porque não tem pressão, se acabar ou não, tudo bem, mas no nosso caso? Nós íamos acabar com a vida da Kara, ela ia ficar toda esperançosa e a gente destruía a felicidade dela. - explicou Santana.

– Então por que ta assim?!

– Por que eu quero! Mas não posso! – Exclamou, respirando profundamente, Charlie piscou algumas vezes e segurou sua mão, a levando até a cama, fazendo sentar e sentando do seu lado. – Você é ótima, é bonita, gentil e gosto da sua companhia, mas não posso fazer isso quando a felicidade da minha filha...

–Nossa filha – Charlie corrigiu.

Nossa Filha – Santana disse – está em jogo.

–Ela não precisa saber – Charlie começou a falar e Santana a olhou incrédula – não agora, nós podemos... Sei lá, Tentar.

–Ela nos viu numa cama, acha que ela já não pensa que estamos juntas? – A Latina perguntou olhando para a loira que sorriu divertidamente.

–Santana, ela acha que você tinha uma espinha no quadril. – Riu levemente e segurou a mão da morena mais uma vez, só que dessa vez entrelaçou seus dedos. – não estou te pedindo em casamento ou para sairmos como namoradas de anos! Só quero poder te dar uns beijos – Disse tranquilamente.

– Ah, é mesmo? - provocou a morena, olhando dos olhos para a boca da loira, mas ao chegar bem perto, quando os lábios de Charlie já estavam entreabertos, balançou a cabeça e se afastou.

– Não... Isso nunca ia funcionar, e se a gente se magoar? E nunca mais quiser olhar na cara uma da outra? Como fica nossa filha? - perguntou, com os braços cruzados.

– Ela vai ficar bem, Santana! Não precisa saber e também não precisamos ter sentimentos envolvidos, é só... Amigas ajudando amigas, se acabar tudo bem, continuamos com as nossas vidas. - Charlie falou.

– Eu não sei – A Latina respondeu hesitante e a loira suspirou enquanto levantava, fazendo Santana a olhar.

–Eu vou ver se Kara já dormiu, só... Pense nisso, certo?- Pediu enquanto inclinava-se para beijar Santana mais uma vez, dessa vez mais delicadamente. – Se quiser, não precisa dormir comigo – afirmou, calmamente.

–Não, eu quero – Santana respondeu e corou ao notar o que havia dito, aquilo só fez Charlie rir baixinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Música: Small Bump - Ed Sheeran.
O Que acharam do capítulo? Estão pirando muito ou pouco? u.u
Não esqueçam de comentar depois de lerem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Our Little Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.