James e Lily - Naquele em que tudo mudou escrita por Mah Montenegro


Capítulo 5
Naquele em que todos visitamos Madame Pomfrey


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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NAQUELE ANO

capítulo v: Naquele em que todos visitamos madame Pomfrey

POV James:

Quando Lily foi embora fiquei travado por uns cinco minutos no mínimo, sem piscar, sem respirar, Lily havia me dado um beijo? Havia mesmo me dado um beijo? Só saí do transe por conta de Madame Pomfrey, que me trouxe uma poção para eu parar de vomitar lesmas.

– Madame Pomfrey! – Chamei.

– Sim?

– Quanto tempo eu terei de ficar aqui?

– Só mais uma hora, Potter.

– Ah, obrigado!

Nesse momento, uma hora era muito tempo, estava biruta para falar logo com Almofadinhas, precisava saber o que deveria esperar disso, e só ele poderia me ajudar. Passando-se uma hora, saí da enfermaria. Corri até o dormitório dar uma espiada no Mapa do Maroto, pois não estava a fim de ficar procurando-o pela escola toda, Hogwarts é extremamente grande e eu ainda tinha o mapa, não ia de jeito nenhum perder mais tempo.

–Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom! – começaram a aparecer linhas e nomes, logo achei. – Aha, Sirius Black na... Biblioteca? Fala sério, quem será que ele pegou agora? Afinal, pra estar na biblioteca só pode ser por uma garota, né! Esse cara não tem jeito... Mal feito feito!

Saí voando do quarto, cheguei rápido na biblioteca, onde estaria Almofadinhas? Achei-o atrás de uma prateleira observando por entre os livros.

– Ei, Almofadinhas o...

– Shhhh! – sibilou ele.

– Mas...

– Shhhhhhhhhh! Venha ver. – ele apontou entre dois grandes livros. Lá se via Lily e Lene conversando.

– Que é que tem? – perguntei.

– Nossa! O que foi que aconteceu que você não está totalmente babando só de ver a ruiva?

– Vem aqui, cara – levei-o para um corredor mais longe de onde estavam as garotas.

– E então? Por que a cara de bobo? – ele disse, erguendo as sobrancelhas.

– Lily me deu um beijo. – disse sorrindo. O queixo de Sirius caiu. – Não na boca cara! – ele riu.

– Como assim? Explica melhor Pontas! Isso não está bem contado. Se bem que explica muita coisa...

– Como assim?

– Bem quando saí da enfermaria, Lily estava bem interessada em você, até achei que ela não ia me perceber saindo, percebeu, mas eu já esta perto da porta. E quando cheguei aqui ouvi algumas palavras soltas como "James", "enfermaria" e frases como "não consegui prestar atenção na aula". Porém achei que estivessem simplesmente estudando, mas agora acho que não!

– E você acha que eu tenho chance?

– Com a ruiva? Não! Ela sempre me beija antes de sair. – Acho que fiz cara de raiva porque Sirius logo corrigiu, - na bochecha, claro! Cara chato você, viu! Imagina se vocês namorarem... Enfim, é um costume dela.

– Amigão que você é! Destrói toda e qualquer esperança dos outros!

– Se queria ouvir algo que te satisfizesse perguntasse ao Aluado!

– Nhe-nhe-nhe perguntasse ao Aluado...

–Mas é verdade! O que você quer que eu faça? Agora é sério Pontas, eu preciso ir, mas não fique achando que isso é um grande passo, isso pode te deixar muito abalado!

– Tá, tudo bem... O que você tem que fazer agora?

–Tenho que ensinar a ruiva a voar, lembra? Vocês fazem a cagada e deixam pra eu limpar!

– Posso ir junto?

– Não, não ouviu o que eu acabei de dizer?

– Mas que merda! – murmurei

–Não adianta ficar bravo e fazer bico! Tchau pra você, viado!

– É cervo! C-E-R-V-O! – sai da biblioteca e fui para o dormitório. Onde estaria Aluado? Sirius tinha razão, eu precisava mesmo falar com ele.

Deixei Pontas, fui até a Lily e Marlene. Se existe algo que me dá medo é de interromper uma conversa de garotas, da última vez que eu fiz isso levei um tapa na cara que deixou um vergão enorme durante dois dias, sem contar que tive que aguentar Rabicho, Aluado, e Pontas rindo de mim. Mesmo assim, era Lily ela não deixaria que Marlene me batesse e, óbvio, ela não bateria!

– Ruiva! Temos que treinar. – Marlene encarou-me como se estivesse interrompendo uma reunião do Ministério da Magia.

– Ah, nossa, já são quatro horas? – Lily olhou seu relógio – desculpe Sirius, não vi a hora passar! Tchau, Lene, tenho que ir!

– Tchau Lily! E fica tranquila que eu falo com ele!

– Obrigada, Lene!

– De nada!

Eu e Ruiva saímos da biblioteca, passamos na sala de voo para pegar as bolas e uma vassoura para ela, a minha já estava no vestiário. Tinha um lado bom de ensiná-la, eu aproveitava pra treinar... Chegando ao campo coloquei a caixa de bolas no chão. Entre entreguei a vassoura a Lily e desci pegar a minha no vestiário. Voltei ao campo.

– Vamos começar? – perguntei animado, não voava há meses...

– Pode ser... – ela olhava para o chão.

– Você tem certeza? Não me parece muito segura.

– Ah Sirius, - ela largou a vassoura e me abraçou. - você não sabe como me arrependo de ter jogado a azaração em James. Eu não posso voar, não consigo! Eu vou cair!

