Chap 14

Pov. James

Sim, eu “acordei”, e sabem por quê? Por que eu vi um enorme cachorro preto passando por trás de Lily e escondendo-se dentre uns barris. Não é possível que seja quem eu estou pensando que é não pode ser. Mas nesse momento minha cabeça começou a borbulhar para saber a verdade. Ah se fosse...

Quando me concentrei em Lily novamente, ela já estava de olhos fechados, por que isso tinha de acontecer logo agora?

– Desculpe Lily. – Dei um passo para trás. - Te vejo em Hogwarts, né?

– AM... – Ela parecia confusa. Eu também estaria no lugar dela. – Claro... – Ela respondeu sacudindo a cabeça de um lado para o outro como se estivesse organizando os pensamentos, e foi devagar andando de costas de volta para a porta. . – Te vejo lá!

– No campo, okay? E esteja pronta para voar! – Disse também andando para trás, mas sem virar as costas á ela, logico.

– Okay. – Ela gritou em resposta.

Quando ela entrou no café não hesitei. Saí correndo feito um louco em direção a aqueles malditos barris. Ah eu te mato Black! E lá estava ele.

– Sirius! – Eu gritei. Ele choramingou.

Eu peguei-o pelo músculo da nuca, onde deixemos claro que não dói, então nada de ter dó! E levei-o até onde não poderiam nos ver por ninguém. Eu estava quase possuído, o que esse garoto tem na cabeça?

– Sirius seu inútil! – Berrei. Ele voltou a forma humana.

– Pontas, você esta muito mal humorado estes últimos dias. – disse ele gozando de minha cara.

– Acha mesmo que eu estou ligando para isso agora? Almofadinhas, o que você tinha na cabeça? Por que estava me espionando? – Estava me segurando muito para

– Calma cara... – Ele não parava de sorrir. Aquilo estava testando a minha paciência! – E então, a ruiva não gostou do seu beijo ou nem chegou perto? – Já era claro que ele estava segurando a risada, e que não iria aquentar por muito tempo.

– Hahaha, pode rir. – Fiz cara de desdém.

– Posso mesmo? – Ele perguntou.

– Você não esta fazendo o menor esforço para segurar mesmo... – Óbvio que eu não precisei nem terminar a frase para ele começar a gargalhar. Tudo bem, até eu dei uma risadinha, afinal, era tosco. – Vai me deixar explicar?

– Nem precisa...

– Tem razão. Você precisa!

Bem, eu não vou conta-los toda essa parte da história porque ela não é importante e tem coisa importante vindo por ai. Fomos desde o beco onde nos escondi, passando para pegar Rabicho e Aluado, até Hogwarts “conversando” sobre isso. E eu não consegui uma explicação realmente plausível para Almofadinhas estar lá. O que importa é que chegando a Hogwarts eu consegui me livrar deles, mas eu fiz a besteira de contar para onde estava indo. Não é necessário contar que houve piadinhas do gênero de “Quando ela cair eu você for pega-la, de um beijo nela lá mesmo por que se ela tiver tempo de pensar você vai acabar levando um belo tapa.”.

Depois de algum tempo eu consegui enfim chagar ao campo, e ela já estava lá. Ela não me viu chegar, pois estava de costas pra mim. Então eu tive tempo de admirar seus lindos e longos cabelos ruivos balançando levemente com a brisa. Roçando em suas costas mais ou menos na altura de sua cintura perfeitamente modelada. Até que enfim ela me viu, e virou-se para mim. Algo que em minha cabeça pareceu ser em câmera lenta. Eu vi cada mecha de seus cabelos movendo-se para trás enquanto seus olhos abriam e fechavam algumas vezes dando-me pequenos momentos de prazer em olhar aquelas grandes esmeraldas. Mas nada pode ser comparada a sensação de ver que quando ela me viu, um singelo sorriso formou-se em seu rosto. Um singelo, porém radiante e elegante sorriso, que curiosamente me levava as alturas.

– Está atrasado. – disse ela olhando para o relógio.

– Me desculpe... – Fui me desculpando quando. – Nós marcamos horário?

– Não. – Ela disse isso e começou a rir. Merlim a risada dela era envolvente, então eu comecei a rir também.

– Vamos treinar logo, ou vamos ficar nessa enrolação de risadas? – Perguntei, por mais que eu quisesse ficar nessa “enrolação”.

– Acho que eu escolho as risadas – disse ela rindo um pouco mais.

– Evans...

– Lily! – corrigiu-me ela.

– Lily... O seu teste será em algumas semanas, você não pode ses dar ao luxo de relacxar agora.

– Ah, James... Você sabe que eu odeio voar... – resmungou ela.

– E se nós fizéssemos um jogo? – Perguntei chegando um pouco mais perto dela.

– Hum... Agora as coisas estão ficando interessantes. – Ela sorriu maliciosa. Na boa, eu nunca vi alguém gostar tanto de competições como ela. – Como funciona?

– Bem, você precisa treinar acertar os aros e também defende-los, então eu pensei e se fizéssemos uma espécie de jogo da verdade?

– Continue...

– Sei lá, - eu involuntariamente botei a mão na cabeça. Ela corou um pouquinho, imagino que eu também. – Eu... Am... – Chaqualhei a cabeça para meio que voltar ao normal. – Quando você defender, vai pro ataque. E vice-versa. Quando você fizer gol em mim, eu respondo qualquer coisa. Já se eu fizer gol em você, você responde o que eu quiser.

– Hum... Isso é meio perigoso. E eu estou em desvantagem! – Ela fez biquinho.

– Lily Evans, eu achei que fosse mais corajosa...

– Isso é um desafio? – Ela levantou uma das sobrancelhas.

– Quem sabe...

Ela não disse mais nada, simplesmente fez sinal para que eu esperasse. Alguns minutos depois ela voltou, pegou sua vassoura e voou para o céu. Chegando mais ou menos na altura dos aros, olhou para mim desafiando-me. Agarrei a goles em baixo do braço e subi até a altura dela.

– Beba isso. – Ela me disse entregando um pequeno vidrinho.

– O que é isso? – Perguntei pegando o vidrinho de sua mão.

– Veritaserum.

– Ta falando grego pra mim.

– A poção da verdade. – Ela revirou os olhos. – Assim não poderemos mentir. Eu tomei um gole e ela tomou o resto.

– Então, quem começa defendendo? – Perguntou ela animada.

– As damas primeiro.