– E eu vou estar aqui para te segurar... – Afastei-a de meu peito, ela tinha os olhos marejados.

– Ah, Sirius, sei que quer me acalmar... – tentou dizer.

– Pensei que você fosse diferente, Lily! – cortei-a.

– Como assim? – ela ergueu uma sobrancelha.

– Você está desistindo sem nem tentar! – ela parou um segundo para pensar, virou-me as costas, por um momento pensei que ela fosse embora, porém ela pegou a vassoura do chão e virou-se para mim novamente.

– Tudo bem, eu tento!

– Agora está melhor! – Ri. – É fácil, faça com calma, coloque a vassoura entre as pernas, e de um pequeno impulso com os pés. – Fiz o que eu mesmo havia dito. – Agora você!

– Tá, espera. Eu passo a vassoura entre as pernas – ela foi fazendo o que dizia - e dou impulso com os pééééééééééé – A ruiva saiu em desparrada para o alto, acho que ela não deu um pequeno impulso com os pés. – Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh Sirius! Socorroooo! - Ela caiu da vassoura. Voei em sua direção, cheguei bem a tempo de pegá-la. Sua vassoura logo caiu no chão. Ela estava em meu colo segurando firme em meu pescoço, sua cabeça apertada contra meu peito.

– Eu não vou mais Sirius, não vou!

– Lily, você vai ter que passar no teste da McGonagall, tem que aprender!

– Não, eu não vou! – Ela falava e eu ouvia uma criança!

– Você vai! Nem que eu tenha que te obrigar você vai! – Como eu poderia obrigá-la?

– Tudo bem e obrigada! Sabe, por me segurar.

– Sem problemas, Ruiva! – Ri – Agora vamos, - coloquei-a no chão. – Vamos de novo.

– Tá...

Ela tentou mais uma vez, porém agora faltou impulso, ela subiu pouco e caiu no chão. Ajudei-a a se levantar, e lá foi ela de novo. Desta vez, ela voou ainda mais alto, não tanto quanto eu queria que fosse, mas foi melhor. Sim, ela caiu, aparei sua queda mais uma vez, e outra, e outra, e mais outra ainda. Algumas eu não conseguia carregá-la, sabe, como da primeira vez, às vezes eu a pegava apenas pela mão, outras tive que usar o feitiço Aresto Mometum para que ela não caísse.

Agora, teve um momento em que ela caiu, fui pegar minha varinha, mas ela escorregou da minha mão. Voei em direção a Lily, ela estava do lado oposto do campo, não daria tempo de pegá-la. Mas tinha que dar...

Deu, mas por muito pouco, e para que eu conseguisse, tive que inclinar muito a vassoura, ela saiu em disparada em direção ao chão. Quando peguei Lily então, o peso aumentou, a vassoura desceu mais rápido. Só que sem mim e nem Lily. Quando me inclinei muito, a vassoura desceu e eu fiquei. Eu peguei Lily, mas isso não ajudaria muito agora, afinal, eu também estava caindo.

Envolvi Lily com meus braços, e ela envolveu-me com os seus. Quando senti o baque do chão em minhas costas soltei-a. Ela caiu ao meu lado. Não sentia meu corpo todo no chão, boa parte dele estava em cima de minha pena direita. Vi Lily se levantando ao meu lado.

– Aí, acho que torci meu tornozelo. – ela disse olhando para a própria perna. Quando olhou para mim seu queixo caiu. – Sirius, sua perna, ai – ela tentou andar em minha direção. – Você está bem...?

– Não muito, não é, Ruiva? Desculpe ser grosso, mas minha perna está totalmente quebrada!

– Calma, - ela ajoelhou-se ao meu lado, seus olhos estavam totalmente marejados, havia lágrimas por todo seu rosto, pelo jeito ela não havia apenas dado uma leve torcida no tornozelo. – Eu preciso arrumar isto... – Ela pegou minha perna e começou a colocá-la de volta em sua posição normal.

– Aí! Aí! Aí! Ruiva, isso dói! Aí! Devagar!

– Desculpa, Sirius, desculpa. Preciso levar você para a enfermaria. – ela ameaçou levantar-se.

–Tá maluca, mulher? Você também não está bem, e não conseguiria me levar nem se estivesse em perfeitas condições! Chame alguém! AJUDA, POR FAVOR! – gritei.

– POR FAVOR! PRECISAMOS DE AJUDA! – depois de muitos gritos meus e da Ruiva, adivinha quem apareceu? Sim, Pontas.

– Aleluia, Pontinhas! De uma ajuda aqui, acho que quebrei a perna e Lily torceu o tornozelo. Não estamos conseguindo andar. Rápido, leve-nos à enfermaria.

– Nossa, Almofadinhas, calma, eu sei o que fazer! – Pontas respondeu com um sorriso no rosto. Eu e Lily estávamos machucados, como ele podia rir?

– Cala a boca e anda logo! – Ele veio até minha direção e ameaçou me carregar. – Tá de brincadeira, né cara?

– Não, você não pode andar. – Ele se explicou.

– Ah, Pontas carrega ela! – Apontei para Lily.

–Eu hein! – queixou-se Lily. – Ele não vai me carregar!

– Não ouça ela, Pontas, anda logo! – Insisti.

Ele lançou um feitiço de levitação em mim e pegou a Ruiva no colo. Ela se batia feito uma louca, não queria ficar no colo de Pontas de maneira alguma. Mas não tínhamos outra escolha.

Ainda por um tempo sentia minha perna latejar, depois formigar e então não a sentia mais... Apaguei.


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